sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Tedeísmo e as objeções de um leigo

Membro: IBA MENDES

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Num outro tópico, comentando algo sobre a TDI, um leigo ultra-darwinista indicou um link de sua autoria no qual faz simplórias objeções e ingênuas acusações ao Tedeísmo.

E, como retorno ao Dostoievski só mais tarde, achei por bem esclarecer aos "leigos faladores" sobre suas errôneas impressões acerca da Teoria do Design Inteligente. O link propriamente dito constará no fim deste tópico. O texto em letra colorida, refere-se, ipsis litteris, ao que aparece neste mesmo link:

Porque o Design Inteligente é um Criacionismo?

Uma demonstração lógica simples.
Neste artigo apresentamos uma demonstração em poucos passos de porque as afirmações do chamado Design Inteligente é um Criacionismo apenas com nuances menos bíblicas e não fixistas nas espécies.

Note-se que a retórica sempre recai sobre a mesma e repetida questão, ou seja, a ingênua rotulação do Tedeísmo como postulando os mesmos preceitos que o Criacionismo.

O que é o Design Inteligente

O chamado Design Inteligente é uma relativamente nova corrente entre determinados teístas com conceituação de uma divindade interferente nos processos biológicos.

BESTEIRA!!!
David Berlinski, por exemplo, é um judeu agnóstico; e Bradley Monton, um ateu, o qua, inclusive até escreveu um livro em que defende a posição Tedeísta.

Em outras palavras, é um conjunto de afirmações de que determinadas estruturas bioquímicas são tão complexas, e integradas em suas partes, que seriam impossíveis de existir sem a ação integradora de um designer, necessariamente sobrenatural, que também necessariamente tem de projetar e construir tais estruturas nos seres vivos, com os exemplos mais destacados do flagelo bacteriano e do olho dos seres vivos.

As máquinas biológicas – necessariamente – têm que ter sido planejadas – seja por Deus ou por alguma outra inteligência superior.

Se é isso que o autor quis afirmar, vá lá, faz sentido.

Neste ponto, devemos destacar a conceituação do autor destacado em Design Inteligente Behe, do que seja complexidade irredutível, a afirmação que há estruturas biológicas que não poderiam ter evoluído de um estado mais simples, mesmo a própria célula, unidade fundamental dos seres vivos, que é composta de centenas de máquinas moleculares complexas (como se não existisse inúmeras graduações de complexidade entre as células na natureza, desde as mais simples bactérias até os complexos protozoários).

Deixemos que o próprio Behe defina o seu conceito de Complexidade Irredutível. É melhor assim:

“Com irredutivelmente complexo quero dizer um sistema único composto de várias partes compatíveis, que interagem entre si e que contribuem para sua função básica, caso em que a remoção de uma das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar de forma eficiente.

Um sistema irredutivelmente complexo não pode ser produzido diretamente (isto é, pelo melhoramento contínuo da função inicial, que continua a atuar através do mesmo mecanismo) mediante modificações leves, sucessivas, de um sistema precursor, porque qualquer precursor de um sistema irredutivelmente complexo ao qual falte uma parte é, por definição, não-funcional.

Afirma-se que sem tais estruturas, a célula não funcionaria (como se entre as células, não tivessemos, por exemplo, células sem membrana nuclear como as bactérias ou semmitocôndrias, como também as bactérias), daí, num salto lógico afirma-se que a célula é irredutivelmente complexa, ou seja, que não pode ter evoluído de um estado mais simples, porque não funcionaria nesta onfiguraçao mais simples, e a seleção natural só poderia optar por características que já estivessem em funcionamento.

Continuemos, pois, com o Behe:

”Uma vez que a seleção natural só pode escolher sistemas que já funcionam, então, se um sistema biológico não pudesse ser produzido de forma gradual, ele teria que surgir como uma unidade integrada, de uma única vez, para que a seleção natural tivesse algo com que trabalhar.
Mesmo que um sistema seja irredutivelmente complexo (e, portanto, não possa ter sido produzido diretamente), não podemos excluir por completo a possibilidade de uma rota indireta, tortuosa.

Aumentando-se a complexidade de um sistema interatuante, porém, cai bruscamente a possibilidade dessa rota indireta. E, à medida em que aumenta o número de sistemas biológicos irredutivelmente complexos, inexplicados, nossa confiança em que o critério de fracasso de Darwin tenha sido atingido sobe vertiginosamente para o máximo que a ciência permite.

Em teoria, poderia ser tentador imaginar que complexidade irredutível requereria somente mutações simultâneas múltiplas — que a evolução poderia ser muito mais aleatória do que pensávamos, mas ainda possível. Esta é, no fundo, a teoria do monstro esperançoso de Goldschmidt.

Um apelo desse tipo à sorte pura e simples jamais poderá ser refutado. Ainda assim, é um argumento vazio. Poderíamos dizer também que o mundo, por sorte, surgiu ontem, de repente, com todos os aspectos que ora possui. Sorte é uma especulação metafísica; explicações científicas necessitam de causas.”


Tal conjunto de afirmações, a despeito de seu conteúdo e solidez, busca responder de maneira contrária às afirmações da teoria da evolução das espécies já em questões levantadas por Darwin:

"Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não pudesse em absoluto ter sido formado por modificações numerosas, sucessivas e ligeiras, minha teoria cairia por completo. Mas que tipo de sistema biológico poderia ter não sido formado por modificações numerosas, sucessivas e ligeiras?"

Sim, para sustentar que um sistema se desenvolveu gra¬dualmente através de um mecanismo darwiniano, faz-se mister que se demonstre que a função do sistema poderia "ter sido formada por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações".

Refutações

Neste artigo, nem vamos nos dedicar a citar as extensas refutações aos inúmeros argumentos dos defensores de tais proposições, desde uma abordagem pela não necessidade de sistemas plenamente integrados e funcionais, como em Orr, Pigluiucci e Pennock, e em numerosos artigos (de divulgação) de Kenneth Chang, Laurie Goodstein(em que destaca que os promonentes do Design Inteligente NÃO opõe-se totalmente às afirmações da teoria da evolução)

Na verdade, os proponentes da TDI não estão presos a nenhuma camisa de força acadêmica. Alguns, por exemplo, vêem como convincente a ancestralidade comum, outros, no entanto, não encontram respaldos para acatá-la. O básico no Tedeísmo, é que as máquinas biológicas, por sua extrema complexidade, não poderiam ter seguido uma rota gradual segundo a ortodoxia darwinista. De resto, variam as opiniões. Simples!

e as questões legais no ensino de Biologia nos EUA, assim como da obviedade que o olho não se apresenta entre os seres vivos de forma "completa" (como se isso existisse em biologia) entre os diversos filos dos seres vivos, como vemos nos, em relação aos nossos, olhos dos moluscos.

Aqui o autor entrou num transe darwinístico. Ou seja: viajou...

As Bases

As bases da argumentação do design inteligente estão no chamado argumento do relojoeiro de Paley, deWilliam Pailey, teólogo britânico, lançado em 1831 e diversas argumentações teleológicas ao longo da história da chamada Filosofia Natural, antes do nascimento da moderna ciência.

Na verdade, não se escreve “Pailey”, mas PALEY: William Paley. ((rs))
Bom, mas vamos ao que interessa...

E, aqui, um comentário de Behe vem em boa hora:

”Não obstante, é preciso enfatizar, para conhecimento do leitor moderno, que, mesmo na sua melhor forma, Paley falava a respeito de caixas pretas biológicas: sistemas maiores do que uma célula. Já o exemplo que nos dá do relógio, em contraste, é excelente, porque o relógio não era uma caixa preta, já que se conheciam seus componentes e respectivos papéis.

[...]

Mas exatamente em que ponto, poderíamos perguntar, Paley foi refutado? Quem rebateu seu argumento? De que maneira foi produzido o relógio, sem um planejador inteligente? É surpreendente, mas verdadeiro, que o principal argumento do desacreditado Paley nunca foi refutado de fato. Nem Darwin nem Dawkins, nem a ciência nem a filosofia explicaram como um sistema irredutivelmente complexo como um relógio poderia ser produzido sem um planejador. Em vez disso, o argumento de Paley foi desviado do alvo por ataques a seus exemplos mal escolhidos e por discussões teológicas despropositadas. Paley, é claro, merece censura por não ter ordenado seu ponto de vista com maior precisão. Mas muitos de seus detratores também são censuráveis por se recusarem a discutir seu argumento principal, bancando os bobos para chegar a uma conclusão que lhes fosse mais aceitável.”


”Determinadas afirmações de mesmo cunho, quanto as polimerizações das moléculas da bioquímica, foram mais tarde feitas pelo físico Hoyle, e hoje até tratadas como uma falácia específica sobre o tema.

E...

Outras questões e abordagens filosóficas sobre o design inteligente, como Hume e a questão teleológica e as afirmações teleológicas sob a moderna Filosofia da Ciência foram já tratados em nosso artigo Falácia da Poça D'Água.

Hum...

A Demonstração

Aqui nos dedicaremos a apresentar em passos simples que o dito Design Inteligente, é na verdade, uma forma de Criacionismo sutil, e até oculta, mas ainda sim um Criacionismo.

BESTEIRA!
A mesma, velha e repetida ladainha, típica de darwinistas chorões, os quais, por não encontrarem explicação para uma rota gradualista dos sistemas de complexidade irredutível, apela para este tipo barato de retórica.

1. Existem estrutras na natureza que não podem se originar e processos evolutivos ou bioquímicos naturais, pois sua complexidade ou integração entre as partes não o permite.

Sim, por exemplo: o flagelo, os cílios, a coagulação do sangue, o sistema imunológico entre outros.

2. Logo, existe uma entidade, digamos uma civilização extraterrestre que atuou em momentos da história da vida propiciando a existência de tais estruturas.

BESTEIRA!
O Tedeísmo não afirma que “EXISTE” uma “entidade” ou seja lá o que for. A TDI apenas postula que as máquinas biológicas foram planejadas, sem entrar no mérito da natureza do Planejador. O objeto de estudo da TDI são os sistemas complexos, os quais apresentam traços de design. O resto, é pura falação verborrágica de ultradarwinistas e similares.

3. Esta civilização, sendo fruto de um processo evolutivo completamente natural, de todas as suas estruturas, por si permite o processo evolutivo completamente natural.

Aqui fiquei na dúvida sobre qual seja a posição religiosa do autor do texto. ((rs))

4. Se esta civilização também é fruto em alguma de suas estruturas, de um design inteligente superior, e o tem de ser, pelos mesmo argumentos de (1.), poderia ser fruto do design inteligente de uma civilização ainda superior.

Mas que tipo de “civilização” seria essa de que fala o autor?

Aqui, o autor mais uma vez entra num “transe darwinístico”. ((rs)Em outras palavras: não tem a mínima noção daquilo que escreve. ((rs))

2. Repetindo-se os passos 3 e 4, chagamos a conclusão ou que existe o processo evolutivo em algum lugar do universo, e partir daí propagando a "construção da vida" pelo restante do universo, ou caímos numa sequência infinita de civilizações, o que se mostra absurdo.

Absurdo é uma pessoa fazer uso de argumento deste viés para criticar o Tedeísmo. Já li argumento melhores, bem melhores do que este.

Haja!!!

Logo, necessariamente, caímos numa "causa primeira", aos moldes de Aquino e Aristóteles, a qual origina as estruturas vivas que consequentemente produzirão outras, seja em qual nível for de design entre as civilizações acima apresentadas.

Note-se a obsessão do autor por tal “civilização imaginária”. Queria saber acerca em qual livro místico ele extraiu estas conclusões! ((rs))

Ou seja: o autor demonstra completo desconhecimento daquilo que se postula na TDI.

Haja!!!

Pelo demonstrado, pelo design inteligente, o processo evolutivo ocorre, mas necessariamente possui uma divindade sobrenatural que o coordena, logo, o universo, a natureza, é incapaz de produzir suas estruturas vivas.

MIAIS BESTEIRA... E BOTA BESTEIRA NISSO! ((rs))

E mais uma vez o Behe explica:

” Para se deduzir que houve um plano não é preciso ter um candidato para o papel de planejador. Podemos chegar à conclusão de que um sistema foi planejado pelo simples exame do mesmo, e podemos ter muito mais certeza sobre o planejamento em si do que sobre o planejador. Em vários dos exemplos dados acima, a identidade do planejador não era óbvia. Não temos ideia de quem arrumou a engenhoca no pátio de sucata, ou a armadilha de gavinhas, ou por quê. Não obstante, sabemos que todas essas coisas foram planejadas por causa da organização de componentes independentes para atingir certo fim.
A inferência de que houve um plano pode ser feita com bastante segurança, mesmo que o planejador seja figura muito remota.”


Haja!!!

Logo, em algum momento da história do universo, uma entidade, e vimos que tem de ser uma divindade, logo num ato de criação, e dentro da sutil argumentação dos defensores do design inteligente, preferencialmente a divindade judaico-cristã.

((rs)), ((rs)), ((rs))!!!
O aqui o autor faz transparecer sua total ignorância quanto aos postulados tedeístas, ao mesmo tempo em que escancara seu odiozinho “preferencialmente à divindade judaico-cristã”.

Aí está o resultado de quem leva muito à serio a Wikipédia e similares! ((rs))

Haja!!!

É isso!

E, aqui, o link onde consta os argumentos (em azul) do tópico:

http://knol.google.com/k/francisco-quiumento/porque-o-design-inteligente-um/2tlel7k7dcy4s/25#view

É isso!


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