Membro: IBA MENDES
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Será que realmente existe (ou deve existir) um conflito entre Religião e Ciência?____
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Que saber até que ponto um religioso ou um ateu são intolerantes, fanáticos e ameaçadores à uma boa convivência social?
Simples!
Ao religioso, pergunte-lhe qual a opinião dele acerca de um ateu; ao ateu, indague-lhe acerca do que ele pensa do um religioso.
Caso obtenha como resposta do primeiro algo como: um endemoninhado, um ser imoral, um satanista que vai arder eternamente no fogo do inferno; e, do segundo, uma resposta do tipo: um ignorante, um ser estúpido ou o “câncer da humanidade”, saiba que você está lidando com alguém de caráter fortemente ameaçador!
Ao religioso, ofereça Nietzsche ; ao ateu, presenteie-o com uma Bíblia! Vamos ver o que acontece! ((rs))
Considero a tolerância (que não é igual a concordância) e o respeito (que não é o mesmo que compartilhar) entre as pessoas como o referencial básico que as identificam como sociáveis, pacíficas e de boa índole.
Iniciei hoje a leitura de “Pilares do Tempo”, do “meu darwinista preferido”, Stephen Jay Gould. Se já o admirava por sua postura contra o racismo e o preconceito, elevei-o em estima após uma primeira leitura deste interessante livro.
Já de início, diz ele, para decepção de alguns darwinistas compromissados com o materialismo:
“Escrevo este pequeno livro para apresentar uma solução maravilhosamente simples e totalmente convencional para uma questão tão sobrecarregada por emoções e pelo peso da história que um caminho fácil acaba geralmente obstruído por um emaranhado de brigas e confusão. Falo do suposto conflito entre a ciência e a religião, um debate que só existe na mente e nas práticas sociais das pessoas, e não na lógica ou na utilidade correta desses dois assuntos inteiramente diferentes e igualmente vitais” (p. 11).
E ele é taxativamente sincero:
“Não vejo como a ciência e a religião podem ser unificadas, ou mesmo sintetizadas, sob qualquer esquema comum de explicação ou análise; mas tampouco entendo por que as duas experiências devem ser conflitantes. A ciência tenta documentar o caráter factual do mundo natural, desenvolvendo teorias que coordenem'e expliquem esses fatos. A religião, por sua vez, opera na esfera igualmente importante, mas completamente diferente, dos desígnios, significados e valores humanos - assuntos que a esfera factual da ciência pode até esclarecer, mas nunca solucionar. De modo semelhante, enquanto os cientistas devem agir segundo princípios éticos, alguns específicos à sua profissão, a validade desses princípios nunca pode ser deduzida das descobertas factuais da ciência” (p. 12).
Já de início, diz ele, para decepção de alguns darwinistas compromissados com o materialismo:
“Escrevo este pequeno livro para apresentar uma solução maravilhosamente simples e totalmente convencional para uma questão tão sobrecarregada por emoções e pelo peso da história que um caminho fácil acaba geralmente obstruído por um emaranhado de brigas e confusão. Falo do suposto conflito entre a ciência e a religião, um debate que só existe na mente e nas práticas sociais das pessoas, e não na lógica ou na utilidade correta desses dois assuntos inteiramente diferentes e igualmente vitais” (p. 11).
E ele é taxativamente sincero:
“Não vejo como a ciência e a religião podem ser unificadas, ou mesmo sintetizadas, sob qualquer esquema comum de explicação ou análise; mas tampouco entendo por que as duas experiências devem ser conflitantes. A ciência tenta documentar o caráter factual do mundo natural, desenvolvendo teorias que coordenem'e expliquem esses fatos. A religião, por sua vez, opera na esfera igualmente importante, mas completamente diferente, dos desígnios, significados e valores humanos - assuntos que a esfera factual da ciência pode até esclarecer, mas nunca solucionar. De modo semelhante, enquanto os cientistas devem agir segundo princípios éticos, alguns específicos à sua profissão, a validade desses princípios nunca pode ser deduzida das descobertas factuais da ciência” (p. 12).
Vale lembrar que Gould (que é um agnóstico) toma a religião como a quarta coisa de maior relevência em sua vida. Declara ele:
“Não sou crente. Sou unagnóstico no sentido sábio de T. H. Huxley, que cunhou o termo ao identificar ceticismo tolerante como a única posição racional porque, na verdade, não há como saber ao certo. Mesmo assim, afastando-me das opiniões de meus pais (e livre, por minha própria criação, das razões de sua rebelião), tenho grande respeito pela religião. O assunto sempre me fascinou, talvez mais do que todos os outros (com poucas exceções, como a evolução, a paleontologia e o beisebol)” (p. 15).
“Não sou crente. Sou unagnóstico no sentido sábio de T. H. Huxley, que cunhou o termo ao identificar ceticismo tolerante como a única posição racional porque, na verdade, não há como saber ao certo. Mesmo assim, afastando-me das opiniões de meus pais (e livre, por minha própria criação, das razões de sua rebelião), tenho grande respeito pela religião. O assunto sempre me fascinou, talvez mais do que todos os outros (com poucas exceções, como a evolução, a paleontologia e o beisebol)” (p. 15).
Fonte:
Stephen Jay Gould. “Pilares do tempo: ciência e religião na plenitude da vida”. Tradução: F. Rangel. Rocco Editora, 2002.
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A ciência e a religião sempre estiveram em harmonia. A religião somente inteferiu na ciência quando teve o amplo apoio do poder secular. A medicina foi grandemente beneficiada pela religião. Sabe-se, por exemplo, que os primeiros médicos tinham formação religiosa e muitos eram monges. Quem conhece, por exemplo, a história da odontologia há de notar a importãncia que tais monges desempenharam nos seus primórdios. Não esquecendo, é claro, dos barbeiros!
Religião e ciência somente estão em conflito para pessoas como Dawkins, as quais por seu alto grau de compromisso com a ideologia materialista, são capazes de apenas verem a religião como vírus, esquecendo-se de que elas mesmas estão no mesmo caminho daqueles que outrora perseguiram a ciência. Lamentavelmente!
É isso!
Stephen Jay Gould. “Pilares do tempo: ciência e religião na plenitude da vida”. Tradução: F. Rangel. Rocco Editora, 2002.
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A ciência e a religião sempre estiveram em harmonia. A religião somente inteferiu na ciência quando teve o amplo apoio do poder secular. A medicina foi grandemente beneficiada pela religião. Sabe-se, por exemplo, que os primeiros médicos tinham formação religiosa e muitos eram monges. Quem conhece, por exemplo, a história da odontologia há de notar a importãncia que tais monges desempenharam nos seus primórdios. Não esquecendo, é claro, dos barbeiros!
Religião e ciência somente estão em conflito para pessoas como Dawkins, as quais por seu alto grau de compromisso com a ideologia materialista, são capazes de apenas verem a religião como vírus, esquecendo-se de que elas mesmas estão no mesmo caminho daqueles que outrora perseguiram a ciência. Lamentavelmente!
É isso!
O debate segue neste link do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5241878061503430378
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