sexta-feira, 10 de julho de 2009

cricionismo = DI???

Membro: RAMON
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O última edição da scientific american Brasil, faz uma edição especial à teoria da evolução, tão discutida nessa comunidade, porém, uma das colunas trata de um assunto também igualmente polêmico e discutido só que com uma ênfase maior em relação à briga na introdução do criacionismo dentro das escolas americanas e a sumaria eliminação da evolução dentro da grade escolar... eu resolvi escolher apenas uma parte da coluna que achei mais interessante pois ela é enorme...

A EVOLUÇÃO DO CRIACIONISMO

Os criacionistas lutam há tempos contra o ensino da evolução em escolas públicas americanas e suas estratégias foram desenvolvidas em reação aos obstáculos legais. Na década de 20, tentaram banir o ensino da evolução completamente, com leis como a Buttler, do estado de Tennesseee, pela qual o professor John T. Scopes foi condenado, em 1925. Apenas em 1968 essas leis foram consideradas inconstitucionais pela Suprema Corte no caso "Epperson contra Arkansas". Como não eram mais capazes de manter a evolução fora da sala de aula de ciências das escolas públicas, os criacionistas começaram a interpretar o criacionismo como uma laternativa científica crível, nomenado-o ciência da criação ou criacionismo científico. Até o início da década de 80 a legislação solicitando tempo equivalente para a ciência da criação fora apresentada em mais de 27 estados, incluindo a Louisiana. Lá, em 1981, o Legislativoaprovou a Lei para Tratamento Equivalente/Igualitário da Ciência da Criação e da Ciência da Evolução em Escolas Públicas, exigindo que os professores também apresentassm a ciência da criação, caso ensinassem evolução.

A lei para Tratamento Igualitário de Lousiana foi baseada e, projeto-modelo criado pelos criacionistas, que operavam em escala local, e circulou por todos os Estados Unidos. Obviamente inspirados por uma interpretação literal particular do livro do Gênesis, o projeto modelo definiu a ciência da criação, incluindo-a como ex nihilo (vindo do nada), um dilúvio universal, "a existência relativamente recente da Terra" e uma rejeição do ancestral comum a humanos e macacos. Em Arkansas, esse projeto fora aprovado anteriormente em 1981, e imediatamente contestado em Corte com inconstitucional. Assim, quando o projeto de Tratamento Igualitário de Louisiana ainda estava sendo analisado pelo legislativo do estado, os simpatizantes, antecipando uma contestação semelhante, imediatamente eliminaram a definição de ciência de criação dos detalhes do projeto, deixando apenas "as evidências cietíficas para a criação e as inferências dessas evidências científicas." Mas essa falta de precisão tática ainda não se tornou lei contitucional, e em 1987, a Suprema Corte determinou que a Lei de Tratamento Igualitário viola a Clausula de estabelecimento da Primeira Emenda à Constituição, porque "leva um endosso inadmissível da religião ao promover a crença religiosa de que um ser sobrenatural criou a humanidade."

O criacionismo se amolda rapidamente. Apenas dois anos mais tarde, um novo rótulo - "desenho inteligente" - foi introduzido no livro escolar suplementar Of pandas and people, produzido pela Fundação para o Pensamento e a Ética, que se auto-intitula uma entidade pensadora cristã. Proseguindo com a Lei de Tratamento Igualitário de Louisiana de reduzir o conteúdo religioso evidente, o desenho inteligente é alardeado como não baseado em texto sagrado e sem apelo ao sobrenatural.

O "projetista", de acordo com os proponentes, pode ser deus, mas também alieníginas espaciais ou biólogos celulares do futuro, viajando pelo tempo. Atentos para que o ensino do criacionismo em escolas públicas não fosse tido como inconstitucional, rejeitam qualquer possibilidade de o desenho inteligente ser uma forma de criacionismo. no entanto, num exame mais minucioso, o desenho inteligente demosntra ser um criacionismo requentado - que se cala diante de várias controvérsias sobre a ciência da criação (como idade recente da Terra e a historicidade do dilúvio de Noé), mas fala de forma enigmática com os mesmos erros científicos e se mescla com as mesmas doutrinas religiosas.

Esse exame cuidadoso ocorreu em uma Corte federal em 2005, num julgamento cintra a Área de Jurisdição Escolar de Dover ("Kitzmiller"). Em questão estava a política de uma escola local, num bairro da Pensilvânia, exigindo que uma retratação fosse lida em voz alta nas salas de aula afirmando que evolução é uma "teoria... não um fato", que "existem falhas na teoria, para o que não há evidências", e que o desenho inteligente, conforme apresentado em Of pandas and people, é uma alternativa científica em relação à evolução". Onze pais da localidade entraram com uma ação na corte distrital federal, argumentado que a política era inconstitucional. Depois de um julgamento que se prorrogou por bíblicos 40 dias, o juiz concordou que a política violava a cláusula do estabelecimento. Em conseqüência disso setenciou: "Ao chegarmos a essa conclusão, fizemos a pergunta essencial: se ele [o desenho inteligente] é uma ciência. Chegamos à conclusão que não é e, além disso, que ele [o desenho inteligente] não pode ser dissociados de seus antecessores criacionistas e, portanto, religiosos".

O depoismento da testemunha especialista, apresentado nese julgamento, foi devastador para as pretensões científicas do desenho inteligente. Essa versão foi estabelecida à luz do criacionismo: no julgamento, a filósofa Barbara Forrest, co-autora do Criationism´s Trojan horse: The wedge of intelligent design, revelou que as referências ao criacionismo de Of pandas and people foram substituídas por referências ao desenho logo após a decisão de Edwards publicada em 1987, derrotando a Lei de Tratamento Igualitáriode Louisiana. Ela encontrou uma forma híbrida, onde a substituição de "criacionistas" por "proponentes do desenho" - foi um resultado esdrúxulo*. Mais relevante é que também se decretou a falência do desenho inteligente cientificamente falando: uma das testemunhas técnicas do julgamento, o bioquímico Michael Behe, afirmou que nenhum artigo fora publicado na literatura científica para "fornecer relatos rigorosos e detalhados de como o desenho inteligente de qualquer sistema biológico ocorrera".

*Nota: a frase original "...pode sustentar a vida? Os evolucionistas acham que a anterior está correta, os criacionistas aceitam o ponto de vista a seguir. Os criacionistas avaliam..." pela frase "...pode sustentar a vida? Os evolucionistas acham que a anterior está correta, os cdesign proponentsists aceitam o ponto de vista a seguir. Os proponentes do design..."

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