Membro: IBA MENDES
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Em seu livro “A Miséria do Historicismo”, Karl Popper, refutando a ingênua pretensão de T. H. Huxley em atribuir à Evolução o status de “lei”, reduz o darwinismo a seu papel realmente merecido:_________
”A hipótese tem, melhor dizendo, o caráter de um enunciado histórico particular (singular ou específico).” Sendo assim, para Popper tal hipótese (a hipótese evolutiva) tem a rigor, o mesmo status do enunciado histórico do tipo:”Charles Darwin e Francis Galton possuíam um mesmo ancestral – ambos eram netos de uma dada pessoa”. Já em sua “Autobiografia Intelectual”, ele denomina o darwinismo de “Programa Metafísico de Pesquisa”. E explica o motivo: “É metafísico por não ser suscetível de prova” (p. 180).
Bem. Num outro tópico, quando indagado sobre quais seriam as aplicações práticas da Teoria da Evolução, um desses darwinistas deslumbrado com o maravilhoso mundo Darwin e fascinado pela palavra “diploma”, citou como exemplo de aplicação prática do darwinismo o "melhoramento genético”.
E, lamentavelmente tenho que confessar: ele tem razão!
Como é de conhecimento público, os postulados darwinistas tem sido um zero à esquerda para a prática da Medicina, por exemplo. No que diz respeito à criação de novos medicamentos, como antibióticos, tem sido tão útil quando aparelho para desentortar bananas. E, no que se refere à elaboração de novas vacinas, sua utilidade pode ser legitimamente comparada à água em pó. A única “contribuição” darwinista neste âmbito pode ser resumida no seguinte enunciado: ” as bactérias que não morreram eventualmente vão suplantar as bactérias mortas.” Um conclusão, sem dúvidas, jibóica! ((rs))
Mas, vamos lá...
Dito isto, voltemos ao que de prático nele se observa, ou seja, o “melhoramento genético” (dê-se aqui a devida relevância às aspas).
Todavia, ao escrever “melhoramento genético” não me refiro ao tipo de melhoria que é feita a fim de se obter melhores qualidades dos animais quanto à sua produtividade etc. Ora, não seria muito justo denominar à “contragosto” os antigos agricultores de darwinistas. Sim, afinal, muito antes de Darwin usar cueiro, e numa época em que não havia nenhum conhecimento de genética (e outros menos complexos ainda), já se fazia criteriosa seleção entre animais domésticos com o intuito de se conseguir raças mais fortes e produtivas.
Se hoje o melhoramento genético nesta área está mais sofisticado, como havia dito, é conseqüência óbvia do acúmulo de conhecimento com e o não menos óbvio conseqüente aumento da tecnologia. Não tem, portanto, nenhuma relação com qualquer postulado darwinista. O próprio Darwin se utilizou dessa prática mediante cruzamentos com diferentes espécies de pombos. E foi a partir dela que extrapolou suas idéias criando o conceito de “melhoria” social entre os homens. E é exatamente sobre esse tipo de “melhoria” (vide aspas) a que me referi.
Quando quiseram colocar em prática o darwinismo, os resultados foram os mais dramáticos e calamitosos possíveis. O próprio Darwin, a seu tempo, tencionou isso. Nélio Bizzo, um profundo conhecedor da obra do naturalista inglês, fala abertamente acerca disso, resumindo muito bem como funcionou “a prática darwinista”, pleonasticamente NA PRÁTICA:
Todavia, ao escrever “melhoramento genético” não me refiro ao tipo de melhoria que é feita a fim de se obter melhores qualidades dos animais quanto à sua produtividade etc. Ora, não seria muito justo denominar à “contragosto” os antigos agricultores de darwinistas. Sim, afinal, muito antes de Darwin usar cueiro, e numa época em que não havia nenhum conhecimento de genética (e outros menos complexos ainda), já se fazia criteriosa seleção entre animais domésticos com o intuito de se conseguir raças mais fortes e produtivas.
Se hoje o melhoramento genético nesta área está mais sofisticado, como havia dito, é conseqüência óbvia do acúmulo de conhecimento com e o não menos óbvio conseqüente aumento da tecnologia. Não tem, portanto, nenhuma relação com qualquer postulado darwinista. O próprio Darwin se utilizou dessa prática mediante cruzamentos com diferentes espécies de pombos. E foi a partir dela que extrapolou suas idéias criando o conceito de “melhoria” social entre os homens. E é exatamente sobre esse tipo de “melhoria” (vide aspas) a que me referi.
Quando quiseram colocar em prática o darwinismo, os resultados foram os mais dramáticos e calamitosos possíveis. O próprio Darwin, a seu tempo, tencionou isso. Nélio Bizzo, um profundo conhecedor da obra do naturalista inglês, fala abertamente acerca disso, resumindo muito bem como funcionou “a prática darwinista”, pleonasticamente NA PRÁTICA:
””Darwin e seu primo Francis Galton, juntamente com uma série de pensadores seus contemporâneos, acreditavam que a “raça” humana poderia ser melhorada se fossem evitados “cruzamentos indesejáveis”. A sociedade era vista com uma clara divisão: de um lado, os membros “superiores”, sadios, inteligentes, ricos e, obviamente, brancos; do outro lado, os membros “inferiores”, mal nutridos, doentes, pobres, de constituição racial duvidosa. Estes deveriam ser impedidos de se reproduzirem, pois acabariam por “rebaixar toda a raça”. A evolução biológica do homem poderia ser “acelerada”, limitando-se os mesmos rituais de seleção “vistos” na natureza. Os mais aptos, evidentemente, estavam entre os indivíduos das classes dominantes.
Darwin chegava até a prever a completa extinção de raças inteiras, consideradas “inferiores”. Escreveu pouco antes da morte, numa carta de 1881: “Eu poderia esforçar-me e mostrar o que a seleção natural fez e ainda faz para o progresso da civilização, mais do que aquilo que pareceis admitir. Lembrai-vos do perigo que correram as nações européias, alguns séculos atrás, de serem esmagadas pelos turcos e de quanto este idéia nos parece ridícula hoje em dia. As raças mais civilizadas, que chamamos de caucásicas, bateram os turcos em campo raso na luta pela existência. Fazendo um relance sobre o mundo, sem olhar num porvir muito longínquo, quantas raças inferiores serão em breve eliminadas pelas raças que têm um grau de civilização superior!”
Darwin chegava até a prever a completa extinção de raças inteiras, consideradas “inferiores”. Escreveu pouco antes da morte, numa carta de 1881: “Eu poderia esforçar-me e mostrar o que a seleção natural fez e ainda faz para o progresso da civilização, mais do que aquilo que pareceis admitir. Lembrai-vos do perigo que correram as nações européias, alguns séculos atrás, de serem esmagadas pelos turcos e de quanto este idéia nos parece ridícula hoje em dia. As raças mais civilizadas, que chamamos de caucásicas, bateram os turcos em campo raso na luta pela existência. Fazendo um relance sobre o mundo, sem olhar num porvir muito longínquo, quantas raças inferiores serão em breve eliminadas pelas raças que têm um grau de civilização superior!”
Se lembrarmos do jovem naturalista na Austrália, veremos que era este o raciocínio que utilizou para prever o futuro do canguru: seria dizimado pelos magricelas galgos ingleses. Se esta previsão estava errada, desgracadamente Darwin acertou com relação aos “civilizados”: assassinaram impiedosamente os povos primitivos que não aceitaram a submissão ao seu domínio.
No “Origem do homem”, deixava muita claras suas posições racistas: ”A seleção permite ao homem agir de modo favorável, não somente na constituição física de seus filhos, mas em suas qualidades intelectuais e morais (sic). Os dois sexos deveriam ser impedidos de desposarem-se quando se encontrassem em estado de inferioridade muito acentuada de corpo ou espírito”. E mais adiante:”Todos aqueles que não podem evitar uma abjeta pobreza para seus filhos deveriam evitar de se casar, porque a pobreza não é apenas um grande mal, mas ela tende a aumentar; (...) enquanto os inconscientes se casam e os prudentes evitam o casamento, os membros inferiores da sociedade tendem a suplantar (em número) os membros superiores. Como todos os animais, o homem chegou certamente ao seu alto grau de desenvolvimento atual mediante luta pela existência, que é conseqüência de sua multiplicação rápida; e, para chegar a um mais alto grau ainda, é preciso que continue a ser mantida uma luta rigorosa (...). Deveria haver concorrência aberta para todos os homens e dever-se-iam fazer desaparecer todas as leis e todos os costumes que impedem os mais capazes de conseguir seus objetivos e criar o maior número possível de crianças."
No “Origem do homem”, deixava muita claras suas posições racistas: ”A seleção permite ao homem agir de modo favorável, não somente na constituição física de seus filhos, mas em suas qualidades intelectuais e morais (sic). Os dois sexos deveriam ser impedidos de desposarem-se quando se encontrassem em estado de inferioridade muito acentuada de corpo ou espírito”. E mais adiante:”Todos aqueles que não podem evitar uma abjeta pobreza para seus filhos deveriam evitar de se casar, porque a pobreza não é apenas um grande mal, mas ela tende a aumentar; (...) enquanto os inconscientes se casam e os prudentes evitam o casamento, os membros inferiores da sociedade tendem a suplantar (em número) os membros superiores. Como todos os animais, o homem chegou certamente ao seu alto grau de desenvolvimento atual mediante luta pela existência, que é conseqüência de sua multiplicação rápida; e, para chegar a um mais alto grau ainda, é preciso que continue a ser mantida uma luta rigorosa (...). Deveria haver concorrência aberta para todos os homens e dever-se-iam fazer desaparecer todas as leis e todos os costumes que impedem os mais capazes de conseguir seus objetivos e criar o maior número possível de crianças."
O grande Charles Darwin não declara expressamente a que grupo pertencia. Mas pelo fato de ter tido dez filhos e de ser uma pessoa rica, deduz-se facilmente...
É comum dizer-se que Darwin não afirmou que o homem descendia do macaco. Darwin dizia coisa muito pior. Seu racismo não o abandonava. Afirmava que o homem descendia dos selvagens! E não parava aí. Dizia que preferia descender de um forte e valente macaco, do que ter um desses selvagens como ancestral.
A aplicação de sua teoria ao homem, ou, mais propriamente, e extensão ao organismo humano dos valores burgueses de propriedade privada e acumulação, resultou no que se chamou eugenia.
O melhoramento da raça através de recomendações da eugenia eram os ideais do nazismo. O Estado Nazista não era portanto nada mais do que um Estado capitalista onde a melhoria do corpo dos cidadãos fazia parte da estratégia global de aumento do produtividade.
Hitler garantia procriação aos cidadãos alemães e possuíssem cabelos loiros, boa estrutura, queixo bem formado, nariz fino a arrebitado, olhos claros e profundos e pele rosado. Os homens selecionados poderiam ingressar na tropa de elite, a SS, e poderiam ter o número de filhos que desejassem, sem precisar casar. O Estado cuidaria de criar e educar tais crianças, segundo os ideais do nazismo.
É comum dizer-se que Darwin não afirmou que o homem descendia do macaco. Darwin dizia coisa muito pior. Seu racismo não o abandonava. Afirmava que o homem descendia dos selvagens! E não parava aí. Dizia que preferia descender de um forte e valente macaco, do que ter um desses selvagens como ancestral.
A aplicação de sua teoria ao homem, ou, mais propriamente, e extensão ao organismo humano dos valores burgueses de propriedade privada e acumulação, resultou no que se chamou eugenia.
O melhoramento da raça através de recomendações da eugenia eram os ideais do nazismo. O Estado Nazista não era portanto nada mais do que um Estado capitalista onde a melhoria do corpo dos cidadãos fazia parte da estratégia global de aumento do produtividade.
Hitler garantia procriação aos cidadãos alemães e possuíssem cabelos loiros, boa estrutura, queixo bem formado, nariz fino a arrebitado, olhos claros e profundos e pele rosado. Os homens selecionados poderiam ingressar na tropa de elite, a SS, e poderiam ter o número de filhos que desejassem, sem precisar casar. O Estado cuidaria de criar e educar tais crianças, segundo os ideais do nazismo.
A trajetória do nazismo é bem conhecida. As Câmaras de gás e os seis milhões de assassinatos, também... O que pouco se fala é que os Estados Unidos também adotavam políticas eugenistas na mesma época.
No Congresso de Eugenia de Nova Iorque, em 1933, foi proposta a esterilização em massa dos alcoólatras, criminosos e loucos. Tal medida “limparia” a sociedade norte-americana de toda “escória humana”, em poucas gerações. No Brasil, a Liga Brasileira de Higiene Mental propôs, em 1934, que se formassem tribunais eugênicos, para classificar os indivíduos, reforma eugênica dos salários (os brancos deveriam ganhar mais) e seguro-paternidade eugênico, assegurando assistência à criança branca.
A eugenia de forma alguma foi característica exclusiva do nazismo. Esteve, e está, presente nas nações capitalistas com pretensões hegemônicas. Os “brancos de esperma”, as pesquisas de fecundação artificial etc., são prova disto.”
Extraído diretamente de: “O que é Darwinismo”, p. 67-71.
Está aí um exemplo prático do uso do darwinismo. De resto sobram deslumbramento, fascinação, paixão, imaginação e diplomas. ((rs))
É isso!
No Congresso de Eugenia de Nova Iorque, em 1933, foi proposta a esterilização em massa dos alcoólatras, criminosos e loucos. Tal medida “limparia” a sociedade norte-americana de toda “escória humana”, em poucas gerações. No Brasil, a Liga Brasileira de Higiene Mental propôs, em 1934, que se formassem tribunais eugênicos, para classificar os indivíduos, reforma eugênica dos salários (os brancos deveriam ganhar mais) e seguro-paternidade eugênico, assegurando assistência à criança branca.
A eugenia de forma alguma foi característica exclusiva do nazismo. Esteve, e está, presente nas nações capitalistas com pretensões hegemônicas. Os “brancos de esperma”, as pesquisas de fecundação artificial etc., são prova disto.”
Extraído diretamente de: “O que é Darwinismo”, p. 67-71.
Está aí um exemplo prático do uso do darwinismo. De resto sobram deslumbramento, fascinação, paixão, imaginação e diplomas. ((rs))
É isso!
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