sexta-feira, 10 de julho de 2009

A coagulação NÃO é irredutivelmente complexa!

Membro: RASTAN

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Como eu disse em outros tópicos, os exemplos de complexidade irredutível de Michael Behe já foram refutadas. Um de seus exemplos favoritos era o da coagulaçao do sangue. Mas anos depois do lançamento de seu livro, o próprio Michael Behe admitiu que a coagulação de sangue não é irredutivelmente complexa.
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Apesar de criticado devido aos vários erros existentes no seu livro "A caixa preta de Darwin", Behe manteve sua posição, e em 2000, em sua página da Web entitulada “Em Defesa da Irredutibilidade da Cascata de Coagulação do Sangue” ele continuou com os mesmos erros.
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Essas idéias (ou erros) de Behe foram refutadas por Kenneth R. Miller.
Até que em 23 de abril de 2002, após questionado pelo próprio Miller na sessão de perguntas e respostas do Museu Americano de História Natural, Michael Behe finalmente concordou que a coagulação de sangue não é uma complexidade irredutível. ( http://ncseweb.org/creationism/general/forum-intelligent-design-held-at-american-museum-natural-his )
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Nessa sessão de "perguntas e respostas" (Kenneth Miller vs Michael Behe), Miller foi indiscutívelmente melhor, fez perguntas que Behe não sabia responder e depois acabou por admitir que a coagulação de sangue não é um exemplo de complexidade irredutíve.

Alegação:

A bioquímica da coagulação sanguínea é irredutivelmente complexa, indicando que ela deve ser o produto de um design.

Fonte: Behe, Michael J. 1996. Darwin's Black Box, New York: The Free Press, pp. 74-97.


Os sistemas de coagulação parecem ser formados por qualquer cadeia polimérica que estiver à mão. Existem muitos exemplos de sistemas complicados feitos de componentes que são úteis, mas tem papéis completamente diferentes em componentes diferentes. Há também evidência de que os genes responsáveis pela coagulação (de fato, o genoma inteiro) foram duplicados duas vezes no curso da evolução (Davidson et al. 2003). A duplicação de partes e a interação delas com diferentes funções resolvem o desafio da evolução gradual do processo de coagulação.

Vemos também que a coagulação não é irredutivelmente complexa. Alguns animais – golfinho, por exemplo – se dão muito bem sem o fator Hagemann (Robinson et al. 1969), um componente no sistema de coagulação humano que Behe alega ser irredutivelmente complexo. (Behe 1996, 84). Doolittle and Feng (1987) previram que vertebrados “inferiores” não teriam o “caminho de contato” da coagulação sanguínea. Trabalhos com o genoma de baiacus confirmaram essa previsão (Yong and Doolittle 2003).

Por fim, vemos novamente o argumento da incredulidade pessoal. SUPONDO que a evolução não pudesse explicar a coagulação (o que não é verdade), não significa necessariamente que um designer é a resposta.

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