sábado, 11 de julho de 2009

Evolução e progresso

Membro: IBA MENDES:
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Sempre tive curiosidade de saber EXATAMENTE como pensam os darwinistas acerca destes dois termos e se ambos podem ser mesclados de acordo com as idéias originais de Charles Darwin.

E, como ponto de partida, farei menção de alguns textos e, a partir deles, aguardar, provavelmente em vão, os pertinentes comentários.

Pode-se afirmar que algum destes textos têm relação com a teoria da evolução?

Ei-los:

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TEXTO 1:
“O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório para o homem, que dele sai por virtude do progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor a compreende e pratica”.

TEXTO 2:
“O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contacto social.”

TEXTO 4:
“Nas épocas de barbaria, são os mais fortes, que fazem as leis e eles as fizeram para si. À proporção que os homens foram compreendendo melhor a justiça, indispensável se tornou a modificação delas. Quanto mais se aproximam da vera justiça, tanto menos instáveis são as leis humanas, isto é, tanto mais estáveis se vão tornando, conforme vão sendo feitas para todos e se identificam com a lei natural.”

TEXTO 4:
“Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente”.

TEXTO 5:
“A seleção natural atua exclusivamente no meio da conservação e acumulação das variações que são úteis a cada indivíduo nas condições orgânicas e inorgânicas em que pode encontrar-se colocado em todos os períodos da vida. Cada ser, e é este o ponto final do progresso, tende a aperfeiçoar-se cada vez mais relativamente a estas condições. Este aperfeiçoamento conduz inevitavelmente ao progresso gradual da organização do maior número de seres vivos em todo o mundo”.

TEXTO 6:
Para os vertebrados, tratase claramente de um progresso intelectual e de uma conformação que se aproxime da do homem. Poder-se-ia pensar que a soma das alterações que se produzem nas diferentes partes e nos diferentes órgãos, por meio de desenvolvimentos sucessivos desde o embrião até à maternidade, basta como termo de comparação; mas há casos, certos crustáceos parasitas por exemplo, nos quais muitas partes da conformação se tornam menos perfeitas, de tal forma que o animal adulto não é certamente superior à larva”.

TEXTO 7:
Com o progresso das faculdades raciocinantes e mediante a experiência, vão sendo percebidos os efeitos remotos de certas linhas de conduta sobre o caráter do indivíduo; depois entram no campo da ação da opinião pública as virtudes que constituem fins em si mesmas e que recebem elogios, enquanto que o seu oposto granjeia censura. Mas entre as nações menos civilizadas, a razão muitas vezes erra e muitos costumes malsãos e superstições se encarrei¬ram no mesmo escopo, passado depois a serem estimados como virtudes e a sua violação como se fosse um crime”.

TEXTO 8:
“Entre as raças mais civilizadas, a convicção da existência de uma Divindade onisciente exerceu uma forte influência no progres¬so da moralidade. Por fim o homem não aceita o elogio ou a censura dos seus semelhantes como um único guia, embora poucos evitem esta influência, mas as suas convicções habi¬tuais, controladas pela razão, lhe oferecem a lei mais segura”.

TEXTO 9:
“Como qualquer outro animal, o homem sem dúvida chegou à sua atual condição elevada através de uma luta pela existência, devida ao seu rápido progresso; se deve progredir ainda mais, teme-se que deva estar sujeito a uma dura batalha. Se assim não fosse, chafurdaria na indo¬lência e os mais dotados não teriam mais êxito na luta pela vida do que os menos dotados”.

TEXTO 10:
“A natureza moral do homem atingiu o seu nível atual em parte pelo progresso de suas faculdades raciocinantes e, conseqüentemente, da opinião pública certa, mas sobretudo pelo fato de que as suas simpatias se tornaram mais dúcteis e mais difusas como efeito do uso, do exemplo, da instrução e da reflexão. Não é improvável que, depois de uma longa prática, as tendências virtuosas possam tornar-se hereditárias”.

TEXTO 11:
"Eis porque a luta recíproca surge aqui, motivada, menos por antipatia íntima, por exemplo, do que por impulsos de fome e amor. Em ambos os casos, a Natureza é espectadora, plácida, e satisfeita. A luta pelo pão quotidiano deixa sucumbir tudo que é fraco, doente e menos resoluto, enquanto a luta do macho pela fêmea só ao mais sadio confere o direito ou pelo menos a possibilidade de procriar. Sempre, porém, aparece a luta como um meio de estimular a saúde e a força de resistência na espécie, e, por isso mesmo, um incentivo ao seu aperfeiçoamento. Se o processo fosse outro, cessaria todo progresso na continuação e na elevação da espécie, sobrevindo mais facilmente o contrário. Dado o fato de que o elemento de menor valor sobrepuja sempre o melhor na quantidade, mesmo que ambos possuam igual capacidade de conservar e reproduzir a vida, o elemento pior muito ,mais depressa se multiplicaria, ao ponto de forçar o melhor a passar para um plano secundário. Impõe-se, por conseguinte, uma correção em favor do melhor".

TEXTO 12:
"O progresso e a cultura da humanidade não são produto da maioria mas dependem da genialidade e da capacidade de ação dos indivíduos".

E, para finalizar, Pitágoras para os chorões: ((rs))

“Se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então cala-te”.


É isso!

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