Membro: IBA MENDES
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“Se este livro funcionar do modo como pretendo, os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o terminarem.” (p. 23)____
Decidi aceitar o desafio de Dawkins!
Desarmado de conceitos ou opiniões antecipados iniciarei - homeopaticamente - a leitura de "Deus, um delírio”. Aqui deixarei minhas impressões.
Verei até que ponto os “argumentos contundentes e muito bem embasados para questionar a tese do design inteligente e a própria existência de Deus” são capazes de persuadir um “fundamentalista religioso”!
Já passei tranquilamente por Nietzsche, que proclamou “a morte de deus”. Deglutir “O Anticristo”. Sorvei “Assis falou Zaratustra”. Não virei ateu!
Ingerir sem muito esforço a Diderot. Não abandonei minha fé!
Será que “sobreviverei” a Dawkins?
Vamos ver...
Quem já leu o ateu Nietzsche, com seu estilo audacioso e linguagem cheia de cores, talvez desista de Dawkins já no início do seu “Delírio”. Bom, mas talvez Dawkins não tenha lido Nietzsche. É sempre bom dá-lhe um desconto!
Todos conhecem a profundidade de um pires! Pois é...
“E nunca me canso de chamar a atenção para a aceitação tácita, por parte da sociedade, da rotulação de crianças pequenas com as opiniões religiosas de seus pais. Os ateus precisam se conscientizar da anomalia: a opinião religiosa é o tipo de opinião dos pais que — por consenso quase universal — pode ser colada em crianças que, na verdade, são pequenas demais para saber qual é sua opinião. Não existe criança cristã: só filhos de pais cristãos. Use todas as oportunidades para marcar essa posição” (p. 12, 13).
O indiozinho não é índio, é apenas uma criança. O filho de cigano não é cigano, é apenas uma criança. Sim, porque se seus pais não fossem índios e ciganos, elas não receberiam os “rótulos” de índios e ciganos. Talvez fossem ateus ou pequenos dawkinsianos, mas índios e ciganos, jamais!
Tenho uma filha de 11 anos que, embora o pai e a mãe não freqüentem igrejas, sente uma enorme alegria em participar com seus amiguinhos de cânticos e danças sacras numa determinada denominação cristã!
O que seria, neste caso, mais proveitoso?
Incentivá-la a continuar dançando ao ritmo de “Jesus Alegria dos homens” (de Bach) ou estimulá-la desde pequena a ler pequenas porções literárias de Dawkins?
Todos conhecem a profundidade de um pires! Pois é...
“E nunca me canso de chamar a atenção para a aceitação tácita, por parte da sociedade, da rotulação de crianças pequenas com as opiniões religiosas de seus pais. Os ateus precisam se conscientizar da anomalia: a opinião religiosa é o tipo de opinião dos pais que — por consenso quase universal — pode ser colada em crianças que, na verdade, são pequenas demais para saber qual é sua opinião. Não existe criança cristã: só filhos de pais cristãos. Use todas as oportunidades para marcar essa posição” (p. 12, 13).
O indiozinho não é índio, é apenas uma criança. O filho de cigano não é cigano, é apenas uma criança. Sim, porque se seus pais não fossem índios e ciganos, elas não receberiam os “rótulos” de índios e ciganos. Talvez fossem ateus ou pequenos dawkinsianos, mas índios e ciganos, jamais!
Tenho uma filha de 11 anos que, embora o pai e a mãe não freqüentem igrejas, sente uma enorme alegria em participar com seus amiguinhos de cânticos e danças sacras numa determinada denominação cristã!
O que seria, neste caso, mais proveitoso?
Incentivá-la a continuar dançando ao ritmo de “Jesus Alegria dos homens” (de Bach) ou estimulá-la desde pequena a ler pequenas porções literárias de Dawkins?
Para Dawkins há apenas duas alternativas aos pais católicos que têm filhos pequenos e que gostam de freqüentar os templos nos fins de semana: ou desiste de ir à missa, por exemplo, ou deixa seu filhinho de 5 anos em casa sozinho, quem sabe aprendendo soletrar D-A-W-K-I-N-S!
Sim, porque levá-la à igreja seria uma violência “comparável até ao abuso sexual” (sic).
A profundidade dos argumentos dawkinsianos nos levam a ponderar seriamente sobre a possibilidade de deixemos à mercê dos nossos pequeninos o direito de escolherem, quando enfermos, o remédio que quiserem tomar, a roupa que quiserem vestir, a escola que quiserem freqüentar etc.
A par disto, deveriam os pais católicos, estando com seus filhos, evitar benzerem-se ao passar frente a um templo, a fim de “preservar” o sacrossanto direito de escolha de seus filhos?
Devem os religiosos transformar suas orações em rituais secretos, distantes dos filhos, a fim de que estes não sejam “contaminados” por “maléficos” ritos religiosos?
Vamos supor que um pai religioso proíba o seu filho de imitar seus gestos religiosos, em benefício de sua futura capacidade de escolha. Qual será a possibilidade desta criança em imitá-lo mesmo em face à proibição? Todos conhecem o jargão popular que diz que “o fruto proibido é mais apetecido!”
E vamos aos pires...
Sim, porque levá-la à igreja seria uma violência “comparável até ao abuso sexual” (sic).
A profundidade dos argumentos dawkinsianos nos levam a ponderar seriamente sobre a possibilidade de deixemos à mercê dos nossos pequeninos o direito de escolherem, quando enfermos, o remédio que quiserem tomar, a roupa que quiserem vestir, a escola que quiserem freqüentar etc.
A par disto, deveriam os pais católicos, estando com seus filhos, evitar benzerem-se ao passar frente a um templo, a fim de “preservar” o sacrossanto direito de escolha de seus filhos?
Devem os religiosos transformar suas orações em rituais secretos, distantes dos filhos, a fim de que estes não sejam “contaminados” por “maléficos” ritos religiosos?
Vamos supor que um pai religioso proíba o seu filho de imitar seus gestos religiosos, em benefício de sua futura capacidade de escolha. Qual será a possibilidade desta criança em imitá-lo mesmo em face à proibição? Todos conhecem o jargão popular que diz que “o fruto proibido é mais apetecido!”
E vamos aos pires...
Fazendo uso de uma retórica bastante encontradiça em discursos, que consiste em apresentar os argumentos contrários e, em seguida, refutá-los, Dawkins procura transmitir a falsa impressão de que tais argumentos poucos dizem acerca da realidade dos fatos.
Mas, será isso mesmo?
Vejamos alguns pontos extraídos de resenhas, que, segundo Dawkins, são os mais negativos contra sua obra. Comecemos por este:
VOCÊ É TÃO FUNDAMENTALISTA QUANTO AQUELES QUE CRITICA.
- Quem, eu? Indagaria Dawkins!
- “Não, por favor, é fácil demais confundir uma paixão capaz de mudar de opinião com fundamentalismo, coisa que nunca farei ” (p. 13).
- Oh, sim! Eu não tenho o perfil fundamentalista de Kurt Wise. Eu posso naturalmente mudar de opinião. Posso até aceitar críticas ao meu estimado e idolatrado darwinismo!
Mas, pode mesmo?
Bem. Façamos uma comparação:
KURT WISE:
"...se todas as evidências do universo se voltarem contra o criacionismo, serei o primeiro a admiti-las, mas continuarei sendo criacionista, porque é isso que a Palavra de Deus parece indicar " (citado por Dawkins).
RICHARD DAWKINS:
“Se eu estou correto, isso significa que mesmo que não exista qualquer prova factual para a teoria de Darwin, é certamente justificável aceitá-la acima de todas as outras teorias” (“The Blind Watchmaker”, p. 337).
Opa! Parece que Dawkins anda esquecendo aquilo que escreve!
Ou seja, qualquer semelhança entre DAWKINS, um ATOR e um HIPÓCRITA a etimologia grega explica!
Sim, porque quem conhece ainda que superficialmente a postura militante pró-ateísmo de Dawkins, dificilmente acreditará nesta sua manifestação de fingidas virtudes.
Bom, mas dizem que Lênin, ao sentir a chegada da “indesejada das gentes”, exclamou: “Cometi um grande erro. A sensação de viver perdido num oceano de sangue derramado por inumeráveis vítimas, persegue-me!”
Mas, será isso mesmo?
Vejamos alguns pontos extraídos de resenhas, que, segundo Dawkins, são os mais negativos contra sua obra. Comecemos por este:
VOCÊ É TÃO FUNDAMENTALISTA QUANTO AQUELES QUE CRITICA.
- Quem, eu? Indagaria Dawkins!
- “Não, por favor, é fácil demais confundir uma paixão capaz de mudar de opinião com fundamentalismo, coisa que nunca farei ” (p. 13).
- Oh, sim! Eu não tenho o perfil fundamentalista de Kurt Wise. Eu posso naturalmente mudar de opinião. Posso até aceitar críticas ao meu estimado e idolatrado darwinismo!
Mas, pode mesmo?
Bem. Façamos uma comparação:
KURT WISE:
"...se todas as evidências do universo se voltarem contra o criacionismo, serei o primeiro a admiti-las, mas continuarei sendo criacionista, porque é isso que a Palavra de Deus parece indicar " (citado por Dawkins).
RICHARD DAWKINS:
“Se eu estou correto, isso significa que mesmo que não exista qualquer prova factual para a teoria de Darwin, é certamente justificável aceitá-la acima de todas as outras teorias” (“The Blind Watchmaker”, p. 337).
Opa! Parece que Dawkins anda esquecendo aquilo que escreve!
Ou seja, qualquer semelhança entre DAWKINS, um ATOR e um HIPÓCRITA a etimologia grega explica!
Sim, porque quem conhece ainda que superficialmente a postura militante pró-ateísmo de Dawkins, dificilmente acreditará nesta sua manifestação de fingidas virtudes.
Bom, mas dizem que Lênin, ao sentir a chegada da “indesejada das gentes”, exclamou: “Cometi um grande erro. A sensação de viver perdido num oceano de sangue derramado por inumeráveis vítimas, persegue-me!”
Dawkins então continua...
“Cristãos fundamentalistas são apaixonadamente contra a evolução, e eu sou apaixonadamente a favor dela. Paixão por paixão, estamos no mesmo nível. E isso, para algumas pessoas, significa que somos igualmente fundamentalistas” (p. 13).
Se o texto se finalizasse por aqui, estaríamos, eu diria, diante de um fato inusitado, digno de uns bons encômios ao Dawkins. Todavia, porém, contudo...
”Mas, parafraseando um aforismo cuja fonte eu não saberia precisar, quando dois pontos de vista contrários são manifestados com a mesma força, a verdade não está necessariamente no meio dos dois. É possível que um dos lados esteja simplesmente errado. E isso justifica a paixão do outro lado. Os fundamentalistas sabem no que acreditam e sabem que nada vai mudar isso” (p. 13).
Aqui ele descreve com exímia maestria a sua própria postura diante daquilo que o conduz!
É quando ele faz menção de Kurt Wise, acrescentando:
”A diferença entre esse tipo de compromisso apaixonado com os fundamentos bíblicos e o compromisso igualmente apaixonado de um verdadeiro cientista com as evidências é tão grande que é impossível exagerá-la. O fundamentalista Kurt Wise declara que todas as evidências do universo não o fariam mudar de opinião. O verdadeiro cientista, por mais apaixonadamente que "acredite" na evolução, sabe exatamente o que é necessário para fazê-lo mudar de opinião: evidências”.
Sinceramente eu não entendo como certas pessoas são incapazes de vislumbrar a tamanha impostura de Richard Dawkins!
Sim, porque uma pessoa a qual, na ânsia por respeitabilidade científica para sua crença no Darwinismo Universal, chega a colocar a seleção natural na mesma posição de uma divindade, sinceramente só pode estar de pilhéria!
“Cristãos fundamentalistas são apaixonadamente contra a evolução, e eu sou apaixonadamente a favor dela. Paixão por paixão, estamos no mesmo nível. E isso, para algumas pessoas, significa que somos igualmente fundamentalistas” (p. 13).
Se o texto se finalizasse por aqui, estaríamos, eu diria, diante de um fato inusitado, digno de uns bons encômios ao Dawkins. Todavia, porém, contudo...
”Mas, parafraseando um aforismo cuja fonte eu não saberia precisar, quando dois pontos de vista contrários são manifestados com a mesma força, a verdade não está necessariamente no meio dos dois. É possível que um dos lados esteja simplesmente errado. E isso justifica a paixão do outro lado. Os fundamentalistas sabem no que acreditam e sabem que nada vai mudar isso” (p. 13).
Aqui ele descreve com exímia maestria a sua própria postura diante daquilo que o conduz!
É quando ele faz menção de Kurt Wise, acrescentando:
”A diferença entre esse tipo de compromisso apaixonado com os fundamentos bíblicos e o compromisso igualmente apaixonado de um verdadeiro cientista com as evidências é tão grande que é impossível exagerá-la. O fundamentalista Kurt Wise declara que todas as evidências do universo não o fariam mudar de opinião. O verdadeiro cientista, por mais apaixonadamente que "acredite" na evolução, sabe exatamente o que é necessário para fazê-lo mudar de opinião: evidências”.
Sinceramente eu não entendo como certas pessoas são incapazes de vislumbrar a tamanha impostura de Richard Dawkins!
Sim, porque uma pessoa a qual, na ânsia por respeitabilidade científica para sua crença no Darwinismo Universal, chega a colocar a seleção natural na mesma posição de uma divindade, sinceramente só pode estar de pilhéria!
Vai aqui mais um outro argumento que Dawkins tenta refutar:
VOCÊ SEMPRE ATACA O QUE HÁ DE PIOR NA RELIGIÃO E IGNORA O QUE HÁ DE MELHOR.
"Você persegue oportunistas grosseiros e incendiários como Ted Haggard, Jerry Falwell e Pat Robertson, em vez de teólogos sofisticados como Tillich ou Bonhoeffer, que ensinam o tipo de religião em que acredito."
Se o predomínio fosse só dessa espécie sutil e amena de religião, o mundo sem dúvida seria um lugar melhor, e eu teria escrito outro livro. A melancólica verdade é que esse tipo de religião decente e contido é numericamente irrelevante. Para a imensa maioria de fiéis no mundo todo, a religião parece-se muito com o que se ouve de gente como Robertson, Falwell ou Haggard, Osama bin Laden ou o aiatolá Khomeini. Não se trata de testas-de-ferro; são todos influentes demais e todo mundo hoje em dia tem de lidar com eles” (p.11).
Não tenho dúvida de que esta resposta de Dawkins faria muito sentido caso ele estivesse se referindo ao que a religião fez, por exemplo, durante a Idade Média. Todavia, afirmar que a boa religião de hoje “é numericamente irrelevante”, além de uma nítida demonstração de desonestidade, revela na mesma proporção uma jibóica falta de conhecimento acerca da realidade!
VOCÊ SEMPRE ATACA O QUE HÁ DE PIOR NA RELIGIÃO E IGNORA O QUE HÁ DE MELHOR.
"Você persegue oportunistas grosseiros e incendiários como Ted Haggard, Jerry Falwell e Pat Robertson, em vez de teólogos sofisticados como Tillich ou Bonhoeffer, que ensinam o tipo de religião em que acredito."
Se o predomínio fosse só dessa espécie sutil e amena de religião, o mundo sem dúvida seria um lugar melhor, e eu teria escrito outro livro. A melancólica verdade é que esse tipo de religião decente e contido é numericamente irrelevante. Para a imensa maioria de fiéis no mundo todo, a religião parece-se muito com o que se ouve de gente como Robertson, Falwell ou Haggard, Osama bin Laden ou o aiatolá Khomeini. Não se trata de testas-de-ferro; são todos influentes demais e todo mundo hoje em dia tem de lidar com eles” (p.11).
Não tenho dúvida de que esta resposta de Dawkins faria muito sentido caso ele estivesse se referindo ao que a religião fez, por exemplo, durante a Idade Média. Todavia, afirmar que a boa religião de hoje “é numericamente irrelevante”, além de uma nítida demonstração de desonestidade, revela na mesma proporção uma jibóica falta de conhecimento acerca da realidade!
Mas é claro! Dawkins está apenas preocupado em provar que a religião é má. Daí as constantes referências a exemplos do tipo jihadistas. Obviamente não se pode esperar honestidade de alguém que "ingenuamente" foi capaz de escrever que b]“não acredita que haja um ateu no mundo que demoliria Meca — ou Chartres, a York Minster ou Notre Dame, o Shwedagon, os templos de Kyoto ou, claro, os Budas de Bamiyan” (p. 259).
Não precisamos fazer muito esforço para refutar tamanha bizarrice: basta uma rápida pesquisa aqui mesmo no Orkut. Vejamos o que exige uma de suas fãs:
"Pela destruição imediata de monumentos religiosos
É um absurdo que, sendo o nosso Estado "laico", o contribuinte tenha que custear a manutenção de lixos como o Cristo Redentor, a Estátua do Pe. Cícero, as igrejolas "históricas" mineiras e baianas, a Catedral da Sé, a igrejona de Aparecida etc. Devemos exigir a imediata destruição de todos eles. O Estado não pode continuar custeando esse absurdo e deixar outros milhões e milhões de brasileiros morrerem de fome!!!!"
Comunidade: Richard Dawkins Fans
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=25575&tid=2556892057509083437
Não precisamos fazer muito esforço para refutar tamanha bizarrice: basta uma rápida pesquisa aqui mesmo no Orkut. Vejamos o que exige uma de suas fãs:
"Pela destruição imediata de monumentos religiosos
É um absurdo que, sendo o nosso Estado "laico", o contribuinte tenha que custear a manutenção de lixos como o Cristo Redentor, a Estátua do Pe. Cícero, as igrejolas "históricas" mineiras e baianas, a Catedral da Sé, a igrejona de Aparecida etc. Devemos exigir a imediata destruição de todos eles. O Estado não pode continuar custeando esse absurdo e deixar outros milhões e milhões de brasileiros morrerem de fome!!!!"
Comunidade: Richard Dawkins Fans
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=
Ademais, parece que Dawkins sofre de uma amnésia profunda. Sim, porque ignorar o que fizeram os ateus Hitler, Stalin, Pol Pot entre outros, os quais foram responsáveis pelo extermínio de mais de 100 milhões de pessoas!
É o confirma John Koster, em “The Atheist Syndrome”:
“Hitler e Stalin assassinaram mais vítimas inocentes do que as que morreram em todas as guerras religiosas na história da humanidade. Eles não assassinaram essas vítimas enganados pela idéia de salvar as suas almas ou punir os seus pecados, mas por serem competidores na questão do alimento e obstáculos ao “progresso evolutivo”.
Muitos humanitários, cristãos, judeus, ou agnósticos compreenderam a relação entre as idéias de Nietzsche e as equipes de assassinato em massa e os crematórios de Hitler. Poucos, porém, voltaram um passo atrás fazendo a ligação com Darwin, o “cientista” que inspirou diretamente a teoria do super-homem de Nietzsche e o corolário nazista de que alguns indivíduos são subumanos. A evidência estava toda ali — o termo neodarwinismo foi usado abertamente para descrever as teorias raciais nazistas.
A expressão “seleção natural”, como aplicada a seres humanos, foi encontrada na Conferência de Wannsee no principal documento do Holocausto...
Podemos ver os eventos na Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin como uma coleção sem sentido de atrocidades que tiveram lugar porque os alemães e os russos são pessoas perversas, nada parecidas conosco. Ou podemos compreender que a imposição das teorias de Huxley e Darwin, de que a-vida-é-patológica, de depressão clínica disfarçada em ciência, desempenhou um papel crítico na era das atrocidades. E que isso nos sirva de aviso. As pessoas têm de aprender a deixar de pensar em seus semelhantes como se fossem máquinas e aprender a pensar neles homens e mulheres possuidores de uma alma...” (p.187-189.).
É o confirma John Koster, em “The Atheist Syndrome”:
“Hitler e Stalin assassinaram mais vítimas inocentes do que as que morreram em todas as guerras religiosas na história da humanidade. Eles não assassinaram essas vítimas enganados pela idéia de salvar as suas almas ou punir os seus pecados, mas por serem competidores na questão do alimento e obstáculos ao “progresso evolutivo”.
Muitos humanitários, cristãos, judeus, ou agnósticos compreenderam a relação entre as idéias de Nietzsche e as equipes de assassinato em massa e os crematórios de Hitler. Poucos, porém, voltaram um passo atrás fazendo a ligação com Darwin, o “cientista” que inspirou diretamente a teoria do super-homem de Nietzsche e o corolário nazista de que alguns indivíduos são subumanos. A evidência estava toda ali — o termo neodarwinismo foi usado abertamente para descrever as teorias raciais nazistas.
A expressão “seleção natural”, como aplicada a seres humanos, foi encontrada na Conferência de Wannsee no principal documento do Holocausto...
Podemos ver os eventos na Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin como uma coleção sem sentido de atrocidades que tiveram lugar porque os alemães e os russos são pessoas perversas, nada parecidas conosco. Ou podemos compreender que a imposição das teorias de Huxley e Darwin, de que a-vida-é-patológica, de depressão clínica disfarçada em ciência, desempenhou um papel crítico na era das atrocidades. E que isso nos sirva de aviso. As pessoas têm de aprender a deixar de pensar em seus semelhantes como se fossem máquinas e aprender a pensar neles homens e mulheres possuidores de uma alma...” (p.187-189.).
E, para finalizar, vão aqui estes pertinentes comentários de Alister McGrath, em “O Delírio de Dawkins”:
“A visão ingênua e pueril de Dawkins de que os ateus nunca cometem crimes em nome do ateísmo tropeça nas cruéis pedras da realidade. Um exemplo será suficiente. Em seu excelente estudo sobre Peter Tutea (1902-1991), intelectual e dissidente romeno de confissão cristã, o pesquisador de Oxford Alexandru Popescu documenta a degradação física e mental que Tutea sofreu devido à perseguição sistemática à religião na Romênia, ocorrida durante a era soviética e até a queda e execução de Nicolae Ceausescu.
Durante esse período, Tutea passou 13 anos como prisioneiro por crime de consciência e 28 anos em prisão domiciliar. Seu relato pessoal é muitíssimo elucidativo para os que desejam compreender o poder da fé religiosa para consolar e manter a identidade pessoal exatamente sob as formas de perseguição que Dawkins acredita não existir.
Dawkins nega o lado mais sombrio do ateísmo, o que o torna um crítico da religião menos que confiável. Possui uma fé fervorosa e inquestionável na bondade universal do ateísmo, que ele recusa sujeitar a um exame crítico.
Sim, existe muita coisa errada na religião contemporânea e muito a ser corrigido, mas o mesmo se aplica ao ateísmo, que precisa se sujeitar a um auto-exame, a um julgamento moral e intelectual que os sistemas religiosos estão dispostos a aplicar a si.
A verdade dos fatos é que os seres humanos são capazes tanto de violência quanto de excelência moral — e que ambos podem ser provocados por visões de mundo, religiosas ou não. Não se trata de uma constatação confortável, mas nos alerta para as faltas e os perigos de identificar qualquer grupo de pessoas como a fonte da violência e dos males da humanidade. Isso pode ajudar a criar um bode expiatório, mas nunca a fazer avançar a causa da civilização (p. 11,112).
“A visão ingênua e pueril de Dawkins de que os ateus nunca cometem crimes em nome do ateísmo tropeça nas cruéis pedras da realidade. Um exemplo será suficiente. Em seu excelente estudo sobre Peter Tutea (1902-1991), intelectual e dissidente romeno de confissão cristã, o pesquisador de Oxford Alexandru Popescu documenta a degradação física e mental que Tutea sofreu devido à perseguição sistemática à religião na Romênia, ocorrida durante a era soviética e até a queda e execução de Nicolae Ceausescu.
Durante esse período, Tutea passou 13 anos como prisioneiro por crime de consciência e 28 anos em prisão domiciliar. Seu relato pessoal é muitíssimo elucidativo para os que desejam compreender o poder da fé religiosa para consolar e manter a identidade pessoal exatamente sob as formas de perseguição que Dawkins acredita não existir.
Dawkins nega o lado mais sombrio do ateísmo, o que o torna um crítico da religião menos que confiável. Possui uma fé fervorosa e inquestionável na bondade universal do ateísmo, que ele recusa sujeitar a um exame crítico.
Sim, existe muita coisa errada na religião contemporânea e muito a ser corrigido, mas o mesmo se aplica ao ateísmo, que precisa se sujeitar a um auto-exame, a um julgamento moral e intelectual que os sistemas religiosos estão dispostos a aplicar a si.
A verdade dos fatos é que os seres humanos são capazes tanto de violência quanto de excelência moral — e que ambos podem ser provocados por visões de mundo, religiosas ou não. Não se trata de uma constatação confortável, mas nos alerta para as faltas e os perigos de identificar qualquer grupo de pessoas como a fonte da violência e dos males da humanidade. Isso pode ajudar a criar um bode expiatório, mas nunca a fazer avançar a causa da civilização (p. 11,112).
Este texto de Alister McGrath, citado anteriormente, reflete o que penso:,
"A verdade dos fatos é que os seres humanos são capazes tanto de violência quanto de excelência moral — e que ambos podem ser provocados por visões de mundo, religiosas ou não. Não se trata de uma constatação confortável, mas nos alerta para as faltas e os perigos de identificar qualquer grupo de pessoas como a fonte da violência e dos males da humanidade. Isso pode ajudar a criar um bode expiatório, mas nunca a fazer avançar a causa da civilização".
"A verdade dos fatos é que os seres humanos são capazes tanto de violência quanto de excelência moral — e que ambos podem ser provocados por visões de mundo, religiosas ou não. Não se trata de uma constatação confortável, mas nos alerta para as faltas e os perigos de identificar qualquer grupo de pessoas como a fonte da violência e dos males da humanidade. Isso pode ajudar a criar um bode expiatório, mas nunca a fazer avançar a causa da civilização".
Mais um outro argumento ao qual Dawkins tenta rebater:
SOU ATEU, MAS AS PESSOAS PRECISAM DA RELIGIÃO.
“É óbvio que há exceções, mas suspeito que para muitas pessoas o principal motivo de se agarrarem à religião não seja o fato de ela oferecer consolo, e sim o de elas terem sido iludidas por nosso sistema educacional e não se darem conta de que podem não acreditar. Decerto é assim para a maioria das pessoas que acham que são criacionistas. Simplesmente não ensinaram direito a elas a impressionante alternativa de Darwin” (p. 16)
Embora, ainda bem no início, eu, sinceramente esperava um pouco mais deste tão alardeado livro do ”mestre” Richard Dawkins! Às vezes seus argumentos beiram à infantilidade explícita; quando não isso, os demais fatalmente recaem sempre sobre a “única e majestosa” possibilidade que é o darwinismo.
Desta forma, o deslumbramento demonstrado por Darwin não parece ser em nada distinto daquele mostrado por um fiel e fervoroso religioso. Na verdade, a preocupação primordial de Dawkins não parece ser exatamente combater à religião, mas tornar o darwinismo mais ou tão influente quanto ela!
Na sua explícita ingenuidade (talvez proposital) ele chega ao ponto de acreditar que apenas criacionistas (fundamentalistas, obviamente) é que duvidam do seu darwinismo. E o mais dramático de tudo isso, é que seus fiéis e dedicados seguidores, tais quais ovelhas guiadas pelo pastor, deixam-se conduzir ao léu.
Porém, não acredito que seja pela força dos argumentos de Dawkins. Este apenas vem reforçar seus latentes sentimentos de revolta pela religião, normalmente mera consequencia de frustrações com a própria religião!
SOU ATEU, MAS AS PESSOAS PRECISAM DA RELIGIÃO.
“É óbvio que há exceções, mas suspeito que para muitas pessoas o principal motivo de se agarrarem à religião não seja o fato de ela oferecer consolo, e sim o de elas terem sido iludidas por nosso sistema educacional e não se darem conta de que podem não acreditar. Decerto é assim para a maioria das pessoas que acham que são criacionistas. Simplesmente não ensinaram direito a elas a impressionante alternativa de Darwin” (p. 16)
Embora, ainda bem no início, eu, sinceramente esperava um pouco mais deste tão alardeado livro do ”mestre” Richard Dawkins! Às vezes seus argumentos beiram à infantilidade explícita; quando não isso, os demais fatalmente recaem sempre sobre a “única e majestosa” possibilidade que é o darwinismo.
Desta forma, o deslumbramento demonstrado por Darwin não parece ser em nada distinto daquele mostrado por um fiel e fervoroso religioso. Na verdade, a preocupação primordial de Dawkins não parece ser exatamente combater à religião, mas tornar o darwinismo mais ou tão influente quanto ela!
Na sua explícita ingenuidade (talvez proposital) ele chega ao ponto de acreditar que apenas criacionistas (fundamentalistas, obviamente) é que duvidam do seu darwinismo. E o mais dramático de tudo isso, é que seus fiéis e dedicados seguidores, tais quais ovelhas guiadas pelo pastor, deixam-se conduzir ao léu.
Porém, não acredito que seja pela força dos argumentos de Dawkins. Este apenas vem reforçar seus latentes sentimentos de revolta pela religião, normalmente mera consequencia de frustrações com a própria religião!
”Prefiro dizer que acredito nas pessoas, e as pessoas, quando incentivadas a pensar por si sós sobre toda a informação disponível hoje em dia, com muita freqüência acabam não acreditando em Deus, e vivem uma vida realizada — uma vida livre de verdade” (p. 17).
A “inocência” de Dawkins estampa-se tal qual à luz em pleno meio-dia.
Enquanto as religiões pregam que o homem apenas será livre quando crer Deus, Dawkins, na contramão, substituindo paradigmas, conclui que, na verdade, o homem apenas conhecerá a liberdade quando parar de acreditar em Deus! Ele oferece uma troca, e nada mais do que isso!
Mas ele não a buscar esta utopia! Muitos, e com argumentos bem mais contundentes, vaticinaram da mesma forma o fim da religião, e o começo da “liberdade” sem Deus. Voltaire, Comte, Marx, Nietzsche e Freud entre outros, da mesma forma que Dawkins imaginavam que o “conhecimento” poria fim ao à perpetuação do religioso!
Certamente outros virão depois de Dawkins. Todavia, para o bem de alguns ou para o mal de outros, a realidade é, como disse o antropólogo Armando de Quatrefages, na 4ª parte de sua obra “A Espécie Humana”:
“Não o encontrei em lugar nenhum, a não ser no estado individual... O ateísmo só existe em estado errático. Tal o resultado de uma investigação que posso chamar conscienciosa, e que comecei muito antes de subir à cátedra de Antropologia”.
É isso!
A “inocência” de Dawkins estampa-se tal qual à luz em pleno meio-dia.
Enquanto as religiões pregam que o homem apenas será livre quando crer Deus, Dawkins, na contramão, substituindo paradigmas, conclui que, na verdade, o homem apenas conhecerá a liberdade quando parar de acreditar em Deus! Ele oferece uma troca, e nada mais do que isso!
Mas ele não a buscar esta utopia! Muitos, e com argumentos bem mais contundentes, vaticinaram da mesma forma o fim da religião, e o começo da “liberdade” sem Deus. Voltaire, Comte, Marx, Nietzsche e Freud entre outros, da mesma forma que Dawkins imaginavam que o “conhecimento” poria fim ao à perpetuação do religioso!
Certamente outros virão depois de Dawkins. Todavia, para o bem de alguns ou para o mal de outros, a realidade é, como disse o antropólogo Armando de Quatrefages, na 4ª parte de sua obra “A Espécie Humana”:
“Não o encontrei em lugar nenhum, a não ser no estado individual... O ateísmo só existe em estado errático. Tal o resultado de uma investigação que posso chamar conscienciosa, e que comecei muito antes de subir à cátedra de Antropologia”.
É isso!
“Suspeito — quer dizer, tenho certeza — que há muita gente por aí que foi criada dentro de uma ou outra religião e ou está infeliz com ela, ou não acredita nela, ou está preocupada com tudo de mau que tem sido feito em seu nome; pessoas que sentem um vago desejo de abandonar a religião de seus pais e que gostariam de poder fazê-lo, mas simplesmente não percebem que deixar a religião é uma opção” (p. 18 – Prefácio).
Vamos aos pires...
A profundidade argumentativa de Dawkins às vezes me deixa extático e estático!
Será que apenas nas religiões é que existem pessoas infelizes e frustradas pelo "jugo" das doutrinas? Será que somente no meio religioso é que há pessoas infelizes?
Será que Dawkins nunca ouviu falar de ateus que se converteram à religião? Pessoas que, semelhantemente a religiosos frustrados com suas crenças, também se sentiam frustradas e vazios no seu ateísmo?
Mas, na verdade, a intenção de Dawkins parece óbvia. Muito mais do que combater a religião, ele de certa forma que elevar sua descrença ao mesmo nível de força das preceitos sacros. O ateísmo de Dawkins caminha assim fatalmente para o mesmo destino a que ele supostamente não deseja chegar.
Vamos aos pires...
A profundidade argumentativa de Dawkins às vezes me deixa extático e estático!
Será que apenas nas religiões é que existem pessoas infelizes e frustradas pelo "jugo" das doutrinas? Será que somente no meio religioso é que há pessoas infelizes?
Será que Dawkins nunca ouviu falar de ateus que se converteram à religião? Pessoas que, semelhantemente a religiosos frustrados com suas crenças, também se sentiam frustradas e vazios no seu ateísmo?
Mas, na verdade, a intenção de Dawkins parece óbvia. Muito mais do que combater a religião, ele de certa forma que elevar sua descrença ao mesmo nível de força das preceitos sacros. O ateísmo de Dawkins caminha assim fatalmente para o mesmo destino a que ele supostamente não deseja chegar.
”Se você for uma delas, este livro é para você. Sua intenção é conscientizar — conscientizar para o fato de que ser ateu é uma aspiração realista, e uma aspiração corajosa e esplêndida. É possível ser um ateu feliz, equilibrado, ético e intelectualmente realizado. Essa é a primeira das minhas mensagens de conscientização. Também quero conscientizar de três outras formas, que explico a seguir” (p. 18 – Prefácio).
Vejam só!
Dawkins parece nos dizer que as pessoas apenas serão verdadeiramente felizes quando se entregarem completa e visceralmente ao ateísmo. Ele faz transparecer assim que, sem isso, as pessoas continuarão sempre frustradas, infelizes e atormentadas. Desta forma, ele faz a mesma apologia que alguns religiosos costumam fazer quando criam uma nova religião (ou igreja).
- Só aqui vocês serão realmente felizes! dizem com freqüências certos líderes religiosos. – Só aqui é que conhecerão a verdade, e onde terão vida plena! pregam incessantemente.
É isso que Dawkins parece transmitir. Para ele, enquanto a pessoas estiverem “presas” na sua religiosidade, elas serão sempre medíocres, fundamentalistas, insanas e estúpidas.
Mas, ele, enclausurado em sua torre de marfim, ostenta sua magnânima felicidade ante aos olhos de uma multidão infeliz e em grande delírio!
Assim, é como se todos os que morreram religiosos, morreram infelizes, sem conhecer a grande libertação ateísta, que agora vislumbra como a grande salvação da humanidade!
Mas, eles estão perdoados, afinal morreram antes de terem conhecido a Dawkins e o "grande segredo do Bozo"! Só por isso.
- Em verdade, em verdade vos digo, diria Dawkins, - quem não se tornar ateu jamais entrará no reino de Darwin!
É isso!
Vejam só!
Dawkins parece nos dizer que as pessoas apenas serão verdadeiramente felizes quando se entregarem completa e visceralmente ao ateísmo. Ele faz transparecer assim que, sem isso, as pessoas continuarão sempre frustradas, infelizes e atormentadas. Desta forma, ele faz a mesma apologia que alguns religiosos costumam fazer quando criam uma nova religião (ou igreja).
- Só aqui vocês serão realmente felizes! dizem com freqüências certos líderes religiosos. – Só aqui é que conhecerão a verdade, e onde terão vida plena! pregam incessantemente.
É isso que Dawkins parece transmitir. Para ele, enquanto a pessoas estiverem “presas” na sua religiosidade, elas serão sempre medíocres, fundamentalistas, insanas e estúpidas.
Mas, ele, enclausurado em sua torre de marfim, ostenta sua magnânima felicidade ante aos olhos de uma multidão infeliz e em grande delírio!
Assim, é como se todos os que morreram religiosos, morreram infelizes, sem conhecer a grande libertação ateísta, que agora vislumbra como a grande salvação da humanidade!
Mas, eles estão perdoados, afinal morreram antes de terem conhecido a Dawkins e o "grande segredo do Bozo"! Só por isso.
- Em verdade, em verdade vos digo, diria Dawkins, - quem não se tornar ateu jamais entrará no reino de Darwin!
É isso!
“Minha quarta conscientização diz respeito ao orgulho ateu. Não há nada de que se desculpar por ser ateu. Pelo contrário, é uma coisa da qual se deve ter orgulho, encarando o horizonte de cabeça erguida, já que o ateísmo quase sempre indica uma independência de pensamento saudável e, mesmo, uma mente saudável. Existem muitos que sabem, no fundo do coração, que são ateus, mas não se atrevem a admitir isso para suas famílias e, em alguns casos, nem para si mesmos. Isso acontece, em parte, porque a própria palavra "ateu" freqüentemente é usada como um rótulo terrível e assustador”.
Vamos aos pires...
Vejam só!
Dawkins mostra preocupação pelo “rótulo” de ateu, o qual é comumente associado a alguma coisa terrível a assustadora.
Ele tem razão neste ponto. Em geral, as minorias são sempre rotuladas por algo que a maioria considera como um “defeito”. Narciso realmente acha feio o que não é espelho. O “diferente” quase sempre é estereotipado como algo que não deve ser visto com bons olhos e que deve ser rejeitado. Isto me faz lembrar da Alemanha de Hitler. Para que os alemães se sentissem a “raça perfeita e superior” fazia-se necessário que existisse uma “raça imperfeita e inferior”. É onde entre a figura do judeu.
Aliás, o povo judeu, é bom que se diga, há muito que sofriam sob os mais variados rótulos.Na Antigüidade, por exemplo, o rótulo fundamentava-se no fato de ser ele o único povo monoteísta, mostrando um costumes "diferente" da maioria. Após a morte de Cristo e, principalmente na Idade Média, o rótulo dava-se pelo fato de "serem" eles “os assassinos da Cristo”, e também por serem considerados usurários. Na Alemanha de Hitler, eram rotulados de capitalistas, os quais fizeram a ruína da nação. Em nossos dias, embora emancipado como país, ainda é vítima dos rótulos.
Mas não são apenas os judeus.
Vamos aos pires...
Vejam só!
Dawkins mostra preocupação pelo “rótulo” de ateu, o qual é comumente associado a alguma coisa terrível a assustadora.
Ele tem razão neste ponto. Em geral, as minorias são sempre rotuladas por algo que a maioria considera como um “defeito”. Narciso realmente acha feio o que não é espelho. O “diferente” quase sempre é estereotipado como algo que não deve ser visto com bons olhos e que deve ser rejeitado. Isto me faz lembrar da Alemanha de Hitler. Para que os alemães se sentissem a “raça perfeita e superior” fazia-se necessário que existisse uma “raça imperfeita e inferior”. É onde entre a figura do judeu.
Aliás, o povo judeu, é bom que se diga, há muito que sofriam sob os mais variados rótulos.Na Antigüidade, por exemplo, o rótulo fundamentava-se no fato de ser ele o único povo monoteísta, mostrando um costumes "diferente" da maioria. Após a morte de Cristo e, principalmente na Idade Média, o rótulo dava-se pelo fato de "serem" eles “os assassinos da Cristo”, e também por serem considerados usurários. Na Alemanha de Hitler, eram rotulados de capitalistas, os quais fizeram a ruína da nação. Em nossos dias, embora emancipado como país, ainda é vítima dos rótulos.
Mas não são apenas os judeus.
Bom. Voltando ao texto de Dawkins, ele tem sim razão neste aspecto. Porémum dos grande problemas dele é querer dar aos religiosos o rótulo que recusa aos ateus. Isto é, de algo terrível e assustador, algo que tem trazido inúmeras calamidades à sociedade.
É triste ver um intelectual em pleno século XXI fazer uso de jargões tão comuns da “idade da pedra”! E mais triste ainda, é que uma quantidade enorme de pessoas têm feito parte de seu “delírio”, manifestando a mesma aversão que religiosos no passado tinham para com os “ímpios e profanos”.
É triste ver pessoas que levantam a bandeira do ateísmo como se fosse uma arma de fogo que fere e mata! Fico pensando até que ponto um religioso estaria realmente seguro caso sua vida dependesse da decisão de um desses fundamentalistas ateus!
Suspiro!
Enfim, é triste que os resquícios do fanatismo religioso da Idade Média e de outras “idades” reacendem-se em pleno século XXI sob forma de libertação!
É isso!
É triste ver um intelectual em pleno século XXI fazer uso de jargões tão comuns da “idade da pedra”! E mais triste ainda, é que uma quantidade enorme de pessoas têm feito parte de seu “delírio”, manifestando a mesma aversão que religiosos no passado tinham para com os “ímpios e profanos”.
É triste ver pessoas que levantam a bandeira do ateísmo como se fosse uma arma de fogo que fere e mata! Fico pensando até que ponto um religioso estaria realmente seguro caso sua vida dependesse da decisão de um desses fundamentalistas ateus!
Suspiro!
Enfim, é triste que os resquícios do fanatismo religioso da Idade Média e de outras “idades” reacendem-se em pleno século XXI sob forma de libertação!
É isso!
“Não sou a favor de ofender nem magoar ninguém sem motivo. Mas fico intrigado e espantado com o privilégio desproporcional da religião em nossas sociedades ditas laicas. Todos os políticos têm de se acostumar às caricaturas desrespeitosas de seu rosto, e ninguém faz atos públicos em sua defesa. O que a religião tem de tão especial para que asseguremos a ela um respeito tão privilegiado e singular? (p. 42).
Dawkins diz não querer magoar ninguém; em contrapartida, parece demonstrar uma enraizada mágoa da religião. Deveras, para quem almeja botar o ateísmo no mesmo degrau da crença religiosa, deve ser realmente bem frustrante!
Em alguns países, mui provavelmente o ateísmo há de ganhar novos adeptos, não por causa de Dawkins, já que este apenas fortalece os dogmas dos já ateus. Penso que a famigerada teologia da prosperidade, ao seu tempo, dará sua contribuição neste sentido. Bem, mas esta é uma outra questão...
Mas Dawkins mostra realmente grande revolta com o status dado às religiões. Porém, a sua luta em prol do ateísmo extremado de certa forma tem suscitado fortes reações contrárias, inclusive por parte de ateus e agnósticos. É o caso, por exemplo, do “darwinista de carteirinha” Michael Ruse, que, sobre o este livro de Dawkins, afirmou “sentir vergonha de ser ateu”. Um outro crítico do extremismo de Dawkins, foi o já falecido Stephen Jay Gould, que rejeitou cabalmente o desejo de se igualar excelência científica e fé ateísta. Mas, Dawkins, ao se referir em seu livro sobre esta postura de Gould, tenta consolar-se crendo que:
”Simplesmente não acredito que Gould possa ter querido dizer mesmo boa parte do que escreveu em Pilares do tempo. Como costumo dizer, todos nós já recuamos de nossas posições para ser gentis com um adversário pouco merecedor mas mais poderoso, e só posso imaginar que era isso que Gould estava fazendo” (p. 70).
Dawkins diz não querer magoar ninguém; em contrapartida, parece demonstrar uma enraizada mágoa da religião. Deveras, para quem almeja botar o ateísmo no mesmo degrau da crença religiosa, deve ser realmente bem frustrante!
Em alguns países, mui provavelmente o ateísmo há de ganhar novos adeptos, não por causa de Dawkins, já que este apenas fortalece os dogmas dos já ateus. Penso que a famigerada teologia da prosperidade, ao seu tempo, dará sua contribuição neste sentido. Bem, mas esta é uma outra questão...
Mas Dawkins mostra realmente grande revolta com o status dado às religiões. Porém, a sua luta em prol do ateísmo extremado de certa forma tem suscitado fortes reações contrárias, inclusive por parte de ateus e agnósticos. É o caso, por exemplo, do “darwinista de carteirinha” Michael Ruse, que, sobre o este livro de Dawkins, afirmou “sentir vergonha de ser ateu”. Um outro crítico do extremismo de Dawkins, foi o já falecido Stephen Jay Gould, que rejeitou cabalmente o desejo de se igualar excelência científica e fé ateísta. Mas, Dawkins, ao se referir em seu livro sobre esta postura de Gould, tenta consolar-se crendo que:
”Simplesmente não acredito que Gould possa ter querido dizer mesmo boa parte do que escreveu em Pilares do tempo. Como costumo dizer, todos nós já recuamos de nossas posições para ser gentis com um adversário pouco merecedor mas mais poderoso, e só posso imaginar que era isso que Gould estava fazendo” (p. 70).
O ateísmo, e aqui não há nenhum juízo de valor, sempre fora um fenômeno isolado em todas as sociedades e todas as épocas. Ele sempre existiu em estado errático, e perdura numa luta inglória contra um sentimento humano inerente à sua própria essência, o qual simplesmente se recusa “ir embora”, apesar da militância ferrenha de pessoas como Dawkins... e de seus discípulos...
É isso!
É isso!
“O Deus do Antigo Testamento é talvez o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo” (p. 43).
De cara já se percebe que o argumento de Dawkins não tem nenhum respaldo ou fundamentação da tradição teológica cristã! Ao contrário, tal afirmação norteia-se exclusivamente por um deliberado e incomensurável ódio contra o Deus bíblico. Um ódio às vezes bem comum em crianças quando não supridas em seus mimos.
Sim, porque mesmo se se fosse tomar a Bíblia como mera ficção, de longe o argumento de Dawkins contra Deus poderia ser levado a sério num contexto de análise literária. E, neste âmbito, quando comparamos, por exemplo, os atos do Deus do Antigo Testamento com àqueles “praticados” pelos deuses da mitologia grega, logo constatamos que Dawkins também não está bem aprimorado nas literaturas, ou mais acertadamente, mal intencionado mesmo em suas declarações.
Quem já leu algo sobre a mitologia grega não terá muito esforço em perceber que certos atos atribuídos às divindades mitológicas (veja-se, por exemplo, Ares), em termos violência, são insuperáveis quando - LITERARIAMENTE - comparados àqueles do Deus bíblico narrados no Primeiro Testamento.
Entende-se Dawkins!
É isso!
De cara já se percebe que o argumento de Dawkins não tem nenhum respaldo ou fundamentação da tradição teológica cristã! Ao contrário, tal afirmação norteia-se exclusivamente por um deliberado e incomensurável ódio contra o Deus bíblico. Um ódio às vezes bem comum em crianças quando não supridas em seus mimos.
Sim, porque mesmo se se fosse tomar a Bíblia como mera ficção, de longe o argumento de Dawkins contra Deus poderia ser levado a sério num contexto de análise literária. E, neste âmbito, quando comparamos, por exemplo, os atos do Deus do Antigo Testamento com àqueles “praticados” pelos deuses da mitologia grega, logo constatamos que Dawkins também não está bem aprimorado nas literaturas, ou mais acertadamente, mal intencionado mesmo em suas declarações.
Quem já leu algo sobre a mitologia grega não terá muito esforço em perceber que certos atos atribuídos às divindades mitológicas (veja-se, por exemplo, Ares), em termos violência, são insuperáveis quando - LITERARIAMENTE - comparados àqueles do Deus bíblico narrados no Primeiro Testamento.
Entende-se Dawkins!
É isso!
”Não estou atacando nenhuma versão específica de Deus ou deuses. Estou atacando Deus, todos os deuses, toda e qualquer coisa que seja sobrenatural, que já foi e que ainda será inventada”.
Profunda hipocrisia!
Parece que honestidade intelectual não é o forte de Dawkins!
Veja-se, por exemplo, quem é o seu principal “alvo”:
“O Deus do Antigo Testamento é talvez o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo” (p. 43).
Sim. Embora o ódio de Dawkins seja mais acentuado quando se trata do Deus bíblico, e mais acentuadamente ao Cristianismo, o objetivo de seu ataque são as três principais religiões monoteístas: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. Ele claramente não esconde sua preferência pelo politeísmo:
Profunda hipocrisia!
Parece que honestidade intelectual não é o forte de Dawkins!
Veja-se, por exemplo, quem é o seu principal “alvo”:
“O Deus do Antigo Testamento é talvez o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo” (p. 43).
Sim. Embora o ódio de Dawkins seja mais acentuado quando se trata do Deus bíblico, e mais acentuadamente ao Cristianismo, o objetivo de seu ataque são as três principais religiões monoteístas: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. Ele claramente não esconde sua preferência pelo politeísmo:
“O chauvinismo monoteísta estava até bem recentemente encravado na lei de entidades beneficentes tanto da Inglaterra quanto da Escócia, a qual discriminava religiões politeístas para garantir o status de isenção de impostos ao mesmo tempo que facilitava a vida de entidades cujo objetivo fosse promover a religião monoteísta, liberando-as do rigoroso exame exigido, com bons motivos, das entidades beneficentes laicas. Minha idéia era convencer um integrante da respeitada comunidade hindu britânica a se manifestar e entrar com uma ação civil para pôr à prova essa discriminação esnobe contra o politeísmo” (p. 45).
Obviamente que Dawkins, no seu louco e desvairado desespero por auto-afirmação de sua fé ateísta, sente que a maior ameaça para o crescimento do seu ateísmo radical, são as religiões monoteístas, embora toda crença seja por ele atacada.
Nem a figura pacífica de Cristo fica imune a seus delirantes ataques:
“(Para ser justo, essa persona efeminada deve-se mais a seus seguidores vitorianos que ao próprio Jesus. Será que alguma coisa pode ser mais açucarada e enjoativa que o "Todas as crianças cristãs devem ser “Calmas, obedientes, boas como ele",** de C. F. Alexander?)” (p.34, 44).
Convenhamos, mas declarações deste tipo fica bem mais apropriada ao leninlismo revolucionário ou ao stalinismo, em que se incitam os meninos e jovens a rebelar-se contra o símbolo de paz que representa – universalmente – a pessoa de Cristo.
É isso!
Obviamente que Dawkins, no seu louco e desvairado desespero por auto-afirmação de sua fé ateísta, sente que a maior ameaça para o crescimento do seu ateísmo radical, são as religiões monoteístas, embora toda crença seja por ele atacada.
Nem a figura pacífica de Cristo fica imune a seus delirantes ataques:
“(Para ser justo, essa persona efeminada deve-se mais a seus seguidores vitorianos que ao próprio Jesus. Será que alguma coisa pode ser mais açucarada e enjoativa que o "Todas as crianças cristãs devem ser “Calmas, obedientes, boas como ele",** de C. F. Alexander?)” (p.34, 44).
Convenhamos, mas declarações deste tipo fica bem mais apropriada ao leninlismo revolucionário ou ao stalinismo, em que se incitam os meninos e jovens a rebelar-se contra o símbolo de paz que representa – universalmente – a pessoa de Cristo.
É isso!
“Para a maior parte de meus propósitos, as três religiões abraâmicas podem ser tratadas como indistinguíveis. Exceto quando eu declarar o contrário, terei principalmente o cristianismo em mente, mas apenas porque por acaso essa é a versão com que tenho mais familiaridade. E não me preocuparei nem um pouco com outras religiões como o budismo e o confucionismo. Na verdade, o fato de elas serem tratadas não como religiões mas como sistemas éticos ou filosofias de vida quer dizer alguma coisa” (p. 50).
Dawkins não faz nenhuma cerimônia em deixar patente que sua aversão concentra-se nas três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Mas, entre elas, seu ódio recai precisamente sobre o cristianismo. O seu argumento de que seja pelo fato de ter mais familiaridade, não convence. E não convence por motivos escandalosamente óbvios:
É o Cristianismo que mais “ameaça” apresenta à disseminação de sua ideologia ateísta. A religião cristã, por sua própria diversidade e abrangência, seria o grande obstáculo para que o materialismo alcance em todo o mundo o status existente na própria religião.
Dawkins não faz nenhuma cerimônia em deixar patente que sua aversão concentra-se nas três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Mas, entre elas, seu ódio recai precisamente sobre o cristianismo. O seu argumento de que seja pelo fato de ter mais familiaridade, não convence. E não convence por motivos escandalosamente óbvios:
É o Cristianismo que mais “ameaça” apresenta à disseminação de sua ideologia ateísta. A religião cristã, por sua própria diversidade e abrangência, seria o grande obstáculo para que o materialismo alcance em todo o mundo o status existente na própria religião.
O islamismo viria logo em seguida na “lista negra de Dawkins, daí sua constante menção dos atentados suicidas como sendo conseqüência da fé em Alá. Entende-se a preocupação deste ideólogo, afinal o islamismo, salvo engano, é uma das religiões que atualmente apresenta um dos maiores índices de crescimento em todo o mundo.
E, por fim, vem o judaísmo, que, para o guru do ateísmo, das três é a que menos apresenta "ameaça" ao crescimento do seu dogma materialista. Todavia, por ser o berço do cristianismo e do islamismo, é também alvo constante de sua ira desvairada e ilógica.
Note-se a simpatia de Dawkins por outras religiões menos “ofensivas” ao seu ateísmo. No budismo, por exemplo, a conceito de deus inexiste, e isso, para Dawkins ”quer dizer alguma coisa”.
É isso!
E, por fim, vem o judaísmo, que, para o guru do ateísmo, das três é a que menos apresenta "ameaça" ao crescimento do seu dogma materialista. Todavia, por ser o berço do cristianismo e do islamismo, é também alvo constante de sua ira desvairada e ilógica.
Note-se a simpatia de Dawkins por outras religiões menos “ofensivas” ao seu ateísmo. No budismo, por exemplo, a conceito de deus inexiste, e isso, para Dawkins ”quer dizer alguma coisa”.
É isso!
“A Hipótese de que Deus existe também está muito próxima de ser descartada pelas leis da probabilidade” (p. 58, 59)
Ora, vejam só!
O Dawkins – dogmática e intencionalmente – fala em “probabilidade” em relação à idéia de Deus, mas simplesmente ignora sobre o que a teoria das probabilidades diz em relação à evolução!
Sim, porque pela lógica das probabilidasdes, e Dawkins deve saber disto, a evolução equivale a um milagre “maior” do que a criação!
Por exemplo, Carl Sagan e outros cientistas renomados calcularam a possibilidade do homem ter evoluído em aproximadamente 1 em 10°°°°°°°°°∙°. Esse é um número com dois bilhões de zeros à direita e poderia ser escrito em cerca de 20.000 livros do tamanho deste. Segundo a lei de Borel, isso indica não haver probabilidade alguma. De fato, essa possibilidade é tão mínima que chega a ser inconcebível.
Portanto, só para argumentar, vamos estudar uma visão infinitamente mais favorável em relação à probabilidade da evolução ter ocorrido. E se as chances forem apenas de 1 em 10°°°? Mas, até mesmo esse número está infinitamente acima da lei das probabilidades de Borel (1 em 10°) além da qual os eventos simplesmente não ocorrem.
Assim sendo, em “Algorithms and the Neo-Darwinian Theory of Evolution”, Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na mutação e na seleção natural. Como muitos outros cientistas, ele também concluiu que ela era “inconcebível”, porque a probabilidade de um processo ao acaso realizar isso é zero:
“Não há probabilidade (10°°°) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda de que se mantivesse... Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia”.
Ora, vejam só!
O Dawkins – dogmática e intencionalmente – fala em “probabilidade” em relação à idéia de Deus, mas simplesmente ignora sobre o que a teoria das probabilidades diz em relação à evolução!
Sim, porque pela lógica das probabilidasdes, e Dawkins deve saber disto, a evolução equivale a um milagre “maior” do que a criação!
Por exemplo, Carl Sagan e outros cientistas renomados calcularam a possibilidade do homem ter evoluído em aproximadamente 1 em 10°°°°°°°°°∙°. Esse é um número com dois bilhões de zeros à direita e poderia ser escrito em cerca de 20.000 livros do tamanho deste. Segundo a lei de Borel, isso indica não haver probabilidade alguma. De fato, essa possibilidade é tão mínima que chega a ser inconcebível.
Portanto, só para argumentar, vamos estudar uma visão infinitamente mais favorável em relação à probabilidade da evolução ter ocorrido. E se as chances forem apenas de 1 em 10°°°? Mas, até mesmo esse número está infinitamente acima da lei das probabilidades de Borel (1 em 10°) além da qual os eventos simplesmente não ocorrem.
Assim sendo, em “Algorithms and the Neo-Darwinian Theory of Evolution”, Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na mutação e na seleção natural. Como muitos outros cientistas, ele também concluiu que ela era “inconcebível”, porque a probabilidade de um processo ao acaso realizar isso é zero:
“Não há probabilidade (10°°°) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda de que se mantivesse... Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia”.
Os cientistas evolucionistas chamaram apenas uma chance em 10 de “impossibilidade virtual”. Desse modo, como podem crer em algo que tem muito menos do que uma chance em 10°°°? Afinal, quão pequena é uma chance em 10 10°°°? Ela é muito pequena — uma chance em 10 é apenas uma chance em um trilhão.
Podemos medir também o tamanho de 1 em 10°°° (um número com mil zeros) considerando o número-teste 10. Quão grande é esse número? Primeiro, considere que o número de átomos no ponto final desta frase seja de aproximadamente 3.000 trilhões. Em 10 anos, uma ameba poderia transportar todos os átomos, um de cada vez, em 600.000 trilhões, trilhões, trilhões, trilhões de universos do tamanho do nosso, de uma para outra extremidade do Universo (supondo uma distância de 30 bilhões de anos-luz), andando numa velocidade terrivelmente lenta de 2,54 centímetros a cada 15 bilhões de anos.
Todavia, uma possibilidade em 10 não arranha sequer a superfície de uma possibilidade em 10°°° — a “probabilidade” de que a vida pudesse supostamente evoluir.
Perguntamos de novo, quem pode crer em algo cujas chances são de 1 em 10°°° até 1 em 10°°°°°°°°°?
Se, como argumento há apenas duas respostas possíveis à questão das origens, então a refutação de uma logicamente prova a outra. Se A ou B são as únicas explicações possíveis de um evento, e A é refutada, só B pode ser considerada a causa. Se as probabilidades da evolução forem, por exemplo, uma em 10°°°, então as probabilidades da criação ocorrer seriam o oposto — isto é 99.9 (seguidos de mais 999 noves). O evolucionista George Wald, da Universidade de Harvard, declarou que uma porcentagem de 99.995 é “quase inevitável”. Então, o que dizer de 99.999999999999999 (mais 985 noves) — que é exatamente a “probabilidade” da criação ter ocorrido?
Fonte:
Dr. Edgar H. Andrews. “From Nothing to Nature”, p. 32-35.
É isso!
Podemos medir também o tamanho de 1 em 10°°° (um número com mil zeros) considerando o número-teste 10. Quão grande é esse número? Primeiro, considere que o número de átomos no ponto final desta frase seja de aproximadamente 3.000 trilhões. Em 10 anos, uma ameba poderia transportar todos os átomos, um de cada vez, em 600.000 trilhões, trilhões, trilhões, trilhões de universos do tamanho do nosso, de uma para outra extremidade do Universo (supondo uma distância de 30 bilhões de anos-luz), andando numa velocidade terrivelmente lenta de 2,54 centímetros a cada 15 bilhões de anos.
Todavia, uma possibilidade em 10 não arranha sequer a superfície de uma possibilidade em 10°°° — a “probabilidade” de que a vida pudesse supostamente evoluir.
Perguntamos de novo, quem pode crer em algo cujas chances são de 1 em 10°°° até 1 em 10°°°°°°°°°?
Se, como argumento há apenas duas respostas possíveis à questão das origens, então a refutação de uma logicamente prova a outra. Se A ou B são as únicas explicações possíveis de um evento, e A é refutada, só B pode ser considerada a causa. Se as probabilidades da evolução forem, por exemplo, uma em 10°°°, então as probabilidades da criação ocorrer seriam o oposto — isto é 99.9 (seguidos de mais 999 noves). O evolucionista George Wald, da Universidade de Harvard, declarou que uma porcentagem de 99.995 é “quase inevitável”. Então, o que dizer de 99.999999999999999 (mais 985 noves) — que é exatamente a “probabilidade” da criação ter ocorrido?
Fonte:
Dr. Edgar H. Andrews. “From Nothing to Nature”, p. 32-35.
É isso!
”Por que os cientistas têm um respeito tão covarde pelas ambições dos teólogos, sobre perguntas que os teólogos certamente não são mais qualificados a responder que os próprios cientistas?” (p. 68).
Esta manifestação de sublevação de Dawkins vem logo após citar Gould, o qual, como agnóstico que procurou se manter neutro, não teve suas idéias aprovadas pelo zoólogo inglês. Em “Impeachin a Self-Appointed Judge”, por exemplo, Gould desabafou com as seguintes palavras:
”Ou metade de meus colegas é absurdamente estúpida, ou então a ciência darwinista é completamente compatível com as crenças religiosas convencionais, e, desta forma, compatíveis com o ateísmo.”
Nenhum cientista que realmente faz jus a este título, seria capaz de igualar excelência científica com fé ateísta. Dawkins tem os aplausos apenas de ideólogos da mesma estirpe que a sua, tal como Daniel Dennett.
Interessante que na frase acima de Dawkins, ele manifesta grande revolta pelo fato de os cientistas não responderam às questões levantadas pelos teólogos. Dawkins obviamente como péssimo cientista que é, não apenas “responde” aos teólogos como vai muito além disso: ele próprio se arvora um teólogo, ao discutir questões tão restritas ao âmbito da teologia!
Já não se fazem cientistas como antigamente! Muitos, hoje, que se dizem cientistas, como Dawkins, nas “horas vagas” se especializam em encontrar “contradições na Bíblia”!
E o mais cômico: faz discípulo com isso!
É isso!
Esta manifestação de sublevação de Dawkins vem logo após citar Gould, o qual, como agnóstico que procurou se manter neutro, não teve suas idéias aprovadas pelo zoólogo inglês. Em “Impeachin a Self-Appointed Judge”, por exemplo, Gould desabafou com as seguintes palavras:
”Ou metade de meus colegas é absurdamente estúpida, ou então a ciência darwinista é completamente compatível com as crenças religiosas convencionais, e, desta forma, compatíveis com o ateísmo.”
Nenhum cientista que realmente faz jus a este título, seria capaz de igualar excelência científica com fé ateísta. Dawkins tem os aplausos apenas de ideólogos da mesma estirpe que a sua, tal como Daniel Dennett.
Interessante que na frase acima de Dawkins, ele manifesta grande revolta pelo fato de os cientistas não responderam às questões levantadas pelos teólogos. Dawkins obviamente como péssimo cientista que é, não apenas “responde” aos teólogos como vai muito além disso: ele próprio se arvora um teólogo, ao discutir questões tão restritas ao âmbito da teologia!
Já não se fazem cientistas como antigamente! Muitos, hoje, que se dizem cientistas, como Dawkins, nas “horas vagas” se especializam em encontrar “contradições na Bíblia”!
E o mais cômico: faz discípulo com isso!
É isso!
“Simplesmente não acredito que Gould possa ter querido dizer mesmo boa parte do que escreveu em Pilares do tempo. Como costumo dizer, todos nós já recuamos de nossas posições para ser gentis com um adversário pouco merecedor mas mais poderoso, e só posso imaginar que era isso que Gould estava fazendo. É concebível que ele tenha tido mesmo a intenção de fazer sua declaração inequivocamente contundente de que a ciência não tem nada a dizer sobre a dúvida a respeito da existência de Deus: "Nem a afirmamos nem a negamos; simplesmente não podemos comentá-la como cientistas". Isso soa como o agnosticismo do tipo permanente e irrevogável, o APP em sua plenitude. Implica que a ciência não pode nem fazer juízos de probabilidade sobre a ques-tão. Essa falácia extraordinariamente disseminada — muitos a repetem como um mantra, mas suspeito que poucos pensaram bem sobre ela — personifica o que chamo de "a pobreza do agnosticismo". Gould, aliás, não era um agnóstico imparcial, mas tinha fortes inclinações para o ateísmo de facto. Com que fundamento ele fez esse juízo, se não há nada a ser dito sobre a existência ou inexistência de Deus?” (P. 70).
A frase “Simplesmente não acredito que Gould possa ter querido dizer mesmo boa parte do que escreveu em Pilares do tempo” , sintetiza a visão dogmática de Dawkins pró-ateísmo xiita. Ele recusa-se a crer que Gould imponha limite à ciência.
Deveras, mesmo em questões do âmbito do próprio darwinismo, Gould sempre se mostrou um crítico das idéias extravagantes de Dawkins. Em “O Polegar do Panda”, por exemplo, especificamente no capítulo denominado “Grupos protetores dos genes egoístas, refuta Gould a tese de Dawkins, e isto numa perspectiva do darwinismo:
A frase “Simplesmente não acredito que Gould possa ter querido dizer mesmo boa parte do que escreveu em Pilares do tempo” , sintetiza a visão dogmática de Dawkins pró-ateísmo xiita. Ele recusa-se a crer que Gould imponha limite à ciência.
Deveras, mesmo em questões do âmbito do próprio darwinismo, Gould sempre se mostrou um crítico das idéias extravagantes de Dawkins. Em “O Polegar do Panda”, por exemplo, especificamente no capítulo denominado “Grupos protetores dos genes egoístas, refuta Gould a tese de Dawkins, e isto numa perspectiva do darwinismo:
“Para Dawkins, a evolução é uma batalha entre genes, cada um procurando fabricar mais cópias de si mesmo. Os corpos são apenas os lugares onde os genes se agregam por algum tempo, são receptáculos temporários, máquinas de sobrevivência manipuladas pêlos genes e descartadas para o lixo geológico, tão logo se tenham reduplicado e mitigado sua sede insaciável de mais cópias de si mesmos nos corpos da geração seguinte:
Somos máquinas de sobrevivência — veículos robotizados, cegamente programados para preservar as moléculas egoístas conhecidas como genes...
Eles pululam em enormes colónias, em segurança no interior de pesados e gigantescos robôs... estão em vocês e em mim; eles nos criaram, corpo e mente; e sua preservação é a razão última para a nossa existência.
(...)
” Dawkins sabe tão bem quanto vocês ou eu que os genes não pla¬nejam nem esquematizam; não atuam como agentes argutos da sua própria preservação. Dawkins está apenas perpetuando, de maneira mais colorida, uma estenografia metafórica usada (talvez insensatamente) por todos os escritores populares que escrevem sobre a evolução, incluindo eu próprio (embora moderadamente, espero)” (p. 77).
(...)
”Todavia, há uma falha fatal no ataque de Dawkins. Não importa quanto poder queira atribuir aos genes, uma coisa não lhes pode imputar — visibilidade direta da seleção natural. A seleção simplesmente não pode ver os genes e escolher diretamente entre eles; ela tem de usar os corpos como intermediários. O gene é um pedaço de DNA escondido no interior da célula. A seleção vê os corpos, favorece alguns deles porque são mais fortes, melhor isolados, são mais precoces na sua maturação sexual, ferozes em combate ou mais bonitos de se olhar”.
Somos máquinas de sobrevivência — veículos robotizados, cegamente programados para preservar as moléculas egoístas conhecidas como genes...
Eles pululam em enormes colónias, em segurança no interior de pesados e gigantescos robôs... estão em vocês e em mim; eles nos criaram, corpo e mente; e sua preservação é a razão última para a nossa existência.
(...)
” Dawkins sabe tão bem quanto vocês ou eu que os genes não pla¬nejam nem esquematizam; não atuam como agentes argutos da sua própria preservação. Dawkins está apenas perpetuando, de maneira mais colorida, uma estenografia metafórica usada (talvez insensatamente) por todos os escritores populares que escrevem sobre a evolução, incluindo eu próprio (embora moderadamente, espero)” (p. 77).
(...)
”Todavia, há uma falha fatal no ataque de Dawkins. Não importa quanto poder queira atribuir aos genes, uma coisa não lhes pode imputar — visibilidade direta da seleção natural. A seleção simplesmente não pode ver os genes e escolher diretamente entre eles; ela tem de usar os corpos como intermediários. O gene é um pedaço de DNA escondido no interior da célula. A seleção vê os corpos, favorece alguns deles porque são mais fortes, melhor isolados, são mais precoces na sua maturação sexual, ferozes em combate ou mais bonitos de se olhar”.
(...)
“Não há nenhum gene "para" esses pedaços inequívocos de morfologia, como sua rótula esquerda ou suas unhas. Os corpos não podem ser atomizados em partes, cada uma delas construída por um gene individual. Centenas de genes contribuem para a construção de muitas partes do corpo, e sua ação é canalizada através de uma série caleidoscópica de influências ambientais: embrionárias e pós-natais, internas e externas. As partes de um corpo não são genes traduzidos, e a seleção nem sequer trabalha diretamente sobre elas
(...)
“Dawkins precisará de outra metáfora: genes conspirando, formando alianças, mostrando deferência por uma hipótese de se juntarem num pacto, aferindo os ambientes prováveis. Mas, quando amalgamamos tantos genes e os ligamos em cadeias hierárquicas de ação mediadas por ambientes, chamamos o objeto resultante de corpo”.,
(...)
“Penso, em resumo, que o fascínio gerado pela teoria de Dawkins é fruto de alguns maus hábitos do pensamento científico ocidental — das atitudes (perdoem-me o jargão) que denominamos atomismo, reducionismo e determinismo: a ideia de que os todos podem ser compreendidos por decomposição em unidades "básicas"; de que as propriedades das unidades microscópicas podem gerar e explicar o comportamento de resultados macroscópicos; de que todos os acontecimentos e objetos têm causas previsíveis, definidas e determinadas. Essas ideias têm sido eficazes no estudo de objetos simples, constituídos por poucos componentes e sem a influência de uma história anterior. Tenho absoluta certeza de que meu fogão se acenderá quando eu o ligar (e acendeu).
“Não há nenhum gene "para" esses pedaços inequívocos de morfologia, como sua rótula esquerda ou suas unhas. Os corpos não podem ser atomizados em partes, cada uma delas construída por um gene individual. Centenas de genes contribuem para a construção de muitas partes do corpo, e sua ação é canalizada através de uma série caleidoscópica de influências ambientais: embrionárias e pós-natais, internas e externas. As partes de um corpo não são genes traduzidos, e a seleção nem sequer trabalha diretamente sobre elas
(...)
“Dawkins precisará de outra metáfora: genes conspirando, formando alianças, mostrando deferência por uma hipótese de se juntarem num pacto, aferindo os ambientes prováveis. Mas, quando amalgamamos tantos genes e os ligamos em cadeias hierárquicas de ação mediadas por ambientes, chamamos o objeto resultante de corpo”.,
(...)
“Penso, em resumo, que o fascínio gerado pela teoria de Dawkins é fruto de alguns maus hábitos do pensamento científico ocidental — das atitudes (perdoem-me o jargão) que denominamos atomismo, reducionismo e determinismo: a ideia de que os todos podem ser compreendidos por decomposição em unidades "básicas"; de que as propriedades das unidades microscópicas podem gerar e explicar o comportamento de resultados macroscópicos; de que todos os acontecimentos e objetos têm causas previsíveis, definidas e determinadas. Essas ideias têm sido eficazes no estudo de objetos simples, constituídos por poucos componentes e sem a influência de uma história anterior. Tenho absoluta certeza de que meu fogão se acenderá quando eu o ligar (e acendeu).
As leis dos gases, construídas a partir das moléculas, levam-nos até as propriedades previsíveis de volumes maiores. Mas os organismos são muito mais do que amálgamas de genes. Têm uma história que não podemos desprezar; suas partes interagem de maneiras complexas. Os organismos são construídos por genes atuando em concerto, são infuenciados pêlos ambientes e traduzidos em partes que a seleção vê e partes que ela não vê. As moléculas que determinam as propriedades da água constituem uma pobre analogia dos genes e dos corpos. Posso não ser o senhor do meu destino, mas minha intuição da totalidade provavelmente reflete uma verdade biológica” (p. 78).
Fonte:
Stephen Jay Gould. “O Polegar do Panda. Editora Martins Fontes. São Paulo, 1989.
---
Dawkins, não apenas é criticado por Gould ao tentar igualar excelência científica a ateísmo, mas, também, em temas relacionados à própria teoria evolutiva. Dawkins parece ser unanimidade apenas entre aqueles que, a priori, assumiram um compromisso de combate à religião, sem levar em conta qualquer benefício advindo dela.
O que seria, repito, de um teísta caso sua vida ficasse na dependência da decisão de um dos fiéis discípulos de Dawkins?
É isso!
Fonte:
Stephen Jay Gould. “O Polegar do Panda. Editora Martins Fontes. São Paulo, 1989.
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Dawkins, não apenas é criticado por Gould ao tentar igualar excelência científica a ateísmo, mas, também, em temas relacionados à própria teoria evolutiva. Dawkins parece ser unanimidade apenas entre aqueles que, a priori, assumiram um compromisso de combate à religião, sem levar em conta qualquer benefício advindo dela.
O que seria, repito, de um teísta caso sua vida ficasse na dependência da decisão de um dos fiéis discípulos de Dawkins?
É isso!
”Qualquer advogado criacionista que conseguisse me colocar no tribunal conquistaria instantaneamente o júri só de me perguntar: "Seu conhecimento sobre a evolução influenciou-o para que se tornasse ateu?" Eu teria de responder que sim e, de um golpe, teria perdido o júri. Por outro lado, a resposta judicialmente correta do lado secularista seria: "Minhas crenças religiosas, ou a falta delas, são uma questão pessoal, que não interessa a este tribunal nem está ligada de forma alguma à minha ciência". Eu não poderia dizer isso com honestidade, por motivos que explico no capítulo 4" (p. 81).
Esse trecho do livro de Dawkins está inserido na sua crítica aos evolucionistas moderados (como Michael Ruse), os quais teceram fortes críticas ao zoólogo britânico por seu extremismo prol ateísmo. O Ruse citado, por exemplo, admitiu sentir vergonha de ser chamado ateu após o último livro de Dawkins.
Pois bem. Não sou daquelas que vêem como sinônimos darwinismo e ateísmo. Recentemente travei contato com um darwinista teísta o qual matinha uma postura de tolerância digna de um Gandhi. E não são raros esses exemplos. O que macula o darwinismo são pessoas como Richard Dawkins, pessoas as quais só vêem uma solução para a religião, ou seja: o seu fim!
Esse trecho do livro de Dawkins está inserido na sua crítica aos evolucionistas moderados (como Michael Ruse), os quais teceram fortes críticas ao zoólogo britânico por seu extremismo prol ateísmo. O Ruse citado, por exemplo, admitiu sentir vergonha de ser chamado ateu após o último livro de Dawkins.
Pois bem. Não sou daquelas que vêem como sinônimos darwinismo e ateísmo. Recentemente travei contato com um darwinista teísta o qual matinha uma postura de tolerância digna de um Gandhi. E não são raros esses exemplos. O que macula o darwinismo são pessoas como Richard Dawkins, pessoas as quais só vêem uma solução para a religião, ou seja: o seu fim!
Pessoas dessa índole (e aqui não vai juízo de valor) são normalmente intolerantes, de difícil convivência e arrogantes intelectualmente. Sentem-se tão profundamente esclarecidas em seu ateísmo que vêem como estúpida qualquer manifestação de caráter religioso. São incapazes de reconhecerem o mínimo benefício advindo da religião. Aliás, para essas pessoas o termo religião e todos os seus derivados deveriam ser banidos dos dicionários por decreto oficial.
Em geral tornam-se extremistas em conseqüência de escândalos provenientes de âmbitos religiosos. A maioria conviveu em ambientes em que os preceitos religiosos eram severos. Sentem-se verdadeiros revolucionários, e acreditam que sua rebeldia é por uma justa causa, e que mereceriam uma estátua bem no centro da Praça da Paz Celestial.
Para tais pessoas, é impossível ser um lídimo e verdadeiro darwinista sem a opção pelo ateísmo. Daí a ojeriza de muitos religiosos por tudo o que diz respeito ao termo “evolução”.
De algum modo sentem-se oprimidas por saber que o ateísmo é um fenômeno isolado e que existe apenas em estado errático. Por constatarem a presença direta ou indireta da influência religiosa em todos os âmbitos da sociedade, ao mesmo tempo que lutam militantemente em prol da causa ateísta, desanimam-se diante da estupenda realidade de um mundo em que Deus simplesmente “se recusa a ir embora”.
Em geral, pessoas assim odeiam visceralmente os livros considerados sagrados, em especial a Bíblia. São incapazes de atribuir valor a tais obras ainda que apenas literariamente. Certamente ficariam surpresos em verem que em muitas universidades a Bíblia é respeitada e estudada como literatura de primeira, por um grande número de ateus e agnósticos.
É lamentável que posturas, outrora tão intrínsecas à religião, vigorem avessamente como uma ameaça aos que simplesmente querem viver sua fé, sejam eles darwinistas, criacionistas ou de qualquer outra vertente filosófica em âmbito específico.
É isso!
Em geral tornam-se extremistas em conseqüência de escândalos provenientes de âmbitos religiosos. A maioria conviveu em ambientes em que os preceitos religiosos eram severos. Sentem-se verdadeiros revolucionários, e acreditam que sua rebeldia é por uma justa causa, e que mereceriam uma estátua bem no centro da Praça da Paz Celestial.
Para tais pessoas, é impossível ser um lídimo e verdadeiro darwinista sem a opção pelo ateísmo. Daí a ojeriza de muitos religiosos por tudo o que diz respeito ao termo “evolução”.
De algum modo sentem-se oprimidas por saber que o ateísmo é um fenômeno isolado e que existe apenas em estado errático. Por constatarem a presença direta ou indireta da influência religiosa em todos os âmbitos da sociedade, ao mesmo tempo que lutam militantemente em prol da causa ateísta, desanimam-se diante da estupenda realidade de um mundo em que Deus simplesmente “se recusa a ir embora”.
Em geral, pessoas assim odeiam visceralmente os livros considerados sagrados, em especial a Bíblia. São incapazes de atribuir valor a tais obras ainda que apenas literariamente. Certamente ficariam surpresos em verem que em muitas universidades a Bíblia é respeitada e estudada como literatura de primeira, por um grande número de ateus e agnósticos.
É lamentável que posturas, outrora tão intrínsecas à religião, vigorem avessamente como uma ameaça aos que simplesmente querem viver sua fé, sejam eles darwinistas, criacionistas ou de qualquer outra vertente filosófica em âmbito específico.
É isso!
“As cinco "provas" declaradas por Tomás de Aquino no século XIII não provam nada, e é fácil — embora eu hesite em dizê-lo, dada sua eminência — mostrar como são vazias”(p. 88).
Uma das situações mais hilárias no livro de Dawkins é quando ele se propõe a discutir teologia. No seu ímpeto em querer refutar toda uma tradição de teólogos pensadores, ele chega ao ridículo de querer duelar com nada mais nada menos do que Santo Tomás de Aquino, considerado “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios.” Todavia, o problema dele não é o de buscar discutir as “5 provas de Aquino”, mas sua arrogância em supervalorizar as evidências de que gosta e desvalorizar ou ignorar aquelas de que não gosta.
E, o mais irônico de tudo, é quando ele se mune de teólogos cristãos a fim de revelar o “aspecto degenerado da fé religiosa, como no caso de Tertuliano”. Sobre isto, diz Alister McGrath, em “O Delírio de Dawkins”: “Dawkins havia caído na armadilha de não conferir suas fontes, de apenas repetir o que autores ateus mais antigos disseram. Trata-se de outro enfadonho exemplo da infinita reciclagem de argumentos antiquados, que se tornou tão caracaterística do ateísmo dos últimos anos” (McGRATH, p. 32).
É isso!
Uma das situações mais hilárias no livro de Dawkins é quando ele se propõe a discutir teologia. No seu ímpeto em querer refutar toda uma tradição de teólogos pensadores, ele chega ao ridículo de querer duelar com nada mais nada menos do que Santo Tomás de Aquino, considerado “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios.” Todavia, o problema dele não é o de buscar discutir as “5 provas de Aquino”, mas sua arrogância em supervalorizar as evidências de que gosta e desvalorizar ou ignorar aquelas de que não gosta.
E, o mais irônico de tudo, é quando ele se mune de teólogos cristãos a fim de revelar o “aspecto degenerado da fé religiosa, como no caso de Tertuliano”. Sobre isto, diz Alister McGrath, em “O Delírio de Dawkins”: “Dawkins havia caído na armadilha de não conferir suas fontes, de apenas repetir o que autores ateus mais antigos disseram. Trata-se de outro enfadonho exemplo da infinita reciclagem de argumentos antiquados, que se tornou tão caracaterística do ateísmo dos últimos anos” (McGRATH, p. 32).
É isso!
” O argumento do design é o único que ainda é regularmente usado hoje em dia, e ainda soa para muita gente como o argumento determinante do nocaute. O jovem Darwin ficou impressionado com ele quando, estudante de graduação em Cambridge, o leu na Teologia natural de William Paley. Infelizmente para Paley, o Darwin maduro virou a mesa. Provavelmente jamais houve uma derrubada tão devastadora de uma crença popular através de um raciocínio inteligente quanto a destruição do argumento do design perpetrada por Charles Darwin. Foi totalmente inesperado. Graças a Darwin, já não é verdade dizer que as coisas só podem parecer projetadas se tiverem sido projetadas.” (p.91).
Uma das maiores preocupações de Richard Dawkins é exatamente o conceito de Design Inteligente. E não é à toa, o próprio Darwin havia demonstrado esta preocupação em seu “A Origem das Espécies”:
“Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ler sido formado por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria desmoronaria por completo."
Obviamente, como escreveu Behe: “Darwin desconhecia o motivo pelo qual ocorria a variação em uma espécie (um dos requisitos de sua teoria), mas a bioquímica identificou a base molecular do processo. A ciência do século XIX não podia sequer arriscar um palpite sobre os mecanismos da visão, da imunidade ou do movimento, ao passo que a bioquímica identificou as moléculas responsáveis por essas e por outras funções.
No passado pensava-se que a base da vida era extraordinariamente simples. Essa ideia foi demolida. Verificou-se que a visão, os movimentos e outras funções biológicas não são menos sofisticados do que câmeras de televisão e automóveis. Embora a ciência tenha feito enormes progressos na compreensão de como funciona a química da vida, a sofisticação e a complexidade dos sistemas biológicos no nível molecular paralisaram suas tentativas de explicar as origens dos mesmos. Não houve virtualmente tentativa alguma da ciência de explicá-lo (BEHE, p.7).
Uma das maiores preocupações de Richard Dawkins é exatamente o conceito de Design Inteligente. E não é à toa, o próprio Darwin havia demonstrado esta preocupação em seu “A Origem das Espécies”:
“Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ler sido formado por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria desmoronaria por completo."
Obviamente, como escreveu Behe: “Darwin desconhecia o motivo pelo qual ocorria a variação em uma espécie (um dos requisitos de sua teoria), mas a bioquímica identificou a base molecular do processo. A ciência do século XIX não podia sequer arriscar um palpite sobre os mecanismos da visão, da imunidade ou do movimento, ao passo que a bioquímica identificou as moléculas responsáveis por essas e por outras funções.
No passado pensava-se que a base da vida era extraordinariamente simples. Essa ideia foi demolida. Verificou-se que a visão, os movimentos e outras funções biológicas não são menos sofisticados do que câmeras de televisão e automóveis. Embora a ciência tenha feito enormes progressos na compreensão de como funciona a química da vida, a sofisticação e a complexidade dos sistemas biológicos no nível molecular paralisaram suas tentativas de explicar as origens dos mesmos. Não houve virtualmente tentativa alguma da ciência de explicá-lo (BEHE, p.7).
Darwin, pois, não tinha a menor idéia a respeito dos sistemas irredutivelmente complexos, tais como: os flagelos, os cílios, o sistema imunológico, a coagulação do sangue etc. Não sabia que eles existiam. Provavelmente se tivesse esse conhecimento sua teoria teria tomado outro rumo, embora a raiz de suas idéias estivessem fundamentadas em conceitos puramente filosóficos, o que era sua intenção primordial.
Pois bem. Dawkins – desonestamente – diz que Darwin foi avassalador para com o conceito de Design, quando na verdade, o naturalista sem a menor evidência apenas atribuía tudo que via na natureza à abstrata Seleção Natural. Nunca refutou o conceito de Design, muito pelo contrário, morreu com ele. No que concerne ao olho, por exemplo, admitiu:
“Parece absurdo ou impossível, eu o reconheço, supor que a seleção natural
pudesse formar a visão com todas as inimitáveis disposições que permitam ajustar
o foco a diversas distâncias, admitir uma quantidade variável de luz e corrigir as aberrações esféricas e cromáticas” (p. 197).
O Design Inteligente é grande pedra no sapato do neodarwinismo, e Richard Dawkins sabe disso. Daí essa necessidade de desprestigiar conceitos tão amplamente evidenciados.
É isso!
Pois bem. Dawkins – desonestamente – diz que Darwin foi avassalador para com o conceito de Design, quando na verdade, o naturalista sem a menor evidência apenas atribuía tudo que via na natureza à abstrata Seleção Natural. Nunca refutou o conceito de Design, muito pelo contrário, morreu com ele. No que concerne ao olho, por exemplo, admitiu:
“Parece absurdo ou impossível, eu o reconheço, supor que a seleção natural
pudesse formar a visão com todas as inimitáveis disposições que permitam ajustar
o foco a diversas distâncias, admitir uma quantidade variável de luz e corrigir as aberrações esféricas e cromáticas” (p. 197).
O Design Inteligente é grande pedra no sapato do neodarwinismo, e Richard Dawkins sabe disso. Daí essa necessidade de desprestigiar conceitos tão amplamente evidenciados.
É isso!
”Os argumentos para a existência de Deus encaixam-se em duas categorias principais, os a priori e os a posteriori. Os cinco de Tomás de Aquino são argumentos a posteriori, baseando-se em inspeções do mundo. O mais famoso dos argumentos a priori, aqueles que se baseiam na pura racionalização teórica, é o argumento ontológico, proposto por santo Anselmo de Canterbury em 1078 e reeditado de formas diferentes por vários filósofos desde então. Um aspecto bizarro do argumento de Anselmo é que ele não se dirigia originalmente aos seres humanos, e sim ao próprio Deus, na forma de uma oração (e você que achava que uma entidade capaz de ouvir uma oração não precisaria ser convencida da sua própria existência)(p. 91).
Para comentar este trecho do livro de Dawkins, achei por bem fazer uso de Alister McGRATH, do seu livro “O Delírio de Dawkins”, publicado pela Editora Mundo Cristão:
”Explicações naturais são suficientes para esclarecer as origens da crença em Deus.
No fim, trata-se de um argumento circular, que pressupõe suas conclusões. Ele parte da suposição de que não existe Deus e, então, prossegue para demonstrar que é possível oferecer uma explicação para Deus totalmente coerente. Na realidade, trata-se, em essência, de um ateu refazendo "as cinco vias" de Tomás de Aquino. Nesse processo, ele defende ser possível oferecer uma explicação coerente das coisas sem propor obrigatoriamente a existência de Deus.
Em passagem introdutória de Deus, um delírio, Dawkins apresenta o ateísmo como o último passo do derradeiro processo de pôr abaixo as crenças irracionais acerca do sobrenatural. Inicia-se com o politeísmo — acreditando em muitos deuses. Então, com o passar do tempo e a sofisticação do pensamento, passa-se ao monoteísmo — a crença num só Deus. O ateísmo apenas dá um passo mais adiante. Conforme Dawkins divertidamente observa, o processo apenas envolve a crença em um Deus a menos. Esse seria o passo seguinte, e óbvio, no progresso da religião.
Para comentar este trecho do livro de Dawkins, achei por bem fazer uso de Alister McGRATH, do seu livro “O Delírio de Dawkins”, publicado pela Editora Mundo Cristão:
”Explicações naturais são suficientes para esclarecer as origens da crença em Deus.
No fim, trata-se de um argumento circular, que pressupõe suas conclusões. Ele parte da suposição de que não existe Deus e, então, prossegue para demonstrar que é possível oferecer uma explicação para Deus totalmente coerente. Na realidade, trata-se, em essência, de um ateu refazendo "as cinco vias" de Tomás de Aquino. Nesse processo, ele defende ser possível oferecer uma explicação coerente das coisas sem propor obrigatoriamente a existência de Deus.
Em passagem introdutória de Deus, um delírio, Dawkins apresenta o ateísmo como o último passo do derradeiro processo de pôr abaixo as crenças irracionais acerca do sobrenatural. Inicia-se com o politeísmo — acreditando em muitos deuses. Então, com o passar do tempo e a sofisticação do pensamento, passa-se ao monoteísmo — a crença num só Deus. O ateísmo apenas dá um passo mais adiante. Conforme Dawkins divertidamente observa, o processo apenas envolve a crença em um Deus a menos. Esse seria o passo seguinte, e óbvio, no progresso da religião.
A história da religião, porém, nos obriga a falar de "diversificação", não de "progressão" da religião. Simplesmente não há evidências que nos permitam afirmar qualquer tipo de "progressão natural" do politeísmo ao monoteísmo — e daí ao ateísmo.
Mais uma vez há, nessas colocações, uma questão muito mais profunda, que Dawkins nem mesmo vislumbra. Qual é a diferença entre visão de mundo e religião? A linha divisória é notoriamente imprecisa e, muitos diriam, é construída por quem tem grandes interesses a defender. Visão de mundo consiste num modo abrangente de ver a realidade, na tentativa de compreender seus vários elementos sob uma ótica única e ampla.
Alguns, é claro, são religiosos; muitos outros não. Budismo, existencialismo, islamismo, ateísmo e marxismo, todos se encontram em tal categoria. Algumas visões de mundo afirmam ser universalmente verdadeiras, outras, mais afinadas com o ethos pós-moderno, vêem-se circunscritas. Nenhuma pode ser "provada" como certa. Exatamente porque representam "grandes painéis" de compromisso com o mundo, suas crenças fundamentais estão além de uma prova definitiva” (p. 80, 81).
É isso!
Mais uma vez há, nessas colocações, uma questão muito mais profunda, que Dawkins nem mesmo vislumbra. Qual é a diferença entre visão de mundo e religião? A linha divisória é notoriamente imprecisa e, muitos diriam, é construída por quem tem grandes interesses a defender. Visão de mundo consiste num modo abrangente de ver a realidade, na tentativa de compreender seus vários elementos sob uma ótica única e ampla.
Alguns, é claro, são religiosos; muitos outros não. Budismo, existencialismo, islamismo, ateísmo e marxismo, todos se encontram em tal categoria. Algumas visões de mundo afirmam ser universalmente verdadeiras, outras, mais afinadas com o ethos pós-moderno, vêem-se circunscritas. Nenhuma pode ser "provada" como certa. Exatamente porque representam "grandes painéis" de compromisso com o mundo, suas crenças fundamentais estão além de uma prova definitiva” (p. 80, 81).
É isso!
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