sexta-feira, 10 de julho de 2009

Macroevolução | Microevolução

Membro: RASTAN

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Bom,

Apesar de refutada a tempos, é incrível que criacionistas continuam a usar aquele velho argumento da invalidade da evolução pela não-observação da macroevolução.

Vou postar aqui, mas antes, créditos para Cristiano*o|-<( e para Alberto Rossettini


Microevolução e macroevolução são duas coisas diferentes, mas envolvem basicamente o mesmo processo.

Microevolução é definida pela mudança nos alelos em uma população, via mutações, seleção natural, deriva continental ou até migração. Muitos criacionistas não vêem problema nenhum com isso (mas há exceções).

Macroevolução são mudanças evolucionárias que ocorrem ao nível de espécies para cima, ou seja, a formação de uma nova espécie, gênero, etc. Como a especiação já foi comprovada, a macroevolução por tabela também já foi.

Porém, como isso é inconveniente para os criacionistas, eles inventaram um novo significado para macroevolução. Não há definição técnica para esse novo termo, mas eles costumam dizer que querem ver um cachorro sentar à mesa para tomar chá, ou uma ameba virar elefante, etc. Vamos chamar isso de “supermacroevolução”, para não confundir com macroevolução de verdade, que já foi provada.

Especiação é diferente de microevolução porque especiação requer um fator de isolamento para manter a nova espécie distinta da outra. Esse fator de isolamento não precisa ser biológico, pode ser geográfico, como uma montanha ou o curso de um rio. Mas fora isso, nada além de microevolução é necessário.

Já a “supermacroevolução” é difícil de se observar diretamente, pois demora muito tempo para ocorrer. Porém não há a menor evidência de que necessite algo além de microevolução e tempo para acontecer.

Há toneladas de evidências que mostram que pequenas mudanças ao longo do tempo ocasionam grandes mudanças (como registro fóssil e análise genética), e nenhuma e evidência contra. Criacionistas insistem que isso é impossível baseado apenas em passagens bíblicas (“segundo sua espécie”), mas nenhum trabalho científico foi feito provando isso até hoje.



Macroevolução nunca foi vista? Macroevolução não é especiação?

Infelizmente existem pessoas que, enquanto não verem ”uma ameba virar um elefante”, como dizem, nunca irão aceitar a evolução como fato.
Criacionistas insistem nessa tecla apenas por causa da parte da evolução que eles não podem evitar: a microevolução. Porém eles não sabem que a macroevolução já foi provada, quando foi provada a especiação.

Microevolução é a diferenciação evolucionária que ocorre dentro de uma espécie. Macroevolução, a definição oficial, é a evolução que ocorre de espécie para cima (espécie, gênero, família, etc). Quando novas espécies surgiram, ficou comprovada a macroevolução.

Infelizmente os criacionistas não querem admitir isso, e deturpam o significado de macroevolução para algo que seja mais confortável para eles.

Macroevoluções são apenas milhares de microevoluções acumuladas ao longo de muito tempo. Ora, se eles admitem que microevoluções existem, o que impede que elas se acumulem tanto que, depois de muito tempo, uma espécie seja tão diferente da original, que pode ser considerada uma espécie nova? Nada, é claro. Microevolução então implica em macroevolução. Ainda mais quando pequenas mudanças nos genes do desenvolvimento podem provocar grandes mudanças no organismo adulto.

Macroevolução então não é apenas extrapolação das microevoluções, mas também interpolação com o registro fóssil, registro genético e bioquímico, e também de padrões observados entre semelhanças e diferenças entre as espécies.

Uma noticia que saiu ontem:

Mutação em um único gene põe ave no rumo de se dividir em duas espécies

Com quantas mutações se faz uma nova espécie? Um passarinho das Ilhas Salomão parece estar dando uma resposta inesperada aos cientistas. Uma troca de uma única letra do DNA em um único gene do papa-moscas-monarca (Monarcha castaneiventris) aparentemente bastou para que populações de aves de duas ilhas vizinhas parassem de se reconhecer como membros de um mesmo grupo e de se acasalar umas com as outras.

Tudo o que o tal gene faz é mudar a cor das penas da barriga do bicho. Segundo um grupo de biólogos norte-americanos, isso bastou para pôr os papa-moscas no rumo do isolamento reprodutivo, marca registrada da especiação.

Os passarinhos da ilha Makira têm barriga alaranjada, que dá o nome à espécie ("ventre castanho", em latim).

A menos de 10 quilômetros de Makira, na ilhota de Santa Ana, os papa-moscas são totalmente pretos. Uma análise de DNA das aves concluiu que uma mutação pontual num gene chamado MC1R, que mudou um único aminoácido (um dos tijolos moleculares com que se fazem as proteínas) na sequência de uma proteína, tornou os pássaros de Santa Ana pretos.

Esse mesmo gene também está envolvido num outro caso de especiação incipiente, do outro lado do mundo: o de uma espécie de camundongo selvagem (Peromyscus) da Flórida, sul dos EUA, estudada pelo grupo da bióloga Hopi Hoekstra, da Universidade Harvard.

Hoekstra observou que os roedores, de pelagem marrom, tornaram-se quase brancos depois que colonizaram praias de areia branca na Flórida.

Experimentos conduzidos por Jorge Uy, da Universidade de Siracusa (Nova York) e seu grupo, usando iPods e pássaros empalhados, mostraram que os papa-moscas de uma ilha não só não demonstram interesse sexual pelos da outra como reconhecem seu aspecto e seu canto como os de uma espécie invasora e tendem a atacá-los.

Embora haja cruzamentos eventuais entre pássaros de Makira e de Santa Ana, Filardi diz que os híbridos não se dão bem. "Eles são uma exceção que confirma a regra." Como esses híbridos tendem a sobreviver e se reproduzir menos que as populações "puras", com o tempo a tendência é que o fluxo gênico cesse de vez, e as populações das duas ilhas se tornem espécies distintas de fato.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u591146.shtml


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