sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estórias darwinistas: “Homossexualidade"

Membro: IBA MENDES

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Episodio de hoje: “Homossexualidade"

E dando continuidade às fantásticas estórias darwinistas, faço conhecida uma das mais polêmicas, e que tem suscitado ferrenhos debates. Trata-se da questão da homossexualidade.

Afinal, como explicar o homossexualismo segundo os critérios darwinistas?

Sabendo que os homossexuais não têm filhos, como pode o gene da homossexualidade ter sido selecionado conforme os ditames evolucionistas?

Bom. Os darwinistas dogmáticos, caracterizados pelo compromisso intelectual com a ideologia materialista, como sempre acontece, imaginaram à sua maneira uma estória para encaixar a homossexualidade na lógica darwiniana, já que não conseguem ver o horizonte sem as “lentes de Darwin”.

Desta vez, o contador de estória é o entomologista Edward Osborne Wilson, autor de “Sociobiologia: A Nova Síntese”, livro com o qual ele pretende explicar os comportamentos sociais humanos, e a própria organização social, sob a ótica do darwinismo.

Atribuindo um caráter adaptativo ao homossexualismo, Wilson justifica-o dizendo que a sociedade humana ancestral estava organizada em unidades familiares inimigas. Algumas dessas unidades eram formadas exclusivamente por heterossexuais; outras unidades continham membros homossexuais que agiam como “ajudantes” na caça e na criação e cuidados das crianças. Ou seja, os homossexuais embora não tivessem filhos ajudavam a criar seus parentes geneticamente próximos. Desta forma, tal comportamento favorecia seus genes já que quanto maior a quantidade de parentes que ajudassem a criar, maior a probabilidade de transmitirem genes parecidos aos seus. Desta forma, as unidades que incluíam homossexuais acabaram prevalecendo sobre as que eram heterossexuais, o que explicaria a sobrevivência dos supostos “genes da homossexualidade”.

Sobre esta explicação de Wilson, o darwinista NÃO-DOGMÁTICO Stephan Jay Gould, comenta com muita ponderação:

“A intenção de Wilson é admirável; ele tenta afirmar a dignidade intrínseca de um comportamento sexual muito comum e caluniado, argumentando que é natural para algumas pessoas, e além disso adaptativo (pelo menos numa forma ancestral de organização social). Mas a estratégia é perigosa, e o tiro pode sair pela culatra, se a especulação genética estiver errada. Se se defende um argumento dizendo que as pessoas foram diretamente programadas para ele, como se pode continuar a defendê-lo caso a especulação esteja errada? O comportamento passaria a ser "não-natural" e digno de condenação. O melhor é ficar resolutamente com a posição filosófica da liberdade humana: o que adultos livres fazem entre si, em particular, é problema deles. Não precisa ser justificado — nem deve ser condenado — pela especulação genética”.

Fonte:
Stephen Jay Goul. “Darwin e os Grandes Enigmas da Vida, p. 265.

Genial este darwinista!

É isso!


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