Membro: IBA MENDES
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É possível crer em Deus e em evolução ao mesmo tempo?____
Meu objetivo com este tópico não é emitir juízo de valor acerca daqueles que acreditam ser possível conciliar a Divindade, a Bíblia (ou outro livro sagrado), a fé e a evolução. Meu interesse é apenas saber como pensam tais pessoas a este respeito.
Para início de conversa, gostaria de postar aqui a opinião do professor E. H. Andrews, em seu livro “From Nothing to Nature”.
SEGUNDO ESTE AUTOR há, entre outras, duas razões pelas quais não é possível conciliar a crença em Deus com a evolução. Escreveu ele:
PRIMEIRA RAZÃO
“Quando se arremessa um dado, o número resultante acontece por acaso. Qualquer um dos seis números é possível e se um três é obtido, isto é resultado de pura sorte. Assim acontece com a evolução Qualquer uma, não de seis, mas de milhares de mudanças possíveis podiam ter ocorrido em um animal, ajudando-o a evoluir (isto é, mudar) para uma criatura ligeiramente diferente. Ninguém poderia antecipar qual seria o resultado final, pois, como no exemplo do dado tudo é determinado pelo acaso.
Imaginemos um jogo que emprega o dado. Suponha que você se encontra no centro de um campo aberto segurando um dado e uma bússola. Toda vez que você arremessar o dado, deve caminhar dez passos em determinada direção. Se você obtiver um, caminhará para o norte se obtiver dois, para o sul. Um três deve conduzi-lo para o leste e um quatro para o oeste. Não deverá se mover quando o resultado for cinco ou seis. Onde você estará após arremessar o dado cem vezes?
Não há maneira de prever, pois tudo é governado pelo acaso. Você poderá se encontrar próximo ao ponto de partida ou ainda em um dos cantos do campo. Ninguém é capaz de antecipar.
O mesmo ocorre com evolução, ninguém pode prever ao que conduz. Se a espécie humana é o melhor resultado da evolução, isto aconteceu puramente por acidente ou acaso.
A criação divina se opõe frontalmente a esta idéia. Não é por acaso ou por acidente, pois Deus planejou formar a natureza e o homem. Deus os fez com intenção. Ele tencionava e desejava criar o homem.
(..)
Se Deus realmente Criou todas as coisas, Ele o fez porque assim queria e porque tinha uma razão para fazer o que fez.
Se você está produzindo um modelo de madeira ou uma vestimenta de tecido; se você está fazendo um bolo na cozinha ou uma cabana no Jardim, deve haver uma boa razão para tal. Você tem algum uso ou propósito para aquilo que está executando, do contrário não dispenderia seu tempo e esforço em tal atividade. Assim Deus teria formado os mundos, a natureza e o homem sem uma razão.
Como podemos crer em Deus e em Seu propósito e, ao mesmo tempo, aceitar evolução e acaso? Acaso é exatamente o oposto de propósito.
SEGUNDA RAZÃO
A Bíblia e a evolução não concordam.
Minha segunda razão para não crer em Deus e evolução é que a Bíblia e a evolução contradizem uma a outra. Naturalmente algumas pessoas não pensam que isso é importante. Eles dizem que a história bíblica sobre a criação é um mito, semelhante a uma fábula. Algumas partes da Bíblia, dizem, são verídicas, mas outras não o são. Assim, não encontram dificuldades em acreditar em Deus e em evolução ao mesmo tempo.
Será sensato dizer que certas partes da Bíblia representam verdades, enquanto outras são falsas? Como decidimos em que partes acreditar e em quais não acreditar? Será a Bíblia verdadeira quando nos afirma que Jesus Cristo era Deus na forma humana, mas falsa quando ensina que ‘Todas as coisas foram feitas por Ele”? Será verdadeira a história de Abraão no livro de Gênesis (Jesus pensou que fosse), mas falsa a história da criação no mesmo livro? Podemos acreditar em todas as coisas que a Bíblia ensina sobre Deus, se admitirmos que certas partes das Escrituras são fábulas?
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Se Deus realmente Criou todas as coisas, Ele o fez porque assim queria e porque tinha uma razão para fazer o que fez.
Se você está produzindo um modelo de madeira ou uma vestimenta de tecido; se você está fazendo um bolo na cozinha ou uma cabana no Jardim, deve haver uma boa razão para tal. Você tem algum uso ou propósito para aquilo que está executando, do contrário não dispenderia seu tempo e esforço em tal atividade. Assim Deus teria formado os mundos, a natureza e o homem sem uma razão.
Como podemos crer em Deus e em Seu propósito e, ao mesmo tempo, aceitar evolução e acaso? Acaso é exatamente o oposto de propósito.
SEGUNDA RAZÃO
A Bíblia e a evolução não concordam.
Minha segunda razão para não crer em Deus e evolução é que a Bíblia e a evolução contradizem uma a outra. Naturalmente algumas pessoas não pensam que isso é importante. Eles dizem que a história bíblica sobre a criação é um mito, semelhante a uma fábula. Algumas partes da Bíblia, dizem, são verídicas, mas outras não o são. Assim, não encontram dificuldades em acreditar em Deus e em evolução ao mesmo tempo.
Será sensato dizer que certas partes da Bíblia representam verdades, enquanto outras são falsas? Como decidimos em que partes acreditar e em quais não acreditar? Será a Bíblia verdadeira quando nos afirma que Jesus Cristo era Deus na forma humana, mas falsa quando ensina que ‘Todas as coisas foram feitas por Ele”? Será verdadeira a história de Abraão no livro de Gênesis (Jesus pensou que fosse), mas falsa a história da criação no mesmo livro? Podemos acreditar em todas as coisas que a Bíblia ensina sobre Deus, se admitirmos que certas partes das Escrituras são fábulas?
Jesus Cristo obviamente acreditava no Velho Testamento, incluindo o relato da criação. De fato, Ele afirmou que veio para cumprir as muitas promessas feitas por Deus e mencionadas no Velho Testamento, inclusive no livro de Gênesis. Se o próprio Jesus errou ao acreditar na verdade dessas Escrituras, como podemos saber se os seus outros ensinamentos são corretos? O que resta para acreditarmos?
Naturalmente, existem outras religiões além da fé cristã. Elas têm suas próprias escrituras sagradas e suas próprias histórias sobre a criação do mundo. Mas elas se defrontam com o mesmo problema em relação à teoria da evolução, pois, a própria idéia de qualquer religião é de que existe algum sentido e algum propósito na vida. Portanto, a teoria da evolução permanece em conflito com as escrituras sagradas de todas as religiões.
Se dissermos que acreditamos em Deus e em evolução confrontamo-nos com a dificuldade de decidir a que espécie de Deus nos referimos.
Certamente não se trata do Deus da Bíblia que criou todas as coisas pela palavra do Seu poder. Não é Aquele descrito no livro de Salmos, que retém o respirar de tudo que é vivo em Suas mãos, controla vida e morte, tempo de plantar e de colher, vento e chuva.
Se acreditarmos em evolução só nos resta um Deus que, talvez, iniciou o mundo, mas em seguida abandonou-o a sua própria sorte para batalhar dolorosamente em seu desconhecido objetivo. Quão diferente do Deus apresentado pela Bíblia que ordena todas as coisas (na natureza e entre os homens) de acordo com Seus propósitos!
Naturalmente, existem outras religiões além da fé cristã. Elas têm suas próprias escrituras sagradas e suas próprias histórias sobre a criação do mundo. Mas elas se defrontam com o mesmo problema em relação à teoria da evolução, pois, a própria idéia de qualquer religião é de que existe algum sentido e algum propósito na vida. Portanto, a teoria da evolução permanece em conflito com as escrituras sagradas de todas as religiões.
Se dissermos que acreditamos em Deus e em evolução confrontamo-nos com a dificuldade de decidir a que espécie de Deus nos referimos.
Certamente não se trata do Deus da Bíblia que criou todas as coisas pela palavra do Seu poder. Não é Aquele descrito no livro de Salmos, que retém o respirar de tudo que é vivo em Suas mãos, controla vida e morte, tempo de plantar e de colher, vento e chuva.
Se acreditarmos em evolução só nos resta um Deus que, talvez, iniciou o mundo, mas em seguida abandonou-o a sua própria sorte para batalhar dolorosamente em seu desconhecido objetivo. Quão diferente do Deus apresentado pela Bíblia que ordena todas as coisas (na natureza e entre os homens) de acordo com Seus propósitos!
Fonte:
Dr. Edgar H. Andrews. “From Nothing to Nature”. Traduzido por Artur José Gonçalves Faya, para a Editora Fiel. São José dos Campos, 1991, 3ª ed. p. 9-11.
O debate segue neste link do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=2549331476304051946
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