domingo, 12 de julho de 2009

Complexidade desde o inicio - TRILOBITAS

Membro: ISAISAS
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“A maneira abrupta na qual grupos inteiros de especies aparecem repentinamente em certas formações tem sido instada por varios paleontologos,... como uma objeção fatal para a crença da transmutação das espécies. Se muitas espécies, pertecentes a um mesmo gênero ou família, tiverem realmente surgido simultaneamente, este fato seria fatal para a teoria da evolução através da seleção natural”

Charles Darwin, On the origin of species by means of natural selection, publicado por John Murray, Londres, 1859, primeira edição, p.344


Nada e tão serio para a teoria da evolução quanto a prova do aparecimento simultâneo de formas de vida totalmentes desenvolvidas sem sinais de ancestralidade. No registro fóssil, o período cambriano o oferece tal evidencia pelo que ficou conhecido pela “Explosão do Cambriano”

Os fosseis encontrados nessas rochas alem de serem de formas de vida diferenciadas apresentam um alto grau de complexidade que não poderia ter surgido dentro de um curto espaço de tempo, segundo a evolução.


Um pouco sobre a complexidade do trilobita e seus olhos

Seus corpos eram elaboradamente segmentados, com um sistema nervoso cefalizado, apêndices toraxicos e abdominais articulados, antenas e olhos compostos. Em resumo, a biologia molecular dos trilobitas é, em todos os sentidos, tão complexa como a de qualquer organismo vivo hoje1

um pouco sobre os olhos

Esta complexidade não poderia ser melhor representada do que pelo olho do trilobita. A lente de cada omatideo era composta de um único cristal de calcita (CaCO3), sendo que o eixo óptico do cristal era coincidente com o eixo óptico da lente. Isto causaria um problema serio para o sistema visual do trilobita, sendo que o seu olho era formado por uma única lente esférica grossa de calcita a qual não poderia fazer com que a luz produzisse uma imagem coerente.

O segredo do funcionamento do seu olho esta num sistema óptico singular, não conhecido em nenhum outro organismo. Este sistema utiliza duas lentes biconvexas com índices de refração diferentes e unidas entre si. A interface dessas duas lentes é conhecida na ciência como “superfície de Huyghens”, por ter seus princípios ópticos explicados em detalhes pelos físicos Huyghens e René Descartes.

A complexidade do olho do trilobita e o seu design é tão intrigante que o físico nuclear Dr. Ricardo Levi-Setti, reconhecida autoridade em trilobitas, disse: “Quando nos damos conta de que os trilobitas desenvolveram e usaram tais dispositivos há quinhentos milhões de anos, nossa admiração é ainda maior. Uma descoberta final — a de que a interface refratora entre os dois elementos das lentes no olho dos trilobitas foi projetada de acordo com as construções ópticas desenvolvidas por Descartes e Huyghens no século XVII — beiram a pura ficção científica... O olho de um trilobita bem poderia qualificar-se para a obtenção de uma patente de invenção”.2 O olho do trilobita é um feito tecnológico incomparável.3

Sir Isaac Newton, comentando sobre o olho e o ouvido, perguntou:

“Teria sido o olho planejado sem uma competência em óptica, e o ouvido sem um conhecimento em acústica?”

Isaac Newton, Opticks, New York, McGraw-Hill, 1931, p.369-370



Referências

1Ricardo Levi-Setti, Trilobites, Chicago, The University of Chicago Press, 1993
2 Ricardo Levi-Setti, Trilobites, (Chicago: The University of Chicago Press, 1993), p.55,57.
3 Lisa J. Shawver, Trilobite Eye: An Impressive Feat of Early Evolution, Science News, Vol. 105, 2 de fevereiro de 1974, p.72.

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