domingo, 12 de julho de 2009

FOI A TERRA CRIADA EM 6 DIAS DE 24 HORAS?

Membro: TONY
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Muitos nas religiões, especialmente os chamados fundamentalistas, insistem em que os dias da criação, mencionados em Gênesis, capítulo um, eram de apenas vinte e quatro horas de duração. Naturalmente, visto que Deus, o Criador, é tanto todo-sábio como todo-poderoso, poderia muito bem ter criado todas as coisas mencionadas na narrativa da criação em seis dias de vinte e quatro horas. Mas, à base de evidência tal como a encontrada nas rochas da terra e mediante os telescópios dos astrônomos, não parece que o fez. Jesus Cristo considerava a narrativa de Gênesis como sendo fato real, pois citou esta narrativa de Gênesis com autoridade, dizendo: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macha e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe e se apegará à sua esposa, e os dois serão uma só carne’?” O apóstolo Paulo pensava o mesmo, pois disse que Deus “fez de um só homem toda nação dos homens” e que “Adão foi formado primeiro, depois Eva”. Por isso é do nosso interesse, e de nenhum modo fútil, querermos saber exatamente qual era a duração dos dias da criação. — Mat. 19:4, 5; Atos 17:26; 1 Tim. 2:13.
Mas antes de considerarmos a duração destes dias da criação, parece conveniente esclarecer um mal-entendido comum. Este mal-entendido é no sentido de que a própria terra tenha sido criada durante os seis “dias” da criação. O registro bíblico indica que o universo, os céus estrelados, bem como este planeta Terra, foram criados antes de começar o primeiro dos dias criativos.
Assim, Gênesis 1:1 fala da criação dos céus estrelados, bem como deste planeta Terra, e diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” A Bíblia não diz quando se deu este “princípio”. É só mais tarde, na Bíblia, que lemos a respeito daquilo que Deus criou no primeiro “dia”. Os seis “dias” criativos, portanto, envolvem os atos criativos de Deus na preparação da terra já existente para a habitação do homem, e não a criação da própria terra.

Portanto, não há nada na narrativa de Gênesis que contradiga as conclusões científicas dos cientistas modernos no sentido de que o universo material, inclusive a terra, talvez tenha a idade de bilhões de anos.
Então, como devemos entender as palavras do Quarto Mandamento, a respeito de Deus fazer os céus e a terra durante seis dias? (Êxo. 20:11) Ajuda-nos se compreendermos que, assim como os escritores bíblicos usavam o termo “dia” em mais de um sentido, assim também usavam os termos “céus” e “terra” em mais de um sentido. Assim, às vezes se chama a atmosfera em que os pássaros voam de “céus”. (Jer. 4:25) Esta expansão atmosférica, ou “céus”, foi feita no segundo “dia” da semana criativa. Também, foi só no terceiro “dia” que apareceu a terra seca. Por isso se pode dizer que a terra, querendo dizer a terra seca, também foi criada durante a semana criativa, mas isto não significa que se criou então a própria terra, o globo ou planeta. — Gên. 1:6-10, 13.
DURAÇÃO DOS DIAS CRIATIVOS
Qual foi, então, a duração desses “dias” da criação? A Bíblia nos fornece um indício quanto à duração do sétimo dia. Visto que estes “dias” faziam todos parte de uma ‘semana’, é razoável concluir-se que todos estes “dias” tivessem a mesma duração.
Com respeito à duração do sétimo dia, é deveras de interesse que a Bíblia não diz nada sobre nenhuma ‘noitinha e manhã’, um princípio e um fim do sétimo dia, como no caso dos outros seis dias. Trata-se de uma omissão significativa. O registro declara simplesmente: “Deus passou a abençoar o sétimo dia e a fazê-lo sagrado, porque nele tem repousado de toda a sua obra.” — Gên. 2:3.

A única conclusão lógica que podemos tirar disso é que o sétimo dia ainda está continuando. Apóia a Bíblia tal conclusão? Sim, apóia a decididamente, pois fala de Jeová Deus como ainda descansando, milhares de anos após a criação. Assim, no Salmo 95:8-11, lemos que Jeová disse aos israelitas, no ermo, que não entrariam no seu descanso por causa da dureza de seus corações. Isto mostra que Deus havia descansado das obras da espécie descrita em Gênesis, capítulo um e dois, desde a criação de Eva até aquele tempo, por mais de 2.500 anos.
O salmista Davi, uns 400 anos depois, em Salmo 95:8-11, fala de se entrar no descanso de Deus, no seu dia. E daí, mais de mil anos após o tempo de Davi’ o escritor de Hebreus fala de Jeová Deus ainda descansando, nos seus dias. Aconselha os cristãos a não ser semelhantes aos israelitas no ermo, que deixaram de entrar no descanso de Deus, mas que deviam fazer “o máximo para entrar naquele descanso”, no descanso de Jeová. Com relação a isso, ele diz que “resta um descanso sabático para o povo de Deus”. E visto que as palavras do apóstolo Paulo são aplicáveis aos cristãos hoje em dia, segue-se que Jeová tem usufruído seu sábado ou repouso da criação física já por quase seis mil anos. — Heb. 4:9, 11.
Isto abrange 6.000 anos. É esta a duração do sétimo dia? Não, porque lemos que “Deus passou a abençoar o sétimo dia e a fazê-lo sagrado”. Seu resultado precisa ser “muito bom”, e isto não se dá com as atuais condições do mundo; portanto, o “dia” ainda deve estar continuando. Na realidade, estes seis mil anos tem sido como que uma semana de trabalho para o homem, em que ele tem labutado no suor do seu rosto. Mas obterá descanso durante o vindouro reinado milenar de Cristo, que começará muito em breve, conforme mostram a cronologia bíblica e o cumprimento da profecia bíblica.

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