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Finalmente, após um bom tempo tentando entender os ajustes que os evolucionistas teístas fizeram para conciliar sua crença com o materialismo darwinista, encontrei uma “luz” em “A Linguagem de Deus”, de Francis Collins. No capítulo 10, após alertar de que existem “muitas variáveis sutis da evolução teísta”, o diretor do Projeto Genoma sintetiza a versão típica do que seja o darwinismo teísta, nos seguintes pontos:
1. O universo surgiu do nada, há aproximadamente 14 bilhões de anos.
2. Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem ter sido ajustadas para a criação da vida.
3. Embora o mecanismo exato da origem da vida na Terra permaneça desconhecido, uma vez que a vida surgiu, o processo de evolução e de seleção natural permitiu o desenvolvimento da diversidade biológica e da complexidade durante espaços de tempo muito vastos.
4. Tão logo a evolução seguiu seu rumo, não foi necessária nenhuma intervenção sobrenatural.
5. Os humanos fazem parte desse processo, partilhando um ancestral comum com os grandes símios.
6. Entretanto, os humanos são exclusivos em características que desafiam a explicação evolucionária e indicam nossa natureza espiritual. Isso inclui a existência da Lei Moral (o conhecimento do certo e do errado) e a busca por Deus, que caracterizam todas as culturas humanas.
De acordo com Collins:
“Se alguém aceita esses seis princípios, percebe que surge uma síntese completamente aceitável, que satisfaz intelectualmente e tem consistência lógica: Deus, que não se limita ao tempo e ao espaço, criou o universo e estabeleceu leis naturais que o regem. Para povoar este universo antes estéril com criaturas vivas, Deus escolheu o mecanismo distinto da evolução para criar micróbios, plantas e animais de todos os tipos. O mais extraordinário é que ele escolheu, propositadamente, o mesmo mecanismo para originar criaturas especiais que teriam inteligência, conhecimento de certo e errado, livre-arbítrio e desejo de afinidade com Ele. Deus também sabia que esses seres, ao fim, optariam por desobedecer à Lei Moral” (p. 206, 207).
Será que tais pontos podem realmente ser harmonizados com à fé cristã? Vejamos...
“Se alguém aceita esses seis princípios, percebe que surge uma síntese completamente aceitável, que satisfaz intelectualmente e tem consistência lógica: Deus, que não se limita ao tempo e ao espaço, criou o universo e estabeleceu leis naturais que o regem. Para povoar este universo antes estéril com criaturas vivas, Deus escolheu o mecanismo distinto da evolução para criar micróbios, plantas e animais de todos os tipos. O mais extraordinário é que ele escolheu, propositadamente, o mesmo mecanismo para originar criaturas especiais que teriam inteligência, conhecimento de certo e errado, livre-arbítrio e desejo de afinidade com Ele. Deus também sabia que esses seres, ao fim, optariam por desobedecer à Lei Moral” (p. 206, 207).
Será que tais pontos podem realmente ser harmonizados com à fé cristã? Vejamos...
O universo surgiu do nada, há aproximadamente 14 bilhões de anos.
Obviamente Collins está se referindo ao fantasmagórico Big Bang, que, segundo cálculos não menos fantasmagóricos, teria acontecido a aproximadamente 14 bilhões de anos.
Seu primeiro ponto, portanto, já começa falho, uma vez que se trata de um evento totalmente controvertido e desprovido de comprovações factuais. É, por conseguinte, tão (ou mais) religioso quanto à crença no Sobrenatural!
Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem ter sido ajustadas para a criação da vida.
Observe isto: “Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem...”
Parece que Collins está tentando “forçar à barra” para ajustar o teísmo ao ditames do darwinismo. Ou seja: mesmo apenas “parecendo”, para Collins não deixa de ter sido um fato!
Embora o mecanismo exato da origem da vida na Terra permaneça desconhecido, uma vez que a vida surgiu, o processo de evolução e de seleção natural permitiu o desenvolvimento da diversidade biológica e da complexidade durante espaços de tempo muito vastos.
Sucedeu “apesar das improbabilidades incomensuráveis”. Em outras palavras: a vida surgiu desta forma apesar da probabilidade disto ter acontecido assim ser incomensurável, isto é: sem medida comum com outra grandeza. Ou seja: cai na crença da mesma forma!
Mas:
Quando, a partir do suposto processo evolutivo, a seleção natural passou a atuar?
Qual (ou quais) espécie inicialmente passou a transmitir características favoráveis, segundo os critérios da seleção natural?
Obviamente Collins está se referindo ao fantasmagórico Big Bang, que, segundo cálculos não menos fantasmagóricos, teria acontecido a aproximadamente 14 bilhões de anos.
Seu primeiro ponto, portanto, já começa falho, uma vez que se trata de um evento totalmente controvertido e desprovido de comprovações factuais. É, por conseguinte, tão (ou mais) religioso quanto à crença no Sobrenatural!
Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem ter sido ajustadas para a criação da vida.
Observe isto: “Apesar das improbabilidades incomensuráveis, as propriedades do universo parecem...”
Parece que Collins está tentando “forçar à barra” para ajustar o teísmo ao ditames do darwinismo. Ou seja: mesmo apenas “parecendo”, para Collins não deixa de ter sido um fato!
Embora o mecanismo exato da origem da vida na Terra permaneça desconhecido, uma vez que a vida surgiu, o processo de evolução e de seleção natural permitiu o desenvolvimento da diversidade biológica e da complexidade durante espaços de tempo muito vastos.
Sucedeu “apesar das improbabilidades incomensuráveis”. Em outras palavras: a vida surgiu desta forma apesar da probabilidade disto ter acontecido assim ser incomensurável, isto é: sem medida comum com outra grandeza. Ou seja: cai na crença da mesma forma!
Mas:
Quando, a partir do suposto processo evolutivo, a seleção natural passou a atuar?
Qual (ou quais) espécie inicialmente passou a transmitir características favoráveis, segundo os critérios da seleção natural?
Tão logo a evolução seguiu seu rumo, não foi necessária nenhuma intervenção sobrenatural.
Hum?
E onde esteve Deus durante todo este processo? O que ele realmente fez para ser considerado Deus? Assistiu tudo como um mero espectador?
Não foi necessária nenhuma intervenção sobrenatural.
Ou seja: o Acaso fez o papel de Deus. E, mais adiante, a seleção natural entra em cena como atriz coadjuvante no processo evolutivo. Logo em seguida, as mutações, e assim ficamos no aguardo de “novos atores” para o imenso palco evolucionista! ((rs))
Hum?
E onde esteve Deus durante todo este processo? O que ele realmente fez para ser considerado Deus? Assistiu tudo como um mero espectador?
Não foi necessária nenhuma intervenção sobrenatural.
Ou seja: o Acaso fez o papel de Deus. E, mais adiante, a seleção natural entra em cena como atriz coadjuvante no processo evolutivo. Logo em seguida, as mutações, e assim ficamos no aguardo de “novos atores” para o imenso palco evolucionista! ((rs))
Os humanos fazem parte desse processo, partilhando um ancestral comum com os grandes símios.
Aqui cabe as pertinentes indagações de Oswaldo Penna:
“Por mais que tenha a evolução durado milhares, milhões, bilhões de anos para deixar funcionar as leis estatísticas, podemos filosoficamente admitir que, pelo mero jogo do acaso das mutações genéticas, selecionadas durante 20 ou 30 milhões de anos na luta pela vida dos primatas, um chimpanzé evoluído seria capaz de pronunciar o “Sermão da Montanha” ?
Ou um gorila de dialogar com Platão sobre A república, ou um orangotango de pintar a Capela Sistina?
Ou mesmo outro macaco, com a mesma cara simiesca de Emanuel Kant, tenha sentido a necessidade inflexível de elaborar a Crítica da razão pura?
Repito, pode o acaso explicar por que tenha um dia um outro macaco, de nome Shakespeare, nascido, crescido e sentido a urgência indeclinável de escrever Hamlet?
Repito, pode a loteria explicar a Nona Sinfonia de Beethoven?
Pode ela “dar” a teoria da relatividade, ainda que tenha o próprio Einstein acentuado seja pouco provável que Deus jogue dados com o universo? (...)
Em suma, seria realmente válida a teoria ortodoxa neodarwinista moderna ao propor que, pela seleção natural, o acaso conduz necessariamente ao progresso do ameba primitivo ao Homo sapiens, e do Homo sapiens a gênios como Platão, Shakespeare, Kant, Beethoven, Einstein ou Neumann?
Configurar-se-ia um gigantesco acaso se isso assim exatamente acontecesse...”
(Penna, 2006. p. 89, 90).
Aqui cabe as pertinentes indagações de Oswaldo Penna:
“Por mais que tenha a evolução durado milhares, milhões, bilhões de anos para deixar funcionar as leis estatísticas, podemos filosoficamente admitir que, pelo mero jogo do acaso das mutações genéticas, selecionadas durante 20 ou 30 milhões de anos na luta pela vida dos primatas, um chimpanzé evoluído seria capaz de pronunciar o “Sermão da Montanha” ?
Ou um gorila de dialogar com Platão sobre A república, ou um orangotango de pintar a Capela Sistina?
Ou mesmo outro macaco, com a mesma cara simiesca de Emanuel Kant, tenha sentido a necessidade inflexível de elaborar a Crítica da razão pura?
Repito, pode o acaso explicar por que tenha um dia um outro macaco, de nome Shakespeare, nascido, crescido e sentido a urgência indeclinável de escrever Hamlet?
Repito, pode a loteria explicar a Nona Sinfonia de Beethoven?
Pode ela “dar” a teoria da relatividade, ainda que tenha o próprio Einstein acentuado seja pouco provável que Deus jogue dados com o universo? (...)
Em suma, seria realmente válida a teoria ortodoxa neodarwinista moderna ao propor que, pela seleção natural, o acaso conduz necessariamente ao progresso do ameba primitivo ao Homo sapiens, e do Homo sapiens a gênios como Platão, Shakespeare, Kant, Beethoven, Einstein ou Neumann?
Configurar-se-ia um gigantesco acaso se isso assim exatamente acontecesse...”
(Penna, 2006. p. 89, 90).
Entretanto, os humanos são exclusivos em características que desafiam a explicação evolucionária e indicam nossa natureza espiritual. Isso inclui a existência da Lei Moral (o conhecimento do certo e do errado) e a busca por Deus, que caracterizam todas as culturas humanas.
Como os humanos, após bilhões de anos de evolução, conseguiu herdar esta natureza divina? E, quais as possibilidades de outra espécie ter em si tal atributo? Por que, dentro desta lógica evolutiva, o ser humano foi o único privilegiado? Por que os símios, que também são supostamente parte do processo evolutivo, não fazem suas orações e seguem regras morais específicas? Esta espiritualidade teria sido também fruto da seleção natural, mediante a sobrevivência do mais apto?
Resumindo, a visão de Collins:
Coisas não-vivas fizeram surgir organismos vivos;
A geração espontânea aconteceu uma vez;
Os vírus, as bactérias, as plantas e todos os animais estão inter-relacionados entre si.
Em suma:
"É a lógica do criolo doido!" ((rs))
É isso!
Como os humanos, após bilhões de anos de evolução, conseguiu herdar esta natureza divina? E, quais as possibilidades de outra espécie ter em si tal atributo? Por que, dentro desta lógica evolutiva, o ser humano foi o único privilegiado? Por que os símios, que também são supostamente parte do processo evolutivo, não fazem suas orações e seguem regras morais específicas? Esta espiritualidade teria sido também fruto da seleção natural, mediante a sobrevivência do mais apto?
Resumindo, a visão de Collins:
Coisas não-vivas fizeram surgir organismos vivos;
A geração espontânea aconteceu uma vez;
Os vírus, as bactérias, as plantas e todos os animais estão inter-relacionados entre si.
Em suma:
"É a lógica do criolo doido!" ((rs))
É isso!
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