Membro: IBA MENDES
____
Uma nova versão do “darwinismo”... Para quem diz que só critico Darwin! ((rs))____
Não vou tratar aqui do evolucionismo como fenômeno religioso!
Já existe um tópico sobre o assunto. As aspas no substantivo “darwinismo”, neste contexto específico, foram empregadas propositalmente para diferenciá-lo do darwinismo histórico de Darwin, Spencer, Galton e cia.
Neste tópico tratarei da versão “darwinista” inserida num contexto espiritual recente. Contexto espiritual?
Bem. Embora aparentemente seja contraditório fazer qualquer tipo de associação do darwinismo propriamente dito com espiritualidade, em alguns aspectos é perfeitamente possível fazer esta ligação, pelo menos no que diz respeito a esta nova versão do “darwinismo social”.
Segundo o darwinismo (aqui sem as aspas) há certas características biológicas e sociais que supostamente indicariam que uma pessoa é superior à outra e, que, por isso, as tornariam mais aptas. Nesta ideologia, há uma clara divisão na sociedade: de um lado os membros “mais aptos”, “superiores”, sadios, inteligentes, ricos etc.; do outro lado, os membros “menos aptos”, “inferiores”, mal nutridos, fracos, doentes, pobres etc.
Na nova versão do “darwinismo” esta divisão, embora num contexto totalmente antagônico ao primeiro, é igualmente clara: de um lado os membros espiritualmente “mais fortes”, “cheios de fé”, prósperos, plenos de saúde etc.; do outro, os membros espiritualmente “mais fracos”, “debilitados na fé”, fracassados financeiramente, enfermos etc.
Os “mais fortes” espiritualmente não mais podem, suplicam, imploram e rogam a Deus uma bênção. Agora eles exigem, decretam, determinam e reivindicam que Deus os atenda.
Já os espiritualmente “mais fracos” apenas estão nessas condições porque não têm fé e, caso a tenha, esta fé deve ser muito fraca.
– O “verdadeiro cristão”, dizem estes “darwinistas da fé”, não fica doente, não passa por dificuldades financeiras, não trabalha como faxineiro etc: - ”Têm que ser “cabeça” e não “cauda”, repetem com certa ostentação!
Para MUITOS que compartilham dessas idéias, Jesus foi um grande milionário e até usava roupas de grife. Paulo Romeiro os denominam de “supercrentes”, àqueles que “podem tudo”, que estão sempre “amarrando satanás” e que, aparentemente, estão isentos dos dissabores da vida.
Nesta nova versão do “darwinismo”, a ambição por dinheiro ganhou respaldo bíblico. Fazem uso da Bíblia para justificar suas doutrinas de prosperidade. O “trazei o dízimo” de Malaquias é mais e enfatizado do que, por exemplo, o “vinde a mim” de Jesus.
A situação chegou a um ponto de a prosperidade financeira ter se transformado numa espécie de “femômetro” (ou “fidemômetro”), capaz de medir o grau da fé de alguém: se prosperou, a fé é grande; se fracassou, é pequena.
Mui provavelmente para estes, os somalis, os etíopes, os afegães, os iraquianos, etc. são “darwinianamente” os mais fracassados. Já os suecos, os japoneses, os americanos (principalmente estes, de onde veio tal doutrina) são os “mais fortes”, os “poderosos na fé”.
Os “mais fortes” espiritualmente não mais podem, suplicam, imploram e rogam a Deus uma bênção. Agora eles exigem, decretam, determinam e reivindicam que Deus os atenda.
Já os espiritualmente “mais fracos” apenas estão nessas condições porque não têm fé e, caso a tenha, esta fé deve ser muito fraca.
– O “verdadeiro cristão”, dizem estes “darwinistas da fé”, não fica doente, não passa por dificuldades financeiras, não trabalha como faxineiro etc: - ”Têm que ser “cabeça” e não “cauda”, repetem com certa ostentação!
Para MUITOS que compartilham dessas idéias, Jesus foi um grande milionário e até usava roupas de grife. Paulo Romeiro os denominam de “supercrentes”, àqueles que “podem tudo”, que estão sempre “amarrando satanás” e que, aparentemente, estão isentos dos dissabores da vida.
Nesta nova versão do “darwinismo”, a ambição por dinheiro ganhou respaldo bíblico. Fazem uso da Bíblia para justificar suas doutrinas de prosperidade. O “trazei o dízimo” de Malaquias é mais e enfatizado do que, por exemplo, o “vinde a mim” de Jesus.
A situação chegou a um ponto de a prosperidade financeira ter se transformado numa espécie de “femômetro” (ou “fidemômetro”), capaz de medir o grau da fé de alguém: se prosperou, a fé é grande; se fracassou, é pequena.
Mui provavelmente para estes, os somalis, os etíopes, os afegães, os iraquianos, etc. são “darwinianamente” os mais fracassados. Já os suecos, os japoneses, os americanos (principalmente estes, de onde veio tal doutrina) são os “mais fortes”, os “poderosos na fé”.
Costumo dizer que, caso a prosperidade financeira fosse indício de fé, Bill Gates, Warren Buffett, Orkut Buyukkokten etc. seriam os grandes e dignos exemplos de fé!
Lamentavelmente a simplicidade vivida e pregada por Cristo deu lugar à busca desenfreada por bens materiais, por curas de males físicos, bom emprego etc. É – metaforicamente - a nova versão do darwinismo existindo às avessas!
É isso!
Lamentavelmente a simplicidade vivida e pregada por Cristo deu lugar à busca desenfreada por bens materiais, por curas de males físicos, bom emprego etc. É – metaforicamente - a nova versão do darwinismo existindo às avessas!
É isso!
O debate segue neste link do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=2569162545048010474
Nenhum comentário:
Postar um comentário