domingo, 12 de julho de 2009

O darwinismo como fenômeno religioso

Membro: IBA MENDES
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“Se eu estou correto, isso significa que mesmo que não exista qualquer prova factual para a teoria de Darwin, é certamente justificável aceitá-la acima de todas as outras teorias”.

Richard Dawkins – em “The Blind Watchmaker”.


Faz sentido relacionar o darwinismo à religião? Em que aspecto é possível fazer esta relação?

Sim, é perfeitamente possível fazer esta relação, pelo menos em alguns aspectos.

- Isso só pode ser idéia de fundamentalistas, diriam os darwinistas mais exaltados! - Sim, afinal é de praxe às religiões a existência de rituais, fé, crença num ser superior e dogmas. E no darwinismo não há espaço para tais cousas!

Será mesmo?

Bem, vamos por partes:

RITUAIS
É sabido que os rituais nas religiões nem sempre surgem com elas. Na maioria dos casos sempre aparecem depois de elas estabelecidas. No início criam-se os dogmas, as crenças, as doutrinas e, em muitos casos, um livro sagrado. Só depois disso elaborado é que vem o conjunto de formalidades que deverão ser observadas pelos fiéis.

Um BOA PARTE do darwinismo já está despontando como religião. Embora ainda não faça uso de cerimônias ou cultos, já tem seu livro “sagrado”: “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin!

Fé! Em quê?

Randy L. Wysong responde:

”Fé nas proteínas-L (levo-moléculas) que desafiam a formação por acaso;

fé na formação de códigos de DNA que, se fossem gerados espontaneamente, iriam resultar apenas em pandemônio;

fé num ambiente primitivo que na realidade iria devorar ferozmente quaisquer precursores químicos da vida;

fé em experiências (sobre a origem da vida) que nada provam senão a necessidade de uma inteligência no princípio;

fé num oceano primitivo que não tornasse mais espessos, mas diluísse irremediavelmente os produtos químicos;

fé nas leis naturais, inclusive as leis da termodinâmica e biogênese que na verdade negam a possibilidade da geração espontânea da vida;

fé em revelações científicas futuras que, quando compreendidas, sempre parecem apresentar mais dilemas para os evolucionistas;

fé nas probabilidades que contam traiçoeiramente duas histórias, uma negando a evolução, a outra confirmando o Criador;

fé em transformações que permanecem fixas;

fé nas mutações e na seleção natural que não passam de uma dupla negativa da evolução;

fé nos fósseis que embaraçosamente revelam fixação no tempo, e ausência regular de formas de transição;

fé num tempo que só promove a degradação na ausência de uma mente;

e fé no reducionismo que acaba por reduzir os argumentos materialistas a zero e reforçar a necessidade de invocar um Criador sobrenatural.

Ele completa:

”A religião evolucionista é consistentemente inconsistente. Os cientistas se apóiam sobre a ordem racional do Universo para as suas realizações, todavia, os evolucionistas nos dizem que o Universo racional teve um início irracional do nada. Devido à falta de conhecimento sobre os mecanismos e estruturas, a ciência não pode sequer criar um simples graveto. Todavia, a religião evolucionista fala com ousado dogmatismo sobre a origem da vida”.

Fonte:
Cit. em “The Facts on Creation vs. Evolution”, por John Ankerberg e John Weldon.

SER SUPERIOR
Em “The Creation Evolution Controversy”, o mesmo Randy L. Wysong observa com acerto:

“A evolução pode ser considerada como uma espécie de religião mágica. A magia é simplesmente um efeito sem causa, ou pelo menos sem uma causa competente. “Acaso”, “tempo”, e “natureza” são os pequenos deuses mantidos nos templos evolucionistas. Esses deuses não podem, porém, explicar a origem da vida. Eles são impotentes. Desse modo, a evolução fica sem uma causa eficaz e é, portanto, apenas uma explicação mágica para a existência da vida...”

Apropriada é igualmente esta declaração de L.H. Matthews:

"O fato de que a evolução é a espinha dorsal da Biologia e que a Biologia está então na posição particular de uma ciência fundamentada numa teoria não comprovada, - é ela então uma ciência ou uma fé? Crer na evolução é então o paralelo exato do crer numa especial criação - ambos são conceitos cujos crentes crêem como verdade, mas que nem um nem outros, até o presente, foi capaz de provar".

Fonte:
L.H. Matthews, Introdução para a "The Origin of Species", de Charles Darwin, Dent and Sons, London, 1971,p. XI, apud Duane T. Gish, "Evolution: the Challenge of the Fossil Record, Creation-Life Publishers, El Cajon, 7a. ed. 1992,p. 15.

Em geral nas religiões sempre existe a figura de um líder iluminado ou profeta a quem se deve prestar honra ou veneração. O equivalente no darwinismo seria Charles Darwin, a quem jamais se deve questionar! Só os fundamentalistas infiéis (ou como diria Dawkins: ignorantes, estúpidos ou insanos) é que ousam duvidar de seus "santos" desígnios!

Numa comunidade aqui do Orkut dedicada a este “santo” evolucionista, no tópico Defina Charles Darwin com apenas uma palavra, encontrei, entre outras, as seguintes definições para ele:

Deus, Destruidor-de-Religiões, gênio, mestre, iconoclasta, perfeito, incrível, messias, divino, arcanjo, incomparável, herói, soberano, sensacional etc. etc. etc.

A quem tem curiosidade, vai aqui o link em que seus fiéis lhes presta a honra devida:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=421848&tid=2532876292624667973&na=1&nst=1

DOGMAS
Ao converter suas hipóteses em dogmas, o darwinismo deu um enorme salto rumo ao metafísico, transcendente, religioso... E, para isso, há toda uma concentração de esforços.

O geneticista Gabriel Dover, da Universidade de Leicester, referindo-se a Richard Dawkins, por exemplo, um dos mais “religiosos” darwinistas, fez estas pertinentes considerações:

“Dawkins chega perigosamente perto, em sua busca por respeitabilidade científica para sua crença no Darwinismo Universal, de colocar a seleção natural do lado de Deus. Ela não é mais uma teoria científica que necessita de rigores habituais da prova e da refutação, mas um conjunto de crenças”.

A existência de tais dogmas manifesta-se através, por exemplo, da intolerância aos que ousam questionar o “santo credo darwinista".

A forma impositiva e autoritária como tentam impor goela a dentro conceitos sem nenhuma sustentação científica, faz transparecer em seu bojo aspectos visivelmente dogmáticos, o que se confirma na intolerância contra aqueles que ousam duvidar de seus ditames. Uma espécie de “inquisição” às avessas! Basta observarmos os inúmeros exemplos de bons universitários que não lograram êxito em suas vidas profissionais por professarem a crença num Criador, sendo por isso boicotados.


Por tudo isso, não vejo como exagero acoplar UMA PARTE do darwinismo no contexto religioso. Tal fato está escancarado. O Orkut é um bom exemplo disso.

E que rezem os darwinistas:

“Bem-aventurados os que lêem e escutam as palavras de Darwin; bem-aventurados os que crêem em suas teses e que acreditam piamente em suas doutrinas divulgadas em revistas científicas, patrocinadas por fundações, premiadas e honradas em eciclopédias, livros didáticos e imprensa!"


É isso!


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