Membro: IBA MENDES
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“A grande novidade em Londres é a chegada de um hóspede ilustre – o Sr. Pongo. Quem é o Sr. Pongo? É uma personagem em que todo o mundo fala, por quem as mulheres andam entusiasmadas, cuja fotografia se vende a cada canto e cujas ações mais insignificantes são registradas em tipo graúdo pelos jornais mais sérios. O Sr. Pongo não é um príncipe, nem um general, nem um escritor, nem um descobridor, nem sequer um rabequista – é simplesmente um macaco! Mas que macaco! É um gorila: o primeiro, o único que tem vindo à Europa!_________
“Notícias do amigo Pongo.
Está ótimo. Como parecia aborrecer-se bastante, os sábios, que o vigiam zelosamente, resolveram cercá-lo de alguma sociedade. Vieram dos jardins zoológicos três chimpanzés para lhe fazerem – ia quase a dizer, a partida de whist –, para lhe fazerem companhia ao jantar e falarem das queridas florestas de África. Um dos chimpanzés é engraçado como um clown e estroina como um lorde: desde a sua chegada, a casa do amigo Pongo ressoa de gritos, vacila com os pulos, vibra de toda a ágil, espirituosa, ladina inquietação do faceto chimpanzé.
Pongo aprecia esta vivacidade, e tem por ele uma estima refletida e protetora: faz em geral, aos seus três hóspedes, as honras da casa com benevolência, mas as delicadezas mais especiais são para esse chimpanzé: se lhe dão charutos, oferece-lhe sempre o maior; há dias deram-lhe um chapéu e o excelente Pongo foi logo enterrá-lo na cómica cabeça do seu amigo, recuando um pouco, depois de saborear a pilhéria daquela toilette humana. Quando bebe, passa-lhe logo em seguida o copo, gravemente, com um sorriso. Agora uma coisa extraordinária: Mr. Pongo detesta Darwin!
Darwin é, como sabem (é quase ridículo lembrá-lo), o grande filósofo e naturalista que primeiro estabeleceu a teoria da descendência do homem, e declarou-o nascido diretamente do macaco. Parecia natural que Pongo, vendo pela primeira vez o sábio ilustre que lhe deu uma tão alta posição na criação, fazendo-o pai do gênero humano, lhe daria ao menos um hakehands cordial.
Pois não senhor! Detesta-o. Com uma ingratidão africana, apenas o avista, franze a testa, arreganha os dentes, fita-o, volta-lhe as costas. E todavia se há uma bela e doce fisionomia, é a de Darwin com a sua longa barba branca! A amizade de Pongo é pelo ilustre professor Tyndall: quando o vê, atira-se- lhe aos braços e, com uma idéia infame da limpeza do grande sábio, começa a catá-lo com frenesi!
E o que Tyndall ri! Comoveu-me, há dias, ver Darwin, e Tyndall, e Fawcett, e outros sábios famosos, honra e esplendor da humanidade, virem fazer a sua visita de amizade a este venerável avô da raça humana! Mas francamente, a atitude do gorila para com Darwin chocou-me. Estimo-o talvez menos. E a única explicação é esta: Pongo conhece que Darwin o declarou pai do homem: e Pongo, que já tem viajado bastante, que esteve em Berlim, que conhece a população toda de Londres, que tem feito observações prolongadas sobre o homem, está furioso com Darwin e com a sua teoria. «O quê!», pensa ele; «isto, este ser de chapéu alto e luneta no olho, que paga um xelim para me vir ver, é que é o meu descendente?
E a isto que Darwin chama um gorila aperfeiçoado? Mas esse sábio não tem então escrúpulo em lançar uma nódoa infamante na respeitável classe dos gorilas? Esse sábio é um mau homem!» E volta-lhe as costas. A razão é clara: ele não o considera um observador profundo, acha-o um reles caluniador!”
Por:
Eça de Queiroz. Crônicas de Londres (Agosto de 1877).
E o que Tyndall ri! Comoveu-me, há dias, ver Darwin, e Tyndall, e Fawcett, e outros sábios famosos, honra e esplendor da humanidade, virem fazer a sua visita de amizade a este venerável avô da raça humana! Mas francamente, a atitude do gorila para com Darwin chocou-me. Estimo-o talvez menos. E a única explicação é esta: Pongo conhece que Darwin o declarou pai do homem: e Pongo, que já tem viajado bastante, que esteve em Berlim, que conhece a população toda de Londres, que tem feito observações prolongadas sobre o homem, está furioso com Darwin e com a sua teoria. «O quê!», pensa ele; «isto, este ser de chapéu alto e luneta no olho, que paga um xelim para me vir ver, é que é o meu descendente?
E a isto que Darwin chama um gorila aperfeiçoado? Mas esse sábio não tem então escrúpulo em lançar uma nódoa infamante na respeitável classe dos gorilas? Esse sábio é um mau homem!» E volta-lhe as costas. A razão é clara: ele não o considera um observador profundo, acha-o um reles caluniador!”
Por:
Eça de Queiroz. Crônicas de Londres (Agosto de 1877).
Fiz menção desta deliciosa crônica do genial Eça de Queiroz (que fora contemporâneo de Darwin) para tratar de uma questão que há muito se tornou um duplo mito...
O Homem e o Macaco.
O primeiro mito criado em torno desta questão, é aquele em que se crê que Charles Darwin afirmou que o homem veio do macaco. Aliás, este tipo de afirmação há muito tem culminado em fúrias por parte da galera dos “meninos e meninas de Darwin”. Afinal, dizem eles: - A Teoria da Evolução não afirma que o Homem evoluiu do Macaco!
Realmente, há de se fazer justiça a Darwin! Em nenhum momento ele diz que o homem veio do macaco. Na verdade, ele dizia coisa bem pior. Seu racismo não o abandonava. Dizia que o homem descendia dos SELVAGENS! E mais: dizia que preferia descender de um forte e valente macaco, do que ter um desses selvagens como ancestral:
“Quanto a mim, quisera antes ter descendido daquela pequena e heróica macaquinha que desafiou o seu terrível inimigo para salvar a vida do próprio guarda; ou daquele velho babuíno que, descendo da montanha, levou embora triunfante um companheiro seu jovem, livrando-o de uma matilha de cães estupefatos, ao invés de descender de um selvagem que sente prazer em torturar os inimigos, que encara as mulheres como escravas, que não conhece o pudor e que é atormentado por enormes superstições” (“A Origem do Homem”, p. 712).
O Homem e o Macaco.
O primeiro mito criado em torno desta questão, é aquele em que se crê que Charles Darwin afirmou que o homem veio do macaco. Aliás, este tipo de afirmação há muito tem culminado em fúrias por parte da galera dos “meninos e meninas de Darwin”. Afinal, dizem eles: - A Teoria da Evolução não afirma que o Homem evoluiu do Macaco!
Realmente, há de se fazer justiça a Darwin! Em nenhum momento ele diz que o homem veio do macaco. Na verdade, ele dizia coisa bem pior. Seu racismo não o abandonava. Dizia que o homem descendia dos SELVAGENS! E mais: dizia que preferia descender de um forte e valente macaco, do que ter um desses selvagens como ancestral:
“Quanto a mim, quisera antes ter descendido daquela pequena e heróica macaquinha que desafiou o seu terrível inimigo para salvar a vida do próprio guarda; ou daquele velho babuíno que, descendo da montanha, levou embora triunfante um companheiro seu jovem, livrando-o de uma matilha de cães estupefatos, ao invés de descender de um selvagem que sente prazer em torturar os inimigos, que encara as mulheres como escravas, que não conhece o pudor e que é atormentado por enormes superstições” (“A Origem do Homem”, p. 712).
Bom. Mas a ênfase neste tópico será sobre o segundo mito, que diz respeito à falácia tão alardeada de que existem 99% de semelhança entre os genomas de humanos e chimpanzés:
“As semelhanças genéticas entre gorilas, chimpanzés e seres humanos têm sido confirmadas pelos estudos comparativos de cromossomos e de DNA. Esses estudos mostraram, por exemplo, que a seqüência de bases de nosso DNA difere da seqüência do chimpanzé em apenas 1%, ou seja, nossa semelhança genética com eles é da ordem de 99%.”
Fonte:
José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. “Fundamentos da Biologia São Paulo”. Editora Moderna. São Paulo, 2002, p. 481
De fato, embora o mito do 1% já se tenha difundido entre muitos darwinistas como sendo expressão da mais pura verdade, estudos têm demonstrado que há grandes diferenças entre os genomas de humanos e chimpanzés. Por exemplo:
• Enormes porções de DNA ausentes,
• Extra genes,
• Número e estrutura dos cromossomos,
• Conexões alteradas nas redes de genes,
• Indels (inserções e deleções),
• Número de cópia de gene,
• Genes coexpressados.
Num trabalho publicado no ano passado (Relative Differences: The Myth of 1%), Jon Cohen, por exemplo, afirmou na revista Science que foi observada uma diferença de 17.4% nos genes expressos no córtex cerebral, fato este que a mídia altamente comprometida com a ideologia darwinista, sempre faz questão de esconder!
É isso!
“As semelhanças genéticas entre gorilas, chimpanzés e seres humanos têm sido confirmadas pelos estudos comparativos de cromossomos e de DNA. Esses estudos mostraram, por exemplo, que a seqüência de bases de nosso DNA difere da seqüência do chimpanzé em apenas 1%, ou seja, nossa semelhança genética com eles é da ordem de 99%.”
Fonte:
José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. “Fundamentos da Biologia São Paulo”. Editora Moderna. São Paulo, 2002, p. 481
De fato, embora o mito do 1% já se tenha difundido entre muitos darwinistas como sendo expressão da mais pura verdade, estudos têm demonstrado que há grandes diferenças entre os genomas de humanos e chimpanzés. Por exemplo:
• Enormes porções de DNA ausentes,
• Extra genes,
• Número e estrutura dos cromossomos,
• Conexões alteradas nas redes de genes,
• Indels (inserções e deleções),
• Número de cópia de gene,
• Genes coexpressados.
Num trabalho publicado no ano passado (Relative Differences: The Myth of 1%), Jon Cohen, por exemplo, afirmou na revista Science que foi observada uma diferença de 17.4% nos genes expressos no córtex cerebral, fato este que a mídia altamente comprometida com a ideologia darwinista, sempre faz questão de esconder!
É isso!
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