domingo, 12 de julho de 2009

A causa profana de Darwin - Parte II


31 jan

Iba Mendes

Desta feita vou de José Osvaldo de Meira Penna, professor da Universidade de Brasília (UnB) de 1982 a 1989, autor de, entre outros: “Nietzsche e a loucura” e “Polemos: uma análise crítica do darwinismo”, obra da qual extrair os textos “atormentadores” a seguir: ((rs))

”Em A descendência do homem e a seleção sexual, que apareceu pela primeira vez em 1871, Darwin expressa opiniões similarmente notáveis que resumem sua postura filosófica quanto ao problema da seleção e da contra-seleção, aplicadas ao homem. O eugenismo aí está implícito. O eugenismo e a crítica a certos efeitos anti-seletivos da civilização moderna - argumentos que serão, futuramente, aproveitados de modo peculiar. Vejamos o que diz o biólogo:

Mais uma vez, para desespero do Guga, o mesmo texto de Darwin é citado para exemplificar a eugenia de Galton , primo de Darwin, o qual aceitou de pronto as idéias do primo sobre hereditariedade:
31 jan

Iba Mendes

”Com os selvagens, os indivíduos fracos de corpo e de espírito são prontamente eliminados e os sobreviventes não tardam, ordinariamente, a se fazer notar por sua saúde vigorosa. No que diz respeito a nós, homens civilizados, fazemos pelo contrário todos os esforços para deter a marcha da eliminação; construímos hospitais para os idiotas, os achacados e os doentes; fazemos leis que prestam assistência aos indigentes; nossos médicos esforçam-se com toda a sua ciência para prolongar ao máximo a vida de cada um... Os membros mais débeis podem assim reproduzir-se indefinidamente. Ora, quem quer que se tenha ocupado da reprodução dos animais domésticos sabe, sem dúvida, como essa perpetuação dos seres débeis deve ser prejudicial à raça humana. Nosso instinto de simpatia nos induz a socorrer os infelizes. A compaixão constitui um dos produtos acidentais que adquirimos, no princípio, do mesmo modo como os outros instintos sociais de que faz parte. A simpatia, aliás, tende sempre a tornar-se mais larga e mais universal. Não saberíamos restringir nossa simpatia, mesmo se admitirmos que a razão inflexível disso fizesse uma lei, sem prejudicar a parte mais nobre de nossa natureza...

Devemos portanto sofrer, sem nos queixar, os efeitos incontestavelmente perversos que resultam da persistência e da propagação dos seres débeis. Parece, contudo, que existe um freio a essa propagação, no sentido de que os membros malsãos da sociedade se casam menos facilmente do que os membros sãos. Esse freio poderia ter uma eficácia real se os fracos de corpo e de espírito se abstivessem do casamento. Mas é isso uma situação que é mais fácil desejar do que realizar”.

E, continua Penna a após citar o texto de Darwin:
31 jan

Iba Mendes

Em outros trechos, parece Darwin lamentar que o homem civilizado procure anular, graças à medicina, o processo de eliminação dos inferiores. A vacina descoberta por Pasteur e Jenner estava preservando milhares cuja constituição franzina teria sucumbido à varíola ou à peste. "Assim os mem¬bros fracos da sociedade civilizada se propagam" e "ninguém duvida que isso é prejudicial à raça do homem".

MUITA CALMA NESTA HORA!((rs))

”Comparando essa prática com a iniciativa inteligente do próprio ho¬mem quando domestica os animais, Darwin estava, sem se dar conta, lançando as bases de uma concepção de eugenismo radical que encontraria sua suprema e mais terrível expressão no racismo nazista”.

Pobre do Guga! Crititica tanto os dogmas e se agarra de forma desesperada em outro da mesma estirpe! ((rs)) Bem, continuemos com o Penna....

”Não seria Hitler darwinista? E Himmler, e Rosenberg, e Mengele e os SS também?

Aliás, o próprio Nietzsche, tão infenso ao nacional-socialismo estatizante alemão, também escreveria na coletânea do Wille zur Macht que, para gerar o super-homem, seria necessário "formar o homem futuro pela educação seletiva (Züchtung) e, por outro lado, aniquilar milhões de malogrados".

Naquela obra, em seus aforismos 397 e 398, Nietzsche volta repetidamente ao tema eugenista. Sabemos que o eugenismo hitleriano adotou metodicamente o programa e que. mesmo antes do Holocausto e do início da guerra em 1939, já estava esterilizando e, mais tarde, assassinando em massa os imbecis, os mentecaptos, os doentes incuráveis, os homossexuais e os incapacitados de várias espécies.

A eugenia justificou o genocídio: os cálculos variam entre 11 e 26 milhões de massacrados das raças ditas "inferiores" -judeus, russos, poloneses, ciganos, iugcslavos, etc”
.

Fonte:
José Osvaldo de Meira Penna. “Polemos: uma análise crítica do darwinismo. Editora UnB (da Universidade de Brasília). Brasília, 2006, p. 235, 236.


Eta, como é duro ser darwinista!!!
31 jan

Iba Mendes

NOVO PLACAR

4 a 0

Darwin,
Bizzo,
Blanc,
Penna.


É, como diz o popular: "Guga é brasileiro e nunca desiste!" ((rs))

É isso!
31 jan

Iba Mendes

Depois continuo...
31 jan

Tigre

O Iba usa e abusa de todas as conotações da palavra "evolução"que possam ser usadas para ligar Darwin ao nazismo, preconceito e etc..; o maximo que se pode dizer é que a palavra "evolução" não é a melhor para descrever os achados de Darwin porque da uma falsa idéia de as coisas tendem a favorecer "mais fortes" ou que levam á "perfeição" A TE evidencia as variações cumulativas portanto esse discurso do Iba é mais do errado, é imoral. Porém vale tudo para defender uma "fé", ofundamentalismo.
31 jan

Guga LV

“Na ânsia de mudar o foco da questão, o nosso colega parece não ter lido o que Marcel Blanc havia escrito em relação a isto.”

Não mude de assunto vc (já estou acostumado com sua velha tática de imputar aos outros o que vc faz com maestria e a toda hora):

Não só li como, ao contrário de vc que tem sido incapaz de comentar os textos de Darwin contra a eugenia, eu comentei os de Blanc. Blanc afirma que Darwin era eugenista e sua fundamentação para isso é o mesmo trecho que vc pateticamente se equilibra, a despeito do mesmo ter sido demolido como uma prova de posição pró-eugênica de Darwin. Já comentei o trecho em específico e vc não é capaz de falar nada a respeito, limitas-te a ficar repetindo-o ou trazendo exemplos de pessoas que concordam com vc quanto a interpretação do referido trecho. Isso de nada adianta Brás. Desde o princípio já ficou entendido que vc acha isso desse trecho e que ele é uma das suas provas para destilar sua obsessão doentia contra Darwin. No entanto, comentei o quão errônea é essa interpretação ante os fatos: as passagens nítidas da mesma obra de Darwin (“A Origem do Homem”) em que podemos ver CLARAMENTE que ele descria na eugenia como um método indicado para o aprimoramento da humanidade.

Pare de se esconder atrás de autoridades alheias e veja de novo as palavras de Darwin que vc tem tanto medo de admitir e, por isso, tens te omitido vergonhosamente de sequer reconhecê-las:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”

(cont.)
31 jan

Guga LV

“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”

Há muitas outras passagens mais onde Darwin deixa bem claro todo o seu pessimismo e desaprovação quanto o emprego de políticas eugênicas para fins de “aprimoramento humano”, tanto no livro em questão, quanto em outras obras mais.

Vc só faz é omitir-se vergonhosamente de sequer reconhecer isso.

Fazer o que, né? Sua obsessão é mais forte que os escrúpulos...



“Vou relembrar a fim de que ele, da próxima vez, seja menos ingênuo ao atribuir apenas a mim algo que qualquer pessoa minimamente ponderada pode concluir sem muito esforço:”

Não me interessa se fulano ou cicrano também acham isso ou aquilo de Darwin. Não estou discutindo com eles, mas sim, com vc. Até onde me consta, não tens procuração nenhuma para falar em nome deles, assim, não sei qual seria a reação dos mesmos ante as objeções que coloco. Mas a sua eu sei. E é sobre esta que vc tem que responsabilizar-se, que tem que responder. Já lhe disse: não adianta ficar se escondendo atrás de papai, mamãe intelectual qualquer, responda vc quando confrontado na opiniões que expressas.

Tem outra coisa: perceba que em nenhum momento apelei aqui para o argumento da autoridade, embora existam inúmeros outros autores que compartilham da mesma interpretação que estou a representar aqui. Sabem porquê? Porque tal argumento é desespero apelativo de quem não consegue nem julgar por suas próprias palavras idéias contrárias.

(cont.)
31 jan

Guga LV

Além, claro, de extremamente falacioso:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_Verecundiam
E, vamos combinar, destes um tremendo tiro no e ao querer esconder-se na barra da saia de Blanc, pois, como demonstrei cabalmente, o cara interpretou a obra de Darwin totalmente equivocadamente! E se sua interpretação era extremamente equivocada, o que não dizer de suas conclusões acerca do caso? Não me admira ele ter chegado a tais conclusões.
Vais fugir até quando Brás?
“1 – Ignorou as próprias declarações de Darwin sobre aspectos eugênicos,”
Mau caratismo seu. Não ignorei uma só das declarações que postastes aqui como “prova” de posicionamento eugênico de Darwin, AO CONTRÁRIO! Comentei um a um! Olhe seu mentiroso:
“Vejamos o trecho...”
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=3&nst=41&nid=26796515-5295658220349767402-5296365408189890282
Ou seja, começo já analisando suas provas. E comento-as:
“Para início de conversa, Darwin estava, neste parágrafo específico, fazendo uma constatação que, até hoje, não pode ser negada: o homem pode sim, através de seleção, controlar alguns caracteres de sua prole“
E, continuando:
A questão que tens que levantar aqui é: Sim, isso tudo é possível de se fazer, mas Darwin concordava com uma sociedade que assim agisse?
A resposta é:
Não.
Percebas que ele diz claramente:
Ambos os sexos deveriam abster-se do matrimônio se...
Quer dizer, não se trata de uma eugenia, pois para Darwin, a ação é sempre do próprio indivíduo, apenas uma ABSTENÇÃO VOLUNTÁRIA.

Daí, aponho contra essa interpretação tosca de tão equivocada, provas do que digo que são encontrados na mesma obra:
”“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”
(Cont.)
31 jan

Guga LV

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”
“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”

E o que vc tem feito? Esse circo todo e acusações de que sou eu quem deixa de comentar/reconhecer provas. Logo, ante estes fatos inegáveis que acabo de demonstrar e sua insistência nessa tática inescrupulosa, não há outra conclusão possível:
Mau-caratismo puro.
“2 – Ignorou as ponderações de Nélio Bizzo, um darwinista que foi a Londres estudar os originais de Darwin,”
Mais da mesma tática mau-caráter. Basta ver que não neguei nenhuma ponderação de Bizzo, como nos casos anteriores, também as comentei:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=3&nst=61&nid=26796515-5295658220349767402-5296408993518010090
Vejam a partir do link acima:
“EXATAMENTE!
EXTAMENTE ISSO!
Veja, em vermelho, a parte que vc faz questão de esquecer. Dentro do contexto, de sua época. Então, por favor, deixe de ser anacrônico e faça a devida justiça histórica:

(Cont.)
31 jan

Guga LV

A época era de racismo disseminado. Não é “O” racismo de Darwin, mas sim, o racismo da época! Compartilhado pela absoluta maioria, inclusive CRISTÃOS! Nem autoridades cristãs escapam!
E, também, quando deixo claro que Bizzo chama Darwin de racista, mas nunca de eugenista:
“Eugenista Darwin” fica por sua conta. Aliás, por conta de sua obsessão doentia que já virou piada, de tão caricata.”
Mais comentários meus sobre seu uso de Bizzo:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=3&nst=91&nid=26796515-5295658220349767402-5297000410468658609
Aí podemos ver que, TOTALMENTE AO CONTRÁRIO DE VC, nunca furtei-me de comentar nada do que me foi endereçado. Veja o que lhe comento, inclusive:
“Ora, tirar conclusões aparentemente lógicas de processos naturais não significa que se concorde com elas! Isso é básico e é isso que venho lhe dizendo. Quando achou necessário se posicionar sobre essa questão, o que fez Darwin? Falou claramente que educação, cultura e religião são muito mais importantes para a evolução humana do que a seleção natural propriamente dita. Esta é a conclusão EXPERSSA de Darwin que pateticamente vens te negando a ver...”
Assim, vemos que também esta acusação de Brás é mau-caráter, pois baseia-se em mais uma mentira sua gritante.
“3 – Ignorou as palavras de Marcel Blanc, um darwinista autor do livro “Herdeiros de Darwin”.”
De novo, mais do mesmo. O mesmo tipo de acusação mentirosa de que ignorei o que ele escreveu sobre Blanc. Vejam:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=3&nst=111&nid=26796515-5295658220349767402-5297148926188797674
Brás cita, primeiramente, um trecho específico de Blanc para “corroborar” sua neura em querer acusar Darwin de helenista. Não só o comentei como o reproduzi!
Comecem lendo a minha inicial reprodução do mesmo trecho em negrito:
(cont.)
31 jan

Guga LV

“A eugenia (como vimos no primeiro capítulo) foi uma doutrina fundada em 1883 pelo primo de Darwin, Francis Galton (1822-1911).”
Sobre esse trecho, respondo que não há nada ali que permita concluir pela eugenia de Darwin, mas sim, sobre seu racismo:
“E?
Até aqui, nada que PROVE que Darwin era eugenista! Só uma curva na discussão propriamente dita em direção a uma tática de desconversa e falácias de culpa por associação.
Até aqui, só para variar, só estás enrolando.”

Daí, após todas as OPINIÕES de Blanc acima referenciadas, promete-se trazer os trechos que “justificariam” essa opinião compartilhado por Brás. Sabem qual era a passagem?
A mesma que eu já havia comentado antes (vide acima):
"Os membros tanto de um sexo como de outro deveriam abster-se de se casar em caso de inferioridade manifesta no corpo ou no espírito."
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=4&nst=101&nid=26796515-5295658220349767402-5297179407525686705
Quer dizer, Brás só pode estar de brincadeira! Brincadeira de mau gosto, diga-se de passagem. Querer fazer crer que uma passagem que NITIDAMENTE fala em abstenção voluntária é sinônimo de eugenia, tem que se estar muito desesperado mesmo.
E, além de desesperado, mau-caráter, pois vem mentindo adoidadamente que eu não tenho comentado nada sobre suas bobagens.
“Eu poderia continuar citando textos e mais textos e nada adianatria por um simples motivo. Da mesma forma que um crente não aceita tirar uma vírgula daquilo que ele entende como verdade, do mesmo modo um ULTRA-darwinista é praticamente incapaz de reconhecer o óbvio dos óbvios no que se refere a Darwin. Eu nunca vi isso e certamente não o verei, pelo menos até que o próprio Darwin, em espírito e em verdade, revele-se a si mesmo tal como era em sua ideologia eugenista.”
(cont.)
31 jan

Guga LV

Dada as demonstrações cabais que dei acima do mau-caratismo de Brás sobre a questão, então essas palavras são, na realidade, uma perfeita descrição de sua neurose obsessiva por Darwin, tal qual eu venho falando aqui:

“Eu poderia continuar citando textos e mais textos e nada adianatria por um simples motivo. Da mesma forma que um crente não aceita tirar uma vírgula daquilo que ele entende como verdade, do mesmo modo um ULTRA-criacionista é praticamente incapaz de reconhecer o óbvio dos óbvios no que se refere a Darwin. Eu nunca vi isso e certamente não o verei, pelo menos até que o próprio Darwin, em espírito e em verdade, revele-se a si mesmo tal como era em sua posição sobre eugenia.”



“Mas, vamos à “brincadeirinha”.

Darwin não serviu,
Bizzo não serviu,
Blanc não serviu,”



Sim, não serviram. Estou vendo aqui uma assunção implícita de que admites que li e comentei-as como não prestando? Mais provas do mau-caratismo de Brás: sabia que eu respondi e que as desqualifiquei como justificativas para sua obsessão, mas, ainda assim, isso não o impediu de dizer que “ignorei” as palavras dele.

A esta altura do campeonato, ante tão gritantes provas de aparente mau-caratismo, vou permitir-me aqui uma condescendência para essa tremenda injustiça argumentativa de Brás:

Talvez não seja mau-caratismo. Talvez seja ignorância mesmo. De repente, Brás não consegue distinguir ignorar algo (como o que ele vem fazendo quanto as palavras de Darwin que nitidamente o colocam como um crítico dos métodos eugênicos) de uma discordância. Talvez a sua nítida postura de tachar com adjetivos mimosos todos os que lhe contrariem esteja na raiz da compreensão dos porquês ele acusa injustamente os outros daquilo que exatamente ele faz: autoritarismo intelectual. Como Stalin, Brás não suporta dissensões, por isso acha que todos aqueles que discordam dele estão ignorando o que ele falou, afinal, em sua mente isso é impossível, pois só há uma interpretação possível: a dele mesmo!
31 jan

Guga LV

“Vejamos mais um estudioso do assunto atormentar o "nosso dileto darwinista" em seu extremo dogmatismo a la Dawkins:”
Não sou muito fã de Dawkins, mas, a esta altura, já nos acostumamos com esses autoritarismos intelectuais de Brás. Não faz diferença nenhuma eu ser ou não...
“Desta feita vou de José Osvaldo de Meira Penna, professor da Universidade de Brasília (UnB) de 1982 a 1989, autor de, entre outros: “Nietzsche e a loucura” e “Polemos: uma análise crítica do darwinismo”, obra da qual extrair os textos “atormentadores” a seguir: ((rs))”
Vamos lá, mais apelo à autoridades alheias e fuga de comentar os próprios trechos de Darwin...
”Em A descendência do homem e a seleção sexual, que apareceu pela primeira vez em 1871, Darwin expressa opiniões similarmente notáveis que resumem sua postura filosófica quanto ao problema da seleção e da contra-seleção, aplicadas ao homem. O eugenismo aí está implícito. O eugenismo e a crítica a certos efeitos anti-seletivos da civilização moderna - argumentos que serão, futuramente, aproveitados de modo peculiar. Vejamos o que diz o biólogo:”
Para começo de conversa, Brás, Meira Penna NÃO é biólogo. É um diplomata aposentado:
“a experiência da Europa e o gosto pela história me conduziram à carreira diplomática, onde entrei por concurso antes mesmo de completar 21 anos (fevereiro 1938), me aposentando, como embaixador em Varsóvia em 1981, depois de 43 anos de serviço.”
“No exercício da diplomacia, estive invariavelmente acompanhado pelo interesse no conhecimento da filosofia, da psicologia, da história e das ciências sociais em geral. Daí surgiu a necessidade criadora no campo das letras - e este Site resume o trabalho realizado.”

http://www.meirapenna.org/meirapenna/index.htm
Cara, vc é realmente uma piada...
Agora, sobre mais este esconder-se atrás de autoridades alheias, onde estão passagens nestas OPINIÕES de Meira Penna que mostram textos de Darwin que refutam o que eu venho lhe dizendo?
31 jan

Guga LV

De opiniões, como vc mesmo disse, vc pode passar a eternidade trazendo e assoberbando o tópico aqui, mas onde estão as partes nas obras de Darwin que dizem que ele é eugenista? Onde estão trechos nas obras de Darwin que neguem QUE PARA DARWIN, A EDUCAÇÃO, CULTURA E RELIGIÃO SÃO MAIS IMPORTANTES PARA O APRIMORAMENTO DO HOMEM DO QUE A SELEÇÃO NATURAL?

Silêncio...

(Dá para ouvir os grilos)


“Mais uma vez, para desespero do Guga, o mesmo texto de Darwin é citado para exemplificar a eugenia de Galton , primo de Darwin, o qual aceitou de pronto as idéias do primo sobre hereditariedade:”

Vejamos “o trecho” para “meu desespero”...


“Devemos portanto sofrer, sem nos queixar, os efeitos incontestavelmente perversos que resultam da persistência e da propagação dos seres débeis. Parece, contudo, que existe um freio a essa propagação, no sentido de que os membros malsãos da sociedade se casam menos facilmente do que os membros sãos. Esse freio poderia ter uma eficácia real se os fracos de corpo e de espírito se abstivessem do casamento. Mas é isso uma situação que é mais fácil desejar do que realizar”.

Vc deve estar brincando, né? Chego a duvidar de que alguém possa ser tão bisonhamente limitado às mesmas coisas e incapaz de pensar sobre o que foi dito e provado em resposta!

E, veja vc mais uma prova contra essa interpretação fácil, mas equivocada, no próprio trecho citado:

DEVEMOS SOFRER SEM NOS QUEIXAR.

Isso é mais uma prova cabal que Darwin não acreditava em políticas eugenistas para tentar contornar os males (segundo a visão preconceituosa da época) constatados então! Tem que ser muito Brás para ficar cego a isso...

Sabes porque Darwin acha que devemos aceitar isso? Porque para ele, a existência de tais pessoas fomentava o melhor do ser humano em outras: caridade, sentimentos religiosos, etc.

(Cont.)
31 jan

Guga LV

O que, para ele, era digno de evolução moral, tal qual ele discorreu em seu “A Origem do Homem”, mas que vc, como já demonstrei, NÃO LEU (é só lembrar sua anuência com Blanc, quando este disse que para Darwin, os membros superiores da humanidade é que se reproduziam mais...).


“E, continua Penna a após citar o texto de Darwin:”

Vamos ver o que o diplomata Penna fala...



“Em outros trechos, parece Darwin lamentar que o homem civilizado procure anular, graças à medicina, o processo de eliminação dos inferiores. A vacina descoberta por Pasteur e Jenner estava preservando milhares cuja constituição franzina teria sucumbido à varíola ou à peste. "Assim os membros fracos da sociedade civilizada se propagam" e "ninguém duvida que isso é prejudicial à raça do homem".”
Cara, vou tentar abstrair toda a indignação por mais essa manifesta ignorância TEIMOSA e lhe explicar mais detalhadamente...

Isto é um truísmo.

Com a descoberta das vacinas, indivíduos portadores de imunodeficiências congênitas e que por isso morreriam pelo ataque de tais viroses, bacterioses, etc., passariam então a sobreviver e, ato contínuo, transmitir sua deficiência para gerações futuras.

Darwin mostrou-se coberto de razão ao concordar com isso, pois, como eu disse, é um truísmo gritante. Indiscutível.

Tão verdadeiro que hoje em dia podemos monitorar e prever certa dinâmica populacional de genes relacionados a tais deficiências. Trabalha-se com isso hoje em dia. E para o bem da espécie humana! Nada a ver com eugenia, mas tudo a ver com o reconhecimento desta verdade. Se médicos fizessem como você quer autoritariamente que todos façam aqui, ou seja, se médicos fizessem como vc quer e negassem que isso é verdade, seríamos assolados constantemente por epidemias e mais epidemias de vírus e bactérias mutantes sem entender a dinâmica de sua propagação e manutenção nas populações humanas...

Negar isso é BURRICE.

(cont.)
31 jan

Guga LV

O que vc FAZ QUESTÃO DE FUGIR é o que Darwin acreditava ser melhor fazer quanto a estes riscos e ao aprimoramento humano:

Educação, cultura e religião. Eugenia (seleção de humanos) não.



“Comparando essa prática com a iniciativa inteligente do próprio homem quando domestica os animais, Darwin estava, sem se dar conta, lançando as bases de uma concepção de eugenismo radical que encontraria sua suprema e mais terrível expressão no racismo nazista”.”

Ah isso lá é verdade: Darwin lançou as bases sim para que a eugenia surgisse, afinal, não há eugenia sem teoria da evolução. Mas daí a concordar com a conclusão bisonha de que Darwin concordava com a eugenia proposta à época (sim, porque a que temos hoje é totalmente desejável!) há um abismo enorme.

DE NOVO, os fatos que Brás foge patética e vergonhosamente:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”

“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”
31 jan

Guga LV

“”Não seria Hitler darwinista? E Himmler, e Rosenberg, e Mengele e os SS também?”

Não. Hitler et caterva irritavam-se com os claros princípios darwinistas que desautorizavam cabalmente as políticas nazistas:

O famoso (por ser facilmente demonstrado, mesmo há época) VIGOR DO HÍBRIDO

Trocando em miúdos, para o diplomata e seus fãs entenderem:

A miscigenação é evolutivamente desejável. A hibridização é melhor do que a “purificação”.

De tão onipresente na natureza isso, tornou-se um dos axiomas da Teoria da Evolução.

Agora veja uma coisa.

Nazistas diziam basear-se em ciência (em geral) e no darwinismo (em particular) como um meio de propaganda ideológica para angariar incautos. Do mesmo modo, por exemplo, diziam se basear no “verdadeiro” cristianismo para pegar incautos do lado da fé (vide o infame “cristianismo positivo”)

Se os nazistas faziam isso, é uma coisa. Se isso era verdade, é outra. Como vimos, tanto no caso do darwinismo como do cristianismo, eles se baseavam em uma caricatura de ambos e não nos dois propriamente ditos. Basta ver que, no caso do “darwinismo”, eles escondiam o axioma do vigor do híbrido.

Eles ficaram tão descontentes com a impossibilidade de utilizar o darwinismo real como base para suas loucuras que escreveram:

“traidores como Albert Einstein, aqueles de ‘liberais democratas’, como Heinrich Mann, aqueles de sexologistas, como os de Magnus Hirschfeld, livros de ‘todos autores não interessa de que esfera’ e livros de indivíduos advogando “a explicação científica superficial de um Darwinismo e Monismo”, tais como Ernst Haeckel”

Richtilinien für die Bestandsprüfung in den Volksbüchereien Sachsens”. Die Bücherei, 2 (1935): 279-80.

“É simplesmente uma ilusão para Haeckel TER QUE ACREDITAR QUE A FILOSOFIA ALCANÇA SEU PINÁCULO NA SOLUÇÃO MECANICISTA PARA OS MISTÉRIOS DO MUNDO ATRAVÉS DAS IDÉIAS DE HERANÇA DA TEORIA DE DARWIN”

(Cont.)
31 jan

Guga LV

Opinião compartilhada por Günther Hecht, para quem

“O DARWINISMO É MECANICISTA E INAPROPRIADO PARA OS NAZISTAS”

Hildebrandt, K. 1937-1938. Die Bedeutung der Abstammungslehre für die Weltanschauung. Zeitsc. Gesamte Naturwis., 3: 15-34

Sabem quem são esses dois? Os responsáveis pelas políticas raciais do II Reich...

Quer dizer, tal como aconteceu com o cristianismo, o “darwinismo” dos nazistas era apenas uma fachada, assim como o “cristianismo” dos mesmos.

E eis que temos aqui, quem dê crédito para os nazistas...

Adivinhem só quem é? Será pelo gosto compartilhado pelo autoritarismo que leva a rejeitar toda a dissensão e caluniar que assim o faz? Pelas similaridades de acusar os outro daquilo que ele mesmo faz? Os paralelos são muitos...



“Aliás, o próprio Nietzsche, tão infenso ao nacional-socialismo estatizante alemão, também escreveria na coletânea do Wille zur Macht que, para gerar o super-homem, seria necessário "formar o homem futuro pela educação seletiva (Züchtung) e, por outro lado, aniquilar milhões de malogrados".

Problema de Nietzche. Darwin não dizia isso. E, não por um acaso, essa é exatamente a questão que vc vêm fugindo que nem o diabo foge da cruz: Darwin não acreditava na eugenia como método para o aprimoramento do homem, mas sim, na educação, cultura e religião.


“A eugenia justificou o genocídio: os cálculos variam entre 11 e 26 milhões de massacrados das raças ditas "inferiores" -judeus, russos, poloneses, ciganos, iugcslavos, etc”.”

Ah isso também é verdade. Não só para estes, mas também comunistas, anarquistas, homossexuais, etc.

Entretanto, nada disso é prova de que Darwin pregava a eugenia, que acreditasse nela e não nas palavras que ele mesmo escreveu:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

(Cont.)
31 jan

Guga LV

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”

“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”


O resto é faniquito seu.
31 jan

Iba Mendes

Guga,

Vou satisfazer o dileto darwinista, analisando trecho a trecho do texto de Darwin, embora, como já havia dito, dificilmente é possível convencer uma pessoa de que seu dogma não é o supra-sumo da verdade. Mas, vá lá, não deixa de ser um exercício literário ((rs)) .

O texto em caracteres azuis correspondem, ipisis litteris, ao que consta numa das traduções que tenho em mãos do livro “A Origem do Homem e a Seleção Sexual”, publicado pela Editora Hemus:

Vamos lá...

”O homem analisa escrupulosamente o caráter e a ascendência dos seus cavalos, do seu gado e dos seus cães antes de acasalá-los; mas, quando chega a época das núpcias, raramente ou nunca toma semelhante cuidado”.

Note-se que Darwin dá a entender claramente que o homem PODERIA melhorar, se assim desejar, as condições físicas da prole de seus animais, mediante um escolha seletiva das melhores raças, cruzando-as de modo que gerem filhos fortes, preservando desta maneira os “mais aptos”, conforme lema da seleção natural.

”Ele é levado por motivos quase análogos àqueles dos animais inferiores, quando são entregues à sua livre escolha, embora seja tão superior a eles que pode avaliar altamente as qualidades mentais e as virtudes. Por outro lado, sente forte atração pela simples riqueza ou pela posição.

Ou seja: o homem, embora superior aos outros animais, sendo capaz de avaliar as qualidades mentais e as virtudes dos cônjuges, quando entregues à sua livre escolha, agem da mesma forma que estes mesmos animais.
31 jan

Iba Mendes

Todavia, mercê da seleção, ele poderia de algum modo agir não só sobre a estrutura física e a conformação óssea da sua prole, mas sobre as suas qualidades intelectuais e morais.

Embora o homem esteja à mercê da cega e aleatória seleção natural, ele poderia tomar as devidas medidas a fim de melhorar não apenas a estrutura física de sua prole como, também, tomar iniaciativas no sentido de tornar melhores as qualidades intelectuais e morais dela.

Ora, aqui já fica mais que evidente os pressupostos eugenistas de melhoria do caráter, da inteligência, da moral. E, como isso seria possível? Simples, mediante a regulamentação do matrimônio e do tamanho das famílias conforme o patrimônio hereditário dos pais. Trata-se dos ideais de Francis Galton, primo de Darwin, e do qual este tomou de empréstimo vários de seus pressupostos raciais. Como é sabido a obra de Galton “Hereditary Genius” foi o marco da Eugenia. Agora, veja-se o próprio Darwin, que o dileto darwinista Guga defende com unhas e dentes, usando este vade mecum eugenista em seu livro de filosofia materialista “A Origem do Homem”:

”Baseados na lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius, podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas últimas” (p. 649).

Destaque para “tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius” . Não, quem disse que Darwin era eugenista?

Esses darwinistas quase sempre me divertem com suas crendices infantis e ingênuas! ((rs)) Mas, vamos lá...
31 jan

Iba Mendes

”Ambos os sexos deveriam abster-se do matrimônio se acentuadamente fracos no corpo e na mente;

Ora, qual o critério que o mister Chales Darwin usaria, caso fosse o governante da sua nação, a fim de descobrir quem seriam os “fracos no corpo e na mente”?

Será que ele não faria uso de medidas tais como àquelas feitas pelo governo alemão durante a Segunda Guerra Mundial, ou daquelas realizadas pelos Estados Unidos , entre 1900 e 1940, que esterelizaram cerca de 36 mil pessoas: doentes mentais, todos os tipos de “desviados” marginais, vagabundos etc.?

E este senhor Guga não se sente o mínimo de acanhamento em afirmar que Darwin não nutria de ideais eugenistas?

”mas estas esperanças são utópicas e nunca serão concretizadas nem mesmo parcialmente, enquanto as leis da hereditariedade não forem conhecidas amplamente.

Aqui Darwin lastima o fato de que, enquanto as “leis da hereditariedade”, incluindo aí àquelas defindidas por Galton e muitos de seus contemporâneos, isto é, as leis eugênicas, não forem amplamente conhecidas, a esperança de que tais melhorias se concretizassem seria pura utopia.

Agora, repito, se Darwin fosse o soberano da Inglaterra naquele momento, como ele faria para que tais “leis” fossem amplamente conhecidas? Veja-se como o governo de Hitler manipulou de tal forma a imagem dos judeus que mesmo pessoas outrora amigas dos judeus, acabaram acreditando na mentira contada e repetida milhões de vezes pelos meios de comunicação do Reich de quem os judeus eram uma “raça inferior”, de modo que um alemão jamais poderia se casar com uma judia ou vice e versa.

É claro não há mínima possibilidade de saber exatamente como ela agiria se estivesse no comando, todavia, fundamentado no que ele escreveu, um conclusão favorável à leis eugênicas parece mais que plausível.
31 jan

Iba Mendes

E o nobríssimo darwinista ainda tem a audácia de colocar as mãos e os pés no fogo por um homem que tinha como ideal a purificação das raças mediante cruzamentos indesejáveis!

Hum!!!

Todo aquele que prestar alguma ajuda para se colimar este fim estará fazendo obra boa.

Que beleza!
Todo aquele que, de algum modo, cooperar para que as “leis da herediteriedade” sejam amplamente conhecidas, está a fazer, como diria um portuges, uma muito bela obra! Já vimos esta história antes e não gostamos nem um pouco dela!

Quando os princípios da procriação e da hereditariedade forem melhor conhecidos, não ouviremos mais alguns membros ignorantes da nossa legislatura rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimónio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem.

Viram só!
Note-se membros ignorantes da nossa legislatura rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimônio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem.

Já imaginou um sijeito desse legislando na Inglaterra daquela época? Já imaginou o tamanho da atrocidade que PODERIA acontecer em consequencias de leis que proibissem o casamento ente os “fracos” e os “fortes” daquela sociedade? O que ele faria com os doentes mentais? Com os negros, com os marginalizados pelo sistema opressor?

O digníssimo Guga ao menos deveria sentir ainda que uma leve timidez por tão deletéria defesa! Mas nem isso, entende-se esta paixão descomunal ao lider que fundou o sistema pelo qual ele se agarra apaixonada e desmedidamente!
31 jan

Iba Mendes

O progresso do bem-estar do gênero humano é um problema mais complexo: todos aqueles que não podem evitar a pobreza para os próprios filhos deveriam evitar o matrimônio; na verdade, a pobreza não só representa um grande mal, mas tende ao próprio incremento, levando à desconsideração do matrimônio.

Sim, não há dúvidas de que a pobreza seja um mal! Agora, por que este ilustre naturalista em vez de apregoar a segregação matrimonial entre as pessoas, não defendeu a criação de leis mais justas e igualitárias? Ah, sim, façamos o mais fácil: impomos leis que restrinjam o casamento entre “ignorantes e inteligente”, entre “morais e amorais”, entre “pessoas sadias e pessoas doentes” etc.

Por outro lado, Galton observou que, se o prudente evita o matrimônio enquanto que o incauto se casa, os membros inferiores tendem a suplantar os membros melhores da sociedade.

Galton, quem fora Galton?
Ninguém menos do que o autor de “Hereditary Genius”, de 1969, no qual que as pessoas passavam por uma espécie de linha de montagem de seus testes e medições, e recebiam sua avaliação final. Darwin deu tanta importância a este livro que chegou a escrever para Galton que “em certo sentido, o senhor transformou um oponente em convertido” (in Galton, p. 290).

Como qualquer outro animal, o homem sem dúvida chegou à sua atual condição elevada através de uma luta pela existência, devida ao seu rápido progresso; se deve progredir ainda mais, teme-se que deva estar sujeito a uma dura batalha.

Aqui as declarações de seus biográfos Desmond e Moore:

”Na natureza de Darwin, os muitos caíam para que os poucos pudessem progredir. A morte adquiria um novo significado — e havia bastante dela por toda a parte: com o aumento no número de desempregados e desabrigados, os estatísticos médicos estavam compilando seus “livros-caixa da morte” (estatísticas de mortalidade) entre os moradores dos bairros pobres.
31 jan

Iba Mendes

[...]

Mas Darwin acreditava que a guerra colonial era necessária “para fazer os destruidores se diversificarem” e se adaptarem ao novo terreno. A destruição estava se tornando parte integrante de sua concepção malthusiana da humanidade:

”Quando duas raças de homens se encontram, elas agem precisamente como duas espécies de animais. — Elas lutam, comem-se uma à outra, trazem doenças uma para a outra etc,, mas, depois vem a luta mais mortal, a saber, a que faz a organização mais adequada, ou os instintos (isto é o intelecto no homem), ganhar o dia”

Fonte:
A Vida de um Evolucionista Atormentado: Darwin. Adrian Desmond & James Moore – Geração Editorial. São Paulo, 1995, p. 285.
31 jan

Iba Mendes

Se assim não fosse, chafurdaria na indolência e os mais dotados não teriam mais êxito na luta pela vida do que os menos dotados. Por isso a nossa natural taxa de aumento, embora leve a muitos prejuízos óbvios, não deve ser de algum modo muito reduzida.

Ou seja: os “fracos de mente e de corpo” fatalmente serão suplantados pelos “fortes de mente e de corpo”. Nada tão hitleriano! Agora, quem seriam os “fracos”? São os que não são os “fortes”? E quem seriam os “fortes”? São são os que não são “fracos?”

Deveria estar aberta a competição para todos os homens; e com as leis e os costu-mes não se deveria impedir que os mais capazes tivessem melhor êxito e que criassem o maior número de filhos.

Nesta competição, é óbvio, os fortes, os imperialistas como à Inglaterra obrigatoriamente deveriam prevalecer sobre os “fracos”, tais como os africanos, os asiáticos, os índios etc. Os europeus nobres obviamente por esta lógica darwiniana sempre seriam os “mais fortes”, é claro, havia os europeus “fracos”, que eram os doentes mentais e os marginalizados pela sociedade.
31 jan

Iba Mendes

Por mais importante que a luta pela existência tenha sido e ainda continue sendo, contudo no que diz respeito ao desenvolvi¬mento das qualidades mais elevadas da natureza humana exis¬tem outros fatores mais importantes. Com efeito, as quali¬dades morais progrediram, tanto direta como indiretamente, muito mais por efeito do hábito, das faculdades raciocinantes, da instrução, da religião, etc., do que pela seleção natural; muito embora a esta última se possam com segurança atribuir os instintos sociais, que constituíram a base para o desenvolvimento do senso moral.

Não sei o quê o ilustre Guga viu neste texto a ponto de insistir nele desvairadamente!

Ora, está mais do que patente que Darwin, após dirimir os efeitos da seleção natural, no fim acaba atribuindo “com segurança” a ele ” os instintos sociais, que constituíram a base para o desenvolvimento do senso moral”.

Ou seja: para Darwin os instintos sociais foram moldados pela seleção natural. Ademais, Darwin em nenhum instante deixa claro a que tipo de moral se refere: o que seria “moral” para Darwin? Um conhecido de Darwin, o geólogo Sedgwick acreditava que Darwin havia mostrado a cada criminoso como justificar seu comportamento.

O entendimento desta “moral” obviamente passa pelo padrão social e pelo conceito de “mais apto”. Resumindo: O Guga tem a seu favor apenas a “moral” de Darwin, Galton, Spencer, Malthus... mesmo sem saber exatamente que tipo moral seria essa!

Que pilhéria, seu Guga!

É isso!
31 jan

Iba Mendes

Guga,

Não mude de assunto vc (já estou acostumado com sua velha tática de imputar aos outros o que vc faz com maestria e a toda hora):

Hum???

Não só li como, ao contrário de vc que tem sido incapaz de comentar os textos de Darwin contra a eugenia, eu comentei os de Blanc.

Está lá o corpo estendido no chão! ((rs))

Blanc afirma que Darwin era eugenista e sua fundamentação para isso é o mesmo trecho que vc pateticamente se equilibra, a despeito do mesmo ter sido demolido como uma prova de posição pró-eugênica de Darwin.

Exatamente. O que lhe tento mostrar é que a opinião de que Darwin nutria de ideais eugênicos, não é algo que partiu apenas e tão somente de mim, de criacionistas, de religiosos, como voce tenta supor. Ora, Bizzo, Blanc e Penna não são nem religiosos nem criacionistas, e só voce que tem razão?

Por que voce não conta ourta? Essa simplesmente não vai colar!!!
31 jan

Iba Mendes

Não só li como, ao contrário de vc que tem sido incapaz de comentar os textos de Darwin contra a eugenia, eu comentei os de Blanc.

Já fiz os devidos comentários. Quanto aos seus, lamentavelmente me parece não sair do mesmo patamar de dogmatismo; rejeita qualquer outra premissa senão aquela de que Darwin era justo, pia e que, tal qual todas as pessoas da época, era apenas racista!

Viva Castro Alves!!!

Blanc afirma que Darwin era eugenista e sua fundamentação para isso é o mesmo trecho que vc pateticamente se equilibra, a despeito do mesmo ter sido demolido como uma prova de posição pró-eugênica de Darwin.

E por que essa sua enjoativa ladainha de que apenas eu, por obsessivo desejo por Darwin e por amor extremo à religião, é que cheguei a esta única conclusão? Ora, será que discorda do Blanc e do Bizzo apenas neste aspecto?

Hum???

Já comentei o trecho em específico e vc não é capaz de falar nada a respeito, limitas-te a ficar repetindo-o ou trazendo exemplos de pessoas que concordam com vc quanto a interpretação do referido trecho.

Hum???
Ora, voce queria que trouxesse exemplos de pessoas que discordam de mim? Seus, por exemplo?

Ora, postei o texto exatamente para lhe mostrar que mesmo darwinistas, desdogmatizados é claro, não são tão privados de vista a ponto de não ver a luz no início do túnel!
31 jan

Eli

Chegou o novo exterminador de berreiro criacionista:
http://evolucionismo.ning.com/profiles/blogs/15-joias-da-evolucao
Pronto, paz e silêncio por aqui também.
31 jan

Iba Mendes

Isso de nada adianta Brás. Desde o princípio já ficou entendido que vc acha isso desse trecho e que ele é uma das suas provas para destilar sua obsessão doentia contra Darwin.

Ora, e por que cargas d'água Blanc, Bizzo e Penna vêem no mesmo textos à negra sombra da eugenia?

Hum???

No entanto, comentei o quão errônea é essa interpretação ante os fatos: as passagens nítidas da mesma obra de Darwin (“A Origem do Homem”) em que podemos ver CLARAMENTE que ele descria na eugenia como um método indicado para o aprimoramento da humanidade.

Darwin não foi o iniciador da eugenia, isto é óbvio. Coube ao seu primo Galton este triste papel; a Darwin coube apenas fazer proveito de pressupostos eugenistas a fim de fundamentar ainda mais o conceito de prevalência do famigerado “mais apto”.

Quer exemplo? No mesmo texto Darwin se refere ao dito cujo Galton:

“ Por outro lado, Galton observou que, se o prudente evita o matrimônio enquanto que o incauto se casa, os membros inferiores tendem a suplantar os membros melhores da sociedade.”

Pare de se esconder atrás de autoridades alheias e veja de novo as palavras de Darwin que vc tem tanto medo de admitir e, por isso, tens te omitido vergonhosamente de sequer reconhecê-las:

Essa é sua preocupação!
Apenas fundamento o que afirmo, e, neste caso, nada mais eficaz do que pessoas que admiram Darwin em outros aspectos!

Defendo a tese de que a teoria da evolução não foi uma premissa exclusivamente científica: ela inevitavelmente está lameada por conceitos filosóficos e ideológicos, dentre os quais, o racismo. Todavia, Darwin tomou de empréstimo outras idéias, essas fundamentadas em conceitos científicos, e são por essas que um darwinista sincero deveria se orgulhar, e não negar as próprias barbas de Darwin!
31 jan

Iba Mendes

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”

O que Darwin diz?
Ora, na parte destacada ele reafirma tudo ao contrário, ou seja: que a seleção proporciona os instintos sociais, que por sua vez proporcionam o desenvolvimento do senso moral!

Não sei qual a dificuldade de se compreender um texto tão simples de entendimento quanto este!

“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”

Quando indicar a página onde consta tal texto, aliás, que nada tem de novo, farei os devidos comentários. Até lá, vai aí a dica:

1 – Nações civilizadas: quais?
2 – Homens bons e justos: quais?
3 – Instintos fundamentais: quais?
4 – Raças inferiores: quais?
5 – Moralidade: quais?
31 jan

Iba Mendes

Há muitas outras passagens mais onde Darwin deixa bem claro todo o seu pessimismo e desaprovação quanto o emprego de políticas eugênicas para fins de “aprimoramento humano”, tanto no livro em questão, quanto em outras obras mais.

Hum!!!

Vamos ao Darwin:

"Depois de termos chegado a esta conclusão sobre a origem do homem, a maior dificuldade que se nos apresenta consiste no alto nível das nossas faculdades intelectuais e na disposição moral.

Mas, todo aquele que admite o princípio da evolução, deve lembrar-se de que as faculdades mentais dos animais superiores — que não do mesmo género daquelas do homem, embora de grau inferior —
são suscetíveis de melhoramento.

"As superiores faculdades intelectuais do homem, como as do raciocínio, da abstração, da autoconsciência, etc., provavelmente derivam do contínuo melhoramento e exercício das outras faculdades mentais" (ORIGEM, p. 701).
31 jan

Iba Mendes

Não me interessa se fulano ou cicrano também acham isso ou aquilo de Darwin. Não estou discutindo com eles, mas sim, com vc.

Ah, o dileto Guga ficou incomodado com a opinião de darwinistas renomados os quais não tem problema algum em afirmar que Darwin tinha aspirações eugênicas! ((rs))

Ora, fundamentar idéias é a coisa mais comum em qualquer debate. Na verdade, debates bons sempre têm boas referências bibliográficas. Assim, console-se com a opinião desdogmatizadas do Nélio, do Blanc e do Penna, por enquanto. ((rs))

Até onde me consta, não tens procuração nenhuma para falar em nome deles, assim, não sei qual seria a reação dos mesmos ante as objeções que coloco.

Falar em nome deles?
Ora, estou falando em nome daquilo que escreveram, de resto, nada sei deles!
31 jan

Iba Mendes

Mas a sua eu sei. E é sobre esta que vc tem que responsabilizar-se, que tem que responder. Já lhe disse: não adianta ficar se escondendo atrás de papai, mamãe intelectual qualquer, responda vc quando confrontado na opiniões que expressas.

Bom, já fiz os devidos comentários, mas nem adianta choramingar, uma vez que sempre terei boas fontes para atormentá-lo em seu dogmatismo darwinizado!

Tem outra coisa: perceba que em nenhum momento apelei aqui para o argumento da autoridade, embora existam inúmeros outros autores que compartilham da mesma interpretação que estou a representar aqui.

Desde quando citar fontes é argumento de autoridade?
Sé espero que entre esses outros “inúmeros autores” não esteja Sir Richard Dawkins. ((rs))

Se as tem, de pronto faça-me conhecê-las para que não fique apenas nesta lenga-lenga e chora-chora! ((rs))

Sabem porquê? Porque tal argumento é desespero apelativo de quem não consegue nem julgar por suas próprias palavras idéias contrárias.

E por que eu deveria aceitar esse seu ponto de vista sobre mim? Porque afirmo que Darwin tinha aspirações eugênicas?

Sefor o caso, ligue para o Bizzo, passe um e-mail para o Blanc e envie um telegrama para o Penna!

Conteste-os e os obriguem a negar o que escreveram! ((rs))

É isso!
1 fev

Iba Mendes

Guga,

E, vamos combinar, destes um tremendo tiro no e ao querer esconder-se na barra da saia de Blanc, pois, como demonstrei cabalmente, o cara interpretou a obra de Darwin totalmente equivocadamente!

De novo nota-se que o dileto darwinista está visivelmente incomodado com as opiniões de outros darwinistas acerca de Darwin, que contrariam suas opiniões. Neste caso, a preocupação recai sobre estas palavras de Marcel Blanc, o autor de “Os Herdeiros de Darwin”:

”Se Darwin foi incontestavelmente um darwinista social, um racista científico e um eugenista convicto, a posteridade dessas doutrinas revelou-se sinistra (e é sem dúvida por isso que muitos cientistas abominam a ideia de associar Darwin a essas correntes)” (p. 186).

E se sua interpretação era extremamente equivocada, o que não dizer de suas conclusões acerca do caso? Não me admira ele ter chegado a tais conclusões.

ERRADO!
Não apenas emiti minha opinião, como, também, trouxe à tona outras opiniões, aliás, de pessoas muito mais gabaritadas do que eu para discorrer acerca de tais assuntos, como é o caso de Nélio Bizzo, um darwinista da USP, o qual estudou com afinco os originais de Charles Darwin na própria terra de Darwin.
1 fev

Iba Mendes

“1 – Ignorou as próprias declarações de Darwin sobre aspectos eugênicos,”

Mau caratismo seu. Não ignorei uma só das declarações que postastes aqui como “prova” de posicionamento eugênico de Darwin, AO CONTRÁRIO! Comentei um a um! Olhe seu mentiroso:

O caro ULTRA-darwinista visivelmente não entendeu o uso do verbo IGNORAR. Ora, quando escrevi que você ignorou não quis dizer que você não comentou o que eu havia postado, mas que você desprezou ou manteve-se indiferente em relação ao que um outro darwinista escreveu, aliás, muito mais gabaritado do que vossa eminência, para tratar da questão, como são os casos de Bizzo, Blanc e Penna.

Para início de conversa, Darwin estava, neste parágrafo específico, fazendo uma constatação que, até hoje, não pode ser negada: o homem pode sim, através de seleção, controlar alguns caracteres de sua prole

Sua resposta é por demais vaga e sorrateira. Ora, no texto de Darwin está mais do que patente que a melhoria a qual ele se refere vai muito mais dos meros caracteres físicos: ele poderia de algum modo agir não só sobre a estrutura física e a conformação óssea da sua prole, mas sobre as suas qualidades intelectuais e morais” .

Agora responda-me sem esquivar: de que se trata essa melhoria nas qualidades intelectuais e morais? E mesmo no que concernem às melhorias físicas, como ficariam os deficientes físicos e mentais?

Sim, se ele apenas se referisse a melhorias no âmbito físico dos animais, concebe-se sem dilema algum, mas propor melhoria física no plano humano e ainda mais no âmbito intelectual e moral, sinceramente só você mesmo para não enxergar nisso a eugenia em pessoa.
1 fev

Iba Mendes

E o que vc tem feito? Esse circo todo e acusações de que sou eu quem deixa de comentar/reconhecer provas. Logo, ante estes fatos inegáveis que acabo de demonstrar e sua insistência nessa tática inescrupulosa, não há outra conclusão possível:

Não afirmei que você não COMENTOU, mas que ignorou, isto é, que rejeitou as provas mesmo quando elas foram óbvias. Apenas isso! DE resto, drama seu!

Mau-caratismo puro.
Voce seria teoricamente a pessoa menos indicada para opinar sobre meu caráter, da mesma forma que não sou a pessoa certa para fazer o mesmo em relação a você. Seria mais ou menos como pedir a opinião de um palestino sobre um israelense!

“2 – Ignorou as ponderações de Nélio Bizzo, um darwinista que foi a Londres estudar os originais de Darwin,”

Mais da mesma tática mau-caráter. Basta ver que não neguei nenhuma ponderação de Bizzo, como nos casos anteriores, também as comentei:~

Sim, você comentou dogmaticamente alguma coisa do Bizzo, mas em nenhum momento contestou-o argumentativamente com fatos, algo que demonstre que ele estivesse equivocado; ademais, ignorou, ou seja, não deu à mínima para o que um estudioso de Darwin escreveu, antes preferiu continuar numa teima igênua, em defesa póstuma de um racista e eugenista.
1 fev

Iba Mendes

E, também, quando deixo claro que Bizzo chama Darwin de racista, mas nunca de eugenista:

De novo, as afirmações do Bizzo:

”Darwin e seu primo Francis Galton, juntamente com uma série de pensadores seus contemporâneos, acreditavam que a “raça” humana poderia ser melhorada se fossem evitados “cruzamentos indesejáveis”. (p. 67)

“A aplicação de sua teoria ao homem, ou, mais propriamente, e extensão ao organismo humano dos valores burgueses de propriedade privada e acumulação, resultou no que se chamou EUGENIA. O melhoramento da raça através de recomendações da eugenia eram os ideais do NAZISMO”
(p. 70).

Ora, dileto ULTRA-darwinista, diga-me como é que se melhora a “raça” humana, se não mediante medidas eugênicas, como a proibição de casamentos indesejáveis etc.?

Ademais, segundo o Nélio, no A ORIGEM DAS ESPÉCIES ele passa comodamente ao largo de suas implicações ao homem, mas no A ORIGEM DO HOMEM ele penetra na questão e aí suas opiniões (SIC) “DEIXAM POUCA MARGEM DE DÚVIDA” (p. 67).

Assim, vemos que também esta acusação de Brás é mau-caráter, pois baseia-se em mais uma mentira sua gritante.

Mais uma vez sua opinião sobre mim, como era dito lá na Bahia, “não tem o valor de um cruzado de fumo podre”, se é que me entende.
1 fev

Iba Mendes

“3 – Ignorou as palavras de Marcel Blanc, um darwinista autor do livro “Herdeiros de Darwin”.”

De novo, mais do mesmo. O mesmo tipo de acusação mentirosa de que ignorei o que ele escreveu sobre Blanc.

E de novo você não consegue entendeu o significado de IGNORAR, que, neste contexto não é a mesma cousa que NÃO COMENTAR; ignorou no sentido de que, mesmo diante dos argumentos convincentes do Blanc, rejeitou-os, ignorando-os como não convincentes.

Brás cita, primeiramente, um trecho específico de Blanc para “corroborar” sua neura em querer acusar Darwin de helenista. Não só o comentei como o reproduzi!
Comecem lendo a minha inicial reprodução do mesmo trecho em negrito:

Vejamos...

“A eugenia (como vimos no primeiro capítulo) foi uma doutrina fundada em 1883 pelo primo de Darwin, Francis Galton (1822-1911).”

Sobre esse trecho, respondo que não há nada ali que permita concluir pela eugenia de Darwin, mas sim, sobre seu racismo:

E você DESCARADAMENTE ignorou o resto, mas faço questão de postar o texto na íntegra:

”O darwinismo social estava, portanto, desde o início, asso ciado a uma defesa da sociedade capitalista, a uma apologia do laissez-faire econômico e social. Em seguida, associou-se rapidamente a ideologias eugenistas e racistas. A eugenia (como vimos no primeiro capítulo) foi uma doutrina fundada em 1881 pelo primo de Darwin, Francis Galton (1822-1911). Tinha como objetivo aperfeiçoar a raça (leia-se raça superior) encorajando a reprodução dos indivíduos mais dotados (leia-se os inventores, os dirigentes, etc.), e desencorajando a dos menos aptos.
1 fev

Iba Mendes

As ligações do darwinismo social com o racismo científico foram meticulosamente elaborados pelo antropólogo francês Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), que publicou, notadamente, uma obra intitulada L' Aryen. Para ele, o sucesso social estava relacionado ao fato de se pertencer a uma raça, e as raças eram desiguais, algumas superiores, como os arianos, outras inferiores (judeus, negros, etc.).

Vacher de Lapouge criticava o darwinismo social e é preciso reconhecer que alguns trabalhos de Darwin caminhavam no sentido do racismo científico. Um bom número de biólogos atuais dificilmente o aceitam e chegam a negá-lo pura e simplesmente. No entanto, mesmo o título completo da principal obra de Darwin é por demais explícito: Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a preservação das raças favorecidas na luta pela existência.

E em The Descent of Man, algumas passagens são claras. Darwin escreveu neste livro que existe uma hierarquia das raças, com as inferiores sendo representadas pêlos selvagens (os negros da África e da Oceania; os índios da América do Sul, etc.); as superiores pêlos civilizados, com as nações europeias representando o topo da civilização,segundo a expressão do próprio Darwin.

E acrescenta:
foi a evolução por meio da seleção natural que conduziu imperceptivelmen-te, por gradações sucessivas, raças inferiores a superiores. Reconhece-se aqui a aplicação dessa teoria evolucionista, por ele estabelecida, ao homem: a transição gradual de um tipo de população a outro, mais evoluído.

De acordo com ele, em todos os estágios da evolução da espécie humana, sempre houve duas categorias de seres humanos: os intelectualmente superiores e os inferiores.

Desde a pré-história, os primeiros sempre tiveram mais sucesso em todas as atividades e deixaram um número maior de filhos. Foi assim que a inteligência humana progrediu e que as raças superiores foram formadas.
1 fev

Iba Mendes

Aliás, nessa obra, Darwin reconheceu que seu primo Galton tinha razão: nas nações mais civilizadas, comete-se o erro de contrariar o processo de eliminação pela seleção natural com a instituição de diversas formas de auxílio aos pobres, de hospitais para os doentes, etc. ("nossos médicos vão inclusive fazer o melhor possível para salvar qualquer pessoa", impressiona-se).

E nas últimas páginas de The Descent of Man, Darwin apregoa de modo totalmente explícito sua adesão aos ideais eugenistas de seu primo:

"Os membros tanto de um sexo como de outro deveriam abster-se de se casar em caso de inferioridade manifesta no corpo ou no espírito." Alfred Russel Wallace disse, aliás, que em uma de suas últimas conversas com Darwin (antes de sua morte) este teria expresso um ponto de vista pessimista quanto ao futuro da humanidade: "Na civilização moderna, a seleção natural não tem nenhum papel e não são os mais aptos que deixam mais descendentes. Os que vencem a corrida pela riqueza não são de modo algum os melhores ou os mais inteligentes e é evidente que nossa população se renova a cada geração, muito mais eletiv.i mente nas classes inferiores que nas superiores.

Se Darwin foi incontestavelmente um darwinista social, um raüsta científico e um eugenista convicto, a posteridade dessas doutrinas revelou-se sinistra (e é sem dúvida por isso que muitos cientistas abominam a ideia de associar Darwin a essas correntes).

Em nome da eugenia, esterilizou-se nos Estados Unidos, entre 1900 e 1940 quase 36 mil pessoas: doentes mentais. Todos os tipos de desviados (marginais, vagabundos, ele.) ou, de modo mais geral, pessoas que tiveram o azar de encontrar-se sem recursos e viram-se internadas em algum hospital psiquiátrico por alguma (má) razão.
1 fev

Iba Mendes

Mas muitos outros países democráticos também conheceram ondas de esterilização antes da Segunda Guerra Mundial, pela instigação das ligas eugenistas a que se associavam um bom número dos neodarwinistas mais eminentes (como por exemplo, o matemático R. Fisher, da Grã-Bretanha).

Sabemos que as teorias de Vacher de Lapouge e de Galton foram especialmente retomadas por Hitler e pêlos ideólogos nazistas como bem entenderam (o darwinismo social, por sua vez, foi propagado na Alemanha a partir do final do século XIX pelo discípulo alemão de Darwin: Ernst Haeckel, biólogo ainda de grande renome) . Sem dúvida, não é exagerado dizer que o Estado racial desejado por Hitler, assim como sua doutrina da luta das raças, que culminou com o genocídio de judeus e de ciganos, deve uma boa parte de seus fundamentos ao darwinismo social, à eugenia4 e ao racismo científico”.

Fonte:
Os Herdeiros de Darwin, de Marcel Blanc, Editora Ascritta. São Paulo, 1994, p. 184-186

Agora, diga-me senhor Guga se o Blanc não associa as idéias de Darwin à Eugenia e, de certa forma, ao próprio nazismo?

Essa voce vai ter que engolir mesmo às custas de agruras intelectuais!

É isso!
1 fev

Iba Mendes

Daí, após todas as OPINIÕES de Blanc acima referenciadas, promete-se trazer os trechos que “justificariam” essa opinião compartilhado por Brás. Sabem qual era a passagem?
A mesma que eu já havia comentado antes (vide acima):

Aqui eu teria base para emitir uma opinião sobre seu caráter, mas não o farei. Deixo esta missão para você!

"Os membros tanto de um sexo como de outro deveriam abster-se de se casar em caso de inferioridade manifesta no corpo ou no espírito."

abster
v. 1. Tr. dir. Conter, deter. 2. Tr. dir. Privar. 3. Pron. Privar-se do exercício de um direito ou de uma função. 4. Pron. Praticar a abstinência. 5. Pron. Não intervir, não pronunciar. Conjuga-se como ter.

Bizzo traduziu ABASTER-SE (o Guga havia dito que fui eu) como “SER IMPEDIDOS”, isto é, conforme outro sentido do verbo: “Privar-se do exercício de um direito ou de uma função”.

E dileto ULTRA-darwinista não diz nada sobre “inferioridade no corpo ou no espírito”.

Aora, vamos, senhor Guga, diga-me qual o seu sentido para INFERIORIDADE NO CORPO E NO ESPÍRITO? Poderia nos brindar como um exemplo na atualidade? ((rs))
1 fev

Iba Mendes

Quer dizer, Brás só pode estar de brincadeira! Brincadeira de mau gosto, diga-se de passagem. Querer fazer crer que uma passagem que NITIDAMENTE fala em abstenção voluntária é sinônimo de eugenia, tem que se estar muito desesperado mesmo.

Voce só vai aceitar isso quando abandonar o dogma no qual se firma tenazmente, do contrário, vai permanecer numa defesa desesperada de Darwin, e isso pelo fato de ter sido a Eugenia uma calamidade para a humanidade.

E, além de desesperado, mau-caráter, pois vem mentindo adoidadamente que eu não tenho comentado nada sobre suas bobagens.

E, novamente, não tenho nenhum motivo para acreditar que suas opiniões sobre meu caráter tenha alguma importância. Desfrute-as abundantemente. Isso apenas atesta sua incapacidade para continuar defendendo uma posição que não merece uma nheca de defesa!
1 fev

Iba Mendes

Dada as demonstrações cabais que dei acima do mau-caratismo de Brás sobre a questão, então essas palavras são, na realidade, uma perfeita descrição de sua neurose obsessiva por Darwin, tal qual eu venho falando aqui:

E pela enésima vez o Guga emite uma opinião pessoal sobre meu caráter, como se fosse convencer à base de ofensas pessoais. Ora, por que cargas d'água eu teria que aceitar sua opinião sobre meu caráter?

Darwin não serviu,
Bizzo não serviu,
Blanc não serviu,”


Sim, não serviram.

Isto ficou óbvio, e o motivo não é menos óbvio: dogmas são normalmente “imutáveis e inabaláveis”.

Darwin não serviu,
Bizzo não serviu,
Blanc não serviu,”

O GUGA SERVIU!!! ((rs))

Hum!!!

A esta altura do campeonato, ante tão gritantes provas de aparente mau-caratismo, vou permitir-me aqui uma condescendência para essa tremenda injustiça argumentativa de Brás:

E ele não se cansa em emitir uma opinião pessoal acerca do meu caráter! ((rs))

Talvez não seja mau-caratismo. Talvez seja ignorância mesmo.

Hum!!!((rs))

De repente, Brás não consegue distinguir ignorar algo (como o que ele vem fazendo quanto as palavras de Darwin que nitidamente o colocam como um crítico dos métodos eugênicos) de uma discordância.

Hum???

Talvez a sua nítida postura de tachar com adjetivos mimosos todos os que lhe contrariem esteja na raiz da compreensão dos porquês ele acusa injustamente os outros daquilo que exatamente ele faz: autoritarismo intelectual.

Sinônimo de “autoritarismo intelectual”: “eu não concordo com o Guga!” ((rs))
1 fev

Iba Mendes

Como Stalin, Brás não suporta dissensões, por isso acha que todos aqueles que discordam dele estão ignorando o que ele falou, afinal, em sua mente isso é impossível, pois só há uma interpretação possível: a dele mesmo!

Menos, Guga, menos!

Voce me chamou de MENTIROSO e, segundo regra da comunidade, tal adjetivo não deve ser usado para com outro debatedor. Se eu fosse Stalin ou agisse como ele iria reclamar da Moderação o cumprimento das regras. Mas isso para mim não tem a mínima importância, mesmo porque como já havia escrito não tenho absolutamente nenhuma razão para crer que sua opinião acerca do meu caráter tem alguma validade!

Vamos lá, mais apelo à autoridades alheias e fuga de comentar os próprios trechos de Darwin...

Não, são referências bibliográficas, coisa que Darwin fez de montão em seus livros!


Para começo de conversa, Brás, Meira Penna NÃO é biólogo. É um diplomata aposentado:

Ué, qual a autoridade de um biólogo para discutir eugenia? Não estamos tratando de assuntos da biologia, mas da sociologia. Não estou discutindo acerca de mutações e coisas afins, mas sobre questões socais, neste caso, a Eugenia; ademais, Bizzo é um biólogo e nem por isso você se deixou convencer por ele.

Por essa você “mijou fora do penico!” ((rs))
1 fev

Iba Mendes

Cara, vc é realmente uma piada...

É mesmo??? ((rs))
Agora, sobre mais este esconder-se atrás de autoridades alheias, onde estão passagens nestas OPINIÕES de Meira Penna que mostram textos de Darwin que refutam o que eu venho lhe dizendo?

((rs)), ((rs)), ((rs))!!!

E não é que o Guga embalou na besteira da meninada de Darwin do Orkut: “Mas ele não é biólogo!” ((rs))

As mutações são em sua maioria deletérias: "mas voce não é biólogo"!!!
A macroevolução não pode ser testada empiricamente: "mas voce não é biólogo!!!"
Darwin era eugenista: "mas o Penna não é biólogo!!!" ((rs))

Voce é biólogo Guga?
Darwin era Biólogo, Guga?
Estamos tratando de Biologia Guga? Neste caso, a Eugenia faz parte do currículo do curso de Biologia?
Quem tem melhor condições de discutir a Eugenia: um biólogo ou um cientista social ou filósofo?
E o Bizzo, não é biólogo, Guga? ((rs))

Guga, você é ingênuo!
1 fev

Iba Mendes

De opiniões, como vc mesmo disse, vc pode passar a eternidade trazendo e assoberbando o tópico aqui, mas onde estão as partes nas obras de Darwin que dizem que ele é eugenista? Onde estão trechos nas obras de Darwin que neguem QUE PARA DARWIN, A EDUCAÇÃO, CULTURA E RELIGIÃO SÃO MAIS IMPORTANTES PARA O APRIMORAMENTO DO HOMEM DO QUE A SELEÇÃO NATURAL?

Não adianta, Guga. Voce está apoiado num dogma, não vai conseguir se libertar dele assim tão fácil!

Vc deve estar brincando, né? Chego a duvidar de que alguém possa ser tão bisonhamente limitado às mesmas coisas e incapaz de pensar sobre o que foi dito e provado em resposta!



“A distinção principal nos poderes mentais dos dois sexos reside no fato de que o homem chega antes que a mulher em toda ação que empreenda, requeira ela um pensamento profundo ou então razão, imaginação, ou simplesmente o uso das mãos e dos sentidos. Se houvesse dois grupos de homens e mulheres que mais sobressaíssem na poesia, na pintura, na escultura, na música (trate-se da composição ou da execução), na história, nas ciências e filosofia, não poderia haver termos de comparação. Baseados na lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius, podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas últimas”(DARWIN, p. 649).

Voce sabe quem foi Galton, Guga? Sabe de que trata o livro Hereditary Genius, de francis Galton? Por que será então que Darwin citou este livro como referência para dizer que o homem é superior à mulher?

Ah, Darwin era apenas humano! ((rs))
1 fev

Iba Mendes

E, veja vc mais uma prova contra essa interpretação fácil, mas equivocada, no próprio trecho citado:

DEVEMOS SOFRER SEM NOS QUEIXAR.

Isso é mais uma prova cabal que Darwin não acreditava em políticas eugenistas para tentar contornar os males (segundo a visão preconceituosa da época) constatados então! Tem que ser muito Brás para ficar cego a isso...

”Quando os princípios da procriação e da hereditariedade forem melhor conhecidos, não ouviremos mais alguns membros ignorantes da nossa legisla¬tura rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimônio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem” (DARWIN).

Ou seja:

- Enquanto esses políticos ignorantes rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimônio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem, teremos de conviver com os “incivilizados, selvagens, fracassados etc.”

O Guga não consegue entender nem o óbvio dos óbvios!!!
1 fev

Iba Mendes

Sabes porque Darwin acha que devemos aceitar isso? Porque para ele, a existência de tais pessoas fomentava o melhor do ser humano em outras: caridade, sentimentos religiosos, etc.

Que Darwin bonitinho este do Guga!

Que coisa fofinha do papai! ((rs))

O que, para ele, era digno de evolução moral, tal qual ele discorreu em seu “A Origem do Homem”, mas que vc, como já demonstrei, NÃO LEU (é só lembrar sua anuência com Blanc, quando este disse que para Darwin, os membros superiores da humanidade é que se reproduziam mais...).

Aqui o Guga ficou mais enrolado do que namoro de cobra! ((rs))

Cara, vou tentar abstrair toda a indignação por mais essa manifesta ignorância TEIMOSA e lhe explicar mais detalhadamente...

Vamos ver...

Isto é um truísmo.

TRUÍSMO: “verdade evidente” ((rs))

Com a descoberta das vacinas, indivíduos portadores de imunodeficiências congênitas e que por isso morreriam pelo ataque de tais viroses, bacterioses, etc., passariam então a sobreviver e, ato contínuo, transmitir sua deficiência para gerações futuras.

Darwin mostrou-se coberto de razão ao concordar com isso, pois, como eu disse, é um truísmo gritante. Indiscutível.

Não entendi muito bem o truísmo, mas melhor do que ele, seria você citar, ipisis litteris, algum texto em que Darwin defende o uso da vacina, assim, assim e assim... ((rs)

Santa inocência guguiana!
1 fev

Iba Mendes

Tão verdadeiro que hoje em dia podemos monitorar e prever certa dinâmica populacional de genes relacionados a tais deficiências.

Desde quando prever é sinônimo de MELHORAR?

Prever que uma doença vai se propagar não é a mesma cousa que controlar tais doenças mediante medidas eugênicas, como o monitoramento de casamentos de acordo com o que se acha “melhor” e mais saudável!


Trabalha-se com isso hoje em dia. E para o bem da espécie humana!

Graças a Deus o repúdio por essa segregação tem respaldo até nos Direitos Humanos!


Nada a ver com eugenia, mas tudo a ver com o reconhecimento desta verdade.

Profundo como um pires! ((rs))

Se médicos fizessem como você quer autoritariamente que todos façam aqui, ou seja, se médicos fizessem como vc quer e negassem que isso é verdade, seríamos assolados constantemente por epidemias e mais epidemias de vírus e bactérias mutantes sem entender a dinâmica de sua propagação e manutenção nas populações humanas...

Hum??? ((rs))
Que infantilidade!

O que vc FAZ QUESTÃO DE FUGIR é o que Darwin acreditava ser melhor fazer quanto a estes riscos e ao aprimoramento humano:

Educação, cultura e religião. Eugenia (seleção de humanos) não.


Ah, sim, o seu darwinzinho imaginário!
1 fev

Iba Mendes

Ah isso lá é verdade: Darwin lançou as bases sim para que a eugenia surgisse, afinal, não há eugenia sem teoria da evolução. Mas daí a concordar com a conclusão bisonha de que Darwin concordava com a eugenia proposta à época (sim, porque a que temos hoje é totalmente desejável!) há um abismo enorme.

“afinal, não há eugenia sem teoria da evolução” [2]


DE NOVO, os fatos que Brás foge patética e vergonhosamente:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

...” muito embora a esta última se possam com segurança atribuir os instintos sociais, que constituíram a base para o desenvolvimento do senso moral”.

”Não seria Hitler darwinista? E Himmler, e Rosenberg, e Mengele e os SS também?”

Não. Hitler et caterva irritavam-se com os claros princípios darwinistas que desautorizavam cabalmente as políticas nazistas:

Não seria Darwin hitlerista, caso vivesse na Alemanha no tempo de Hitler?

Uma boa pergunta!
1 fev

Iba Mendes

Agora veja uma coisa.

Nazistas diziam basear-se em ciência (em geral) e no darwinismo (em particular) como um meio de propaganda ideológica para angariar incautos. Do mesmo modo, por exemplo, diziam se basear no “verdadeiro” cristianismo para pegar incautos do lado da fé (vide o infame “cristianismo positivo”)

Jesus Cristo, segundo os Evangelhos, nunca fez acepção de pessoas, muito pelo contrário, recebia a todos, principalmente os marginalizados pela sociedade da época. A essência dos ensinamentos de Cristo foi o amor, de maneira que jamais ele aceitaria que se matasse uma só vida em nome seja lá do que for. Portanto, Hitler jamais teria respaldo para se apoiar em Cristo quando executou seus planos diabólicos.

Agora, peguemos Darwin, típico burguês da era vitoriana, alguém que mantinha a devida distância da “gentália”, que formulou uma teoria de súbito após à leitura de Malthus, e que tinha como lema “a sobrevivência do mais apto”. Quem seriam os mais aptos para Darwin, no que refere ao âmbito humano?

E para Jesus, haveria espaço para os “mais aptos”?

Portanto, é uma jobóica besteira acreditar que Darwin se inspirou nos Evangelhos para matar; em contrapartida, a obra de Darwin oferece toda uma base para que o plano de purificação racial fosse implementado na Alemanha.

É isso!
1 fev

Iba Mendes

Se os nazistas faziam isso, é uma coisa. Se isso era verdade, é outra. Como vimos, tanto no caso do darwinismo como do cristianismo, eles se baseavam em uma caricatura de ambos e não nos dois propriamente ditos. Basta ver que, no caso do “darwinismo”, eles escondiam o axioma do vigor do híbrido.

Em qual obra cristã Hitler teria se inspirado? Ou seja: qual o livro cristão deu respaldo a Hitler?

Agora, já leu alguma coisa do “A Origem do Homem”, de Darwin!

Hum???

Façamos o seguinte, vou postar aqui o trecho do livro de Darwin, na tradução de Nélio Bizzo*, e, logo em seguida, trechos do “Minha Luta” (“Mein Kampf”), de Adolf Hitler. Cada um conclua por si mesmo, é claro, se alguém porventura acompanha este tópico:

DARWIN – “A ORIGEM DO HOMEM”

”A seleção permite ao homem agir de modo favorável, não somente na constituição física de seus filhos, mas em suas qualidades intelectuais e morais (sic). Os dois sexos deveriam ser impedidos de desposarem-se quando se encontrassem em estado de inferioridade muito acentuada de corpo ou espírito”. E mais adiante: ”Todos aqueles que não podem evitar uma abjeta pobreza para seus filhos deveriam evitar de se casar, porque a pobreza não é apenas um grande mal, mas ela tende a aumentar; (...) enquanto os inconscientes se casam e os prudentes evitam o casamento, os membros inferiores da sociedade tendem a suplantar (em número) os membros superiores. Como todos os animais, o homem chegou certamente ao seu alto grau de desenvolvimento atual mediante luta pela existência, que é conseqüência de sua multiplicação rápida; e, para chegar a um mais alto grau ainda, é preciso que continue a ser mantida uma luta rigorosa (...). Deveria haver concorrência aberta para todos os homens e dever-se-iam fazer desaparecer todas as leis e todos os costumes que impedem os mais capazes de conseguir seus objetivos e criar o maior número possível de crianças” .

* Extraído do livro "O que é Darwinismo", de Nélio Bizzo, p. 67 - IPISIS LITTERIS
1 fev

Iba Mendes

HITLER - "MINHA LUTA"

"Sendo limitada a procriação e diminuído o número dos nascimentos, sobrevem, em lugar da natural luta pela vida, que só deixa viverem os mais fortes e mais sãos, a natural mania de conservar e "salvar" a todos, mesmo os mais fracos, a todo preço. Assim se deixa a semente para uma descendência que será tanto mais lamentável quanto mais prolongado for esse escárnio contra a natureza e suas determinações.

[...]

"Durante algum tempo, talvez fosse possível zombar da natureza, mas a reação não tardaria; ela far-se-ia reconhecer mais tarde ou seria vista pelos homens demasiadamente tarde. As conseqüências desastradas do b]desprezo das leis naturais no que diz respeito ao casamento são visíveis no mundo aristocrático. Nesse setor as mães só obedeciam a imposições sociais ou a interesses financeiros. No primeiro caso, a conseqüência era o enfraquecimento da raça; no segundo, tratava-se de um envenenamento do sangue nacional, uma vez que toda filha de pequeno comerciante judeu se julgava com direito a suprir a descendência de Sua Alteza. Em ambas as hipóteses a mais completa degenerescência era o resultado desse estado de coisas"
(p. 114).

[...]


"A primeira hipótese, aliás por motivos morais, para combater a sífilis consiste em facilitar os casamentos dos jovens, nas futuras gerações. Nos casamentos tardios está uma das causas da conservação de um estado de coisas que, por mais que se queira torcer, é e será sempre uma vergonha para a humanidade, e que deve ser visto como uma maldição para criaturas que, modestamente, se julgam feitas à imagem do Criador. A prostituição é uma vergonha para a humanidade, que não pode, porém, ser removida com preleções morais, piedosos sentimentos, etc. A sua diminuição e a sua extinção completa pressupõem a remoção de um número infinito de condições preliminares. A primeira condição, porém, é a criação de um ambiente de facilidades ao casamento dos jovens, o que aliás corresponde a uma exigência da natureza" (p.116).
1 fev

Iba Mendes

"Assim se degeneram os grandes povos e gradualmente são arrastados à ruína.
O casamento não deve ser uma finalidade em si, mas ao contrário, deve servir à multiplicação e conservação da espécie e da raça, Esse é o seu significado, essa é a sua finalidade.

Assim sendo, a sua razão de ser deve ser medida pela maneira por que é alcançado esse objetivo. Os casamentos entre jovens se justificam ao primeiro exame, porque podem dar produtos mais sadios e mais resistentes. Para facilitar
essas uniões tornam-se imprescindíveis várias condições sociais, sem as quais impossível é contar com casamentos entre jovens.

[...]

Se refletirmos que uma grande diminuição da procriação é conseqüência desse estado de coisas e que disso está dependente a seleção natural que só pode ter como resultado criaturas infelizes, então é lícito que nos façamos esta pergunta: Por que manter uma tal instituição? Que objetivo preenche ela? Não é ela, porventura, igual à própria prostituição? O dever para com a posteridade não existe mais? Não se compreende que praga se reserva a futuras gerações através de uma tão criminosa e leviana aplicação de um direito natural que é também o maior dever para com a Natureza? Assim se degeneram os grandes povos e gradualmente são arrastados à ruína. O casamento não deve ser uma finalidade em si. mas ao contrário, deve servir à multiplicação e conservação da espécie e da raça, Esse é o seu significado, essa é a sua finalidade"
(p. 117)
3 fev

Guga LV

Aleluia! Dignastes-te a comentar os textos que vinhas fugindo de sequer os reconhecer! Entretanto, notemos que comentastes apenas dois, o terceiro, saístes pela tangente pedindo que eu dissesse a página critério não utilizado nos dois outros... Será porque ele é só mais um dos que deixam claro que Brás só tem em mãos um pinçar de textos que podem ser manipulados para incautos entenderem que a posição de Darwin era pró-eugenia? Façam suas apostas...

“O homem analisa escrupulosamente o caráter e a ascendência dos seus cavalos, do seu gado e dos seus cães antes de acasalá-los; mas, quando chega a época das núpcias, raramente ou nunca toma semelhante cuidado”.

Exato! Nada de eugênico aqui. Apenas mais uma constatação de Darwin. Ele diz aqui: o homem deveria ter políticas de controle da reprodução humana?

Não!

Quer dizer, mais um trecho pinçado, descontextualizado, para fazer parecer que Darwin era a favor de políticas eugênicas.

Deu água essa sua tentativa Brás.


“Note-se que Darwin dá a entender claramente que o homem PODERIA melhorar, se assim desejar, as condições físicas da prole de seus animais, mediante um escolha seletiva das melhores raças, cruzando-as de modo que gerem filhos fortes, preservando desta maneira os “mais aptos”, conforme lema da seleção natural.

E PODE! Vais negar isso? Achas, sinceramente que ele NÃO pode fazer isso se assim desejasse?

Acho que o seu problema Brás é o que alguns chamam de infantilismo. Aquela velha tendência de ver as coisas dualmente, ou “isto ou aquilo”, maniqueísmo.

Me pareces que satanizas a eugenia total e completamente por conta de seu vergonhoso histórico. Ora, é inegável as atrocidades que se cometeram em nome da eugenia, mas negar fatos simples e básicos a reboque disso, é uma burrice sem tamanho. Até porquê, certos fundamentos eugênicos não são políticos, nem ideológicos, são científicos.
3 fev

Guga LV

Para quem não sabe, a eugenia existe até hoje, na forma de “aconselhamento matrimonial” ou “aconselhamento genético”. Funciona mais ou menos assim:

O médico analisa o histórico de saúde de uma determinada pessoa ou casal e, com base nisso, lhe diz quais são as chances de terem filhos assim ou assado. Muitas vezes, tais análises permitem garantir com exatidão* as chances de terem filhos com problemas seríssimos. O que faz esse médico? Informa os pais sobre isso e deixa a escolha por livre iniciativa de ambos.

*Por causa do ATUAL conhecimento das leis da hereditariedade.

O que acontecia à época de Darwin é que estavam recém descobrindo essa dinâmica populacional, que em biologia estudamos hoje em dia como Genética de Populações.

NESTE contexto, começou-se a observar esse truísmo:

O homem pode melhorar (ou piorar) sua descendência.

Já lhe disse isso.

Poder, pode.

Mas, Darwin concordava com as proposições eugênicas da época, a saber controle externo da reprodução humana?

A resposta é clara:

Não.

Ele deixou claro que achava que esta era uma decisão do casal, intransferível, por isso a utilização de verbos reflexivos como ABSTER-SE. Não há como fugir disso.

”Ele é levado por motivos quase análogos àqueles dos animais inferiores, quando são entregues à sua livre escolha, embora seja tão superior a eles que pode avaliar altamente as qualidades mentais e as virtudes. Por outro lado, sente forte atração pela simples riqueza ou pela posição.”

“Ou seja: o homem, embora superior aos outros animais, sendo capaz de avaliar as qualidades mentais e as virtudes dos cônjuges, quando entregues à sua livre escolha, agem da mesma forma que estes mesmos animais.”


Exato! Nada aqui que chegue sequer perto: “por isso, creio que devemos praticar medidas eugênicas e conter a reprodução (quiçá a vida mesmo, já que, segundo Brás, Darwin = Hitler nesse assunto) dos inferiores”.

Nada.
3 fev

Guga LV

A única coisa que Brás tem a agarrar-se é um trecho que ele interpreta ambiguamente, a despeito da clareza:

Deveriam abster-se caso assim o desejassem.

Nada disso, em absoluto, tem a vê com a eugenia.

Aliás, como negas-te a admitir, Darwin cria que para estes fins, o ideal era educação, cultura e religião. O resto é esperneio seu.



“Todavia, mercê da seleção, ele poderia de algum modo agir não só sobre a estrutura física e a conformação óssea da sua prole, mas sobre as suas qualidades intelectuais e morais.”

“Embora o homem esteja à mercê da cega e aleatória seleção natural, ele poderia tomar as devidas medidas a fim de melhorar não apenas a estrutura física de sua prole como, também, tomar iniciativas no sentido de tornar melhores as qualidades intelectuais e morais dela.

Ora, aqui já fica mais que evidente os pressupostos eugenistas de melhoria do caráter, da inteligência, da moral.”


Idem acima.

Que se pode, pode, não há como negar isso.

Não é porque tal truísmo foi revelado pela odiosa eugenia que ele deixará de ser verdade. Longe disso.

O problema todo é, como já lhe falei:

Devemos fazer como apregoado pelos eugenistas de então?

Darwin claramente posicionou-se contra e via como alternativa a educação, cultura e religião como saídas. O resto é xororô seu.

“E, como isso seria possível? Simples, mediante a regulamentação do matrimônio e do tamanho das famílias conforme o patrimônio hereditário dos pais. Trata-se dos ideais de Francis Galton, primo de Darwin, e do qual este tomou de empréstimo vários de seus pressupostos raciais. Como é sabido a obra de Galton “Hereditary Genius” foi o marco da Eugenia.“

Essa é uma interpretação sua. Darwin não cria nesse tipo de regulamentação do matrimônio. Lembre-se de um trecho que vc mesmo trouxe para cá:
3 fev

Guga LV

“Deveria haver CONCORRÊNCIA ABERTA PARA TODOS OS HOMENS e dever-se-iam fazer desaparecer todas as leis e todos os costumes que impedem os mais capazes de conseguir seus objetivos e criar o maior número possível de crianças”.

Ou seja, nada de leis que os impedissem de procriar.


“Agora, veja-se o próprio Darwin, que o dileto darwinista Guga defende com unhas e dentes, usando este vade mecum eugenista em seu livro de filosofia materialista “A Origem do Homem”:

“Baseados na lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius, podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas últimas” (p. 649).”

“Destaque para “tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius” . Não, quem disse que Darwin era eugenista?”


Ora mas que arremedo de argumento!

Primeiro, vemos aí apenas um preconceito de gênero de Darwin em relação à mulher (nada diferente dos que costumamos encontrar na Bíblia, por exemplo). Preconceito não é eugenia. Vejam que a sanha de Brás em, nas suas palavras, “me fazer engolir que Darwin é eugenista”, acaba fazendo com que ele não saiba mais nem distinguir alhos de bugalhos. Encontrou uma passagem preconceituosa? Utilize-a para “me fazer engolir que Darwin era eugenista”. Foda-se a coerência.

Segundo, Brás recorre a uma satanização infantilóide da eugenia, tipo assim:

“Eugenia é má. Tudo o que for eugênico é mau. Todos que são eugenistas são maus. Todos aqueles que concordarem com o que quer que seja de eugenistas, é mau.”

Daí, a reboque dessa satanização, o simples fato de Darwin reconhecer os DADOS publicados por Galton sobre a performance de homens e mulheres em determinadas disciplinas faz com que Darwin fosse a favor de intervenções externas na reprodução humana...


Na lógica de Brás, obviamente...

Vou te contar... É cada uma...
3 fev

Guga LV

“Ambos os sexos deveriam abster-se do matrimônio se acentuadamente fracos no corpo e na mente;

Ora, qual o critério que o mister Chales Darwin usaria, caso fosse o governante da sua nação, a fim de descobrir quem seriam os “fracos no corpo e na mente”?”


?????

Vc tem algum problema? Não consegue entender textos? Veja que Darwin é BEM CLARO:

Deveriam ABSTER-SE

Essa é a posição de Darwin! Um ato voluntário e soberano de cada um! Não uma intervenção externa como a caricatura que fizestes:

“Será que ele não faria uso de medidas tais como àquelas feitas pelo governo alemão durante a Segunda Guerra Mundial, ou daquelas realizadas pelos Estados Unidos , entre 1900 e 1940, que esterelizaram cerca de 36 mil pessoas: doentes mentais, todos os tipos de “desviados” marginais, vagabundos etc.?”

Não! Ele achava que isto era uma decisão pessoal de cada um! Será que é tão difícil para vc entender o sentido REFLEXIVO da palavra “ABSTER-SE”???

Além do mais, lembre-se: ele não acreditava nessa eugenia, pois morreu achando que educação, cultura e religião é que faziam bem mais pelo aprimoramento do homem do que a seleção natural!

Que coisa mais ridícula! Perdestes as peias morais e mandastes ver inclusive em escatologia histórica: “será que ele não faria?”

Pfiuuu!


“E este senhor Guga não se sente o mínimo de acanhamento em afirmar que Darwin não nutria de ideais eugenistas?”

Não tenho nenhum, pois os fatos estão ao meu lado. Não é a toa que posso comentar cada uma de suas colocações e fundamentar na obra do próprio Darwin (não em opiniões de terceiros) o que estou dizendo.

Darwin não compartilhava o ideal de aprimoramento da humanidade através de impedimentos à reprodução:

“Deveria haver CONCORRÊNCIA ABERTA PARA TODOS OS HOMENS e dever-se-iam fazer desaparecer todas as leis e todos os costumes que impedem os mais capazes de conseguir seus objetivos e criar o maior número possível de crianças”.
3 fev

Guga LV

E:

“Devemos portanto sofrer, sem nos queixar, os efeitos incontestavelmente perversos que resultam da persistência e da propagação dos seres débeis.”

E:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

E:

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”

E:

“Com as nações civilizadas, na medida em que um avançado padrão de moralidade e um aumento no número de homens bons e justos sejam considerados, a seleção natural, aparentemente atua pouco; embora os INSTINTOS sociais fundamentais sejam assim ganhos. Mas eu tenho já dito o suficiente que, mesmo tratando-se de raças inferiores, as causas que levam ao avanço da moralidade são, a saber, a aprovação de nossos companheiros, o estreitamento de nossos laços pelo hábito, exemplo e imitação, razão e experiência e mesmo auto-interesse/instrução durante a juventude e sentimentos religiosos.”

Isso para ficar só em uns poucos exemplos que são encontrados na referida obra, pois há inúmeros outros mais, como aqueles sobre os “superiores” gregos que perderam tal posto para nações até então tidas como “inferiores”, o mesmo acontecendo com espanhóis, turcos, etc. Tudo exemplificado por Darwin...
3 fev

Guga LV

”mas estas esperanças são utópicas e nunca serão concretizadas nem mesmo parcialmente, enquanto as leis da hereditariedade não forem conhecidas amplamente.

Aqui Darwin lastima o fato de que, enquanto as “leis da hereditariedade”, incluindo aí àquelas defindidas por Galton e muitos de seus contemporâneos, isto é, as leis eugênicas, não forem amplamente conhecidas, a esperança de que tais melhorias se concretizassem seria pura utopia.”


Vc pede... (viu que falta faz um pouco de biologia ao se discutir isso? Evitaria micos como esse que és recorrente)

QUE MANÉ “LEIS DA HEREDITARIEDADE DEFINIDAS POR GALTON” o que! Tá maluco? Galton não estipulou nenhuma “Lei da Hereditariedade”!!!

Faça assim: coloque aí para nós a Lei da Hereditariedade de Galton...

Já lhe expliquei: a utopia era achar que cada pessoa decidiria ter ou não ter filhos para uma sociedade melhor.

Pois, para Darwin:

“A seleção natural atua somente temporariamente. Indivíduos e raças podem adquirir certas vantagens indisputáveis e ainda assim perecer por outras características.”

e:

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta, quanto indiretamente, muito mais é feito através dos efeitos do habitat (cultura), instrução (educação), religião, etc., DO QUE através da seleção natural; embora a este último agente possa ser seguramente atribuído os instintos sociais, os quais proporcionam a base para o desenvolvimento do senso moral.”
3 fev

Guga LV

“Agora, repito, se Darwin fosse o soberano da Inglaterra naquele momento, como ele faria para que tais “leis” fossem amplamente conhecidas? Veja-se como o governo de Hitler manipulou de tal forma a imagem dos judeus que mesmo pessoas outrora amigas dos judeus, acabaram acreditando na mentira contada e repetida milhões de vezes pelos meios de comunicação do Reich de quem os judeus eram uma “raça inferior”, de modo que um alemão jamais poderia se casar com uma judia ou vice e versa.

É claro não há mínima possibilidade de saber exatamente como ela agiria se estivesse no comando, todavia, fundamentado no que ele escreveu, um conclusão favorável à leis eugênicas parece mais que plausível.”


Santa paciência com essa escatologia tosca. Além de obsessivo virastes adepto de advinhações ocultistas é? Vais me dizer que Darwin lhe baixou em uma seção espírita e disse isso tudo é?

Não amola!

Enrolas, enrolas e enrolas, mas provas que são boas, NADA.

Onde está, nas obras de Darwin (vale cartas inclusive!) sua defesa: “Concordo com a proibição externa de casamentos indesejáveis”?

Até agora, não apresentastes um trecho sequer que diga isso! Ao contrário, lhe apresentei trechos que são claros a condenar tal tipo de prática! Vide acima.

E, para não deixar passar em branco, que bela história da carochinha vc contou aí sobre o anti-semitismo, hein!?

Hitler et caterva não perdiam tempo para caluniar os judeus com as mais infames acusações, mas nenhuma delas é original: todas foram massivamente marteladas pelos cristãos ao longo de sua história:

“Inferioridade moral”, o “cheiro nauseabundo”, a “corcunda”, o “gosto pela usura”, “a maldade”, os “assassinatos rituais”, por exemplo, não lhe dizem nada?


Isso para não falar na mais infame de todas as acusações anti-semitas compartilhada pelos nazistas:

DEICÍDIO, que Hitler tão habilmente soube explorar...
3 fev

Guga LV

“E o nobríssimo darwinista ainda tem a audácia de colocar as mãos e os pés no fogo por um homem que tinha como ideal a purificação das raças mediante cruzamentos indesejáveis!”

Para começo de conversa, sua sanha por certo deveria querer dizer

“purificação das raças mediante cruzamentos desejáveis” e não “indesejáveis”.

Bom, feita esta correção, onde está uma tal defesa?

Vc está tão obcecado em sua sanha anti-Darwin que considera ponto passivo o que sequer foi demonstrado! Você citou trechos e mais trechos sobre a concordância de Darwin quanto às DEMONSTRAÇÕES feitas por Galton, mas nenhuma sequer do posicionamento favorável de Darwin para políticas invasivas, coercitivas, eugênicas!

NENHUMA!

No entanto, isto não o impede de proclamar que ele desejava isso, muito embora eu tenha lhe trazido trechos e mais trechos onde ele é claramente contra isso! Num dos trechos, inclusive, isto está tão patente que te omitistes de comentar, pedindo-me que lhe fornecesse a página em que se encontra, pois de tão claro é impossível negar a contrariedade de Darwin à eugenia pregada à época!


“Que beleza!
Todo aquele que, de algum modo, cooperar para que as “leis da herediteriedade” sejam amplamente conhecidas, está a fazer, como diria um portuges, uma muito bela obra! Já vimos esta história antes e não gostamos nem um pouco dela!”


Que papagaiada, isso sim!

Caso o Sr. tenha estacionado no tempo, não só foram descobertas as leis da hereditariedade, como se confirmou o vaticínio de Darwin:


Tal descoberto foi um incomensurável BEM para a humanidade. Quer seu chauvinismo criacionista consiga suportar isso, quer não. Não faz diferença nenhuma para a humanidade.

O conhecimento genético veio para ficar.

Saia desse obscurantismo do recalque religioso!
3 fev

Guga LV

“Quando os princípios da procriação e da hereditariedade forem melhor conhecidos, não ouviremos mais alguns membros ignorantes da nossa legislatura rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimónio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem.”

“Viram só!
Note-se membros ignorantes da nossa legislatura rejeitar com desprezo um plano que tente a verificar se o matrimônio entre consanguíneos é ou não prejudicial ao homem.”


Cara...

Vc só pode estar brincando!

Chegas, agora, ao ponto de querer contrariar até o livro que vc diz motivar toda essa cruzada contra a ciência, a TE e a pessoa de Darwin:

A Bíblia!

Sim, porque se vc olhar bem, consta na bíblia reprovações claras aos casamentos consangüíneos...

Incesto é pecado!

E, afora isso, dás aqui mais uma clara demonstração de obscurantismo fanático, pois demonstras seres incapaz de perceber os riscos que existem em casamentos consangüíneos e o bem que se faz em reconhecer-los!

E, veja que “interessante” são as coisas...

Vemos ATUALMENTE uma expressão perversa dessa antiga eugenia, de querer se meter em quem deve casar com quem e de determinar que tipo de casamento é ou não bom para a humanidade na religião que compartilhas, quando proíbem expressamente seus fiéis a sequer aceitarem casamentos gays de outros e não tem papas na língua em condenar tal tipo de matrimônio aos quintos dos infernos. Também são reis em dizer que é ruim para a sociedade porque não gera filhos e, também sem vergonha alguma, não se cansam de dizer que é imoral.Inúmeros países não tem leis que reconheçam o casamento gay por conta desse preconceito religioso. Por conta disso, os sofrimentos e dificuldades para tais casais são lamentáveis e injustificáveis!


BLZ pura, hein?
3 fev

Guga LV

“Já imaginou um sijeito desse legislando na Inglaterra daquela época? Já imaginou o tamanho da atrocidade que PODERIA acontecer em consequencias de leis que proibissem o casamento ente os “fracos” e os “fortes” daquela sociedade? O que ele faria com os doentes mentais? Com os negros, com os marginalizados pelo sistema opressor?”

Sua obsessão leva a tamanha ignorância.

Primeiro, vide acima.

Segundo, tratava-se de leis que permitiriam a realização de um senso para saber se OU não os casamentos consangüíneos eram prejudiciais à humanidade, cuja idéia de nocividade já constava na Bíblia ---> por isso a proibição expressa ao incesto.

Terceiro, vc parece desconhecer os perigos dos casamentos incestuosos.

Quarto, vc parece desconhecer que Darwin era casado com uma prima.

Quinto, vc parece desconhecer que casamentos consangüíneos não tem nada a ver com “mais forte” e menos forte”, “superiores” e “inferiores”, ele acomete ambas distinções preconceituosas igualmente.

Sexto, vc parece desconhecer que o próprio Darwin era atormentado por tais dúvidas, uma vez que, casado com uma prima, via aí uma possível causa para a dolorosa perda de seus filhos, isso a despeito dele ter todos os recursos da época possíveis e, como vc faz questão de tachá-lo, pertencer aos “superiores”.

Vá estudar para deixar de falar bobagens!



“O digníssimo Guga ao menos deveria sentir ainda que uma leve timidez por tão deletéria defesa! Mas nem isso, entende-se esta paixão descomunal ao lider que fundou o sistema pelo qual ele se agarra apaixonada e desmedidamente!”

Bobagem. Vide acima.


“O progresso do bem-estar do gênero humano é um problema mais complexo: todos aqueles que não podem evitar a pobreza para os próprios filhos deveriam evitar o matrimônio; na verdade, a pobreza não só representa um grande mal, mas tende ao próprio incremento, levando à desconsideração do matrimônio.”

De novo, adulteração de trechos. Esquecestes-te “apenas” de colocar junto o adjetivo:
3 fev

Guga LV

“todos aqueles que não podem evitar a MAIS ABJETA pobreza para os próprios filhos deveriam EVITAR o matrimônio”.

Perceba que não é qualquer pobreza, mas sim, A MAIS ABJETA. Os adjetivos tem sua função Brás...

Temos, aqui, mais uma resposta as suas escatologias. DE NOVO, Darwin deixa claro que a decisão é soberana do casal: ELES DEVERIAM EVITAR, não alguém IMPEDI-LOS. Caso ele fosse como Brás pinta-o, ele teria escrito: devemos evitar que eles se casem.

Isso é um conselho para lá de sábio: se só tens a mais abjeta pobreza a oferecer a seus filhos, evite tê-los.

Em tempo: evitar de casar-se é eufemismo moralista para “ter filhos”, já que àquela época, não se podia fazer sexo fora do casamento e não haviam métodos contraceptivos eficientes...



“Sim, não há dúvidas de que a pobreza seja um mal! Agora, por que este ilustre naturalista em vez de apregoar a segregação matrimonial entre as pessoas, não defendeu a criação de leis mais justas e igualitárias? Ah, sim, façamos o mais fácil: impomos leis que restrinjam o casamento entre “ignorantes e inteligente”, entre “morais e amorais”, entre “pessoas sadias e pessoas doentes” etc.”

Darwin não propôs a imposição de lei nenhuma que restringisse o casamento de tais pessoas, apenas aconselhou-as a evitarem tal prática caso tivessem ciência que não poderiam evitar a mais abjeta pobreza para seus filhos. Vide acima.

Vc acha, sinceramente, que essa tática nazista chinfrim de ficar repetindo ad nauseum uma mentira irá fazer dela uma verdade?

Sai dessa...



“Por outro lado, Galton observou que, se o prudente evita o matrimônio enquanto que o incauto se casa, os membros inferiores tendem a suplantar os membros melhores da sociedade.”

Fico feliz que entendestes isso. Antes, estavas a concordar com Blanc que Darwin achava que os membros superiores é que se reproduziam mais e melhor... Já temos uma evolução aqui...
3 fev

Guga LV

“Galton, quem fora Galton?
Ninguém menos do que o autor de “Hereditary Genius”, de 1969, no qual que as pessoas passavam por uma espécie de linha de montagem de seus testes e medições, e recebiam sua avaliação final. Darwin deu tanta importância a este livro que chegou a escrever para Galton que “em certo sentido, o senhor transformou um oponente em convertido” (in Galton, p. 290).”


O que é que tem isso tudo? Vc faz um circo, só para variar. Como não tens um trecho só sequer em que Darwin apareça dizendo que a sociedade deveria intervir nos casamentos alheios, vens com essas pantomimas! Coisa patética.

Agora, pegas um pequeno trecho de um carta e o deturpas tremendamente para fazer crer que há alguma fundamentação para sua neura obsessiva, que está agora cada vez mais ridícula.

O trecho em questão refere-se à herança de caracteres mentais, os quais Darwin acreditava ser impossível. Porém, para surpresa de Darwin Galton demonstrou que certos caracteres mentais são passados sim de geração em geração (sua clássica experiência com coelhos). Isso acabou convencendo Darwin, embora ele não tenha se dobrado completamente. Ele morreu acreditando na poligenia e, por conta disso, discordou até o fim de Galton quanto à herança de caracteres adquiridos (não congênitos). Para Darwin, havia também tal possibilidade.

Darwin sempre acreditou que o homem poderia transcender os limites aparentemente impostos por uma original condição desfavorável. Por isso ele dizia que, no homem, a seleção só poderia atuar momentaneamente. Vide os trechos já referenciados por mim. Mas aproveite para ver também o trecho em que Darwin relata sua experiência a bordo do Beagle.
3 fev

Guga LV

Tratava-se de três fueguinos, uma “raça” a qual Darwin abominava especialmente, por conta do bruto assassinato de uma criança (por motivos pueris) e seus costumes “bárbaros”. Pois bem, apesar de todo este preconceito, ele não deixou de reconhecer o “avanço” que tiveram os dois fueguinos que lhes acompanhavam, após alguns anos de estudo na Inglaterra, “não diferebciavam-se em nada em intelecto e moral” dos demais tripulantes:

“Os fueguinos posicionam-se entre os mais inferiores bárbaros; mas eu tenho continuamente descoberto quão próximos são os três nativos a bordo do H.M.S. Beagle, que tem vivido alguns anos na Inglaterra e podem conversar um pouco em inglês, assemelhando-nos em disposição e na maioria das nossas faculdades mentais.”

Essa é mais uma clara demonstração da convicção de Darwin quanto o poder da educação, cultura e religião para o aprimoramento dos homens, tal qual ele próprio escreveu.


“Como qualquer outro animal, o homem sem dúvida chegou à sua atual condição elevada através de uma luta pela existência, devida ao seu rápido progresso; se deve progredir ainda mais, teme-se que deva estar sujeito a uma dura batalha.”

E? Onde está a assunção eugênica? Onde está aqui frases do tipo “devemos então, impedir que os mais fracos se reproduzam e vivam”.



“Aqui as declarações de seus biográfos Desmond e Moore:

“Na natureza de Darwin, os muitos caíam para que os poucos pudessem progredir. A morte adquiria um novo significado — e havia bastante dela por toda a parte: com o aumento no número de desempregados e desabrigados, os estatísticos médicos estavam compilando seus “livros-caixa da morte” (estatísticas de mortalidade) entre os moradores dos bairros pobres.”


Sim este era parte do contexto DA ÉPOCA (basta lembrar os filósofos e teólogos da guerra). Inegável. Luta e mais luta. Mas onde estão as palavras do próprio Darwin dizendo que “dever-se-ia impedir os mais fracos de reproduzirem-se e viverem”?
3 fev

Guga LV

“Mas Darwin acreditava que a guerra colonial era necessária “para fazer os destruidores se diversificarem” e se adaptarem ao novo terreno. A destruição estava se tornando parte integrante de sua concepção malthusiana da humanidade:

“Quando duas raças de homens se encontram, elas agem precisamente como duas espécies de animais. — Elas lutam, comem-se uma à outra, trazem doenças uma para a outra etc., mas, depois vem a luta mais mortal, a saber, a que faz a organização mais adequada, ou os instintos (isto é o intelecto no homem), ganhar o dia”


Vide acima.



“Se assim não fosse, chafurdaria na indolência e os mais dotados não teriam mais êxito na luta pela vida do que os menos dotados. Por isso a nossa natural taxa de aumento, embora leve a muitos prejuízos óbvios, não deve ser de algum modo muito reduzida.”

Veja como vc é tendencioso e ruim a beça de interpretação de textos.

Veja que citas mais uma prova de que Darwin era terminantemente contra qualquer controle populacional!

Primeiro: ao contrário do que vc e Blanc achavam, a natural taxa de aumento da população é provocada pela maior reprodução dos “inferiores”. Isto está claro.

Segundo: sendo assim, se Darwin é contrário à redução dessa taxa de aumento, ele é logicamente contrário a qualquer controle da reprodução dos inferiores.

Terceiro: há que se atentar para a distinção feita entre os “inferiores” e os “aptos”. Ela é confusa na obra de Darwin porque ora uma sobrepõe-se à outra, mas ao mesmo tempo, há características exclusivas a cada um. O contexto é que faz toda a diferença para o entendimento. Assim, no trecho supracitado, vemos que, embora ele fale em prejuízos (pois são os inferiores os principais responsáveis pela taxa de aumento), ele reconhece-os como mais aptos na luta pela sobrevivência. Lembre-se: inferiores morais, pois aqueles com inferioridades biológicas eram NATURALMENTE selecionados pela natureza.
3 fev

Guga LV

“Ou seja: os “fracos de mente e de corpo” fatalmente serão suplantados pelos “fortes de mente e de corpo”. Nada tão hitleriano! Agora, quem seriam os “fracos”? São os que não são os “fortes”? E quem seriam os “fortes”? São são os que não são “fracos?””

Veja como sua conclusão não só é tendenciosa, mas burra. A taxa de aumento da população deve-se aos inferiores, como já vimos através da agora clássica anuência que destes ao erro de Blanc. Tanto o é, que Darwin lembra os prejuízos deste fenômeno.

Só lamento, vc está tão obcecado em sua sanha anti-Darwin (a pessoa) que mostra-se incapaz de reconhecer o óbvio, por isso, recorres nos erros: de novo achastes que os mais fortes (de intelecto e mente) é que são os responsáveis pelo aumento populacional. De novo, repetes o erro de Blanc. Fazer o que, né? Se ao menos tivestes lido a obra inteira de Darwin a que te metes a resenhar, saberias que ele deixou bem claro que são os mais fracos.

Bobagem sua. De novo.


“Deveria estar aberta a competição para todos os homens; e com as leis e os costumes não se deveria impedir que os mais capazes tivessem melhor êxito e que criassem o maior número de filhos.”

Sim, exato: competição aberta e não regulada por qualquer lei ou medida eugênica. A eugenia não é uma competição aberta. Ao contrário, é uma competição regulada, orientada pelo próprio homem. Como não consegues entender nem o básico sobre o assunto e tens esta profunda neura obsessiva contra Darwin, é natural que a conjunção das duas coisas o leve a cometer erros tão grosseiros como este, de achar que um trecho claro contra qualquer regulação é uma “prova de eugenia”.

Típico de vc.
3 fev

Guga LV

“Por mais importante que a luta pela existência tenha sido e ainda continue sendo, contudo no que diz respeito ao desenvolvimento das qualidades mais elevadas da natureza humana existem outros fatores mais importantes. Com efeito, as qualidades morais progrediram, tanto direta como indiretamente, muito mais por efeito do hábito, das faculdades raciocinantes, da instrução, da religião, etc., do que pela seleção natural; muito embora a esta última se possam com segurança atribuir os instintos sociais, que constituíram a base para o desenvolvimento do senso moral.

Não sei o quê o ilustre Guga viu neste texto a ponto de insistir nele desvairadamente!

Ora, está mais do que patente que Darwin, após dirimir os efeitos da seleção natural, no fim acaba atribuindo “com segurança” a ele ” os instintos sociais, que constituíram a base para o desenvolvimento do senso moral.


Primeiro, se tivestes lido o livro a que te metes a criticar, ao menos saberias o que ele quer dizer com “senso moral” e não pagaria mais este mico. São os instintos morais. INSTINTOS. Como o próprio nome diz, são o que vem conosco de nascença. Eles existe quer sua neura obsessiva anti-Darwin permitam-lhe reconhecer mais este fato, quer não.

Segundo, como uma base, ele está sujeito a todo um desenvolvimento posterior. E, como podemos ver acima, para Darwin este desenvolvimento é que é mais importante do que a base propriamente dita, pois, a despeito da necessidade de uma base para qualquer coisa partir, o progresso proporcionado pela educação, cultura e religião é tão maior do que o que a estagnação nessa base dá, que ele (o desenvolvimento) pode até mesmo reverter possíveis desvantagens herdadas como base. Mais uma vez, se tivestes ao menos lido a obra inteira a que te metestes tão soberbamente a criticar, saberias isso, pois de imediato vem a lembrança dos inúmeros exemplos de reversão de caracteres desvantajosos ou vantajosos herdados, em função destes desenvolvimentos: o caso dos espanhóis, gregos, turcos...
3 fev

Guga LV

Terceiro, não há o que tirar nem por: ainda que ele reconheça a influência da seleção natural para os caracteres morais que herdamos (impossível negar isso - só se for burro, afinal, “instinto“ quer dizer exatamente isso), ele é claríssimo em dizer que mais importantes são a educação, cultura e religião.

Pode chorar a vontade. Nenhum dos malabarismos erísticos de sua sanha mudará o que está escrito:

“Com efeito, as qualidades morais progrediram, tanto direta como indiretamente, muito mais por efeito do hábito, das faculdades raciocinantes, da instrução, da religião, etc., do que pela seleção natural”

Ou seja, os caracteres adquiridos são mais importantes do que os herdados. Tchau pra ti.



“Ou seja: para Darwin os instintos sociais foram moldados pela seleção natural.”

NÃOOOOOOO!?!!? Não diga!?!?!? Quer dizer então que os INSTINTOS sociais não tem nada de natural é?


“Ademais, Darwin em nenhum instante deixa claro a que tipo de moral se refere: o que seria “moral” para Darwin? Um conhecido de Darwin, o geólogo Sedgwick acreditava que Darwin havia mostrado a cada criminoso como justificar seu comportamento.”

Não deixa claro para vc, que não leu a obra dele e limita-se pateticamente a citar trechos pinçados solertemente escolhidos para fazer valer sua neura.

Para todos os que leram de fato a obra, está claro: É a cristã.

Natural que assim fosse, considerando-se a formação cristã de Darwin, que quase enveredou pelo caminho eclesiástico. Veja um PEQUENO exemplo:

“Para fazer o bem em resposta ao mal, para amar seu inimigo é (preciso) uma alta moralidade para a qual é de se duvidar que os instintos sociais poderiam, por eles mesmos, ter nos levado. É necessário que estes instintos, junto com a compaixão, tenham sido altamente cultivados e estendidos com o auxílio da razão, instrução e amor temente a Deus, antes de qualquer regra de ouro ter sido sequer imaginada e obedecida.”
3 fev

Guga LV

“O entendimento desta “moral” obviamente passa pelo padrão social e pelo conceito de “mais apto”. Resumindo: O Guga tem a seu favor apenas a “moral” de Darwin, Galton, Spencer, Malthus... mesmo sem saber exatamente que tipo moral seria essa!”

Cara... Vc tem esse quadro pintadinho na sua cabeça já de antemão, pela sua neura obsessiva anti-Darwin e, por conta disso, és incapaz de sequer reconhecer trechos e mais trechos que lhe contradizem. Aliás, vc sequer necessita de embasamento factual para isso...

Vamos lá.

Veja que no post anterior, mostrei um trecho onde Darwin fala claramente que a regra de ouro (não faça a outrem o que não queres que faça para ti, ou faça ao outro apenas o que gostarias que fizesse para ti) é um dos mais altos conceitos morais humanos (lembre-se que até Jesus concordava...).

Bom a seguir mais exemplos da moral que Darwin defendia:

“Finalmente, os instintos sociais, os quais sem dúvida foram adquiridos pelos homens do mesmo modo que pelos animais inferiores para o bem da comunidade, irão desde o início dar a ele algum desejo de auxiliar seus companheiros, alguns desejos de compaixão e compelirão ele a considerar a sua aprovação e desaprovação. Tais impulsos terão servido a ele nos períodos mais primevos como uma regra do certo e errado.”

Eis aí a base, a qual Darwin creditava sentimentos benévolos! Mas vejamos agora o desenvolver desta base:
3 fev

Guga LV

“Mas o homem gradualmente avança em poder intelectual e foi capaz de traçar as mais remotas conseqüências de suas ações; a medida que ele adquiriu conhecimento suficiente para rejeitar costumes e superstições nocivos, a medida que ele passou a considerar mais e mais, não apenas o bem-estar, mas a felicidade de seus companheiros, a medida que o hábito, seguido pelas experiências benéficas, instrução e exemplo, sua compaixão tornou-se mais sensível e amplamente difusa, estendendo-se aos homens de todas as raças, ao IMBECIL, ao DEFICIENTE E OUTROS MEMBROS INÚTEIS da sociedade e, finalmente, aos ANIMAIS INFERIORES, - ENTÃO OS PADRÕES DE SUA MORALIDADE AUMENTARAM MAIS E MAIS.”

Quer dizer, NADA a ver com a escrota satanização de Darwin que Brás faz. Mas tudo isso é compreensível, afinal, nem as próprias palavras de Darwin valerão alguma coisa ante sua sanha obsessiva anti-Darwin. A historinha já nasceu pronta, não requer demonstração. Só anuência dos demais, sejam “autoridades” darwinistas ou não.

Que pilhéria, seu Brás!

É isso!



“O que lhe tento mostrar é que a opinião de que Darwin nutria de ideais eugênicos, não é algo que partiu apenas e tão somente de mim, de criacionistas, de religiosos, como você tenta supor. Ora, Bizzo, Blanc e Penna não são nem religiosos nem criacionistas, e só voce que tem razão?”

Não que vá mudar alguma coisa, mas para sua informação, o diplomata Meira Penna é religioso sim e adivinhe só qual religião?

Veja Brás:

Esse tipo de história pega como fogo em palheiro: fulano era da elite e, como tal, nutria posições elitistas. Daí a generalizações burras é um passo. Muitos deram esse paço e vc, não foge à regra.

Basta ver que Blanc, por exemplo, disse textualmente (e vc assinou embaixo) que Darwin, Galton e Cia. diziam que os mais fortes sobrepujavam os mais fracos e por isso deixavam maior descendência.
3 fev

Guga LV

Essa é uma nítida confusão entre “mais fortes e mais fracos” em termos biológicos, para quem, ao fim e ao cabo valeriam as leis biológicas, e “mais fortes e mais fracos” em termos morais.

1o. Quem sobrevive e deixa mais descendentes são os mais fortes* em termos biológicos.
2o. Nem sempre os mais fortes biológicos são os mais fortes moralmente.

Daí a confusão de vcs.

* Mantive o palavrório preconceituoso da época para fins de fidedignidade histórica, não vás depois sair por aí dizendo que também eu sou eugenista e sei lá mais o que! (rs).

Quanto a Bizzo, veja vc que, a despeito de toda a ótima qualidade de sua pesquisa sobre o assunto (considero-o um dos melhores no Brasil), isso não o impediu de errar ao ver nos trechos que traduziu afirmações pró proibição reprodutiva dos desvalidos. Em seu álbum consta a prova clara: Bizzo sequer traduziu o verbo reflexivo to refrain, tão convicto estava de sua tese! Isso, poderia até ser chamado de impostura, mas para mim, só se, avisado do erro, persistir no mesmo. Erros acontecem.


“Já fiz os devidos comentários. Quanto aos seus, lamentavelmente me parece não sair do mesmo patamar de dogmatismo; rejeita qualquer outra premissa senão aquela de que Darwin era justo, pia e que, tal qual todas as pessoas da época, era apenas racista!”

Leia: Darwin era humano. Era racista, mas não era eugenista pelos motivos mais do que demonstrados. Ache o que quiseres, mas já exemplifiquei bem os trechos que suportam o que venho dizendo. Vc, ao contrário,

“lamentavelmente me parece não sair do mesmo patamar de dogmatismo; rejeita qualquer outra premissa senão aquela de que Darwin era o diabo”



“E por que essa sua enjoativa ladainha de que apenas eu, por obsessivo desejo por Darwin e por amor extremo à religião, é que cheguei a esta única conclusão?”

Porque, ao contrário de Bizzo e Blanc, vc foi confrontado com opiniões contrárias totalmente fundamentadas nas palavras do próprio Darwin. E, o que tens feito?
3 fev

Guga LV

Apenas repetir ad nauseou a mesmíssima interpretação dogmática. No seu caso específico, é perfeitamente conhecido de todos suas motivações para tamanha fuga:

Sanha obsessiva religiosa contra Darwin e a TE, custe o que custar.


“Ora, será que discorda do Blanc e do Bizzo apenas neste aspecto?”

Sim, deixei bem claro isso. Embora não conheça a obra de Blanc, o que me foi apresentado permite-me discordar tranquilamente, até porque, mostrei-lhe como concluiu erroneamente sobre algo que é impossível estar mais claro na obra de Darwin.


“Ora, voce queria que trouxesse exemplos de pessoas que discordam de mim? Seus, por exemplo?”

Procure ter mais maturidade ao discutir. Ninguém quer isso (embora eu tenha sido vítima de seu agir exatamente assim). Pelo contrário, o que quero é que saibas dar um passo adiante, nem que seja na sua própria sanha, mas não deixe de comentar (não fuja) o que lhe é contraposto. Simples.


“Ora, postei o texto exatamente para lhe mostrar que mesmo darwinistas, desdogmatizados é claro, não são tão privados de vista a ponto de não ver a luz no início do túnel!”

Veja bem: vc parte do princípio que Darwin era assim. Tudo bem, é um direito que lhe assiste. É, inclusive, salutar toda e qualquer “variação”. Entretanto, quando vais discutir isso, não admites qualquer dissensão e numa mostra cabal de sua incapacidade de discutir por conta própria o que vem lhe sendo refutado, não vês mais o que fazer a não ser ficar apelando ao argumento da autoridade, que é, ao fim e ao cabo, uma repetição maçante do que vc disse no início. É circular.

Sobre toda a crítica que essa posição compartilhada teve, vc mostrou-se até o presente momento incapaz de progredir. Por isso a patética fuga tão bem vista aqui. Só agora dignastes-te a responder o que lhe havia sido endereçado desde o início. Até então, estavas batendo cabeça e andando em círculos repetindo o que foi criticado, quer diretamente, quer indiretamente, através de OPINIÕES alheias.
3 fev

Guga LV

“Ora, e por que cargas d'água Blanc, Bizzo e Penna vêem no mesmo textos à negra sombra da eugenia?”

Se eu quiser saber isso, discutirei com eles. Caso contrário, estarei fazendo aqui o que tanto critico em vc.


“Darwin não foi o iniciador da eugenia, isto é óbvio. Coube ao seu primo Galton este triste papel; a Darwin coube apenas fazer proveito de pressupostos eugenistas a fim de fundamentar ainda mais o conceito de prevalência do famigerado “mais apto”.”

Eita que agora fica claríssimo sua persistente confusão entre seleção e eugenia...

Por isso que, sempre ao ver qualquer coisa sobre a seleção em Darwin, vc achava que era uma prova de eugenia!

Anuir com o famigerado “mais apto” (vou manter seu palavrório) não quer dizer que se concorda com a imposição de medidas coercitivas à reprodução dos “mais fracos”! Não confunda funda com bunda.

A seleção é uma realidade inconteste. Todos os biólogos concordam com isso, mas daí a dizer que são eugenistas...



“Quer exemplo? No mesmo texto Darwin se refere ao dito cujo Galton:
“Por outro lado, Galton observou que, se o prudente evita o matrimônio enquanto que o incauto se casa, os membros inferiores tendem a suplantar os membros melhores da sociedade.”


Veja que a frase pinçada já começa assim: “por outro lado”. Quer dizer, antes dela, Darwin acabara de citar idéias em contrário! E porque de tudo isso? Porque ele está discutindo um assunto! Você, como já deixou patente, não vai trazer opiniões contrárias a uma idéia sua (por isso és dogmático), então tens muita dificuldade de entender isso. Pior, vês a citação de idéias antagônica numa discussão como uma clara confissão de concordância com elas! Mesmo que sejam antagônicas!

No trecho em específico há, de sua parte, de novo, a confusão entre os aptos morais e os aptos biológicos (porém, verdade seja dita, neste caso em particular, não é de todo culpa sua, uma vez que Darwin escreve de forma totalmente diferente de nós, hoje em dia --- E viva Castro Alves!
3 fev

Guga LV

Por isso não fica mesmo bem claro, embora ele tenha feito tal distinção). O que acontece, no caso específico do trecho citado, é que embora seja indiscutível que só os mais fortes biologicamente sobreviverão, dentre estes (“por outro lado”) há inúmeros “menos fortes moralmente” e, como conseqüência, o número de menos fortes aumenta na sociedade. Deu. Parou por aí. Não há uma frase sequer por parte de Darwin que diga: “então, temos que evitar que eles se casem”. O que tem é: eles próprios deveriam julgar se era ou não legal terem filhos, em função das condições que pudessem dar aos mesmos. Isto não é eugenia nem aqui, nem na China.


“Essa é sua preocupação!
Apenas fundamento o que afirmo, e, neste caso, nada mais eficaz do que pessoas que admiram Darwin em outros aspectos!”


Vês como tens uma idéia totalmente deturpada de “fundamentação”? Vc diz: Darwin era eugenista. Tudo bem, direito seu para dizer isso. Daí, quando lhe contrario tal afirmação, qual é a fundamentação que trazes? Trechos na obra de Darwin que confirmam isso?

Não!

Trazes opiniões de outros que dizem a mesma coisa! Isso não é fundamentação. Isso é apelo à autoridade. Sinto muito.


“Defendo a tese de que a teoria da evolução não foi uma premissa exclusivamente científica: ela inevitavelmente está lameada por conceitos filosóficos e ideológicos, dentre os quais, o racismo.”

Concordo com isso: ela não foi exclusivamente científica. E, de fato, esteve suscetível a todas estas influências. Porém, isso é o comum para qualquer teoria científica: estar sujeita ao contexto temporal a qual está imersa. Também não caio nessa de total imparcialidade científica. É uma quimera que almejamos, que estamos sempre buscando, mas daí a dizer que sempre a alcançamos...
3 fev

Guga LV

“Todavia, Darwin tomou de empréstimo outras idéias, essas fundamentadas em conceitos científicos, e são por essas que um darwinista sincero deveria se orgulhar, e não negar as próprias barbas de Darwin!”

Olhe, vc tem pronto já esse discurso ideológico que, a despeito de todas os acertos que pode ter (ninguém está sempre certo ou sempre errado... Salvo exceções!), tens sido incapaz de perceber que tenho lhe apresentado uma série de argumentos contrários não por causa do que achas dogmaticamente, mas sim, por causa das fundamentações que lhe apresento! Tanto o é, que vc demorou uma infinidade para sequer reconhecer-las!


“O que Darwin diz?
Ora, na parte destacada ele reafirma tudo ao contrário, ou seja: que a seleção proporciona os instintos sociais, que por sua vez proporcionam o desenvolvimento do senso moral!”


Vc, como intérprete de Darwin dá um bom machadiano... Deverias investir mais neste último...

Olhe só, se vc ao menos tivesse lido TODA a obra que estás criticando e não se limitasse aos trechos pinçados, saberias que ele falou muito acerca destas bases. São os inegáveis instintos que Galton tão bem (Oh! Virei eugenista! Segundo Brás...) demonstrou através de sua experiência com os coelhos.

Brás, veja se entendes:

EXISTEM INSTINTOS MORAIS. Sem eles, nenhum animal social vingaria. De onde vêem os instintos? Do aprendizado? Não, né? Instinto é tudo aquilo que não é aprendido, é herdado. Isto nós temos também. Mas é apenas uma base sobre a qual desenvolve-se a moral. Como? Através da educação, cultura e religião. Via tais fatores, tal qual Darwin falou (e mostrei mais acima), o desenvolvimento é tão maior, que suplanta de longe a base herdada. Ele é que nos faz chegar ao pináculo cristão da regra de ouro, que, conforme Darwin também escreveu, nos faz praticar a compaixão com desvalidos e mesmo animais inferiores!


Não há o que tirar nem por. O resto é demonizarão barata de Darwin a título de satisfação de ditames de um recalque religioso(?) contrariado.
3 fev

Guga LV

“Não sei qual a dificuldade de se compreender um texto tão simples de entendimento quanto este!”

Eu que o diga! Vide acima!


“Quando indicar a página onde consta tal texto, aliás, que nada tem de novo, farei os devidos comentários.”

Vi que tens a versão portuguesa da obra (e talvez por isso sua recorrência em erros de tradução). Logo, a numeração de páginas que tens é diferente da minha, que é a versão concisa da Plume (Penguin) - prefaciada e comentada por Carl Zimmer e Frans de Waal. No meu, está na página 214, dentro do tópico “Natural Selection as Affecting Civilized Nations”, no capítulo 5, “On the Development of Intellectual and Moral Faculties during Primeval and Civilised Times”, o 24o. Parágrafo deste capítulo.


“Até lá, vai aí a dica:”

1 – Nações civilizadas: quais?”


Todas aquelas que, para os padrões Europeus de então, eles (incluindo a absoluta maioria do mundo cristão, se não todo) achavam próximas deles mesmo neste particular. Também a idéia de Deus contribuía para ele ter uma medida do grau de civilidade de uma nação. Animais inferiores não teriam esta idéia, apenas o homem. Dentre estes, existiriam várias crenças, desde a mais generalizada crença em deidades benévolas e malévolas interferentes nos destinos humanos até a crença num deus uno, benévolo. Darwin então conclui que a noção de Deus não é instintiva, mas sim, fruto do mais alto desenvolvimento cultural (leia-se, civilização) do homem. Este é só um exemplo. Darwin era um homem de sua época, sem sombra de dúvidas.

“2 – Homens bons e justos: quais?”

Grosso modo, aquele que seguisse o preceito cristão da regra de ouro. Um pouco generalizadamente, todo aquele que exercitasse a compaixão, inclusive para desvalidos e animais inferiores (vide exemplos de seus trechos mais acima).
3 fev

Guga LV

“3 – Instintos fundamentais: quais?”

Proteger um companheiro mais fraco sem pensar, mesmo na iminência da própria morte. Isto é um dos exemplos de instintos sociais morais do homem (e de outros animais - vide os demonstrados por Galton) que Darwin discorreu. Todos para o bem da espécie.


4 – Raças inferiores: quais?
As clássicas da época. Sem tirar nem por. Com o devido esclarecimento de que Darwin não compartilhava o anti-semitismo tão profundamente cristalizado ao longo da história no imo dos povos europeus através de preconceitos cristãos.


5 – Moralidade: quais?”

A cristã, sem sombra de dúvidas. Basta ver a menção explícita à mesma e a Jesus. Basta lembrar também que Darwim estava prestes a se tornar pároco cristão em sua comunidade, ou seja, sua educação moral foi toda cristã.


“Vamos ao Darwin:”

É o que venho lhe dizendo desde o início...

Vamos lá.


"Depois de termos chegado a esta conclusão sobre a origem do homem, a maior dificuldade que se nos apresenta consiste no alto nível das nossas faculdades intelectuais e na disposição moral.”

Mas, todo aquele que admite o princípio da evolução, deve lembrar-se de que as faculdades mentais dos animais superiores — que não do mesmo gênero daquelas do homem, embora de grau inferior — são suscetíveis de melhoramento.”


Então Brás! Veja:


Que NÃO do mesmo gênero do homem!

!!!!

O que vc precisa mais para ver o que está bem diante dos seus olhos! Veja que vc traz um exemplo aqui querendo dizer que Darwin “pregava” a seleção de humanos e, bem diante de seus olhos, está bem claro que Darwin excetuava o homem!

Vistes como sua obsessão está lhe cegando? Tens olhos apenas para as palavras “melhoramento”, “seleção”, “superior”, “inferior”, mas não consegues ver o contexto!

Darwin exclui o homem porque, como ele cansou de falar, para este, a educação, cultura e rligião é que faziam toda a diferença. Vide as provas apresentadas.
3 fev

Guga LV

"As superiores faculdades intelectuais do homem, como as do raciocínio, da abstração, da autoconsciência, etc., provavelmente derivam do contínuo melhoramento e exercício das outras faculdades mentais" (ORIGEM, p. 701).”

Brás, Brás, Brás...

Deixe de ser cego homem! Vistes a palavra “melhoramento” aí e, “plim”! Automaticamente vês uma defesa do melhoramento eugênico? Ora, percebas que Darwin usa indistintamente a palavra melhoramento tanto para seleção, quanto para educação, cultura e religião!

Neste caso (as superiores faculdades intelectuais do homem), Darwin está claramente falando em melhoramento através do exercício! Da cultura, educação, religião...

Do exercício! Isso não é inato homem! Isso é uma claríssima afirmação de exercício! Que coisa mais cega!

Lembre-se:

“Para que as qualidades morais sejam avançadas, tanto direta quanto indiretamente, muito mais (é feito) através dos efeitos do hábito (cultura), raciocínio, instrução e religião, do que através da seleção natural, mesmo que a esta última possamos atribuir seguramente os instintos sociais, os quais oferecem as bases para o desenvolvimento do senso moral”

Ou então, fique com o fechamento do livro:

“Nós devemos, entretanto, agradecer, como me parece, que o homem com todas as suas NOBRES QUALIDADES, com compaixão a qual sente pelo mais inferior, com benevolência a qual estende não somente aos outros homens, mas para a mais humilde criatura viva, com seu intelecto para o bem que tem penetrado nos movimentos e constituição do sistema solar - com todos estes exaltados poderes - o Homem* ainda porta em sua estrutura corporal a mesma marca indelével da sua humilde origem.”

*o maiúsculo é dele mesmo!
3 fev

Guga LV

“O caro ULTRA-darwinista visivelmente não entendeu o uso do verbo IGNORAR. Ora, quando escrevi que você ignorou não quis dizer que você não comentou o que eu havia postado, mas que você desprezou ou manteve-se indiferente em relação ao que um outro darwinista escreveu, aliás, muito mais gabaritado do que vossa eminência, para tratar da questão, como são os casos de Bizzo, Blanc e Penna.”

Veja vc assunção explícita de toda sua intolerância para com dissensões, tal qual eu falei! Aqui, admites que eu havia comentado o que vc dizia que eu ignorava, só que para desculpar-se por mais essa babada, dás um sentido ao termo ignorar:

NÃO CONCORDAR COM O QUE DIGO!

Clap, clap, clap!

Parabéns campeão!

Depois não fiques brabo quando lhe chamo de Stalin...



“Sua resposta é por demais vaga e sorrateira. Ora, no texto de Darwin está mais do que patente que a melhoria a qual ele se refere vai muito mais dos meros caracteres físicos: ele poderia de algum modo agir não só sobre a estrutura física e a conformação óssea da sua prole, mas sobre as suas qualidades intelectuais e morais”.

Solerte é essa sua resposta. Através da discussão de uma obviedade, queres fazer crer que Darwin pregava eugenia, ou seja, que se fizesse tais coisas. Até o presente momento, não trouxestes um trecho sequer que provasse isso. Eu, ao contrário de vc, já lhe trouxe vários que contrariam cabalmente tal alternativa.


E veja como és mesmo solerte. A partir da Discussão que Darwin faz dessas possibilidades, transforma-a, automaticamente, em assunção de desejo de que assim o faça!

Veja uma analogia:

Através do avanço científico e tecnológico de hoje, temos mapeado todo o genoma humano e podemos selecionar os caracteres bons ou ruins para fins de aprimoramento humano.

Podemos tudo isso? Sim, claro que podemos!

Desejamos uma forma eugênica de fazer isso?

NÃO!
3 fev

Guga LV

O mesmo vale para o caso de Darwin que estamos discutindo! Darwin estava vivenciando a descoberta destas possibilidades e nas passagens em questão, discorria sobre nosso recém alcançado poder. Porém, quando sentiu por bem posicionar-se sobre o mesmo, foi sempre contrário a práticas eugênicas. Tanto o é que Brás tem sido incapaz de demonstrar um trecho sequer onde Darwin apregoe que devemos controlar a reprodução dos mais fracos! Ao contrário dele, trouxe vários textos aqui que demonstram o contrário! Por isso, Brás, pare de enrolar, por favor.


“E o que vc tem feito? Esse circo todo e acusações de que sou eu quem deixa de comentar/reconhecer provas.”

Não fode Brás!

Só agora dignastes-te a responder o que desde o início lhe contrapus! Passastes este tempo todo sequer mencionando o que lhe contraria e, para piorar, acusando-me de ignorar o que vc colocava e agora queres posar de bom moço? Só lamento, está documentado (com print screen inclusive!).


“Sim, você comentou dogmaticamente alguma coisa do Bizzo, mas em nenhum momento contestou-o argumentativamente com fatos,”

Não o k7!

Vês como vc mente: não só comentei como mostrei que Bizzo estava terminantemente errado ao traduzir o trecho que te aferras como

“os dois sexos deveriam ser impedidos”

Quando o correto É:

”os dois sexos deveriam evitar de ter”

Quer dizer, Bizzo transformou um trecho que nitidamente faculta ao casal em questão a decisão sobre o que deve ou não fazer com relação à sua posteridade filial em um trecho nitidamente eugênico. Erro grosseiro. Quer vc idolatre Bizzo, quer não, não tem o que discutir isso, ouve uma clara e maliciosa adulteração de texto. Já lhe indiquei isso e o que vc faz? Vá lá em seu álbum e veja...

Então, está mostrado o quão equivocado estava Bizzo desde o início, mas seu stalinismo não o permite ver isso, por isso dás esta desculpa esfarrapada para o sua acusação escrota a mim, de que eu “ignorava” Bizzo.
3 fev

Guga LV

Sendo que, não só não o ignorava como desde o início dei prova cabal, inconteste de que ele está errado.

Para vc, ignorar é não concordar contigo ou com os “dotôres” que chamastes em auxílio de sua sanha, mesmo que demonstravelmente equivocados...

Mais stalinismo do que isso...



”Darwin e seu primo Francis Galton, juntamente com uma série de pensadores seus contemporâneos, acreditavam que a “raça” humana poderia ser melhorada se fossem evitados “cruzamentos indesejáveis”. (p. 67)

Não só ele! Qualquer um sabe disso! Veja que essa é uma verdade:

Se pessoas que portam uma doença geneticamente transmissível casarem-se, elas passarão isso aos seus filhos. Podemos “melhorar” a “raça humana” extirpando tais doenças evitando tais cruzamentos indesejáveis. Isto é certo, não tem o que se tirar nem por. A questão é: isso é moralmente aceitável?

Darwin achava que não e via na educação, cultura e religião, por exemplo, meios muito mais eficazes de se “melhorar a raça humana”.

Você parece desacreditar que a eugenia possa extirpar do pool gênico da humanidade certas doenças geneticamente transmissíveis. Ora, eu sou radicalmente contra a eugenia, mas nem por isso vou ser burro o suficiente para reconhecer esse truísmo.


“Ora, dileto ULTRA-darwinista, diga-me como é que se melhora a “raça” humana, se não mediante medidas eugênicas, como a proibição de casamentos indesejáveis etc.?”

Fácil! O que Darwin mesmo disse? Isso: educação, cultura e religião. Lembre-se que Darwin era contrário a essas palavras que colocas em sua boca, ou seja, Darwin não desejava proibições de casamentos indesejáveis! Quando muito, disse que quem achasse-se dentro desta estigmatizada condição, deveria evitar se casar, mas nunca ser proibida de se casar.
3 fev

Guga LV

Há uma diferença enorme entre as duas coisas. Uma é um conselho para que os próprios envolvidos tomem sua decisão (ainda que baseada em preconceitos temporais), a outra é a retirada do poder de decisão dos envolvidos para outros que decidiriam autoritariamente “em prol de toda a humanidade”. Se não consegues perceber a diferença, azar o seu, é só uma coisa a mais para a qual sua obsessão te levas a cegar, mas é claro para qualquer outro desprovido deste rancor que tão obsessivamente cultivas.


“E você DESCARADAMENTE ignorou o resto, mas faço questão de postar o texto na íntegra”

Que Mané ignorei o resto o que!

Se eu mesmo coloquei o link que remete ao texto completo! O que não percebestes é que minha crítica vale para todo o texto! Por motivos de contenção de espaço, limitei-me a remeter ao texto através de link referenciado!

Mas vamos ao trecho que para vc é prova de que Darwin era eugenista...


“O darwinismo social estava, portanto, desde o início, asso ciado a uma defesa da sociedade capitalista, a uma apologia do laissez-faire econômico e social. Em seguida, associou-se rapidamente a ideologias eugenistas e racistas. A eugenia (como vimos no primeiro capítulo) foi uma doutrina fundada em 1881 pelo primo de Darwin, Francis Galton (1822-1911). Tinha como objetivo aperfeiçoar a raça (leia-se raça superior) encorajando a reprodução dos indivíduos mais dotados (leia-se os inventores, os dirigentes, etc.), e desencorajando a dos menos aptos.”

Onde estão aí as palavras de Darwin a favor da eugenia?

Ora, convenhamos! Vc apela! Vc está muito desesperado em "me fazer engolir que Darwin era eugenista"!
3 fev

Guga LV

“As ligações do darwinismo social com o racismo científico foram meticulosamente elaborados pelo antropólogo francês Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), que publicou, notadamente, uma obra intitulada L'Aryen. Para ele, o sucesso social estava relacionado ao fato de se pertencer a uma raça, e as raças eram desiguais, algumas superiores, como os arianos, outras inferiores (judeus, negros, etc.).

Idem acima.

Ademais, tudo isso é o que OUTROS fizeram a partir da obra de Darwin, onde, raios, isso prova que Darwin pregou a eugenia? Que desespero, hein?


“Vacher de Lapouge criticava o darwinismo social e é preciso reconhecer que alguns trabalhos de Darwin caminhavam no sentido do racismo científico.”

Sim, exatamente. Racismo científico. Mas...

ONDE RAIOS ESTÃO AS PASSAGENS NA OBRA DE DARWIN QUE PREGAM A EUGENIA?


“Um bom número de biólogos atuais dificilmente o aceitam e chegam a negá-lo pura e simplesmente. No entanto, mesmo o título completo da principal obra de Darwin é por demais explícito: Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a preservação das raças favorecidas na luta pela existência.”

Como é bem sabido, dito inclusive por Bizzo, nesta obra Darwin sequer fala do homem. Então, as raças a qual ele se refere são de animais não humanos. Que tremenda manipulação querer transformar esse título e essa obra em exemplo de eugenia!


“E em The Descent of Man, algumas passagens são claras.”

Isso é opinião. Eu expressei a minha e fundamentei-a através de inúmeras passagens da mesma obra, quando não, comentando o quão errônea é a interpretação que deram a certas passagens que parecem indicar pregação eugênica, mas que, quando vistas sem qualquer preconceito ideológico de antemão, ver-se-á que não o são. Basta ver o caso de Bizzo, com uma passagem que ele achava assaz clara mas estava deturpada e a original não deixa dúvidas de que não é eugênica, afinal, faculta ao casal toda e qualquer ação.
3 fev

Guga LV

“Darwin escreveu neste livro que existe uma hierarquia das raças, com as inferiores sendo representadas pêlos selvagens (os negros da África e da Oceania; os índios da América do Sul, etc.); as superiores pêlos civilizados, com as nações europeias representando o topo da civilização, segundo a expressão do próprio Darwin.”

Isto é racismo, não eugenia. Então, continuas sem apresentar uma passagem sequer em que podemos ver Darwin pregando a eugenia.


“E acrescenta: foi a evolução por meio da seleção natural que conduziu imperceptivelmen-te, por gradações sucessivas, raças inferiores a superiores. Reconhece-se aqui a aplicação dessa teoria evolucionista, por ele estabelecida, ao homem: a transição gradual de um tipo de população a outro, mais evoluído.”

Sim! Por isso a eugenia tem fundamento biológico, afinal, podemos mesmo selecionar só os mais fortes para que a descendência seja cada vez mais composta por mais fortes. No entanto, a questão não é essa. Não é se é possível ou não fazer isso, mas sim, se é desejável!

Darwin foi claro, em passagens que o próprio Brás trouxe, mas foi incapaz de reconhecer, tamanho seu dogmatismo.

Não devemos nos queixar...

A compaixão com desvalidos (e mesmo animais inferiores) é nossa maior aquisição moral...

Muito mais importante do que a seleção é a educação, cultura e religião...

E por aí vai. Exemplos não faltam, a todo momento trago-os, novos e mais novos. Brás, pateticamente, está preso a uma interpretação deturpada de um trecho...
3 fev

Guga LV

“De acordo com ele, em todos os estágios da evolução da espécie humana, sempre houve duas categorias de seres humanos: os intelectualmente superiores e os inferiores.”

Preconceituoso, mas nada de eugênico nisso. Mais enrolation e nada de provas acerca das posições pró-eugênicas de Darwin...

Vedam postagens anteriores...


“Desde a pré-história, os primeiros sempre tiveram mais sucesso em todas as atividades e deixaram um número maior de filhos. Foi assim que a inteligência humana progrediu e que as raças superiores foram formadas.”

Sim, mas leia o livro todo, contextualize:

“Finalmente, os instintos sociais, os quais sem dúvida foram adquiridos pelos homens do mesmo modo que pelos animais inferiores para o bem da comunidade, irão desde o início dar a ele algum desejo de auxiliar seus companheiros, alguns desejos de compaixão e compelirão ele a considerar a sua aprovação e desaprovação. Tais impulsos terão servido a ele nos períodos mais primevos como uma regra do certo e errado.”

Porém:

“o homem gradualmente avança em poder intelectual e foi capaz de traçar as mais remotas conseqüências de suas ações; a medida que ele adquiriu conhecimento suficiente para rejeitar costumes e superstições nocivos, a medida que ele passou a considerar mais e mais, não apenas o bem-estar, mas a felicidade de seus companheiros, a medida que o hábito, seguido pelas experiências benéficas, instrução e exemplo, sua compaixão tornou-se mais sensível e amplamente difusa, ESTENDENDO-SE AOS HOMENS DE TODAS AS RAÇAS, AO IMBECIL, AO DEFICIENTE E OUTROS MEMBROS INÚTEIS DA SOCIEDADE E FINALMENTE AOS ANIMAIS INFERIORES, - ENTÃO OS PADRÕES DE SUA MORALIDADE AUMENTARAM MAIS E MAIS.”

Tchau pra sua sanha.
3 fev

Guga LV

“Aliás, nessa obra, Darwin reconheceu que seu primo Galton tinha razão: nas nações mais civilizadas, comete-se o erro de contrariar o processo de eliminação pela seleção natural com a instituição de diversas formas de auxílio aos pobres, de hospitais para os doentes, etc. ("nossos médicos vão inclusive fazer o melhor possível para salvar qualquer pessoa", impressiona-se).”

Não fode a paciência. Que manipulação INESCRUPULOSA! MENTIROSA!

Este trecho que postastes é um comentário acerca de coisas que Galton concluiu e das quais é impossível discordar, porém, como já lhe disse várias vezes, a questão não é se isso acontece ou não, mas sim, se Darwin concordava com as soluções dadas pelos eugenistas da época. A resposta é clara, novamente:

NÃO.

Podemos ver essa desaprovação de Darwin NO PRÓPRIO TRECHO COMPLETO, mas vc adulterou-o escolhendo apenas partes que inescrupulosamente poderiam fazer crer que sua sanha tem fundamento!

Veja na íntegra:

“Nós homens civilizados, por outro lado, fazemos o nosso MELHOR para impedir este processo de eliminação; nós construímos asilos para os imbecis, os inválidos e doentes, nós instituímos leis de bem estar (poor laws) e nossos médicos empregam suas melhores habilidades para salvar a vida de cada um até o fim. Há razões para acreditar que a vacinação tem preservado milhares, aqueles de fraca constituição que antigamente sucumbiriam à varíola. Então, os membros fracos das sociedades civilizadas propagarão seu tipo. Ninguém que tenha prestado atenção à reprodução de animais domésticos duvidará que isto deve ser altamente injurioso para a raça humana. É surpreendente quão rapidamente a falta de cuidados, ou cuidados erradamente dirigidos, leva à degeneração de uma raça doméstica, mas com exceção no caso de o próprio homem, dificilmente qualquer um é tão ignorante para permitir a reprodução dos piores animais de raça.”

(Cont.)
3 fev

Guga LV

Isto é fato. Porém, como venho dizendo aqui aos ouvidos moucos de Brás, a questão é: Qual era a posição de Darwin?

É só ver o que o próprio escreveu, na continuidade do trecho!

“A ajuda a qual nós sentimo-nos impelidos a dar aos desassistidos é principalmente um resultado acidental do instinto de compaixão, o qual foi originalmente adquirido como parte dos instintos sociais, mas subseqüentemente rendeu, da maneira previamente indicada*, mais ternura e sua mais ampla difusão. Nós não poderíamos impedir nossa compaixão, mesmo ante aos imperativos da mais crua razão, sem a deterioração da mais nobre parte de nossa natureza.”

É mole? Na continuidade do parágrafo pinçado por Brás já há o claro posicionamento contrário de Darwin! Vejamos mais do mesmo parágrafo:

“O cirurgião poderia endurecer a si mesmo enquanto realiza uma operação, pois ele sabe que está atuando para o bem do paciente, mas se nós intencionalmente negligenciarmos os fracos e desassistidos, isto só poderia ser para um bem contingente, com um presente e esmagador mal.”

Então? Ainda resta dúvidas sobre a posição nitidamente contrária de Darwin ao que ele reconhece de Gastón e Cia?

Um mal sufocante.

Quer dizer, para que os ditames da inexplicável obsessão recalcada anti-Darwin tenha vazão, vale tudo, até manipulação desonesta de trechos!


“E nas últimas páginas de The Descent of Man, Darwin apregoa de modo totalmente explícito sua adesão aos ideais eugenistas de seu primo:”

Se for que nem as anteriores...

Vejamos.

“Os membros tanto de um sexo como de outro deveriam abster-se de se casar em caso de inferioridade manifesta no corpo ou no espírito."

Para começo de conversa, não é manifesta, é acentuada mesmo.
Segundo, está claro: deveriam abster-se, ou seja, a decisão cabe aos próprios e não a homens superiores que decidiriam se poderiam ou não reproduzir-se. Sua insistência nesse erro é patética, faz parecer que és incapaz de entender.

ABSTER-SE.

Tchau pra sanha.
3 fev

Guga LV

“Alfred Russel Wallace disse, aliás, que em uma de suas últimas conversas com Darwin (antes de sua morte) este teria expresso um ponto de vista pessimista quanto ao futuro da humanidade: "Na civilização moderna, a seleção natural não tem nenhum papel e não são os mais aptos que deixam mais descendentes. Os que vencem a corrida pela riqueza não são de modo algum os melhores ou os mais inteligentes e é evidente que nossa população se renova a cada geração, muito mais eletivimente nas classes inferiores que nas superiores.”

Brás, mais uma vez, não tem nada aí que expresse uma posição de Darwin favorável à eugenia. Pelo contrário! Está claro que ele diz que na luta pela sobrevivência, são os moralmente “inferiores” que deixam mais descendentes, ou seja, são os moralmente inferiores que apresentam a superioridade biológica de deixar mais descendentes!

E, basta ver os trechos anteriores que trouxe para ver que Darwin achava a eugenia um grandessíssimo mal, por isso achava que deveríamos suportar sem choro a presença dos então tidos como “inferiores”. Para ele, inclusive, os desvalidos e desassistidos fomentavam o que há de melhor na natureza humana!



"Os membros tanto de um sexo como de outro deveriam abster-se de se casar em caso de inferioridade manifesta no corpo ou no espírito."

Bizzo traduziu ABASTER-SE (o Guga havia dito que fui eu) como “SER IMPEDIDOS”, isto é, conforme outro sentido do verbo: “Privar-se do exercício de um direito ou de uma função”.

E dileto ULTRA-darwinista não diz nada sobre “inferioridade no corpo ou no espírito”.

Agora, vamos, senhor Guga, diga-me qual o seu sentido para INFERIORIDADE NO CORPO E NO ESPÍRITO? Poderia nos brindar como um exemplo na atualidade? ((rs))”


Antes de tudo, nem o outro sentido que cataste para o verbo lhe ajuda:

privar-SE

Quer dizer, também é reflexivo. Não sabes nem sobre as palavras? Coitado do Machado...
3 fev

Guga LV

Quanto a sua pergunta: sim, sem problemas. Deficientes mentais, por exemplo.

Mas, no que isso, de alguma forma, invalida O FATO de que Darwin assegurou claramente que ELES é quem deveriam se abster e não alguém controlar a reprodução deles?

Tchau pro seu espantalho.




“Você me chamou de MENTIROSO e, segundo regra da comunidade, tal adjetivo não deve ser usado para com outro debatedor.”

Nem quando o outro mente comprovadamente? Se as regras da comunidade permitem mentir, então tudo bem, adequar-me-ei às regras aqui, embora isso signifique que resignar-me-ei, pois nunca faria o mesmo. Porém, chore o quanto quiser, mas dizer que eu havia ignorado Blanc, Bizzo e Meira Penna, quando eu comprovadamente os tinha considerado mas criticado e apontado seus erros é uma mentira. A não ser, também, que dentre as regras da comunidade esteja também dito que ignorar é o mesmo que discordar. Daí, só lamento, mas é uma postura manifestamente stalinista.


“Se eu fosse Stalin ou agisse como ele iria reclamar da Moderação o cumprimento das regras.”

É uma das atitudes possíveis e merecedoras de tal crédito, no entanto, nem só de apelos injustos às regras são feitas as posturas nitidamente autoritárias, ela o é também através da incapacidade de admitir dissensão de seu ponto de vista, por isso dizias que eu “ignorava” Bizzo, Blanc, Meira Penna, quando na realidade, eu apenas discordava dos mesmos!

Conclusão: não posso discordar, caso contrário, estarei sendo acusado de “ignorar” as autoridades...

Clap, clap, clap! Bela comunidade!



“Ué, qual a autoridade de um biólogo para discutir eugenia? Não estamos tratando de assuntos da biologia, mas da sociologia.”

Não enrole. Apresentaste-o aqui como “Biólogo” (vai saber porquê...) e lhe corrigi, SEM EMITIR QUALQUER JULGAMENTO SOBRE A AUTORIDADE DE DIPLOMATAS DISCORREREM SOBRE EUGENIA.

Mais uma vez, foges do assunto e montas um ridículo espantalho.
3 fev

Guga LV

Bom, após inúmeros exemplos do quão infundada é a acusação de eugenista que alguns tem feito a Darwin e que Brás tão prontamente acatou, haja visto lhe ser útil em sua patética cruzada de demonização diária de Darwin, vou agora fazer um único comentário acerca das tentativas desesperadas de Brás associar Darwin a Hitler:

Ridículo.

Aliás, a perda deste senso.
3 fev

Guga LV

Esqueci de comentar: Darwin era "tão contrário à vacinação" que ele mesmo vacinou-se duas vezes...

E, reparem a pergunta do distinto. Depois não querem que lhe apontem sua sanha...

Vou perguntar uma única vez: tens algum trecho onde Darwin se posiciona contrariamente à vacinação (aponte-o) e queres dizer que não há documentos onde ele se posiciona favoravelmente?
3 fev

Iba Mendes

Darwin por ele mesmo

Para quem não sabe, eugenia foi um termo criado por Francis Galton, primo de Darwin. Em “A Falsa Medida do Homem” Gould nos dá uma pequena mostra sobre quem foi este homem que muito influenciou o naturalista Charles Darwin.

”Foi ele quem inventou o termo "eugenia", em 1883, e defendeu a regulamentação do matrimônio e do tamanho das famílias de acordo com o patrimônio hereditário dos pais.”

[...]

“A principal obra de Galton sobre o caráter hereditário da inteli¬gência (Hereditary Genius, 1869) inclui a antropometria entre seus critérios, mas seu interesse pela medição dos crânios e dos corpos atingiu o nível máximo quando instalou um laboratório na Exposição Internacional de 1884. Ali, por poucas moedas, as pessoas passavam pela linha de montagem de seus testes e medições, e recebiam sua avaliação no final”.


Em seu livro “A Origem do Homem”, Darwin cita várias vezes o nome de Galton e sua principal obra Hereditary Genius, bem como apoia cabalmente os ideais eugenistas, conforme veremos logo a seguir.

O dileto ULTRA-darwinista Guga vai ter de engolir, para seu próprio desespero, o próprio Darwin – ABERTA E ESCANCARADAMENTE – dar sua clara demonstração de apoio a Galton e à sua “filha” Eugenia.

E agora, Guga?

Depois comento o que voce postou, mas creio que depois desses textos do autor de “A Origem das Espécies” e “A Origem do Homem”, definitivamente você não terá a menor condições de defender um Darwin isento dos ideais eugênicos.

Pode parecer prepotência intelectual, mas, dessa vez não resisto em dizer:

GUGA, VOCÊ PERDEU...

E foi o próprio Darwin, que voce tanto defende, quem lhe derrotou!
3 fev

Iba Mendes

DARWIN, em “A OROGEM DO HOMEM”.

“Em outro lugar discuti com bastante profundidade o assunto da hereditariedade, pelo que agora não creio necessário acrescentar alguma coisa mais. Quanto à transmissão, seja dos mais irrelevantes como dos mais importantes caracteres, no caso do homem tem sido recolhido um número de dados maior do que para qualquer outro animal inferior, embora os dados sejam bastante copiosos também para estes últimos.

Assim, no que toca as faculdades mentais, a sua transmissão se manifesta nos cães, nos cavalos e nos outros animais domésticos. Ademais, seguramente se transmitem gostos e hábitos particulares, a inteligência em geral, a coragem, o bom e o mau temperamento, etc. Com o homem assistimos a fatos semelhantes ern quase toda família; e agora,
graças às notáveis obras de Galton , sabemos que o génio, que compreende uma combinação extraordinariamente complexa de faculdades elevadas, tende a ser hereditário; por outro lado é igualmente certo que a loucura e as deficiências psíquicas se transmitem nas famílias” (p. 41).

E segue o comprometimento de Darwin com seu priminho Galton:
3 fev

Iba Mendes

b]Galton, que teve excelentes oportunidades de observar os arménios semi-selvagens do sul da África, diz que os mesmos não podem suportar nem sequer uma separação momentânea do grupo. São essencialmente escravos, não procurando sorte melhor do que aquela de serem dirigidos por um boi qualquer que tenha suficiente confiança em si mesmo para aceitar a posição. Os homens que irrompem entre estes animais para domesticá-los, põem-se a espiar atentamente aqueles que, pastando separados, revelam uma disposição de autoconfiança e estes são adestrados como guias. Galton acrescenta que tais animais são raros e preciosos e, se deles nascessem muitos, seriam imediatamente eliminados, de vez que os leões estão sempre de emboscada contra os chefes que se distanciam do grupo” (p. 128)

E tem mais, e aqui DESTAQUE:

Até aqui tenho considerado somente o progresso do homem, saindo de uma condição semi-humana para aquela do moderno selvagem. Merece que se acrescentem algumas referências a propósito da ação da seleção natural nas ações civilizadas. Este tema tem sido discutido com habilidade por W. R. Greg e anteriormente por Wallace e porGalton. Muitas das minhas observações são extraídas destes três autores (p. 161).

Mas, ainda tem mais:

” As consequências danosas, que podem existir, de uma contínua conservação da mesma linha de descendência, sem seleção de nenhum género, podem ser freadas por homens capazes que desejam sempre incrementar a sua riqueza e o seu poder, o que realizam mediante o casamento com as herdeiras. Mas as filhas únicas, conforme demonstrou Galton, são elas mesmas levadas a ser estéreis ; assim as famílias nobres são continuamente partidas na linha direta e as suas riquezas se extravasam para alguma linha lateral; mas, infelizmente, esta linha não é determinda por uma superioridade de um género qualquer.
3 fev

Iba Mendes

Embora a civilização freie, assim, de muitas maneiras a ação da seleção natural, aparentemente favorece o melhor desenvolvimento do corpo por meio de bons alimentos e da ausência de adversidades ocasionais. Isto pode ser deduzido do fato de que o homem civilizado, onde quer que tenha sido estabelecido o cotejo, foi descoberto fisicamente mais forte do que o selvagem. Isto aparece também na posse de iguais capacidades de resistência, conforme tem sido provado em muitas expedições felizes. Também a grande luxúria dos ricos pode constituir causa de não pouca degenerescência; com efeito, a longevidade da nossa aristocracia, em todos os períodos e em ambos os sexos, é pouco menor do que aquela do inglês rico das classes inferiores” (p.163).

E, quem disse que acabou?

“Passaremos agora a considerar as faculdades intelectuais. Se em todo grau da sociedade os membros fossem divididos em dois grupos iguais, um abrangendo os membros intelectualmente superiores e o outro aqueles inferiores, não haveria dúvida alguma de que o primeiro teria o melhor êxito em todas as ocupações e o último teria um maior número de filhos”.

Também no mais baixo nível de vida, a capacidade e a habilidade podem ser de alguma vantagem, embora em muitas ocupações seja bastante pequena, em virtude da grande divisão do trabalho. Por isso, nas nações civilizadas haverá uma certa tendência para incrementar tanto o número como o nível da capacidade intelectual. Mas não quero afirmar que esta tendência não possa ser mais do que contrabalançada em outras maneiras, por exemplo pela multiplicação dos imprevidentes e dos irriquietos; mas também a pessoas como estas a habilidade deve ser de alguma forma vantajosa.

Muitas vezes se tem objetado, para ideias semelhantes, que os homens mais eminentes não têm deixado descendentes que herdassem o seu grande intelecto.
Galton afirma:
3 fev

Iba Mendes

"Sinto desgosto em ser incapaz de resolver a simples questão sobre até que ponto homens e senhoras, que são muito geniais, são estéreis. Contudo, tenho demonstrado que homens eminentes não são absolutamente assim".

Grandes legisladores, fundadores de religiões benéficas, grandes filósofos e génios da descoberta científica ajudam o progresso do género humano em medida mais elevada com as suas obras do que gerando uma numerosa prole.No caso das estruturas corpóreas, o fator que contribui para um progresso de uma espécie é a seleção de indivíduos ligeiramente mais dotados e a eliminação daqueles menos dotados, e não a conservação de anomalias fortemente acentuadas e raras .

O mesmo se dará com as faculdades intelectuais, visto que os homens um pouco mais hábeis em qualquer grau da sociedade têm melhor êxito do que os menos hábeis e, conseqüentemente, progridem em número, quando não são obstaculados de um outro modo. Quando numa nação o nível de inteligência e o número de pessoas inteligentes cresceram, de acordo com a lei do desvio da média, podemos contar com o aparecimento dos génios com um pouco mais de frequência do que antes.


No que diz respeito às qualidades morais, a eliminação das piores disposições está sempre aumentando também nas nações mais civilizadas.

Os malfeitores são justiçados ou lançados na prisão durante longos períodos, a fim de não poderem transmitir livremente as suas más qualidades. Os hipo¬condríacos e os loucos são confinados ou suicidam-se. Os violentos e os briguentos encontram muitas vezes um triste fim. Os vadios que não têm nenhuma ocupação estável — e este resto de barbárie representa um grande obstáculo para a civilização — emigram para países há pouco colonizados, onde se transformam em úteis pioneiros.
3 fev

Iba Mendes

A intemperança é tão altamente destrutiva que a perspectiva de vida de um intemperante, por exemplo na idade de trinta anos, é de apenas 13,8 anos; ao passo que para os camponeses ingleses na mesma idade é de 40, 59 anos .

As mulheres corrompidas geram poucos filhos e os homens corruptos raramente se casam; tanto elas como eles são vítimas de doenças. Na criação de animais domésticos, a eliminação dos indivíduos, embora escassos em número, que de algum modo evidente são inferiores, constitui um elemento em nada absolutamente negligenciável para o êxito. Isto é particularmente válido para aqueles caracteres negativos que têm a propensão ao reaparecimento através da reversão, como a cor negra das ovelhas;

e no género humano, algumas das piores disposições que aparecem nas famílias, sem uma causa determinada, podem constituir talvez um retorno ao estado selvagem, do qual nos temos afastado em não muitíssimas gerações. Esta ideia, na verdade parece ser reconhecida pela expressão popular de que tais homens são as ovelhas negras da família.

Nas nações civilizadas, enquanto não for atingido um adiantado nível de moralidade e um notável número de homens sinceramente bons, a seleção natural tem efeitos aparentemente escassos, embora os instintos sociais fundamentais sejam originariamente adquiridos por seu intermédio.

Quando tratei das raças inferiores
, falei suficientemente das causas que levam a um progresso da moralidade, isto é, a aprovação dos nossos semelhantes — o fortalecimento da nossa simpatia pelo hábito — o exemplo e a imitação — a razão — a experiência — e também o interesse pessoal — a educação na juventude e os sentimentos religiosos.
3 fev

Iba Mendes

Greg e Galton muito têm insistido sobre o obstáculo mais importante, existente nos países civilizados, contra o aumento do número dos homens de classe superior, isto é, sobre o fato de que os mais pobres e os negligentes, que frequen-temente são degradados pelo vício, quase invariavelmente se casam antes, enquanto que os prudentes e os frugais, que em geral são virtuosos também em outras maneiras, contraem matrimónio em idade avançada, com a finalidade de poderem ser capazes de permanecer, eles mesmos e os seus filhos, na comodidade. Os que se casam antes produzem em dado mo-mento não só um maior número de gerações, mas põem no mundo muito mais filhos, conforme tem demonstrado o Dr. Duncan .

Ademais, os filhos que são gerados da mãe durante os primeiros anos de vida são mais gordos e, provavelmente, mais robustos do que aqueles que nascem em outros períodos. É o que se dá com os membros negligentes da sociedade, degradados e muitas vezes viciados, os quais têm a tendência de aumentar a uma porcentagem mais veloz do que os membros previdentes e em geral virtuosos.

Ou, nas palavras de Greg: "O irlandês imprevidente, esquálido, sem ambi¬ções, multiplicase como os coelhos; o escocês frugal, previdente, cheio de auto-respeito, ambicioso, austero na sua mo¬ralidade, espiritualista nas suas opiniões, sagaz e disciplinado na sua inteligência, passa os seus melhores anos na luta e no celibato, casa-se tarde, gera poucos filhos. Supondo um país originariamente povoado por cem saxões e com celtas — e vereis que numa dúzia de gerações os 5/6 da população serão célticos, mas os 5/6 da riqueza, do poder, do intelecto pertencerão à sexta parte de saxões que ficam. Na eterna "luta pela existência", é a raça inferior e menos favorecida que tem prevalecido e não por causa das suas boas qualidades, mas por causa dos seus defeitos".
3 fev

Iba Mendes

Existem contudo alguns obstáculos contra esta tendência para baixo. Vimos que o intemperante possui uma alta taxa de mortalidade e aquele que é muito dissoluto gera poucos descendentes. As classes mais pobres se amontoam nas cidades e o Dr. Stark provou, mediante estatísticas levantadas durante dez anos na Escócia, que em todas as idades o percentual de mortes é mais elevado nas cidades do que nos distritos rurais e que "durante os primeiros cinco anos de vida o percentual de mortes da cidade é quase exatamente o dobro daquele dos distritos rurais" .

Visto que esta relação inclui tanto os ricos como os pobres, sem dúvida se faria necessário mais do dobro dos nascimentos para manter eleva¬do o número dos habitantes muito pobres das cidades, com relação àqueles dos camponeses.

No que diz respeito às mulheres, o matrimónio numa idade excessivamente jovem é altamente prejudicial; com, efeito, na França se descobriu que "com um número igual de mulheres casadas abaixo dos vinte anos e de mulheres não casadas, dentre as primeiras num ano morre o dobro em relação às segundas".

Também a mortalidade dos maridos abaixo dos vinte anos é "excessivamente elevada", mas há dúvida sobre qual seria a causa disto. Por fim, se os homens que prudentemente adiam o matrimónio, até que estejam em condições de manter a sua família com conforto, pudessem escolher, como muitas vezes fazem, as mulheres jovens, opercentual de aumento na classe melhor sofreria apenas uma escassa redução.

Mediante um enorme acervo de estatísticas levantadas em 1853, constatou-se que os homens não casado, na França, entre os vinte e os oitenta anos, morrem numa proporção muito mais ampla do que aqueles casados: por exemplo, entre cada 1.000 homens não casados entre os vinte e os trinta anos morrem anualmente 11,3, enquanto que entre os casados morrem apenas 6,5 .
3 fev

Iba Mendes

Em 1863 e 1864, na Escócia, uma semelhante norma foi confirmada para toda uma população aci¬ma dos vinte anos: por exemplo, cada 1.000 homens não casados entre os vinte e os trinta anos, cada ano morrem 14,97, ao passo que entre os casados somente 7,24, o que representa menos do que a metade.

A este respeito o Dr. Stark observa: "Para a vida, o celibato é mais destrutivo do que um trabalho nocivo ou do que residir numa casa ou num distrito insalubres, onde jamais se tenha feito a menor tentativa de melhoramento sanitário". Ele é de opinião que a diminuição do índice de mortalidade é o resultado direto do "matrimónio e dos hábitos domésticos mais regulares, que são próprios deste estado". Admite, contudo, que os intemperantes, os dissolutos e as classes criminosas, cuja duração de vida é breve, comumente não se casam; deve-se, outrossim, admitir que os homens de constituição fraca, de saúde doentia ou com alguma grande enfermidade mental ou física, muitas vezes não desejam casar-se ou são rejeitados.

Parece que o Dr. Stark chegou à conclusão de que em si mesmo o matrônio é a causa principal de uma vida mais longa, tendo ele descoberto que os homens casados, numa idade madura, têm ainda uma considerável vantagem neste aspecto sobre os homens não casados da mesma idade; mas cada um deve ter conhecido exemplos de homens que, com uma saúde doentia, em sua juventude não se casaram e sobreviveram até a idade avançada, embora permanecendo doentios e portanto com escassas possibilidades de viver ou de casar-se. Existe outra notável circunstância que parece confirmar as conclusões do Dr. Stark, isto é, a de que os viúvos, na França, têm um percentual demortalidade mais elevado do que os casados; mas o Dr. Farr atribui isto à probreza e aos perigosos hábitos decorrentes da destruição da família e oriundos da dor.
3 fev

Iba Mendes

De um modo geral, podemos concluir com o Dr. Farr, quando diz que a menor mortalidade dos casados em relação aos não casados, que parece uma lei geral, "deve-se principalmente à constante eliminação dos tipos imperfeitos e à hábil seleção dos melhores indivíduos em toda geração", enquanto a seleção se refere somente ao estado conjugal, e age sobre todas as qualidades, físicas, intelectuais e morais. Podemos portanto deduzir que os homens sadios e bons, que por medida de prudência permanecem solteiros por um certo tempo, não sofrem uma alta porcentagem de mortalidade.

Se os obstáculos especificados nos últimos dois parágrafos e quiçá outros ainda desconhecidos não podem evitar que os membros da sociedade negligentes, viciados e de vários modos inferiores aumentem numa percentagem mais rápida do que as classes superiores, então a nação retrocederá, conforme infelizmente muitas vezes tem acontecido na história do mundo.

Devemos recordar-nos de que o progresso não é uma regra invariável. É muito difícil dizer porque uma nação civilizada tem origens, se torna mais poderosa, estende-se mais do que uma outra; ou porque esta mesma nação progride mais num período do que noutro. Podemos tão somente dizer que isto depende do aumento do número atual da população, do número de homens dotados de elevadas faculdades intelectuais e morais e do seu nível de excelência. A estrutura física parece ter escassa influência, exceto para o fato de que o vigor do corpo conduz ao vigor da mente.

Muitos escritores têm insistido com o fato de que, dado que altas capacidades intelectuais são vantajosas para uma nação, os antigos gregos — que eram um tanto superiores em inteligência a toda raça que jamais existiu — se o poder da seleção natural fosse real, deveriam ter estado sempre no ponto mais alto da escala, deveriam ter aumentado em número e povoado toda a Europa.
3 fev

Iba Mendes

Aqui temos a tácita convicção, tão amiúde nutrida com relação às estruturas físicas, de que existe uma tendência inata para um desenvolvimento contínuo no cérebro e no corpo. Mas o desenvolvimento de cada espécie depende de muitas circunstâncias favoráveis e convergentes. A seleção natural age por tentativas.

Os indivíduos e as raças podem ter adquirido certas vantagens indiscutíveis e no entanto ter perecido por causa da fraqueza de outros caracteres. Os gregos podem ter decaído por falta de coesão entre os seus pequenos estados, pela pouca extensão de todo o seu território, pela prática da escravidão ou pela extrema sensualidade.

Com efeito, eles não sucumbiram senão quando "foram desfibrados e corrompidos profundamente". As nações da Europa ocidental, que atualmente em tanto superam os seus primitivos antepassados selvagens, pouco ou nada devem da sua superioridade à direta herança dos antigos gregos, embora muito devam às obras escritas por aquele povo maravilhoso.

Quem pode positivamente afirmar por que a nação espanhola, dominadora num determinado período, ficou tanto na retaguarda na luta? O despertar das nações europeias da ida¬de obscura continua sendo um problema incerto.

Conforme observou Galton, numa época antiga, quase todos os homens nobres, que se dedicavam à meditação ou à cultura, não pos¬suíam nenhum refúgio a não ser no seio da Igreja, que exigia o celibato ; isto dificilmente podia ter deixado de causar uma influência deteriorante nas sucessivas gerações.

Durante o mesmo período, a Santa Inquisição escolheu com extremo cuidado os homens mais livres e mais corajosos para queimá-los ou aprisioná-los. Somente na Espanha alguns dos melhores homens — aqueles que duvidavam e levantavam problemas, e sem a dúvida não pode haver progresso — durante três séculos foram eliminados num ritmo de mil por ano.
3 fev

Iba Mendes

Incalculável é o dano que a Igreja Católica causou desta maneira, embora sem dúvida contrabalançado, até certo ponto e quiçá muito em outros aspectos; não obstante isto, a Europa progrediu num grau incomparável.

Os notáveis êxitos dos ingleses como colonizadores, em comparação com outras nações europeias, foram atribuídos à sua "energia audaz e persistente"; um resultado que ficou bem evidenciado ao comparar o progresso dos canadenses de ex-tração inglesa e francesa; mas, quem pode dizer como é que os ingleses adquiriram a sua energia?

Aparentemente existe muita verdade na opinião de que os maravilhosos progressos dos Estados Unidos e o caráter deste povo são o resultado da seleção natural; com efeito, os homens mais enérgicos, irrequietos e corajosos de todas as parte da Europa emigraram durante as últimas dez ou doze gerações para esse grande país e lá tiveram o melhor êxito.

Olhando para o futuro distante, não creio que o Revdo. Zincke sustente uma hipótese exagerada quando afirma: "Todas as outras séries de acontecimentos — como da civilização espiritual da Grécia ou aquela do Império Romano — parecem ter um significado e um valor somente quando pensadas em conexão ou antes como subsidiárias da grande cheia da emigração anglo-saxônia no ocidente". Por mais obscuro que seja o progresso da civilização, podemos pelo menos ver que uma nação que, durante um período prolongado, produziu o máximo número de homens de maior intelecto, enérgicos, corajosos, patrióticos, generosos, em geral deveria prevalecer sobre as nações menos favorecidas.

A seleção natural deriva da luta pela existência e esta de uma rápida taxa de aumento. Não é possível deixar de lamentar a taxa com que o homem tende a aumentar; mas se isto é prudente, é outra questão. Efetivamente, nas tribos bárbaras isto leva ao infanticídios e a muitos outros males e, nas nações civilizadas, à pobreza abjeta, ao celibato e aos matrimónios mais tardios dos homens prudentes.
3 fev

Iba Mendes

Mas, dado que o homem está sujeito aos mesmos males físicos dos animais inferiores, ele não tem o direito de esperar por uma imunidade contra os males resultantes da luta pela existência. Se nos temos primitivos não tivesse estado sujeito à seleção natural, seguramente não teria atingido a situação atual.

Quando em muitas partes do mundo vemos enormes áreas da terra mais fértil, capazes de sustentar muito bem numerosas famílias, mas povoadas somente por alguns selvagens errantes, devemos então deduzir que a luta pela existência não tem sido suficientemente dura para forçar o homem a atingir o seu mais elevado nível. A julgar de tudo o que sabemos do homem e dos animais inferiores, sempre tem havido uma suficiente variabilidade em suas faculdades morais e intelectuais para um progresso seguro através da seleção natural. Sem dúvida, tal progresso requer muitas circunstâncias favoráveisconvergentes; mas não é certo que a mais favorável teria sido suficiente, no caso em que a taxa de incremento não tivesse sido rápida e a consequente luta pela existência extremamente dura.

Isto se torna evidente também pelo que vemos, por exemplo, nas zonas da América do Sul, onde um povo que pode ser chamado de civilizado, como os colonos espanhóis, está sujeito a tornar-se indolente e a retroceder, quando as condições de vida são muito fáceis. No que toca às nações altamente civilizadas, num nível subordinado,, o contínuo progresso depende da seleção natural: com efeito, tais nações não se sobrepujam e exterminam mutuamente como fazem as tribos selvagens.

Não obstante isto, os membros mais inteligentes, no seio da mesma comunidade, terão mais êxito com o correr do tempo do que os menos inteligentes, e terão prole mais numerosa; e isto não deixa de ser uma forma de seleção natural.
3 fev

Iba Mendes

As causas mais eficazes do progresso parecem consistir numa boa educação durante a juventude, quando a mente é suscetível de ser formada, e num alto nível de excelência, im-posto pêlos homens mais capazes e melhores, incorporado nas leis, costumes e tradições da nação e reforçado pela opinião pública.

Contudo, deve-se ter presente que a consolidação da opinião pública depende da apreciação que fizermos da aprovação e desaprovação dos outros. Esta apreciação é fundada na nossa simpatia que, indubitavelmente, originariamente se desenvolveu através da seleção natural como um dos mais importantes elementos dos instintos sociais .

Demonstração da antiga barbárie de todas as nações civi¬lizadas — Este tema tem sido tratado de maneira tão completa e admirável por Sir John Lubbock, por Tylor, por M'Lennan e outros, que outra coisa não me resta senão apresentar um brevíssimo sumário das suas conclusões. O argumento recentemente apresentado pelo duque de Argyil e anteriormente pelo arcebispo Whately, em favor da ideia de que o homem veio ao mundo como ser civilizado e que todos os selvagens têm sofrido sucessivamente uma degradação, parece-me fraco em confronto com aquela adiantada pela outra parte.

Sem dúvida, muitas nações regrediram no estágio de civilização e algumas podem ter caído numa completa barbárie, embora sobre este último ponto não tenha encontrado provas.

Os habitantes da Terra do Fogo foram provavelmente forçados por outras hordas de conquistadores a estabelecer-se na sua terra não hospitaleira e podem conseqüentemente ter regredido, mas seria difícil provar que tenham decaído mais do que os botocudos, que habitam a melhor parte do Brasil.
3 fev

Iba Mendes

A prova de que todas as nações civilizadas descendem daquelas bárbaras, encontramo-la, de um lado, em traços claros da sua primitiva baixa condição, nos costumes, ideias e língua ainda existentes, e por outro lado, na prova de que os selvagens são independentemente capazes de soerguer-se de qualquer grau na escala da civilização e atualmente efetivamente se ergueram.

A prova sobre o primeiro ponto é extremamente curiosa, mas aqui não pode ser abordada: refiro-me a casos como aquele da arte da enumeração que, conforme demonstra claramente Tylor ao se referir a palavras ainda usadas em alguns lugares, se originou da contagem dos dedos, primeiro de uma mão e depois de ambas e, finalmente, dos pés. Encontramos traços disto no sistema decimal e nos números romanos onde, depois do V que se supõe seja uma figuração estilizada de uma mão humana, passamos ao "VI", etc., onde se usava sem dúvida a outra mão. Assim novamente "quando dizemos três 'escores' e dez, estamos contando com o sistema vigesimal: cada sinal feito assim idealmente refere-se a 20 — para 'um homem' como acrescentaria uni mexicano ou um habitante das Caraíbas" .

De acordo com uma ampla è sempre crescente escola de filólogos, toda linguagem traz a marca da sua lenta e gradual evolução. Ë o que acontece com a arte de escrever, visto que as letras são rudimentares e figurações pitóricas. Dificilmente se pode ler a obra de M'Len-nan sem admitir que quase todas as nações civilizadas conservam ainda traços do rude hábito da captura violenta das mulheres. Que nação antiga — pergunta-se o mesmo autor— podia ser originariamente definida como monógama? A primitiva ideia da justiça, como é demonstrada pela lei da guerra e por outros costumes, cujos vestígios ainda permanecem, era igualmente rude. Muitas superstições existentes nada mais são do que o remanescente de anteriores ideias religiosas falsas.
3 fev

Iba Mendes

As mais elevadas formas de religião — a grande ideia de um Deus que abomina o pecado e que ama a justiça — era desconhecida durante os períodos primitivos(P. 164 – 172).

Ainda não acabou:

A distinção principal nos poderes mentais dos dois sexos reside no fato de que o homem chega antes que a mulher em toda ação que empreenda, requeira ela um pensamento profundo ou então razão, imaginação, ou simplesmente o uso das mãos e dos sentidos. Se houvesse dois grupos de homens e mulheres que mais sobressaíssem na poesia, na pintura, na escultura, na música (trate-se da composição ou da execução), na história, nas ciências e filosofia, não poderia haver termos de comparação. Baseados na lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius, podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas últimas” (p. 649).

E, para fechar com “chave de ouro”:

” Por outro lado, Galton observou que, se o prudente evita o matrimónio enquanto que o incauto se casa, os membros inferiores tendem a suplantar os membros melhores da sociedade. Como qualquer outro animal, o homem sem dúvida chegou à sua atual condição elevada através de uma luta pela existência, devida ao seu rápido progresso; se deve progredir ainda mais, teme-se que deva estar sujeito a uma dura batalha. Se assim não fosse, chafurdaria na indolência e os mais dotados não teriam mais êxito na luta pela vida do que os menos dotados. Por isso a nossa natural taxa de aumento, embora leve a muitos prejuízos óbvios, não deve ser de algum modo muito reduzida (p. 711).
3 fev

Iba Mendes

Obsevações:

O texto é grande, porém, não havia possibilidade de indicar nenhum link, já que fora extraído diretamente do livro de Darwin: A ORIGEM DE HOMEM, que tenho em papel.

Se alguém, além do Guga tem interesse pelo assunto, sugiro que leia todo o texto postado, no qual Darwin não deixa margem para seu racismo, bem como não deixa dúvida de que acreditava nas idéias do fundador da Eugenia, Galton, e detalhe, as utilizou em suas obras. Prova disso é que, além da constante menção do nome deste eugenista, Darwin abertamente escreveu sobre sua posição favorável aos conceitos eugênicos, conforme se pode constatar aqui.


É isso!
3 fev

Iba Mendes

Fonte:
Charles Darwin. “A Origem do Homem e a Seleção Sexual”. Tradução: Attílio Cancian e Eduardo Nunes Fonseca. Hemus Livraria Editora LTDA. São Paulo, 1974.
4 fev

Guga LV

Parece que minhas últimas postagens antes desta deixaram Brás atordoado, pois ele forneceu aqui uma enxurrada tresloucada de trechos e, como está patente, nem uma prova sequer de que Darwin defendia a eugenia. O diagnóstico é claro: para Brás, seleção é sinônimo de eugenia, não importa se Natural ou Artificial. Bom, analisarei mais a fundo no final de minha recente participação, agora, fiquemos com a cansativa e inútil trollagem de Brás.

“Em outro lugar discuti com bastante profundidade o assunto da hereditariedade, pelo que agora não creio necessário acrescentar alguma coisa mais. Quanto à transmissão, seja dos mais irrelevantes como dos mais importantes caracteres, no caso do homem tem sido recolhido um número de dados maior do que para qualquer outro animal inferior, embora os dados sejam bastante copiosos também para estes últimos.”

É possível ver aqui alguma concordância de Darwin à eugenia, ou seja, à seleção artificial dos homens através do impedimento reprodutivo dos mais fracos via políticas intrusivas? Não. Até aqui nada.


“Assim, no que toca as faculdades mentais, a sua transmissão se manifesta nos cães, nos cavalos e nos outros animais domésticos. Ademais, seguramente se transmitem gostos e hábitos particulares, a inteligência em geral, a coragem, o bom e o mau temperamento, etc. Com o homem assistimos a fatos semelhantes em quase toda família; e agora, graças às notáveis obras de Galton , sabemos que o génio, que compreende uma combinação extraordinariamente complexa de faculdades elevadas, tende a ser hereditário; por outro lado é igualmente certo que a loucura e as deficiências psíquicas se transmitem nas famílias” (p. 41).”

E segue o comprometimento de Darwin com seu priminho Galton”


Comprometimento com o quê? Com a eugenia proposta pelo mesmo? Com a proibição da reprodução dos mais fracos?

NÃO.
4 fev

Guga LV

Então o que vemos aqui é um ridículo e desonesto espantalho silogístico montado: Darwin concordou com Galton. Galton era eugenista. Logo, Darwin é eugenista.
Quer dizer, vc está tão perdido, tão desesperado que vê um simples reconhecimento HISTÓRICO do que Galton falou, como uma imediata anuência com medidas eugênicas, as despeito da clara postura de Darwin contra e de sua (Brás) total falta de demonstração de anuência de Darwin para com as medidas preconizadas por eugenistas.
Vc está desesperado, só isso.
“Galton, que teve excelentes oportunidades de observar os arménios semi-selvagens do sul da África,”
Armênios do sul da África?????
Huahuahuhauahauh
Não vou nem continuar para não gastar espaço, pois, como quem quiser pode ver (http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5295658220349767402&na=2&nst=218 ), Brás está falando de Galton e não há uma prova sequer das palavras de Darwin apoiando medidas eugênicas. Quer dizer, trata-se, novamente, de mais uma cortina de fumaça de Brás.
Desespero puro.
“E tem mais, e aqui DESTAQUE:
Até aqui tenho considerado somente o progresso do homem, saindo de uma condição semi-humana para aquela do moderno selvagem. Merece que se acrescentem algumas referências a propósito da ação da seleção natural nas ações civilizadas. Este tema tem sido discutido com habilidade por W. R. Greg e anteriormente por Wallace e por Galton. Muitas das minhas observações são extraídas destes três autores (p. 161).”

Absolutamente nenhuma anuência de Darwin para com políticas eugênicas (seleção artificial em humanos). Desespero puro da sanha...
“Mas, ainda tem mais:”
Puxa! Tem mais!?!? Oh! Eu tava ainda “me recuperando” das anteriores...
4 fev

Guga LV

“As consequências danosas, que podem existir, de uma contínua conservação da mesma linha de descendência, sem seleção de nenhum género, podem ser freadas por homens capazes que desejam sempre incrementar a sua riqueza e o seu poder, o que realizam mediante o casamento com as herdeiras. Mas as filhas únicas, conforme demonstrou Galton, são elas mesmas levadas a ser estéreis; assim as famílias nobres são continuamente partidas na linha direta e as suas riquezas se extravasam para alguma linha lateral; mas, infelizmente, esta linha não é determinda por uma superioridade de um género qualquer.”

Seu desespero atingiu o ápice. Dás provas e mais provas disso.

O parágrafo em questão, a despeito de toda a violência interpretativa que fizestes, trata de um caso simples.

Darwin, no parágrafo imediatamente anterior falava sobre o costume de primogênitos herdarem tudo. Com isso, a tendência era formar ricos sem qualquer preocupação para com a batalha pelo pão de cada dia. Ato contínuo, para ele, era comum transformarem-se em “tolos“, “parasitas inúteis“. Veja que Darwin fala dos herdeiros ricos! Que acumulam muitas riquezas:

“O homem acumula propriedades e heranças para suas crianças, tal que a criança do rico tem uma vantagem sobre o pobre da raça para o sucesso, independentemente da superioridade corporal ou mental”

Quer dizer, o rico, mesmo que seja mental ou corporal inferior ao pobre, leva uma vantagem sobre este porque herda as riquezas da família. O que teria seu lado ruim:

“(...) Sem dúvidas, a riqueza quando muito grande tende a converter os homens em parasitas inúteis, mas seu número nunca é muito grande e algum grau de eliminação pode ocorrer, pois vemos diariamente homens ricos que sucedem serem tolos ou imorais e desperdiçam sua riqueza afora.”

Bom, destruímos mais um dogma rancoroso de Brás, o de que para Darwin os ricos é que eram os superiores...

Adentrando no parágrafo específico que citas sofrivelmente acima, vemos, antes de seu trecho, que:
4 fev

Guga LV

“A primogenitura sob tais condições é um mal mais direto, embora ela possa ulteriormente ter tido uma grande vantagem pela criação de uma classe dominante e qualquer governo é melhor do que nenhum. Os filhos mais velhos, embora eles possam ser mais fracos em corpo e mente, casam-se, enquanto os mais novos, embora possam ser superiores neste aspecto, geralmente não casam-se.”

Aqui Darwin alicerça-se em estatísticas sobre costumes da época: para não dividir a fortuna acumulada, os primogênitos herdavam tudo e, conseqüentemente, possuíam maior facilidade para casar...

Continuando,

“Os primogênitos inúteis não podem desperdiçar a riqueza assim herdada. Porém, aqui, como em qualquer lugar, as relações da vida civilizada são tão complexas que alguns impedimentos compensatórios podem intervir. O homem que é rico através da primogenitura é capaz de selecionar, geração após geração, as mulheres mais bonitas e charmosas e estas costumam ser geralmente saudáveis em corpo e mente.”

Verdade. Ricos, quer sejam “fracos” ou não, costumam escolher belas e sãs mulheres como companheiras. E, percebam novamente, que o conceito de superior e inferior em corpo e mente aqui, está absolutamente desvinculado da posição social, ao contrário, Darwin é claro em dizer que há gente da elite que é “inferior”.

Tchau pra mais um espantalho do Brás.

Depois disso é que entra o parágrafo acima citado por Brás. Quer dizer, Darwin estava a falar da primogenitura e herança.

Continuemos. Abaixo, o parágrafo imediatamente seguinte, trazido pelo próprio Brás.


“Embora a civilização freie, assim, de muitas maneiras a ação da seleção natural, aparentemente favorece o melhor desenvolvimento do corpo por meio de bons alimentos e da ausência de adversidades ocasionais.”

Ou seja, mais uma prova de que ele achava que o melhor favorecimento do corpo poderia ser feito através de outros meios, que não a seleção natural (SN), pois ele é claro:
4 fev

Guga LV

Bons alimentos e ausência de adversidades ocasionais (ou seja, a boa vida dos ricos) favorece as pessoas em questão.

E, só para lembrar, nada que sequer chegue perto de uma anuência ou proposição de Darwin para a eugenia.

Continuemos:

“Isto pode ser deduzido do fato de que o homem civilizado, onde quer que tenha sido estabelecido o cotejo, foi descoberto fisicamente mais forte do que o selvagem. Isto aparece também na posse de iguais capacidades de resistência, conforme tem sido provado em muitas expedições felizes. Também a grande luxúria dos ricos pode constituir causa de não pouca degenerescência; com efeito, a longevidade da nossa aristocracia, em todos os períodos e em ambos os sexos, é pouco menor do que aquela do inglês rico das classes inferiores” (p.163).”

Então, chegamos até o fim das “estonteantes” provas de Brás sobre a “anuência” de Darwin para com a eugenia e não vemos uma palavra sequer nesse sentido!

Nada nos trechos acima citados dão a entender que Darwin queria impedimentos à reprodução dos mais fracos!

Conclusão inevitável: desespero de Brás.


“E, quem disse que acabou?”

Tchan, tchan, tchan... Guenta coração! (rs)


“Passaremos agora a considerar as faculdades intelectuais. Se em todo grau da sociedade os membros fossem divididos em dois grupos iguais, um abrangendo os membros intelectualmente superiores e o outro aqueles inferiores, não haveria dúvida alguma de que o primeiro teria o melhor êxito em todas as ocupações e o último teria um maior número de filhos”.

Ou seja, tal como eu falei: Brás errou redondamente ao concordar com Blanc quando este dizia que os mais fortes é que deixariam maior descendência! Está claro aqui TAMBÉM, que os “inferiores” é que deixariam. Isto quer dizer que a natural taxa de crescimento é predominantemente feita pelos ditos “inferiores”.

Bom, quanto à questão da “eugenia de Darwin”, também aqui não vemos qualquer anuência de Darwin para com as políticas eugênicas...
4 fev

Guga LV

“Também no mais baixo nível de vida, a capacidade e a habilidade podem ser de alguma vantagem, embora em muitas ocupações seja bastante pequena, em virtude da grande divisão do trabalho. Por isso, nas nações civilizadas haverá uma certa tendência para incrementar tanto o número como o nível da capacidade intelectual.”

E como essa sociedade INCREMENTAVA essa capacidade mental herdada (e portanto, impossível de ser “mexida”)? Vou te dar uma pista, complete as lacunas:

Educ_______, Cult________ e Rel________ ...

Também aqui, a mais absoluta falta de provas acerca de Darwin ser eugenista. Nada do que acima foi exposto por Brás equivale a uma anuência de Darwin para com essas medidas, tipo “por isso, devemos impedir os mais fracos de se reproduzirem, etc.”


“Mas não quero afirmar que esta tendência não possa ser mais do que contrabalançada em outras maneiras, por exemplo pela multiplicação dos imprevidentes e dos irriquietos; mas também a pessoas como estas a habilidade deve ser de alguma forma vantajosa.”

Eh! Obrigado por mais estes exemplos cabais:

MAS TAMBÉM PESSOAS COMO ESTAS A HABILIDADE DEVE SER DE ALGUMA FORMA VANTAJOSA.

Vistes? Ele conseguia ver vantagens para estas pessoas imprevidentes e irrequietas...

Em tempo: até agora, NADA, nem sequer uma palavra de Darwin anuindo com políticas eugênicas (só para variar)...

Continuemos com o passeio...


“Muitas vezes se tem objetado, para ideias semelhantes, que os homens mais eminentes não têm deixado descendentes que herdassem o seu grande intelecto. Galton afirma:
"Sinto desgosto em ser incapaz de resolver a simples questão sobre até que ponto homens e senhoras, que são muito geniais, são estéreis. Contudo, tenho demonstrado que homens eminentes não são absolutamente assim".”


Ainda discussões sobre fatos levantados por Gastón e Cia. àquela época, mas palavras de Darwin dizendo que era a favor do controle dos mais fracos que é bom, nada.

(Cont.)
4 fev

Guga LV

Quer dizer, Brás está extremamente desesperado vomita textos e mais textos que sequer demonstram o que ele quer...

Tá muito engraçado.


“Grandes legisladores, fundadores de religiões benéficas, grandes filósofos e génios da descoberta científica ajudam o progresso do género humano em medida mais elevada com as suas obras do que gerando uma numerosa prole.”

Vês como a educação e cultura podem resultar em maior bem para a humanidade?
Também aqui careces completamente de prova de que Darwin disse algo equivalente a “por isso, devemos impedir a reprodução dos mais fracos”...


“No caso das estruturas corpóreas, o fator que contribui para um progresso de uma espécie é a seleção de indivíduos ligeiramente mais dotados e a eliminação daqueles menos dotados, e não a conservação de anomalias fortemente acentuadas e raras.”

Idem.

Porém, um adendo. Veja que Darwin procura explicar um fato biológico simples: a seleção dá-se segundo uma curva normal, ou seja, pelo lento desvio da média no eixo das ordenadas.


“O mesmo se dará com as faculdades intelectuais, visto que os homens um pouco mais hábeis em qualquer grau da sociedade têm melhor êxito do que os menos hábeis e, conseqüentemente, progridem em número, quando não são obstaculados de um outro modo. Quando numa nação o nível de inteligência e o número de pessoas inteligentes cresceram, de acordo com a lei do desvio da média, podemos contar com o aparecimento dos génios com um pouco mais de frequência do que antes.”

Idem.

Nenhuma apologia sequer à eugenia.


“No que diz respeito às qualidades morais, a eliminação das piores disposições está sempre aumentando também nas nações mais civilizadas. Os malfeitores são justiçados ou lançados na prisão durante longos períodos, a fim de não poderem transmitir livremente as suas más qualidades.”

Idem.

(Cont.)
4 fev

Guga LV

(Vejam que Darwin está tratando de obviedades: se os piores elementos de uma sociedade são enclausurados ou mortos, eles, OBVIAMENTE, não poderão mais transmitir livremente suas más qualidades... A questão, volto a repetir: o que Darwin falava DE FATO sobre as medidas eugênicas propostas? Já demonstrei extensivamente o que ele falou, mas voltarei a postar no final de meus comentários. Antes riamos bastante com o desespero de Brás.)


“Os hipocondríacos e os loucos são confinados ou suicidam-se. Os violentos e os briguentos encontram muitas vezes um triste fim. Os vadios que não têm nenhuma ocupação estável — e este resto de barbárie representa um grande obstáculo para a civilização — emigram para países há pouco colonizados, onde se transformam em úteis pioneiros.”

(Hipocondríacos?!?!?! Que raio de tradução é essa? Ainda bem que tenho o original: melancholic, ou seja, DEPRESSIVOS.)

Mais uma prova de que Darwin está limitando-se a discutir o que seu primo Galton apresentou anteriormente, sem, contudo, anuir com as medidas propostas:

No trecho acima, vemos, claramente, que Darwin é feliz ao lembrar que os que “inferiores inúteis” de determinado local, podem vir a ser os “superiores úteis” de outro.

Não é mais nem a Brás que falo isso, porque estou vendo o desespero que se encontra. Neste estado, é impossível ele perceber sequer contrariedades no que ele mesmo posta. O que dirá no que outros lhe respondem...

Mas, vamos lá. Continuemos o passeio (literal e figuradamente).

Até aqui, só para variar, nenhuma declaração de Darwin dizendo algo semelhante a “por isso, concordo que devemos impedir os mais fracos de se reproduzir”.


"Sinto desgosto em ser incapaz de resolver a simples questão sobre até que ponto homens e senhoras, que são muito geniais, são estéreis. Contudo, tenho demonstrado que homens eminentes não são absolutamente assim".

Palavras de Galton que foram citadas por Darwin em sua discussão.

(Cont.)
4 fev

Guga LV

E, só para variar, nem uma palavra de Darwin que sequer chegue perto de algo do tipo “por isso, proponho/acho que temos que controlar a reprodução dos mais fracos”. Só xororô desesperado de Brás...

Bom, aqui chegamos ao ápice da cegueira. Vejam que o desespero é tanto que ele copia e cola trechos repetidos... Trollagem pura. Vou pular-los...


“Greg e Galton muito têm insistido sobre o obstáculo mais importante, existente nos países civilizados, contra o aumento do número dos homens de classe superior, isto é, sobre o fato de que os mais pobres e os negligentes, que freqüentemente são degradados pelo vício, quase invariavelmente se casam antes, enquanto que os prudentes e os frugais, que em geral são virtuosos também em outras maneiras, contraem matrimónio em idade avançada, com a finalidade de poderem ser capazes de permanecer, eles mesmos e os seus filhos, na comodidade. Os que se casam antes produzem em dado momento não só um maior número de gerações, mas põem no mundo muito mais filhos, conforme tem demonstrado o Dr. Duncan.”

Mais do mesmo. Ainda discussões de Darwin sobre o que foi apresentado por Galton e Cia e NADA de palavras do mesmo que sequer cheguem perto de algo do tipo “por isso, proponho/acho que temos que controlar a reprodução dos mais fracos”. Só xororô desesperado de Brás...


“Ademais, os filhos que são gerados da mãe durante os primeiros anos de vida são mais gordos e, provavelmente, mais robustos do que aqueles que nascem em outros períodos. É o que se dá com os membros negligentes da sociedade, degradados e muitas vezes viciados, os quais têm a tendência de aumentar a uma porcentagem mais veloz do que os membros previdentes e em geral virtuosos.”

Idem.


“Ou, nas palavras de Greg: "O irlandês imprevidente, esquálido, sem ambições, multiplica-se como os coelhos; o escocês frugal, previdente, cheio de auto-respeito, ambicioso, austero na sua moralidade, espiritualista nas suas opiniões, sagaz e

(Cont.)
4 fev

Guga LV

“disciplinado na sua inteligência, passa os seus melhores anos na luta e no celibato, casa-se tarde, gera poucos filhos. Supondo um país originariamente povoado por cem saxões e com celtas — e vereis que numa dúzia de gerações os 5/6 da população serão célticos, mas os 5/6 da riqueza, do poder, do intelecto pertencerão à sexta parte de saxões que ficam. Na eterna "luta pela existência", é a raça inferior e menos favorecida que tem prevalecido e não por causa das suas boas qualidades, mas por causa dos seus defeitos".

E, novamente, vistes como, ao contrário do que disse Blanc (e vc bateu palminhas), não são os “superiores intelectuais e morais” que deixam maior descendência, mas sim os “inferiores”.

Quanto ao trecho em si, absolutamente nada que mostre Darwin pregando eugenia. Só para variar...


“Existem contudo alguns obstáculos contra esta tendência para baixo. Vimos que o intemperante possui uma alta taxa de mortalidade e aquele que é muito dissoluto gera poucos descendentes. As classes mais pobres se amontoam nas cidades e o Dr. Stark provou, mediante estatísticas levantadas durante dez anos na Escócia, que em todas as idades o percentual de mortes é mais elevado nas cidades do que nos distritos rurais e que "durante os primeiros cinco anos de vida o percentual de mortes da cidade é quase exatamente o dobro daquele dos distritos rurais".

Idem.



“Visto que esta relação inclui tanto os ricos como os pobres, sem dúvida se faria necessário mais do dobro dos nascimentos para manter elevado o número dos habitantes muito pobres das cidades, com relação àqueles dos camponeses.”

Idem.


“No que diz respeito às mulheres, o matrimónio numa idade excessivamente jovem é altamente prejudicial; com, efeito, na França se descobriu que "com um número igual de mulheres casadas abaixo dos vinte anos e de mulheres não casadas, dentre as primeiras num ano morre o dobro em relação às segundas".”

Idem.
4 fev

Guga LV

“Também a mortalidade dos maridos abaixo dos vinte anos é "excessivamente elevada", mas há dúvida sobre qual seria a causa disto. Por fim, se os homens que prudentemente adiam o matrimónio, até que estejam em condições de manter a sua família com conforto, pudessem escolher, como muitas vezes fazem, as mulheres jovens, o percentual de aumento na classe melhor sofreria apenas uma escassa redução.”

Eles estão descontrolados! Eles estão descontrolados!

Idem.


“Mediante um enorme acervo de estatísticas levantadas em 1853, constatou-se que os homens não casado, na França, entre os vinte e os oitenta anos, morrem numa proporção muito mais ampla do que aqueles casados: por exemplo, entre cada 1.000 homens não casados entre os vinte e os trinta anos morrem anualmente 11,3, enquanto que entre os casados morrem apenas 6,5.”

NOSSA! Quanta confissão de eugenia por parte de Darwin neste trecho particular! Estou convertido! Aleluia irmãos!

Ironias à parte,

Idem.


“Em 1863 e 1864, na Escócia, uma semelhante norma foi confirmada para toda uma população acima dos vinte anos: por exemplo, cada 1.000 homens não casados entre os vinte e os trinta anos, cada ano morrem 14,97, ao passo que entre os casados somente 7,24, o que representa menos do que a metade.”

POXA! Esse trecho então! Sufocou-me tamanha “prova” de eugenia defendida por Darwin... NOSSA...

Idem.


“A este respeito o Dr. Stark observa: "Para a vida, o celibato é mais destrutivo do que um trabalho nocivo ou do que residir numa casa ou num distrito insalubres, onde jamais se tenha feito a menor tentativa de melhoramento sanitário". Ele é de opinião que a diminuição do índice de mortalidade é o resultado direto do "matrimónio e dos hábitos domésticos mais regulares, que são próprios deste estado". Admite, contudo, que os intemperantes, os dissolutos e as classes criminosas, cuja duração de vida é breve, comumente não se casam; deve-se, outrossim,

(cont.)
4 fev

Guga LV

“admitir que os homens de constituição fraca, de saúde doentia ou com alguma grande enfermidade mental ou física, muitas vezes não desejam casar-se ou são rejeitados.”

Vamos ver se esse surto em apresentar estudo de casos e discussões da época passa e Brás volta a si e produz uma prova sequer de Darwin pregando medidas eugênicas...

Enquanto isso, nada de novo no front, apenas mais do mesmo...


“Parece que o Dr. Stark chegou à conclusão de que em si mesmo o matrônio é a causa principal de uma vida mais longa, tendo ele descoberto que os homens casados, numa idade madura, têm ainda uma considerável vantagem neste aspecto sobre os homens não casados da mesma idade; mas cada um deve ter conhecido exemplos de homens que, com uma saúde doentia, em sua juventude não se casaram e sobreviveram até a idade avançada, embora permanecendo doentios e portanto com escassas possibilidades de viver ou de casar-se. Existe outra notável circunstância que parece confirmar as conclusões do Dr. Stark, isto é, a de que os viúvos, na França, têm um percentual demortalidade mais elevado do que os casados; mas o Dr. Farr atribui isto à probreza e aos perigosos hábitos decorrentes da destruição da família e oriundos da dor.”

Ai, ai...

Idem!


“De um modo geral, podemos concluir com o Dr. Farr, quando diz que a menor mortalidade dos casados em relação aos não casados, que parece uma lei geral, "deve-se principalmente à constante eliminação dos tipos imperfeitos e à hábil seleção dos melhores indivíduos em toda geração", enquanto a seleção se refere somente ao estado conjugal, e age sobre todas as qualidades, físicas, intelectuais e morais. Podemos portanto deduzir que os homens sadios e bons, que por medida de prudência permanecem solteiros por um certo tempo, não sofrem uma alta porcentagem de mortalidade.”

Idem.
4 fev

Guga LV

“Se os obstáculos especificados nos últimos dois parágrafos e quiçá outros ainda desconhecidos não podem evitar que os membros da sociedade negligentes, viciados e de vários modos inferiores aumentem numa percentagem mais rápida do que as classes superiores, então a nação retrocederá, conforme infelizmente muitas vezes tem acontecido na história do mundo.”

Idem.


“Devemos recordar-nos de que o progresso não é uma regra invariável. É muito difícil dizer porque uma nação civilizada tem origens, se torna mais poderosa, estende-se mais do que uma outra; ou porque esta mesma nação progride mais num período do que noutro. Podemos tão somente dizer que isto depende do aumento do número atual da população, do número de homens dotados de elevadas faculdades intelectuais e morais e do seu nível de excelência. A estrutura física parece ter escassa influência, exceto para o fato de que o vigor do corpo conduz ao vigor da mente.”

Idem.

Com um adendo: veja que após tudo o que ele discutiu anteriormente, ele termina esse trecho com algo similar a “mens sana in corpore sano”. E, percebam também, que ele começa a adiantar aqui sua contrariedade com as medidas eugênicas conforme demonstrei antes desta enxurrada desvairada de Brás, pois após discutir tudo o que Gastón e Cia. discutiram por sua vez, ele, ainda assim, não se envergonha em dizer que o progresso não é um regra inevitável e que é difícil garantir porque uma nação torna-se poderosa, a não ser que o maior número de pessoas inteligentes e moralmente “superiores” contribui para isso, o que é uma obviedade...


“Muitos escritores têm insistido com o fato de que, dado que altas capacidades intelectuais são vantajosas para uma nação, os antigos gregos — que eram um tanto superiores em inteligência a toda raça que jamais existiu — se o poder da seleção natural fosse real, deveriam ter estado sempre no ponto mais alto da escala, deveriam ter aumentado em número e povoado toda a Europa.”

Voilá!

(Cont.)

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