Dogmas do ateísmo militante

Membro: WILSON
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Eu encontrei esse texto num blog e achei muito engraçado...(quem já leu sabe do que falo)

"Estou vendo que o que começou com uma simples provocação (comparar ateísmo militante com religião), é mesmo uma realidade. Eis o novo religioso fanático do século XXI: o ateu militante. A nova seita: O ateísmo militante! Como toda religião o ateísmo-militante tem seus dogmas.


1 – Toda religião é má! Para o ateu-militante toda religião não presta (quer dizer, a dele presta). Ela escraviza o ser humano (menos a dele, claro), que, por sua vez, fica impedido de raciocinar por si só. Um dos clérigos mais famosos do ateísmo militante, Richard Dawkins, diz que religião é doença mental. Outro compara religiosos a gado! Um ateu comum pode até achar tudo isso. Mas ele apenas fica com aquele olhar ‘Zaratustra de superioridade’ morrendo de pena dos religiosos como se eles fossem enfermos (por sinal, a comparação ‘crentes – enfermos’ é do próprio Nietzsche). Mas a ‘peninha’ dele pára por aí. O ateu-militante não. Ele não tem apenas pena de você. Ele quer te salvar das trevas da ignorância e te mostrar o caminho do paraíso da vida sem religião. Uma vida, segundo ele, verdadeiramente livre. Para ele a religião não está apenas equivocada: Ela é má, falsa e mentirosa!


2 – Scientia vincit ominia. Para o ateu-militante tudo pode ser explicado e resolvido pela ciência. Se para o religioso Deus tudo pode, para o ateu-militante a ciência tudo pode. O ateu-militante acha um absurdo que lendas antigas defendidas por religiosos afirmem que um homem viveu quase mil anos. Mas não acha absurdo que a ciência afirme que no futuro o homem poderá viver eternamente. O que Deus promete e não te dá, a ciência dará.

3 – Razão e sensibilidade! O ateu-militante apela sempre para a sua tolerância para logo depois atropelá-la. Ele diz que não tem preconceito contra religião, mas é capaz de ‘excomungar’ um filho se ele disser que quer ser padre. Da mesma maneira que Marx falava de liberdade, sendo que na prática sua ideologia significava a perda da mesma, o ateu-militante fala em nome da tolerância só para depois limpar os pés com ela. Intolerantes são sempre os outros.

4 – Iconoclastia – com meus ídolos não! O ateu-militante tem o direito de atirar pedras em Cristo, cuspir em Buda, desenhar Alah, xingar Yahweh, e atar os seis braços de Xiva e qualquer outra deidade que se engraçar com ele. É um iconoclasta. Mas experimente mexer nos terafins dele. Chame Voltaire de anta. Xinge Ayn Rand. Avacalhe Darwin. Cuspa em Nietzsche para você ver o que acontece!
Ou melhor, mostre que as duas guerras mundiais, campos de concentração e gulags aconteceram na Idade da Razão (o século XX) e não na Idade das Trevas (toda a Idade Média) e ele terá um faniquito.

5 – A casa verde. Igual ao Simão Bacamarte de “O alienista” só o ateu-militante tem o monopólio da razão, da verdade (que para ele é sempre relativa) e do equilíbrio. Se você está sendo firme e razoável em seus argumentos religiosos você é um maldito fanático cabeça-dura. Mas ele nunca é fanático. Mesmo quando você demonstra que é impossível, por exemplo, explicar apenas com base na razão, o motivo de o ser humano não tolerar a mentira, a falsidade e ao mesmo tempo praticá-la, ele afirmará fanaticamente que a evolução das espécies explica isso. Fanático é você!
Peça ao ateu militante para definir claramente, apenas com a razão, a justiça, ou mesmo se posicionar claramente na questão do aborto, e você terá respostas interessantes. Ocas. Mas interessantes.

6 – O melhor dos mundos: O mundo ateu! O ateu-militante gosta de posar de tolerante e razoável. Algo do tipo: Você pode acreditar no que você quiser mas se vier abrir a Bíblia na minha frente eu te parto a cara! Eles acreditam mesmo que é possível edificar uma sociedade baseada apenas e exclusivamente no pacto social . É um dogma muito precioso do ideário ateísta militante. Nunca existiu tal sociedade na vida real, mas igual a certos socialistas, eles pensam que é possível ‘Eu não te mato e você não me mata, tá?’ Simples assim. Com essa ‘lógica’ dogmática poderemos viver num paraíso edênico. Como diz aquela canção do U2: O Reino, só que sem Deus!

7 - Política zero. O ateu-militante é uma aberração política. Ele se vê como um dos 300 de Esparta: O salvador do melhor da civilização Ocidental: o legado greco-romano! Afinal, para ele o legado judaico-cristão é a banda podre da civilização. Crê que está lutando por uma causa nobre: o ateísmo. A única ‘religião’ que salvará o mundo! Há quem pense que existe ateu-militante de esquerda e ateu-militante de direita. Não há! Há apenas ateu-militante.

8 – Moral – sai da minha cachola . Por fim, para o ateu-militante, a moral existente nos países não vem da religião tradicionalmente praticada por boa parte da civilização por séculos. Para eles vem da própria cachola. Se a inveja e a cobiça são consideradas coisas negativas, para o ateu-militante isso aconteceu por algum evento racional como o já mencionado pacto social ou a evolução das espécies. Ele nem pensa que a cobiça e a inveja são sentimentos que não podem ser rastreados pela sociedade e que não dá para saber se os macacos estão cobiçando ou invejando. Mesmo assim, para o ateu-militante, a moral ocidental não é derivada do cristianismo-judaísmo (da mesma forma que a moral do Japão tem origem nas tradições do xintoísmo). Não! Tal qual Atena que nasceu de uma porrada que Zeus tomou na cabeça, a moral saiu da cachola do ateu-militante. Não sei se foi com uma pancada. Vá saber...

Esse é um esboço dos dogmas da religião que já está sacudindo o ocidente. Os cientólogos que se cuidem. "

O debate segue neste link do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=26796515&tid=5210540043113541731